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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Maquiavélico ou esquerdista?

Fazendo fé nas sondagens, Obama será o próximo Presidente dos EUA.
O seu discurso encantatório é música para os ouvidos de muita gente, na América e sobretudo na Europa. Ele promete “change”,hope” e praticamente tudo o que as pessoas querem ouvir, desde saúde universal e gratuita à paz mundial.
Mentes cépticas, que sabem que não há milagreiros deste calibre do lado da cá do Sol, recusam alinhar no entusiasmo do rebanho e perguntam quem é este homem, quais são os seus valores e as suas referências, quem influenciou e influencia a sua cosmovisão.
É verdade que há acções judiciais a correr para impedir Obama de chegar à Presidência dos EUA, mas o facto de o GOP não ter agarrado este assunto tem um de dois significados: ou o tema não tem pernas para andar, ou está a ser guardado como arma atómica de último recurso.
No entretanto, importa analisar os posicionamentos de Obama. Quanto às más companhias,
Obama tudo faz para relativizar as suas ligações a grupos radicais e chega ao ponto de instaurar processos-crime contra quem suscita o tema, por o considerar irrelevante e passado. Em Portugal temos alguns ditados sobre as más companhias, justamente porque achamos o assunto importante e definidor da pessoa em causa.
É por isso que o caso do Reverendo Wrigth é importante. Obama recusa ser culpado por analogia, mas algo não está bem na cabeça de um homem que durante 20 anos ouve, impávido e sereno, sermões em que se apela sistematicamente ao racismo e ao ódio “aquela América”.
O homem que diz isto, e isto , é o mesmo que celebrou o casamento de Obama, baptizou os seus filhos e serviu de inspiração ao seu livro. Obama garante que “este não é o Jeremiah Wright que eu conheci”.
Ora a verdade é que o Reverendo Wright vem dizendo o que sempre disse, com os entusiásticos aplausos da congregação. Como pode Obama ter assistido a centenas de sermões como este, durante anos a fio, sem que concordasse com eles?
Quanto a Bill Ayers, trata-se de um terrorista da mesma safra dos Baader Meinhoff, Brigadas Vermelhas, etc. Colocou bombas para “mudar o mundo”, e não parece ter-se arrependido dessas boas intenções. Obama teve contactos profissionais e pessoais com Ayers durante mais de uma década, mas jura que a sua relação com Ayers é conjuntural e que quando Ayers andava no bombismo, ele ainda usava calções. A parte dos calções é verdadeira, mas o resto não. Como dizia o Aleixo, “P'rá mentira ser segura e atingir profundidade, tem que trazer à mistura qualquer coisa de verdade
Obama e Ayers não só estiveram juntos em organizações que canalizavam dinheiro para causas de esquerda, como o debute político de Obama teve lugar em 1995, na casa de Ayers. Este artigo detalha com alguma circunstância a relação entre Obama e Ayers, sendo notório que se trata de uma ligação profunda e com partilha, senão de ideais, pelo menos de interesses.
Este vídeo da CNN ajuda também a perceber o que está em causa.
De facto não é crível que Obama ignorasse não só o passado obsceno de Ayers, como as suas ideias que de resto são as mesmas. E o facto de elas o não indignarem diz muito de si próprio.

A ACORN é uma organização esquerdista que está a ser investigada em vários estados, devido a fraudes no processo de registo de votantes. Obama diz que as suas ligações com a organização se reduzem à ocasional prestação de assessoria jurídica, num passado distante. É falso!
Obama foi responsável pela formação dos quadros da organização e, juntamente com Ayers, esteve envolvido na transferência de fundos para a ACORN. A própria campanha de Obama transferiu quase 1 milhão de USD para a ACORN, durante as primárias destas eleições.

As grandes cadeias televisivas americanas não têm sido muito pressurosas a investigar, e os “ads” da campanha de McCain são poucos e não passam muitas vezes por falta de financiamento, mas este vídeo explica o assunto com alguma clareza.

