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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Liberdade, individualidade, propriedade



“Vida, aptidões, produção – noutras palavras, individualidade, liberdade, propriedade – é isto o homem. E apesar das manhas de líderes políticos ardilosos, estes três dons de Deus precedem toda a legislação humana, e são superiores a ela. Vida, liberdade e propriedade não existem porque os homens criaram leis. Pelo contrário, foi o facto da vida, liberdade e propriedade existirem previamente que levou os homens a criar leis em primeiro lugar.”

Frédéric Bastiat – “A Lei”


Os comentadores residentes do blog querem desesperadamente saber o que é o liberalismo. Como pelos vistos não confiam na wikipedia e derivados, perguntam, e muito bem, a quem sabe. E nós de bom grado vamos tentando explicar: Que é uma filosofia política com determinadas características, que não é uma ideologia, referimos os pensadores principais, e por aí adiante.


Mas os resultados têm sido desapontantes. Ou há aqui uma falha grande de comunicação, ou a nossa capacidade de exposição não é aquilo que nós pensamos, ou seja por que motivo for, parece que a mensagem não passa.


Quando no fim da conversa os interlocutores chegam à conclusão de que o liberalismo é o mesmo que o socialismo(!) ou que o Lidador é socialista(!!!), alguma coisa não correu bem. Fica-se com a mesma sensação que deverá ter um professor de matemática quando, no fim de um semestre dedicado ao cálculo integral, um dos alunos lhe pergunta o que são “aqueles ésses esquisitos”...

Pois bem, arranja-se outro professor.

Frédéric Bastiat

Especialmente em The Law, Bastiat é imbatível na clareza da argumentação, verve e humor. Um favorito pessoal é a Petição dos Fabricantes de Velas, como os visitantes regulares da tabanca facilmente adivinharão.

E quem no fim da leitura achar que Bastiat era socialista é favor colocar as orelhas de burro e ir fazer companhia ao sorna dos “ésses esquisitos” no canto da sala.

2 comentários:

Unknown disse...

De vez em quando convém voltar às fontes e perceber que há debates que já foram feitos.
Sobre os problemas do socialismo e do excesso de intervenção do Estado na sociedade civil, escrevia Bastiat em 1850:

"O socialismo confunde Governo com sociedade. E por isso, sempre que alguém se opõe a que algo seja feito pelo Governo, o socialismo conclui que se opõe a que esse algo seja feito."
"Se não se concorda que a educação seja responsabilidade do Estado, então é porque se é contra a educação. Se se afirma que a igualdade não é trazida pelo Estado, então é-se contra a igualdade, etc.
Podem- nos até acusar de não querermos que as pessoas comam porque nos opomos a que seja o Estado a cultivar o milho"

ILustrando o facto, Mccain opôs-se esta semana, no Senado americano, a uma lei "progresssista" que pretendia colocar o Estado a controlar a paridade nos salários.
McCain é contra a intervenção do Estado, a esquerda acusa-o de ser contra a paridade nos salários.

Bastiat já tinha topado a falácia há mais de 150 anos.

Paulo Porto disse...

Pedagogia preciosa em dia em que tantos, cheios de alegria e ignorância, dão asas aos seus complexos de esquerda.