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quarta-feira, 5 de março de 2008

Colômbia com Sabor a Israel

Com a eliminação do número dois das FARC, a cooperação militar entre a Colômbia e Israel dá frutos a uma nova escala. A forma como foi detetada a presença de Raul Reyes no Equador e a precisão da ação militar que o eliminou é um sinal de alta visibilidade dessa cooperação.

A guerrilha comunista das FARC está ativa na Colômbia há mais de quarenta anos, isto é, há mais de quarenta anos que matam, sequestram e produzem e vendem cocaína. Mas há apenas menos de dez anos que existem especialistas militares israelitas contratados na Colômbia. Inicialmente as coisas não foram bem porque as contratações eram feitas pelos grupos para-militares. Mas desde 2004 que a generalidade dos grupos para-militares cessou a atividade. O combate à guerrilha comunista está agora centrado essencialmente no exército, e o apoio dos elementos israelitas é dado diretamente às forças armadas do país.

As FARC estão sobre forte pressão militar. Em 2001 estimava-se que tivessem mais de 15000 efetivos. Hoje pensa-se que tenham menos de metade. As deserções são o principal sinal de uma derrota que se aproxima sem alarde.

O apoio militar israelita assenta essencialmente no treino de especialistas em recolha e tratamento de informação. A fuga e o acolhimento dos milhares de desertores têm sido uma boa fonte de informação. É essa a mais-valia que tem feito a diferença nos resultados obtidos pelo exército o combate aos terroristas. O uso de tecnologia sofisticada na localização de cabecilhas do movimento também é uma das componentes da cooperação israelita.

A guerrilha criminosa de inspiração comunista na Colômbia está em franco retrocesso. Já não consegue sobreviver apenas do tráfico de droga, ao contrário do sempre aconteceu. A saída da crise passa pela Venezuela. As FARC contam com o apoio financeiro de Chavez. Tal como contam com o seu apoio político para alcançar reconhecimento e credibilidade internacionais, como se demonstra pela vontade súbita de libertar reféns sequestrados há vários anos em articulação com o louco de Caracas.

Mas o egomaníaco Chavez está em maré de azar. Primeiro perdeu a aposta do referendo para obter poder absoluto na Venezuela. Agora perde a aposta na sublevação da Colômbia por via dos seus correlegionários das FARC.

Na ação militar de 28 de Fevereiro foi apreendida documentação que deixa claro o envolvimento secreto dos Governos da Venezuela e do Equador com as FARC. No entanto, já eram públicas acusações de que líderes guerrilheiros das FARC obtêm refúgio no território dos vizinhos esquerdistas da Colômbia. O Governo colombiano pretende apresentar queixa da contra Hugo Chavez no Tribunal Penal Internacional de Haia.

Uma vez mais uma certa esquerda vê cair o pano sobre o que imaginava ser a realidade; só que tudo não passada de um espetáculo que os deixou animados enquanto durou. Não se podem queixar de não terem sido avisados.

3 comentários:

RioDoiro disse...

O Hamaz, perdão Chavez, anunciou, de viva vós, que não aceitará a existência, na Colômbia, de um "novo Israel".

Deve estar a pensar afogar os colombianos.

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Anónimo disse...

Indo um pouco off-topic:

Paulo, vc é brasuca?

Curiosidade apenas.

Paulo Porto disse...

Caro Bob

Não sou brasuca, sou muito pior que isso (sim, é possível !). Sou um incorrigível e irredutível brasileirófilo, plenamente consciente de todos os problemas nefastos inerentes ao auto atribuído posto.

A respeito deste assunto (mas apenas deste), pode o meu amigo desancar-me e vexar-me publicamente à maneira de um guarda vermelho da grande revolução cultural. A única diferença é que a minha confissão de culpa é genuína, nada tem subterfúgio escapatório. De resto, espere de mim a mesma aceitação resignada dos condenados.