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domingo, 4 de maio de 2008

É um sistema que se pode considerar "justo" mas não perfeito


A entrada de novas economias para a ribalta económica Mundial veio trazer, obviamente, novos e interessantes contornos para o sistema neo-liberal vigente. O neo-liberalismo acolheu nas suas fileiras várias economias, da América do Sul até ao Sudoeste Asiático, do Leste Europeu até à África do Magrebe. Os mercados tornaram-se, em consequência, mais atractivos, mais especulativos, mais competitivos e mais autónomos. O neo-liberalismo não rejeita nem enjeita aqueles que se queiram inserir nele.

Ao longo da história, e à medida que o neo-liberalismo se ia alastrando a todos os pontos do planeta, os estados foram obrigados a habituarem-se a uma verdadeira ideia de competitividade que, muitas vezes, trazia dissabores a alguns deles (os Estados Unidos da América estão entre eles). Um dos dissabores é a deslocalização de empresas, que leva à fuga de investimentos para zonas consideradas mais atractivas, colocando em "xeque" muitos trabalhadores e estados das agora consideradas zonas menos interessantes.

A entrada da China, da Índia e do Brasil para esta ribalta e dos seus cerca de 2,5 mil milhões de habitantes, trouxe, no entanto, uma realidade nova: o número de consumidores aumentou exponencialmente. Se o número de consumidores aumentou exponencialmente, seria de esperar que a produção de artigos diversos aumentasse, em consonância com o abrupto crescimento de consumidores. Isto está realmente a acontecer, mas o planeta não está a conseguir dar respostas (ao que parece) a este astronómico aumento de consumidores. Isto leva ao aumento dos preços, a medidas alarmistas e a medidas de racionamento.

O desenvolvimento está lá e é bom que estas economias se entreguem de corpo e alma a um sistema económico que requer, entre outras coisas, capacidade de interacção e negociação, inteligência e, muitas vezes, matreirice.

Não é pouco vulgar verificarem-se acordos entre estados que agora se inserem no mercado Mundial (China, Índia, Brasil, por exemplo) com diversas empresas transnacionais para facilitar a entrada destas últimas em territórios até então "esquecidos". As empresas aproveitam-se dos baixos níveis salariais e da exploração de mão-de-obra fácil. Os estados aproveitam-se da dinâmica económica imposta e da diminuição da taxa de desemprego.

As classes médias-baixas, médias, médias altas e altas já atingem, em países como os acima referidos, valores bastante interessantes. Mas isto vem também trazer um problema: e aqueles que não pertencem a estas classes e que continuam a ser o grosso da população?

O Estado-Social será, mais tarde ou mais cedo, solução para estas pessoas. Isto se não forem as próprias empresas a colherem para as suas fileiras estes "renegados".

A confiança tem que ser inabalável e o futuro afigura-se, para estes países, grandioso. A inserção na economia de mercado trouxe inúmeros dividendos dos quais é inútil falar, pois estão bem à vista de todos: o número de analfabetos tem vindo a diminuir, a percentagem de população a viver abaixo do limiar da pobreza idem, a taxa de mortalidade infantil idem e a esperança média de vida tem vindo a subir.

São, actualmente, apenas alguns os estados do mundo que se recusam a entrar neste jogo (ou que entram mal, por vários motivos, entre os quais a corrupção, etc.). Eles são maioritariamente Africanos. Não é por acaso que é o continente da fome. Não é por acaso que é um, se não o menos, democrático de todos os continentes.

A Globalização e o neo-liberalismo não pode, especialmente nesta altura, ser negado por estes estados.

Estes países vieram trazer, efectivamente, novas oportunidades, novas transacções, novos negócios a um mundo que já era, só por si, "de loucos". A economia mudou, para bem de praticamente todos, mas vivemos sob um sistema que, apesar de tudo, permite aos mais fracos ascender, lutar e triunfar.

É um sistema que se pode considerar "justo" mas não perfeito.

O melhor que tivemos até hoje, mas que ainda podemos melhorar.

6 comentários:

Anónimo disse...

Porque é que você escreve "neo-liberalismo" e não simplesmente Liberalismo?

Anónimo disse...

O RB escreve neoliberalismo porque é assim que se escreve. Aprendeu assim, e aprendeu bem, mesmo que não saiba bem do que está a falar.
O neoliberalismo é a corrente política e ideológica que nasceu nos finais dos anos 70 e teve o seu pleno na década de 80. O liberalismo é a corrente clássica que durou até aos anos 20/30 quando a bolha rebentou e o "virtuosismo" do mercado puro se viu confrontado com a realidade. Ali pelo meio existiu um período glorioso que por acaso, e só por acaso, não foi "liberal". Os estúpidos daqui até dizem que os tais Queines são uns marxistalóides, quando os Queines são malta que gosta do capitalismo. Burgessos (os estúpidos), que se há-de fazer?

RB tenha cuidado. Você gosta de escrever para esta equipa, mas se fala outra vez de "Estado Social" vai para o olho da rua. Despedimento por justa causa. Se bem que não é preciso causa alguma. Vocês são neoliberais. Mas você olhe, olhe pela sua saudinha. É já catalogado de marxista ou esquerdalho se volta a falar de "Estado", quanto mais de "Social".

Eu confesso que tresli o seu texto, mas colei-me na parte do tal "****** ******". [censurado]Então o "****** ******" [idem]vai ser a solução para os desgraçados? Acha mesmo? Informe-se rapaz. E não nos dê mais pérolas, que as ostras não as parem a toda a hora.

Renato Bento disse...

"O RB escreve neoliberalismo porque é assim que se escreve. Aprendeu assim, e aprendeu bem, mesmo que não saiba bem do que está a falar."

Não me costumo aventurar por caminhos que não conheço. Não dei nenhuma noção de liberalismo ou de neo-liberalismo.

Se você depreende que não sei o que é uma coisa ou outra, isso é lá consigo. Mas olhe que também não concordo muito com a definição que deu. O Liberalismo vai muito para além daquilo que você aqui escreveu.

"Você gosta de escrever para esta equipa, mas se fala outra vez de "Estado Social" vai para o olho da rua."

Por afirmar que o Estado Social pode vir a ser solução não quer dizer que esteja de acordo com ela.

"Eu confesso que tresli o seu texto, mas colei-me na parte do tal "****** ******". [censurado]Então o "****** ******" [idem]vai ser a solução para os desgraçados? Acha mesmo?"

Então para que raio serve o "Estado Social" ?

RioDoiro disse...

"RB tenha cuidado. Você gosta de escrever para esta equipa, mas se fala outra vez de "Estado Social" vai para o olho da rua."

Se a burrice pagasse à segurança social o caro anónimo estaria ao topo da tabela.

.

Luís Oliveira disse...

Concordo com o Rod, a única maneira de salvar o estado social é a estupidez começar a pagar imposto.

Anónimo disse...

"O neoliberalismo é a corrente política e ideológica que nasceu nos finais dos anos 70 e teve o seu pleno na década de 80. O liberalismo é a corrente clássica que durou até aos anos 20/30"

Então diga-me exactamente quais são as diferenças entre o liberalismo e o neo-liberalismo, por favor.