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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Europa e as palavras: a ajuda dada para afundar ainda mais o barco


O Zimbabué está mergulhado em tudo quanto é crises: numa crise económica, numa crise humanitária, numa crise política, numa crise social. O país está completamente de pantanas, fruto da inteligente gestão do camarada Robert Mugabe, que em 1980 foi eleito pela maioria Shona (da qual faz obviamente parte), para o cargo de Primeiro-Ministro. De Primeiro-Ministro para Presidente inquestionável da República foram precisos apenas pequenos passos, passos esses dados com recurso à lei das armas e do medo, obviamente.

Depois da junção da ZANU de Mugabe com a ZAPU (ambos os partidos foram, convém frisar, camaradas de armas na luta contra o regime de Ian Smith), o espaço para a actuação espectacular de Mugabe estava aberto. "Rumo ao socialismo" era a frase em 1987: reformas esperavam-se no Zimbabué.

As reformas duplicaram o atraso de que o país já sofria (os atrasos, diga-se, não eram nada do outro Mundo dentro do contexto Africano naqueles tempos, sendo que o país até dava sintomas de interessantes progressões).

Robert Mugabe estendeu os tentáculos do Estado a todos os cantos da vida económica. A reforma agrária, a nacionalização compulsiva das indústrias, a expropriação e expulsão da minoria branca, o controlo dos preços e a corrupção conduziram o Zimbabué rumo à penúria, via socialismo (não estará o que o tipo fez escrito em algum lado?).

Não nego, no entanto, a necessidade de reformas no Zimbabué aquando da chegada de Robert Mugabe: a minoria branca possuía, na altura, a grande maioria das propriedades, a esmagadora maioria das indústrias e dos recursos naturais, por força do apoio dado a elas pelo regime de Ian Smith.

Robert Mugabe achando que amor com amor se paga, aqui vai disto: o pior é que, em vez destas propriedades passarem para as da maioria negra (do mal o menos), as propriedades passaram para a sua família e para os seus amigos, sob o pretexto de que era o Estado que as possuía.

É agora chegada a hora de alguém chegar à caixa de comentários do Fiel Inimigo, afirmando que isto não é socialismo. Desculpem meus amigos, mas eu não conheço outro socialismo: eles acabaram sempre da mesma maneira.

Motivada pela crise de cólera que assola o território, a União Europeia vem, finalmente, pedir a demissão do senhor Mugabe.

Uma pergunta vem-me à cabeça: será que a União Europeia acha que com pressões diplomáticas e com um apertar maior à economia do Zimbabué chega a algum lado? A mim parece-me que estas soluções à Europeia só prejudicaram ainda mais o Zimbabué.

A inflação continua a subir a olhos vistos: em Abril deste ano chegou aos 100000%!

Não é o apoio ao amiguinho Morgan Tsvangirai que vai resolver o problema, até porque o homem é farinha de saco diferente mas parecido: na década de 80, Tsvangirai era um conhecido membro da ZAPU-PF. Apenas em 1999 é que foi fundado o MDC. Convém não esquecer, também, que ele é o actual Primeiro-Ministro, aceitando trabalhar com Mugabe.

A solução é única: intervenção militar. E agora os Estados Unidos da América, que salvaram a situação na Jugoslávia depois de tanta trapalhada da Europa e tiraram Saddam Hussein do poder em 2003, podem revelar-se indispostos.

Desculpem a redundância, mas face à condenação cega de praticamente toda a Europa à intervenção militar Americana que livrou o Iraque de um tipo de nível superior ao Mugabe, como agirá a Europa a favor de uma intervenção no "pacífico" Zimbabué?

37 comentários:

Carmo da Rosa disse...

Até o Bispo Desmond Tutu da África do Sul pede uma intervenção militar. O que significa que Deus já deu a sua aprovação... Bora.

Anónimo disse...