O que estas ligações perigosas têm em comum é que revelam o perturbador sistema de ideias que enforma a cosmovisão de Obama.
Não se trata apenas de entusiasmos juvenis, mas de deliberadas associações com sórdidos fellow travelers .
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

No que toca a impostos, Obama assegura que vai baixar os impostos para 95% dos americanos. O The Wall Street Journal não acredita nisto e por boas razões…como senador Obama votou sempre a favor do aumentos de impostos.
Nas primárias da Pensilvânia., um jornalista perguntou a Obama porque razão ele preconizava aumentos de impostos sobre os ganhos de capital, sabendo-se que tal medida tem sempre produzido o efeito perverso de reduzir a colecta de impostos, por redução dos investimentos. Obama titubeou, sobrevoou as consequências práticas, e limitou-se a responder com generalidades sobre “justiça”. Ou seja, aumentar os impostos porque é "mais justo", mesmo que todos fiquem mais pobres.

Na vertente internacional, Obama notabilizou-se por ser contra a guerra do Iraque e amiúde reivindica os louros de estar “certo” onde outros estiveram “errados”, sugerindo ser dotado de capacidades de julgamento nas quais se pode confiar.
Na verdade Obama nunca arriscou nada. Na altura era senador estadual, eleito numa região onde o sentimento anti-guerra era esmagador, pelo que se limitou a estar do lado certo, surfando a onda dos seus interesses eleitorais.
Mas, já no Senado Federal, votou contra o “surge”, a estratégia que resultou na derrota quase completa da insurgência islamista no Iraque. Obama garantia na altura que tal estratégia não só estava condenada ao fracasso, como iria piorar a situação.
Errou em toda a linha, o que coloca em causa as superiores capacidades de julgamento que gosta de ostentar. O erro em si, revela apenas isso: mau julgamento. Mas o facto de David Axelrod, o seu director de campanha, negar que isso aconteceu, revela deliberada falsidade e mistificação.
Mas há mais:
Há um ano Obama garantia que no seu 1º ano como POTUS, se encontraria sem pré-condições com os piores inimigos da América, declarações condenadas como naives, por Hillary Clinton
Há dias, o regime de Teerão anunciou as suas desvairadas pré-condições: retirada das tropas americanas do Médio-Oriente e fim do apoio ao “regime sionista” . Actualmente Obama vai assobiando para o ar e garante que nunca disse aquilo que disse.

Ultimamente fala-se muito do racismo e do efeito que pode ter nas eleições. McCain foge como Maomé do toucinho, de quaisquer situações que o possam alvejar nessa área, o que tem limitado seriamente a sua campanha.
É verdade que muitos americanos não gostam da ideia de ter um mestiço na Casa Branca e irão votar contra Obama por esse facto. Mas ele e a sua campanha não têm hesitado em jogar a carta da vitimização racial, sugerindo claramente que quem apoia McCain é racista. Sabendo-se pelas sondagens que 98% dos negros apoiam Obama, é estranho que ninguém vislumbre no facto qualquer pulsão racista.

Em suma, nota-se que Obama é um homem ambicioso. Tem carisma, fala bem, sabe estar, cativa pela palavra e pela postura e tem sido bem sucedido em camuflar durante a campanha, as suas ligações à extrema-esquerda.
Mas o seu currículo diz-nos que se trata de uma personagem inquietante.
Face a este passado só há duas possibilidades:
Ou Obama é de facto um radical socialista que detesta a América tal como ela é e a quer mudar para o "bem", ou é um indivíduo maquiavélico, capaz de montar qualquer cavalo para atingir o seu objectivo.
A 1ª possibilidade é desastrosa para a América e para a civilização ocidental, se ele chegar à Casa Branca
A 2ª diz-nos que Obama descartará rapidamente a tralha esquerdista e tentará pautar a sua conduta pelos padrões que se esperam de um POTUS.
Oxalá seja maquiavélico.

24 comentários:

Anónimo disse...

Junte outros a querer "change": Raila Odinga, Jeremy Wright, Louis Farrakhan.

