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terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Bem Amado

"Odorico era um coronel da região, mau caráter, corrupto e demagogo, cujo objetivo prioritário na sua gestão era inaugurar o cemitério municipal.[...]

A Trombeta vivia denunciando a administração de Odorico que, por sua vez, a acusava de ser uma "gazeta marronzista, calunista, esquerzóide e subversiventa". O fato é que tanto Odorico e seus correligionários, quanto a oposição não valiam um níquel furado. As irmãs Cajazeiras, que posavam de damas corretas e compactuavam com as artimanhas de Odorico, eram de uma hipocrisia hilariante. Já Lulu Gouveia, que se dizia de "esquerda", lutava contra Odorico apenas para tomar o seu lugar na prefeitura. Não era um homem preocupado com o bem do povo e sim um político tão inescrupuloso quanto o prefeito, que também fazia suas armações e traquinagens.[...]

[Odorico] era um personagem altamente carismático, simpático e impagável, sempre com uma idéia mirabolante para pôr em prática, a fim de capitalizar prestígio e votos a seu favor. Odorico gostava de falar difícil, com pompa[...].

O Bem Amado era ― e ainda é ― um retrato perfeito da política brasileira."

Como é referido no genérico final, “qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas e com fatos reais terá sido mera coincidência”.

4 comentários:

ablogando disse...

Ah!, o Brasil, o Brasil!

Luís Oliveira disse...

A ideia era mais o Portugal, o Portugal.

ablogando disse...

Só quis dar um exemplo de humor inglês, como diria o Herman.

Luís Oliveira disse...

The irony was lost on me. I apologize sincerely.