Que o Mugabe é péssimo, já toda a gente sabe. Os critérios de "intervenção" é que são diferentes. Porque é que a "Europa" (e por extensão, o chamado "Mundo Ocidental") permite tal descalabro é um mistério insondável. Talvez o Deus do Tutu saiba a resposta...

Carmo da Rosa disse...

”Porque é que a "Europa" (e por extensão, o chamado "Mundo Ocidental") permite tal descalabro…”

Talvez porque os Africanos já têm idade para resolverem os seus problemas!

É triste mas é verdade, mas enquanto os problemas no Zimbabué não afectarem demasiado os interesses da Europa ninguém pensa em intervir. Isso é aliás muito mal visto no mundo ocidental…

Sérgio Pinto disse...

Hum, se eu percebi bem, considera o Saddam um mal maior que o Mugabe; por outro lado, considera o Mugabe um representante do socialismo; anda por outro lado, sabemos que o querido Rummy, durante a presidência do adorável Ronnie, andou a apertar alegremente a mão ao "mal maior". Posso, portanto, concluir que o neoliberalismo se faz de alianças com ditadores e de absoluto desrespeito pelos direitos humanos, certo? Não estou a ser simplista, nem míope, nem desonesto, pois não?

P.S. Acho que sim, bomba para cima deles! Mas algum dia houve algum problema que um bom Tomahawk não resolvesse?!

Renato Bento disse...

"considera o Saddam um mal maior que o Mugabe"

Utilizei uma força de expressão. Ambos são péssimos, mas existem óbvios pontos onde se cruzam: de cabeça, posso lançar a corrupção, a ditadura e a eliminação de adversários como pontos em comum.

"anda por outro lado, sabemos que o querido Rummy, durante a presidência do adorável Ronnie, andou a apertar alegremente a mão ao "mal maior""

Epa, o mal maior na altura até era o mal menor. Porque razão não se deveria apertar a mão ao Saddam? Porque razão haveríamos de deixar de apertar a mão a um tipo que até satisfazia as nossas vontades?

"concluir que o neoliberalismo se faz de alianças com ditadores e de absoluto desrespeito pelos direitos humanos"

Conclui mal. Os estados fazem alianças com ditadores se estas alianças servirem os seus interesses. Não são unicamente os estados neoliberais: o paraíso socialista denominado Venezuela vende petróleo para os Estados Unidos da América, dominados pelo ditador Bush.

O paraíso Cubano e Soviético alimentou o terror da Etiópia comunista, apoiando com armas e até com o envio de exércitos a subversão do povo Eritreu à Etiópia.

A União Europeia compra produtos aos Chineses, quando sabe que a mão-de-obra é, muitas vezes, juvenil. Não será isto uma afronta aos direitos humanos?

É preciso ser-se neoliberal?

Fazem-se alianças com quem garante a satisfação dos nossos interesses. Independentemente da política interna do país: não interessa para nada quando não entra em conflito com os interesses.

Óptimo é quando o interesse se une com ideais bonitos que o liberalismo de cariz Ocidental defende. Mas sabemos que os casos são poucos, pelo que não é admíssivel pedir a um país que se lance na estupidez de uma operação de género salvadora sem algo em troca.

Anónimo disse...

Claro!!!
Agora são os "verdadeiros socialistas" que dizem que o Mugabe não é "socialista" e querem intervençao armada no Zimbabue.
Foi "socialista" durante trinta anos porque raio deixou de o ser?

Unknown disse...

" não é admíssivel pedir a um país que se lance na estupidez de uma operação de género salvadora sem algo em troca. "

A ética altruista é bastante estupida, mas infelizmente faz o nosso tempo.
Toda a gente é ensinada a acreditar que é uma coisa correcta abdicar dos seus interesses em função dos interesses dos outros.
Trata-se de uma refindaa estupidez que conduz directamente à auto destruição ou à hipocrisia.
Nós humanos, funcionamos com valores. E valoramos aquilo que nos interessa e nos define como humanos. A começar pela própria vida.
Não faz qq sentido que sacrifiquemos aquilo que mais valoramos, em funçao de coisas a que não damos tanto valor.É como dar uma nota de 20 euros em troca de uma moeda de 1 euro.
É irracional.
A ética egoísta, expurgada da carga negativa que se lhe foi colando, é bastante mais racional e humana.