"Como a lenta metamorfose de um monstro de um filme de horror, a Esquerda vem se recriando desde a década de 60 com tanto sucesso que hoje reaparece mais forte do que nunca (…). Sua ressurreição não trará exércitos revolucionários às ruas (…), envolverá uma ofensiva de ‘progressismo’ cujos alvos são o Partido Democrata, a Igreja, as Universidades e outras instituições liberais.

PETER COLLIER & DAVID HOROWITZ"

Anónimo disse...

http://www.exposeobama.com/

Luís Oliveira disse...

Até que enfim um bom contraponto à Obamania que tem assolado este blog!

Anónimo disse...

http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/

Anónimo disse...

Obama Birth Certificate Fraud Proof

http://www.youtube.com/profile_videos?user=syc1959

Diogo disse...

Jon Stewart entrevista Bill Maher. Este não poupa as religiões, incluindo e sobretudo o Cristianismo. A Sarah Palin também vem à conversa

Jon Stewart, do Daily Show, traz-nos um momento de humor corrosivo que pode, a espaços, magoar os mais religiosos. Bill Maher com o seu novo documentário de comédia que se chama “Regilulous” [Religious + Ridiculous], coloca em causa tudo o que se relaciona com religião. Sarah Palin, possível vice-presidente dos EUA, é metida ao barulho e não pelas melhores razões.

Maher: Xenu trouxe-nos para aqui há 75 milhões de anos. Amontoou-nos à volta de vulcões e fê-los explodir com uma bomba nuclear. Estas são as doutrinas da Cientologia... Somos mais antigos do que o Universo. A Confederação Galáctica durou 80 triliões de anos. Têm de se livrar do implante, dos ditadores extraterrestres! Estes implantes são almas maléficas, chamadas Thetans.

Maher: Sim, acho que neste momento há duas Américas. Há um país progressista, europeu, no qual muitos de nós vivemos ou gostávamos de viver, que está a ser estrangulado pelas Sarah Palin do mundo, e que não pode nascer porque este outro país, parolo e estúpido, não permite. Não quero ser bruto, mas...

Maher: 60% dos americanos acreditam literalmente na história da Arca de Noé. Acreditam que aquilo é literalmente verdade.

Maher: A questão é que nós nos rimos disto porque a Cientologia é uma nova religião. Mas não é tão ou mais disparatado ou estranho do que o Cristianismo, lamento dizê-lo. Simplesmente estamos habituados a essa religião. Mas se, hoje, alguém viesse ter contigo e te contasse a história que nunca tinhas ouvido. Se te dissesse: “Deus teve um filho. Era um pai solteiro. E disse ao filho: ‘Jesus, vou mandar-te para a Terra numa missão suicida, mas não te preocupes, não podem matar-te porque, na verdade, tu és eu. Mas vai doer um bocado, não vou mentir-te. Vais odiar-me, mas é o melhor para ti, filho. Para mim! É o melhor para mim! Eu sou tu e tu é eu.

Maher: O plano é o seguinte, filho: eu, Deus, o Pai, vou à Terra primeiro. Dividimos o trabalho porque somos dois. Na verdade, não! E vou ver se arranjo uma mulher palestiniana para engravidar. Para que ela possa dar-te à luz. A mim, quero eu dizer! É a coisa mais disparatada que alguma vez se ouviu!

Maher: Eu limito-me a fazer perguntas. Por exemplo, o que é que a fé tem de bom? Porque é que Deus simplesmente não derrota o Diabo? O próprio Diabo… Perguntei a muita gente, por exemplo, qual é a diferença entre o Diabo e o Anti-Cristo? Sabes?

Stewart: Tem com certeza algo que ver com o Judaísmo e de certeza que fomos responsáveis por alguma coisa. Mas não sei a diferença exacta. Ninguém sabe.

Maher: Foi o que nós descobrimos. As pessoas religiosas sabem muito pouco sobre religião. Eu não sabia. Perguntava: “O Diabo e o Anti-Cristo são o mesmo?” Todos disseram que não. E eu perguntei se o Diabo trabalhava para o Anti-Cristo. Ou é o anti-Cristo que trabalha para o Diabo? Ou são como o Joker e o Enigma? São os dois vilões e, às vezes, juntam-se para derrotar o Batman.

