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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Quando nos gelam as veias

A esquerda é caracterizada por uma espécie de mentalidade capitalista feudal, particularmente notada no meio sindical.

Quando a fábrica da Opel, Azambuja, ameaçou fechar, os sindicatos apresaram-se a declarar greve.

Greve. Pois claro. “Greve, em defesa dos postos de trabalho”.

Héhéhé. Atão, tá-se mêm'a ver!

E as indemnizações? E quantos deles perceberam de imediato que seria o momento supremo para afundar o barco de vez e reclamar a indemnização? E, ter-se-á dado o caso de terem sido justamente os mais velhos, com mais anos de casa e mais entrincheiradamente sindicais, a irem por aí?

E os mais novos, que seria deles? E que importava os mais novos aos mais velhos desde que o graveto pingasse para o lado deles?

E a solidariedade? “Parece que temos sarna” gritavam os que ali, como pelas ‘siderurgias’ por esse país fora, iriam, de facto, para o desemprego com meia dúzia de notas no bolso. “Nem conseguimos falar com eles. Fogem de nós”. E que teriam os mais velhos a ver com isso? Direitos conquistados são direitos garantidos e direitos garantidos é graveto no bolso.

M'ai nada!

"A cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
Tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
e eu não sabia...

Há quem cante por interesse
há quem cante por cantar
e há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
p’ra não perder o lugar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar

O faduncho choradinho
de tavernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções"

.

4 comentários:

Anónimo disse...

Isto sem a esquerda era uma vil tristeza. Não havia assunto, não havia motivação para escrever, não havia capacidade inventiva para temas novos.

Felizmente que ela existe e aprecia o reconhecimento do peso que exerce. Mas olhe que o universo é um bocadinho mais vasto.

RioDoiro disse...

"Mas olhe que o universo é um bocadinho mais vasto."

Isso já é uma cedência da esquerda.

.

RioDoiro disse...

Caro anónimo.

Já reparou a quantidade de gente que trabalha à volta da malária?

Para mim há que continuar até que seja erradicada. Quando for, há que partir para outra.

Para a esquerda, há que evitar erradicar a malária para evitar pôr em causa "postos de trabalho".

.

Anónimo disse...

dentinho, I'm sorry, o 'anónimo' era eu. Poupava-lhe um comentária para uma outra altura de falta de assunto.

Pois olhe que eu sei de muitas ONGs, cuja filosofia no empenhamento se pode considerar de esquerda, inclusivamente portuguesas, que trabalham para erradicar doenças.

Autofágicos?

Para mim
Se para si é assim, então é porque está bem.