Sérgio Pinto disse...

Epa, o mal maior na altura até era o mal menor. Porque razão não se deveria apertar a mão ao Saddam? Porque razão haveríamos de deixar de apertar a mão a um tipo que até satisfazia as nossas vontades?

Portanto, pode deixar de ser hipócrita quando vem aí pregar contra pretensos relativismos, já que afinal é precisamente isso que você faz.

Quanto ao resto, suponho que tenha percebido que estava a ser irónico. Se você for de facto idiota o suficiente para achar que o Mugabe é o socialismo, lamento a sua sorte. Mas confesso que é sempre giro ver a direita autista a determinar quais são os paraísos socialistas, construindo o seu 'argumento' a partir daí.

Eu cá acho que o Chile do Pinochet é o neoliberalismo. Hum, pois.

Renato Bento disse...

Faça-me um favor caro Sérgio e responda-me a uma pergunta: o que é o socialismo?

Carmo da Rosa disse...

"o que é o socialismo?"

Ricardo,

Posso responder pelo Sérgio?

Há quem diga que o Socialismo é o caminho mais longo para atingir o Capitalismo...

Unknown disse...

"sempre giro ver a direita autista a determinar quais são os paraísos socialistas"

Vejamos:

1-Mugabe sempre se reclamou socialista.
2-Aplicou no Zimbabwe a receita socialista (nacionalizações, expropriações de terras aos ricos para dar aos pobres, controle de preços, etc)
3-Transitou rapidamente para resposta socialista repressiva aos "sabotadores" e "inimigos do povo".
4-Chefia um Partido cuja ideologia é socialista e comunista.

Ou seja, diz-se socialista, organiza-se como socialista e age como socialista.

Mas este cromo, notário mor do rótulo "socialista", ache que ele não é aquilo que é, porque a coisa deu para o torto.

Ora como a coisa deu SEMPRE para o torto, em todas as latitudes e épocas e que foi tentado, a conclusão é evidente:

Nada daquilo era o VERDADEIRO socialismo.
Esse é etéreo e reside algures na cabaça privilegiada do cromo de serviço.
Não é, nunca foi, há-de ser.
E se um dia acordarmos no céu, vestidos de túnica e a tanger harpa, isso será o socialismo.
Até lá, nada é, mesmo que todos os carniceiros deste mundo se tenham considerado e agido como tal.

Estamos pois no domínio da fé.
O reino de Deus há-de vir.

Ricardo Lima disse...

Que comico. Sempre que a estrela da bandeira passa a estrela cadente, já não é socialismo. É apenas uma distorção dos belos ideais marxistas. Como na URSS, na China, em Cuba e no proximo país que virar vermelho. Eu também pensava assim até começar a associar o palavreado do Marx acerca da pureza da classe trabalhadora, eternos burgueses, revolução sangrenta e reeducação com o nosso bom velho Pol Pot.

Sérgio Pinto disse...

Caro RB,

Continuo à espera que me explique a diferença entre os relativismos maus (aqueles que aqui, por manifesta ignorância ou má fé atribuem a uma Esquerda imaginária) e os bons (aquele que você mesmo tão claramente expressão nesta caixa de comentários). E, já agora, se "o neoliberalismo" é "o Chile do Pinochet".