Stewart: Pessoas como Sarah Palin, pessoas muito religiosas... Barack Obama, que também é muito religioso. Não acho que as crenças deles sejam muito diferentes em termos de religião. Conseguem separá-las?

Maher: Primeiro, não sei se Barack Obama é muito religioso. Claro que tem de dizer que é, porque é candidato à Presidência nos Estados Unidos da América, Portanto, tem de o dizer. Mas espero que esteja a mentir. Eu não tenho problema nenhum com quem é falsamente pio. McCain é outro que não é nada religioso. O meu problema são as pessoas que acreditam mesmo. Sarah Palin acredita mesmo. E pode estar a um passo da Presidência. É uma pessoa que... Até as pessoas estúpidas agora pensam: “Bolas, ela é mesmo estúpida.”


Vídeo legendado em português

Paulo Porto disse...

"Ou Obama é de facto um radical socialista que detesta a América tal como ela é e a quer mudar para o "bem", ou é um indivíduo maquiavélico, capaz de montar qualquer cavalo para atingir o seu objectivo."

É maquiavélico. Isso é evidentiado pela sua ambição política, pela facilidade com que muda de opinião e renega (más) companhias antigas e recentes.

De resto, pior que Carter no plano externo ou que Clinton no plano interno será difícil.

NC disse...

Excelente post!

ml disse...

A mim, que não acompanho as eleições e me estou nas tintas para quem as vai ganhar - eles que são brancos que se entendam - dá-me vontade de rir ler estas salvé-rainhas:

a) isso é evidentiado pela sua ambição política,
b) pela facilidade com que muda de opinião
c) e renega (más) companhias antigas e recentes.


a) O McCain, não, até foi inscrito furtivamente pelos amigos, quando soube já estava nomeado. Aliás é um traço comum a todos os políticos, falta de ambição. O que é muito bom, livramo-nos rapidamente deles, como do Santana Lopes.

b) As Wall Street's roller-coaster week unfolded, John McCain's views on the economy went through about as many gyrations as the Dow Jones industrial average. Brace your neck for a quick recap.
USA Today

c) Como diziam os soixantards de Maio (arrrrrrrrrggggggggghhhhhhhhh!!!!) j’ai quelque chose à dire mais je ne sais pas quoi e portanto servi-me de uma busca rápida pelo google à cata de old friends.
Um tal Liddy – afamado arrombador de portas e autoproposto ‘seleccionador’ de rivais políticos, a ‘terrorist and convicted felon’.
Um tal Charlie Keating, construtor civil.
Mais um Wes Gullet.
E outros que não apetece procurar.

Isto dos rotos apontarem o dedo aos esfarrapados é do melhor que há.
Como diz um dos sites que encontrei por aí, cheiinhos de calhandrices iguais às do Obama, McCain is still the same old glad handing, do anything to serve his own raw ambition, politician who celebrated his birthdays with Charlie Keating and other power brokers.

Se o McCain ganhasse, vê-los-íamos a todos na mesa presidencial.

O tempora o mores, ó tempo das amoras!

Anónimo disse...

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és."

LOL!!!!! Essa é talvez a frase mais brutal contra a campanha do Maccain...

Caro Lidador, duas palavras:

Alan Greenspan

Unknown disse...

Caros ml e stran, não sei se repararam que este post é sobre Obama e não sobre McCain.

De resto, ml, deve ter reparado que a última frase do texto, expressa o desejo ( oxalá, inshalah, deus queira) de que Obama, se ganhar, seja maquiavélico.

Porque os maquiavélicos são pessoas racionais, movem-se por interesses.
O pior que pode acontecer a um país, é ter à frente um utópico em missão, tipo Zapatero (parece que anda chateado porque não foi convidado para a refundação do sistema capitalista e fica a falar sózinho com a Aliança das Civilizações e os amigos Chavez, Morales e Castro), Mário Soares, Amadinejah, Pol POt, Hitler, e por aí adiante.

