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sábado, 2 de fevereiro de 2008

NATO no Afeganistão.

A Alemanha acaba de recusar enviar tropas para o Sul do Afeganistão, e o Canadá já avisou que se não houver solidariedade, poderá retirar do Teatro de Operações.
A duplicidade de alguns membros da NATO relativamente ao empenhamento no Afeganistão, coloca em causa a credibilidade de uma aliança à qual o mundo ocidental deve o maior período de paz e prosperidade da História.
O modo como estes países arrastam os pés no seu comprometimento, está a conduzir a NATO para uma das suas maiores crises, cavando fossos na solidariedade em que se funda, num momento em que o urso russo parece querer despertar da hibernação.
Para além da necessidade de derrotar os talibans, o que se joga ali é a credibilidade da própria NATO. Se falhar no Afeganistão, estará ferida de morte e do facto serão extraídas conclusões que não auguram nada de bom para uma Europa que se imagina já acima da História.
É a certeza de que os outros ajudam quando um dos membros necessita, que mantêm a solidez da organização.
Quando políticos menores colocam em causa este princípio, podem ganhar créditos no imediatismo de uma opinião pública volúvel, mas estão a vibrar machadadas profundas na sua própria segurança a médio e longo prazo.
Uma Aliança Militar cada vez mais desunida, com políticos medíocres dispostos a ceder à ameaça e a aceitar a rendição, reeditando as desastrosas políticas do Império Bizantino, será catastrófica para a Europa.
Os EUA começam a girar o centro de gravidade do seus interesses para o Pacífico, e a olímpica Europa, que pensa que a paz é eterna, gratuita e inesgotável, arrisca-se a perceber, do modo mais difícil, que pode ser devolvida rapidamente ao mundo autêntico, terrível e imprevisível, onde tudo é possível.
Os bárbaros estão sempre à porta!
Somos nós que escolhemos estes políticos. Lamentavelmente quem pagará a factura da nossa burrice serão os nossos filhos e netos.

13 comentários:

RioDoiro disse...

Não nos esqueçamos que se avançou para o Afeganistão com a sacrossanta aprovação da ONU.

A tal aprovação multilateralista que faltava no Iraque.

.

Luís Oliveira disse...

É como na cançaõ infantil:

Todos os políticos
Sabem bem nadar
Cabeça para baixo
Rabinho para o ar...

Jeremias disse...

Mas há também o reverso da medalha...
Os mais fracos arriscam-se a apanhar na tromba por apoiarem as políticas do mais forte... E aí não há aliança que os proteja...

Diogo disse...

http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=7718

Consistent with Brzezinski’s account, a "Militant Islamic Network" was created by the CIA.

The "Islamic Jihad" (or holy war against the Soviets) became an integral part of the CIA’s intelligence ploy. It was supported by the United States and Saudi Arabia, with a significant part of the funding generated from the Golden Crescent drug trade:

"In March 1985, President Reagan signed National Security Decision Directive 166 … [which] authorize[d] stepped-up covert military aid to the Mujahideen, and it made clear that the secret Afghan war had a new goal: to defeat Soviet troops in Afghanistan through covert action and encourage a Soviet withdrawal. The new covert U.S. assistance began with a dramatic increase in arms supplies — a steady rise to 65,000 tons annually by 1987 … as well as a "ceaseless stream" of CIA and Pentagon specialists who travelled to the secret headquarters of Pakistan’s ISI on the main road near Rawalpindi, Pakistan. There, the CIA specialists met with Pakistani intelligence officers to help plan operations for the Afghan rebels."(Steve Coll, The Washington Post, July 19, 1992.)

The Central Intelligence Agency using Pakistan’s ISI as a go-between played a key role in training the Mujahideen. In turn, the CIA-sponsored guerrilla training was integrated with the teachings of Islam. The madrasahs were set up by Wahabi fundamentalists financed out of Saudi Arabia: "[I]t was the government of the United States who supported Pakistani dictator General Zia-ul Haq in creating thousands of religious schools, from which the germs of the Taliban emerged."(Revolutionary Association of the Women of Afghanistan (RAWA), "RAWA Statement on the Terrorist Attacks in the U.S.", Centre for Research on Globalisation (CRG),

Tenrinho!

Anónimo disse...