Quanto ao resto, suponho que saiba que não há resposta única a essa questão, da mesma forma que não um manual que defina o que é "O Socialismo". Além disso, evidentemente, seria preciso ser fantasticamente imbecil para achar que uma corrente política é estanque e não evolui à medida que as circunstâncias à sua volta também mudam. Suponho que não o seja (ao contrário do Lidador).
Por outro lado, bastaria olhar para o Sócrates, o Zapatero, o Fabius, a Aubry, o Lafontaine, etc., (ou para 'n' economistas europeus e/ou americanos) para perceber que há umas quantas diferenças entre eles.
Se quiser ficar por cá, imagine blogues como o Canhoto, o País Relativo, o Arrastão, o 5 Dias, o Ladrões de Bicicletas ou o Jugular e facilmente se aperceberá das diferenças.

Sérgio Pinto disse...

Caro Ricardo Lima,

Deve ser muito engraçado esse seu mundo em que 'os socialistas' seguem à letra obras do século XIX. Quando sair dessa realidade paralela e chegar à mesma que eu habito, avise-me, sff.

Sérgio Pinto disse...

Sim, sim, lidado, tem toda a razão, claro.
Eu até tenho aqui um manuscrito do Marx que explica que "O Socialismo" requer, e assim será para todo o sempre, sem qualquer possibilidade de alteração, o seguinte:
- perseguição acirrada de todos os potenciais opositores, dentro e fora do sistema (na prática) de partido único vigente
- dar contratos estatais a aliados políticos, independentemente do seu desempenho ou de problemas sociais causados pelo acréscimo de pobreza
- expropriação e perseguições violentas, baseadas ou influenciadas pela cor, com posterior favoritismo dos apoiantes, ainda que sob o pretexto oficial de ajudar os desfavorecidos
- perseguição e encarceramento dos homosexuais, cujo "comportamento sub-animal" não pode ser tolerado
- expulsão ou criação de barreiras à actividades de organizações internacionais e ONGs
- criação do caos económico, corrupção generalizada e opressão de toda a sociedade

Unknown disse...

SP, ao falar das suas últimas referências "socialistas", entre as quais o Zapatero, que acaba de conduzir a Espanha à pior crise das últimas décadas e o Sócrates das "políticas de direita", fiquei finalmente a perceber que o socialismo é uma crença.

Claro que o SP não pode negar os resultados e atrocidades do socialismo real. Pelo contrário, até os condena firmemente, (embora, suspeito, não tão firmememte como as variantes nacionais, como o nacional-socialismo) e nega categoricamente que esses desvios históricos exprimam a “essência” do verdadeiro socialismo.
Não, para os SP deste mundo, o verdadeiro socialismo, cujos exactos contornos só eles conhecem, permanece intacto, virgem, puro, e prestes a despontar no horizonte da felicidade humana.
Trazido por homens bons, bem-intencionados, cheios de si e da sua moral, basicamente santos ou anjos, embora me pareça que nenhum dos fantásticos seres que nomeou se enquadre no exigente padrão.
Na verdade a irrecusável realidade do pesadelo, demonstra apenas a benignidade do princípio ou, dito por outras palavras, o facto de os frutos serem venenosos, mostra que a árvore é maravilhosa e na próxima floração é que vai aparecer a maravilhosa fruta que todos sabem que há-de vir.
Até lá, os factos não servem como critério, apenas as intenções, porque o reino do “verdadeiro socialismo” não é deste mundo e a tenebrosa realidade que engendrou não é imputável ao conceito em si, mas ao próprio mundo, que não está preparado para uma ideia tão bela.


São assim os cromos alienados de uma esquerda que, liberta do lastro incómodo dos monstros históricos que gerou, se alça ao firmamento puro das intenções, reino da fé, Montanha de Açúcar onde é domingo sete dias por semana, pastéis de Belém florescem nas sebes, e todos são iguais e tocam harpa, andam de túnica e dão as mãos, sob o olhar benévolo e vigilante do tratador, perdão, do cuidador, que também é igual, mas um bocadinho mais igual que os gajos de túnica.