Claro que McCain é ambicioso. Mas esse sabe-se que é e sabe-se ao que vem.
Não andou a apalpar o cu a terroristas e patetas de extrema-esquerda.
O Obama andou...e daí a dúvida. Fê-lo para trepar, ou fê-lo por convicção.
Se foi para trepar, é esperto e provavelmente dará um bom presidente.
Se foi por convicção, god help america...e nós tb.

Anónimo disse...

Caro Lidador,

Alan Greenspan

Diz-lhe alguma coisa?

Unknown disse...

"Alan Greenspan

Diz-lhe alguma coisa?"

Nunca falei com ele...que coisa queria que ele me dissesse?

Anónimo disse...

"Nunca falei com ele...que coisa queria que ele me dissesse?"

Já transcrevo, mas sabe quem ele é?

Unknown disse...

"sabe quem ele é?"

Talvez o autor do livro que tenho ali na estante, com meio milhar de páginas, com o título "A era da turbulência"

E que acaba assm: "o progresso não é automático; requererá futuras adaptações, por enquanto inimagináveis. Mas a fronteira de esperança...nunca se fechará"

Ah...e umas linhas antes... "aumentar os impostos dos ricos, uma solução aparentemente simples, provavelmente revelar-se-á contraproducente para o crescimento económico".

Porque será que escreveu isto?
Estaria a pensar nos suecos ricos da década de 70 (Abba,tenistas, etc) que assentaram residência oficial no Mónaco, Luxemburgo, etc, para fugir aos impostos?

Anónimo disse...

Pelo seguinte, do Greenspan para si:

""Those of us who have looked to the self-interest of lending institutions to protect shareholder's equity, myself especially, are in a state of shocked disbelief."

"I made a mistake in presuming that the self-interest of organizations, specifically banks and others, was such that they were best capable of protecting their own shareholders."

When asked "were you wrong" about the benefits of deregulation:

"Partially.""

Carmo da Rosa disse...

”Porque os maquiavélicos são pessoas racionais, movem-se por interesses.
O pior que pode acontecer a um país, é ter à frente um utópico em missão, tipo Zapatero…”



Lidador, agora já percebi a coisa melhor, e estou mais de acordo… Mas não creio que o Zapatero seja um bom exemplo de um utópico, talvez o Chavez, mas não é importante.

”O Obama andou...e daí a dúvida. Fê-lo para trepar, ou fê-lo por convicção.
Se foi para trepar, é esperto e provavelmente dará um bom presidente.
Se foi por convicção, god help america...e nós tb.”


Aqui está em poucas palavras um bom resumo de toda a questão. Eu creio que para chegar à posição em que se encontra Obama neste momento, num país como a América, é preciso ser-se esperto, maquiavélico, heterossexual e fazer de conta que se é crente, senão, nem pó…

E bem vistas as coisas, estas exigências (para ser-se presidente) não diferem muito de outros países...

Unknown disse...

STran, acho que você ainda não percebeu a raíz do crédito de risco.
Os bancos começaram a emprestar dinheiro, porque o governo federal os instigou e tranquilizou.
O subprime é isso, um crédito de risco estimulado pelo governo de Clinton, para que todos pudessem ter casa.
Se por acaso não sabe, houve até processos a entidades bancárias por não facilitarem o crédito.Olhe, justamente a Acorn esteve envolvida no activismo contra os bancos desconfiados.

Veja se entende...os bancos emprestaram dinheiro a clientes de risco, porque o governo se meteu no assunto.

Essa é a base do problema.
O que depois aconteceu é que foram criados produtos financeiros baseados no pagamento desses créditos e esses produtos foram comprados por muita gente e muitos outros bancos.

Quando o banco X, comprou o produto XPT, que por sua vez tinha na sua composição uma componente de crédito subprime, não sabia que na base do produto estava a dívida do Tony Smith e que o Tony Smith não tinha dinheiro para pagar.
O governo garantia, o produto era de confiança.
Quando falhou o tijolo na base da pirâmide, vem tudo por aí abaixo.
Moral de história: o governo não deve andar a estimular o crédito de risco por questões ideológicas.

Unknown disse...

CDR, o Zapatero é do piorio.
A Espanha está justamente a pagar as favas daquilo que lá chamam o "buenismo" do cromo.