Ó amigo jeremias,

faça você um resumido e traduza essa merda que depois a gente responde... tá

RioDoiro disse...

"The "Islamic Jihad" (or holy war against the Soviets) became an integral part of the CIA’s intelligence ploy. It was supported by the United States and Saudi Arabia, with a significant part of the funding generated from the Golden Crescent drug trade:"

Caro Carmo da Rosa.

O Diogo quer apenas chamar a atenção que a ONU, os Alemães e Canadianos se juntaram tardiamente ao negócio do tráfico de droga e que, mais recentemente, resolveram procurar outros mercados.

Parece que ele também está aborrecido com os americanos porque, veja-se a pouca vergonha, não encomendam armamento fora dos Estados Unidos.

Seria, segundo ele, muito mais interessante que os americanos se limitassem a morrer combatendo aqueles que os europeus supõem deverem ser combatidos, mas encomendando o necessário armamento aos europeus.

É pena ele não esclarecer se o armamento deveria ser vendido ou dado.

.

Unknown disse...

"Os mais fracos arriscam-se a apanhar na tromba por apoiarem as políticas do mais forte."

Portanto a solução jeremíaca é, baixar as calças e pôr-se a jeito.

Macaquices...

Jeremias disse...

Lidador

Já há muitos de calças em baixo... Ao jeito que os americanos gostam...

Enfim...

Paulo Porto disse...

Caro Diogo

Crê o Diogo que não fosse a ajuda que os americanos deram aos combatentes islâmicos contra os soviéticos no Afeganistão e hoje não teríamos terrorismo islâmico. É realmente questionável, podemos ver porquê.

Mas, e que tal avaliar antes a importância que a passividade ocidental, sobretudo europeia, tem no continuado florescimento e propagação da intolerância islâmica entre nós?

Unknown disse...

"Crê o Diogo que não fosse a ajuda que os americanos deram aos combatentes islâmicos contra os soviéticos no Afeganistão e hoje não teríamos terrorismo islâmico. É realmente questionável, podemos ver porquê"

Em 1º lugar, o terrorismo islâmico já existia desde a 2ª Guerra Mundial.
As convulsões na Rua árabe já são bem antigas e a fonte espiritual é sobretudo Said Qutb e Al Banna, que são bem anteriores à questão afegã.

De resto basta lembrar Munique, caramba.

Em 2º lugar, os EUA limitaram-se a ajudar aliados conjunturais. Se bem que todos saibamos que a CIA tem uma máquina que sabe o futuro, parece que na altura não estava a funcionar bem e os gajos que tinham que decidir fizeram-no apenas com os dados que tinham, o que, como sabemos, é pouco usual.

De resto é um erro recorrente. Já tinham ajudado os soviéticos contra os alemães, sem perguntar aos diogos deste mundo, como é que iria ser o futuro.


Em 3º lugar, a ajuda aos afegãos foi um sucesso que ajudou bastante a ganhar a Guerra Fria.
O erro veio depois...e foi o completo desinteresse dos americanos pelo Afeganistão.

Os diogos misturam tudo numa salganhada de ignorância, mas nem a Al Qaeda nem os talibans existiam nessa altura. Foram formados anos mais tarde, pelos vistos porque parece que aquela malta tinha uma agenda própria.

Bin Laden, por exemplo, só volta à compe~tição depois de ter sido expulso da Arábia Saudita e corrido do Sudão.
Coisa inadmissível, no universo mental infantilizado dos diogos deste mundo, para quem tudo o que acontece e que lhes desagrada, não pode deixar de ter uma mãozinha do diabrete de serviço.

RioDoiro disse...

Lidador:
"O erro veio depois...e foi o completo desinteresse dos americanos pelo Afeganistão."

Parece que em matéria de desinteresse, então, como agora, a Europa, mãe do alter-tudo-quanto-é-coisa-ruim, é campeã.

osátiro disse...

O Diogo gostava de viver num país livre da "pata" americana.
Mas porque não escolhe um à vontade, que os Americanos não se importam?
cabeça dura, masoquista, gosta de sofrer...
tenha coragem e liberte-se... vá para o Irão ou Coreia do Kim

osátiro disse...

E como a hillary anda atrapalhada, convém lembrar a incúria e incompetência do Bill em não ajudar o Afeganistão pós soviético