Eu, irrecuperável céptico, vislumbro aqui aqui uma patética, mas tão humana, técnica de fuga.
O socialismo real é a pele morta que a víbora larga, porque já não serve. Enquanto a malta acorre para bater na pele, a víbora esgueira-se para mais uma tentativa.
Mas é a mesma víbora.
Nesta fantástica visão, socialismo será qq coisa que cheire bem e pareça bem.

Notável alienação.

Anónimo disse...

Eh, pá ... também não é preciso bater tanto neste homem: isso é racismo. O tipo só cometeu "uns desvios", alguns "erros" e houve algumas "traições". De resto isto teria sido o Éden não fosse Bush, Blair, Aznar e ... e ...a malária trazida pelos sionistas.

Sérgio Pinto disse...

lidado, falei de líderes de partidos socialistas europeus (sim, o do Lafontaine não tem socialista no nome). Podia ter sido mais abrangente e falado do Louçã ou do Jerónimo mas, enfim, também é verdade que coloquei um "etc." no final da pequena lista de exemplos dados.

O Zapatero conduziu isso tudo, foi? Curiosa a forma como, no espaço de 1 ano quase todos os líderes europeus conduziram os respectivos países a crises. De facto, é extraordinária a simultaneidade de péssimos líderes nos tempos que correm.

Quanto ao resto, a técnica continua a ser a mesma de sempre, como a ml bem diagnosticou: fuga em sempre, tentando ir saltitando de assunto em assunto e disparando para todos os lados, na sempre esforçada (e sempre frustrada) esperança que ninguém repare na patética figura que faz ou na forma como já esburacou os pés com tanto tiro auto-infligido.

Olhe, experimente substituir, no seu arrazoado, o termo "socialismo" por "liberalismo" ou "neoliberalismo". Reconhece-se no espelho? Pois, nestas alturas é que se percebe ainda mais claramente o seu passado AOC. A fé e a fúria 'conversora' mantêm-se, mudou o objecto de adoração.ago

Unknown disse...

LOuçã e Jerónimo?

Inacreditável!
Em que mundo de loucos vive você para tomar por modelos cromos que detestamm a "democracia burguesa" e só estão no jogo político porque não têm alternativa?
Não se lembra de 1974 e 1975?
Não se recorda de este país, conduzido por gente como essa, ter estado à beira da guerra-civil,da bancarrota, do totalitarismo?
Não se lembra que nesse curto período houve mandatos de captura em branco, gente torturada e seviciada nas prisões, mais presos políticos do que em 48 anos de ditadura corporativista?
Não se lembra dos tribunais revolucionários, dos saneamentos de "fássistas", das perseguições?

Porra homem, se a história não lhe chega, o que lhe resta?
A fé?

E depois fala-me de Lafontaine, um inacreditável bimbo que dirige um partido onde estão os remanescentes da Stasi e do partido comunista que levou a ex-RDA à bancarrota e oprimiu milhões de alemães.
Um tipo que elogiouo ditador Erich Honecker e que, pese embora o seu "socialismo", vive num faustoso palácio.

Porra!

Sérgio Pinto disse...

Lidado, continuo a achar fantástica a sua incapacidade de ler e compreender o que os outros comentadores escrevem.

Eu explico devagarinho: falei de EXEMPLOS DE VÁRIAS CORRENTES, entende? O que implica que tenham diferentes pontos de vista, o que vem, naturalmente, no seguimento do que tinha dito ao Ricardo em comentários anteriores. Como poderia ter reparado, caso tivesse sido capaz de interpretar o que escrevi, não manifestei apoio a nenhum deles, nem isso é relevante para o que estava a ser dito.
Ah, e o Lafontaine já tinha sido mencionado (ao que parece até chegou a ser Ministro das Finanças e só saiu do SPD em 2005).

De resto, você continua a fuga em frente, saltitando de tema em tema. Bom proveito!

P.S. Já agora, não, não me lembro de nada do que descreve, mas confesso a minha falta de interesse na sua 'História', bem como nas suas opiniões sobre qualquer um dos senhores anteriormente mencionados.

Renato Bento disse...