Deu nova vida à ETA por querer ser "bom".
Tratou os EUA com o ódio de um Chavez, fugindo do Iraque, de uma maneira que não se faz a um aliado. Numa cerimónia em 2003, foi o único presente que não se levantou à passagem da bandeira americana, o que causou grande fúria yankee.
Andou a abanar o rabo com os islamistas na chamberlânica "Aliança das Civilizações".
Teceu grandes laços com Chavez, Morales, Kirchener, Castro, e demais carroceiros.
Meteu-se nas eleições italianas e francesas e fartou-se de em público criticar e gozar com Sarkozy e Berlusconi.

Agora tem um país em recessão, andam malucos à solta a abrir valas da guerra civil, as autonomias espingardam e a ultima gota de fel, foi não o terem convidado para a cimeira de refundação do capitalismo.
Os americanos não o podem ver à frente, o Sarkozy idem e o Berlusconi faz-lhe manguitos.
Um país como a Espanha, que no tempo de Aznar era respeitado e rico, está a braços com problemas graves e os amigos que lhe restam são os ditadores sul americanos e os islamistas.
Porra, se o homem não é uma besta, eu sou o génio da lâmpada.

Anónimo disse...

Meu caro Lidador,

Duas notas breves:

Primeiro, uma coisinha sem importância, digamos que uma simples nuance. Quando lhe perguntarem quem foi o Greenspan não responda que foi um escritor. É verdade que ele escreveu livros, mas não foi de preto nem de longe o mais importante que ele fez.

Segundo, dado o seu comentário, você não entendeu o inglês ou quer só desconversar? Espero que seja o segundo, sempre é mais elogioso para si.

Vamos então depois destas notas, afastarmos-nos do tema principal e comentar o que escreveu:

"STran, acho que você ainda não percebeu a raíz do crédito de risco."

Diga-me uma coisa que tipo de garantia que o Estado deu a estes empréstimos?

Anónimo disse...

Alan Greenspan
Diz-lhe alguma coisa?


Foi um dó ver a abjuração do Greenspan perante o santo tribunal. Que sim senhor, que vossas excias têm razão, a minha análise ideológica (sic) estava errada, afinal o que gira é o Sol, a Terra é imóvel no centro das esferas de cristal...
Ah, não, isto foi o Galileu. O Greenspan abjurou outra coisa qualquer, sei lá. Uns mercados livres, umas desregulações, uns shareholders, umas coisitas despiciendas sem qq efeito prático

Anónimo disse...

caro estimado

O post era apenas sobre o Obama, claro...
Novas regras no blogue?

Até se esclarecer o regimento deste espaço tente perceber - espero que com êxito - que o meu comentário apenas exibia um ligeiro espanto. Coisa pouca, já nada me surpreende assim tanto, apenas me levantou algumas dúvidas metódicas a censura indignada ao cripto-Obama à cause de três pecados mortais inaceitáveis num presidente.
- ambição
- mudanças de opinião ao momento
- amigos pouco recomendáveis

Como acusou o toque, não preciso de dizer mais nada, a não ser talvez acrescentar que um upgrade de lucidez melhoraria substancialmente as performances por estes lados. E a saúde dos blogueiros, os pés já mal aguentam tanto buraco.


Se foi por convicção, god help america...e nós tb.

Como o Greenspan, talvez?
E god, será que está para aturar erros de análise ideológica em homens agora 'muito chocados' com a actual situação?

RioDoiro disse...

Stran:

"Diga-me uma coisa que tipo de garantia que o Estado deu a estes empréstimos? "

Stran, nunca corte os atilhos de um fardo de palha antes de ter a certeza se gosta dele ou não.

.

Anónimo disse...

Sobre Obama

http://www.talkradionetwork.com/premiumstream?dispid=304&headerDest=L3BnL2pzcC9tZWRpYS9mbGFzaHdlbGNvbWUuanNwP3BpZD0zNDI2JnBsYXlsaXN0PXRydWUmY2hhcnR0eXBlPWNoYXJ0JmNoYXJ0SUQ9MzA0JnBsYXlsaXN0U2l6ZT0xMA==