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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Filhos de uma grande Popper

João Vasco lavrou VII postes no “esquerda republicana” sobre essa canalha imunda que o próprio satanás se encarregou de confeccionar. Que te fizemos satanás? Que te fizemos para merecer isto? Continuando, uma súcia, uma corja temível que teima em defender a liberdade negativa enquanto mofa impune da positiva. Ó diacho… tinha de ser logo a negativa. Não conhecendo essa, aquela “direita liberal” – gentinha do piorio ao que parece – de lado nenhum, fica escrito que no dia que me cruzar com ela na rua chamo logo a guarda, o vaticano ou o canil – para a açaimar e abatê-la. Mesmo assim, tomado de respeito, de luvas na mão, agua benta na luva, fui reler isaiah berlin e karl popper. Será que as entrelinhas revelam o enxofre com que as linhas foram escritas? Isaiah Berlin entre as barbas de Marx e as botas de Goebbels escolheu John Locke. Escolha prudente e avisada. Na esteira do liberalismo clássico inglês Isaiah pinta a liberdade positiva com cores barrocas, uma liberdade transcendental que apenas os filósofos e os tiranos conhecem, a liberdade não está no individuo, está no estado que o conhece até ao ultimo átomo, no entanto, Isaiah recorda nos que a área livre da acção humana, os fenómenos sociais, têm de ser limitados pela lei, pelo estado, que a lei não apenas garante justiça, segurança, cultura, alguns graus de igualdade, mas a própria liberdade individual. Neste quadro a liberdade positiva – a liberdade do estado – e a liberdade negativa – a liberdade individual – vivem em permanente tensão e fiscalização. Já kant um dos pais da besta lega nos uma pérola ao gosto do Vasco, o principio do liberalismo exige que “as restrições da liberdade individual, inevitáveis em virtude do convívio social, sejam repartidas uniformemente na medida do possível”. Voando uns séculos, Popper, sem invocar o homo homini lúpus de Hobbes lamenta que sem o estado, “os mais fracos não teriam qualquer direito a serem tolerados pelos mais fortes, dever-lhes-iam, pois, gratidão pela bondade da sua tolerância. Então aqueles indivíduos que considerem esta situação pouco satisfatória e acreditem que qualquer individuo deve ter direito de viver e exigir protecção contra o poder dos fortes, reconhecerão igualmente a necessidade de um estado que proteja os direitos de todos.” Parece que alguém não contou toda a verdade ao João Vasco.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se gostou do esquerda republicana vá ao diário ateísta e diga-nos o que achou daquilo.

osátiro disse...

Sim, o diário ateísta é o cúmulo das frustrações escritas, do deboche intelectual, do ódio por tudo quanto é humanismo...