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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Xeque ao Rei.

A incursão americana em território sírio não aconteceu por acaso. Uma acção desta magnitude tem consequências estratégicas e por isso não pode ter sido decidida a nível táctico ou operacional.
O mero ganho táctico de eliminar um quadro intermédio da jihad, não é justificação suficiente para desencadear uma operação transfronteiriça.
No Iraque está a acontecer algo que nem os mais optimistas previam há um ou dois anos, quando os analistas teciam profecias apocalípticas e nos próprios EEUU, a esquerda exigia histericamente a debandada.
A pacificação não está completa, mas é já claro que o Irão e a Síria fracassaram na tentativa de vergar a vontade americana, pelo uso do terror indiscriminado.
Pacificada a frente interna, os únicos catalisadores de conflitos são os jihadistas que, embora em menor número, continuam a entrar no Iraque, com o apoio tácito dos governos sírio e iraniano.
Tentada a pressão diplomática, o governo sírio foi fazendo ouvidos de mercador. Já o Irão, embora mantenha uma retórica do tipo chavista, agiu com bastante mais cautela e tratou de baixar o perfil.
Tal como aconteceu no Paquistão, chegou uma altura em que os comandantes americanos resolveram acabar com a conversa da treta e passar a atacar os santuários.
No Paquistão o governo percebeu logo que o tempo de arrastar os pés tinha expirado e apressou-se a lançar uma ofensiva geral sobre os santuários, que está ainda a decorrer.
A mensagem ora enviada aos sírios e iranianos é clara: os comandantes no Teatro de Operações têm, a partir de agora, carta branca para atacar o inimigo para lá das fronteiras do Iraque, se os governos desses países não desistirem de tolerar e apoiar os grupos que procuram desestabilizar a situação.
Sírios e iranianos reagiram com indignação, gesticularam, condenaram, acusaram, mas já sabem com o que contam a partir de agora.
Petraeus e Odierno sabem jogar xadrez. Estabeleceram uma boa defesa e estão agora em condições de avançar, pressionando directamente as peças que apoiam a insurgência.

6 comentários:

Anónimo disse...

"Sírios e Iranianos" "Sírios e Iranianos"...

E Sauditas? Não? O quê? Os Sauditas são todos anjinhos? Ah pois...

O quê? 11 de Setembro? Claro, "Sírios e Iranianos"... sem dúvida.

Por amor de Deus, a vossa capaidade crítica é do tamanho do vomitado de uma formiga embriagada.

Já agora, e aqui que ninguém nos ouve, quando vocês baixam as calças, se põem a jeito e os americanos vêem, são brutos e aleijam ou são meiguinhos e carinhosos?

Claro, Sírios e Iranianos, Sírios e Iranianos... os Árabes (com petróleo e desde que alçem o rabinho á América) são sempre bons e o islão é uma religião de paz.

Seriedade, conhecem? Espreitem o dicionário que não morde...

Diogo disse...

Grande Lidador! Sempre tão estrategicamente inteligente! Bravo!

Unknown disse...

"E Sauditas?"

Parece que os sauditas, os marroquinos, os líbios, etc, entram pela Síria.
Consta que os Sauditas vão controlando as suas fronteiras o melhor que podem...ainda há dias meteram mais de 1000 na cadeia.
A Síria não...a Síria vai ajudando a malta a circular...recebe-os no porto de Latakya, aloja-os em safe houses e despacha-os para a fronteira do Iraque.
Quem brinca com o fogo queima-se.


"Sírios e Iranianos... os Árabes"

Os iranianos não são árabes.


"Espreitem o dicionário que não morde"

A si, pelo contrário, parece que lhe tem dado umas valentes dentadas.
É que não se escreve "os americanos vêem", nem "á América", nem "alçem".

Anónimo disse...

Ok Lidador, aceito e agradeço as suas correcções no que toca ao Português. Se bem que continuo com dúvidas em relação ao "vêem" ou "veêm" ou "veem"... como é afinal?

Quanto ao que se passa no Iraque, temos dois grandes polos: A Arábia Saudita e o Irão. Um acontece que é pró-Americano e por isso não leva com as críticas do pessoal.

E não, os Sírios não são "Árabes" daqueles que eu estava a falar... são uma mistura... Falava dos Estados do Golfo: Arábia Saudita, Koweit, Barhein, Qatar, Emiratos Árabes Unidos e Omã. Estes são os Estados que correspondem a uma única Nação: A Nação Árabe. Estes estados exercem a mesma influência no Iraque que o Irão. A Síria e o Líbano (Hezbollah?) por seu turno, já caem na esfera de influências do Irão, principalmente por não serem "aceites" pelos Estados Unidos no plano internacional.

E o que a gente vai vendo no Iraque é exactamente isso, uma guerra de influências entre os Iranianos e os Árabes (do tipo Golfo/Saudita) pelo controlo do Iraque. E esta aparente pacificação é apenas aparente.

Eu sou o primeiro a tirar o chapéu ao grande trabalho liderado pelo General Patreas (estará bem escrito?) mas assim que os Americanos começarem a retirar, a violência volta em grande escala. Árabes e Iranianos estão apenas a manter posições, "escavando trincheiras" que a brincadeira ainda mal começou... de facto, até vemos a Europeíssima Turquia a abusar do Curdistão, tal é a bicharada que por ali se vai levantando...
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Só comentei assim porque penso que este post é palha, não diz nada... O Lidador pelo menos podia ter-nos dado informações sobre o que se passou na Síria mas... bem, agora vou ladrar para outra freguesia. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Antes de tudo, obrigada por me ter enviado o end.do blogue!
O meu português não é famoso e agradeço corecções..pois a minha lingua materna é o francês...e ainda hoje dou pontapés não voluntários na gramática portuguesa....
Sou Libanesa....da minoria cristã...e com franqueza estou cansada destas guerras..guerrilhas....
mas bom a realidade é o que é...
cansada dos noticiários...
pois fiel Inimigo vou seguir-te com atenção para ficar actualizada...
Liza Hanna.

Unknown disse...

Cara Liza, obrigado por nos ler.
De vez em quando escrevemos coisas sobre o Médio Oriente e infelizmente o seu país está muito perto do olho do furacão.

Se tiver curiosidade,Este poste , sobre o Líbano, acaba de ser publicado no nº de Outubro da Revista do Exército Português (Jornal do Exército).
Os melhores cumprimentos e os meus votos de que o seu país venha a ser o que já foi.