"se "o neoliberalismo" é "o Chile do Pinochet"."

Não, não é.

Não vejo essa diferença que o Sérgio vê: enquanto que os relativismos bons têm pouca publicidade, os maus têm a mais. Chamei para mim a responsabilidade de dar mais publicidade aos bons, através deste blog, para que a malta saiba que os maus são tão maus como os outros.

""O Socialismo"

Então não é aquela coisa da sociedade sem classes, onde os burgueses são iguais aos proletários e onde a riqueza é sabiamente dividida?

"uma corrente política é estanque e não evolui à medida que as circunstâncias à sua volta também mudam."

Claro que sim caro Sérgio. Mas este Socialismo mudou tanto, que os denominados partidos socialistas da Europa hoje não defendem o verdadeiro socialismo. Utilizam as reformas "socializantes".

Renderam-se ás evidências...

"para perceber que há umas quantas diferenças entre eles."

Tal como começaram a existir na série de Internacionais. Enquanto que, na altura, se debatia a melhor maneira de chegar ao socialismo, agora debate-se a melhor maneira de conviver com ele.

Renato Bento disse...

"de conviver com ele."

o capitalismo.

Unknown disse...

"Já agora, não, não me lembro de nada do que descreve, mas confesso a minha falta de interesse na sua 'História'"

É natural. Todas as beatas tapam os ouvidos e fecham os olhos para evitar ouvir ver "poucas-vergonhas".
A sua atitude é, infelizmente, deveras típica.
Creia que o lamento, embora lamente ainda mais o sistema de doutrinação que produz patetas como você, sempre ansiosos por clérigos da verdade, que lhe expliquem o mundo de forma simples.

Sérgio Pinto disse...

Não vejo essa diferença que o Sérgio vê: enquanto que os relativismos bons têm pouca publicidade, os maus têm a mais

Fantástico! É que andei este tempo todo a pensar que vocês se insurgiam contra os (pretensos) relativismos da Esquerda (a que existe apenas na vossa cabeça, mas isso agora nem interessa), para descobrir que, afinal, relativizar é perfeitamente aceitável. Mais que isso, é recomendável. Desde que aprovados por vossas excelências, claro.


Então não é aquela coisa da sociedade sem classes, onde os burgueses são iguais aos proletários e onde a riqueza é sabiamente dividida?

Pode ser para si. Suponho então que considere que não há socialistas por aí, talvez à excepção do PCP...


Mas este Socialismo mudou tanto, que os denominados partidos socialistas da Europa hoje não defendem o verdadeiro socialismo. Utilizam as reformas "socializantes".

Eu dei-lhe meros exemplos, já lhe disse que poderia ser mais abrangente (e o Lafontaine não é o Sócrates, por exemplo). Mas isto parece-me evidente: o Sócrates, o Ferro Rodrigues, o Pedroso e o Alegre são do mesmíssimo Partido Socialista. Será que não vê diferenças entre eles?


Renderam-se ás evidências...

Isso, isso. Vá decretando fins da história.

Parece que o Greenspan também se rendeu às evidências recentemente. Até o Bush anda auto crítico, ultimamente...

Unknown disse...

Cada vez se aprende mais. Segundo aqui o nosso socialista de plantão, o socialismo já não é bem uma doutrina, muito menos uma ideologia, mas algo que varia conforme as cabeças de cada "líder".
É, por assim dizer, de geometria variável.
Se o cromo gosta do "líder", temos socialismo do bom. Se o cromo não aprecia o líder,temos um socialismo menos bom.

Ou seja no prato da feijoada só há feijão.
O feijão é o feijão e nisso tdoos estão de acordo, mas o arroz é arroz para uns e uma variante do feijão, para os feijonistas.
A dobrada, para os feijonistas, é outra versão de feijão e o chouriço, evidentemente feijão de outra espécie.

Postas as coisas nestes termos, se a feijoada é boa é porque o feijão é bom, como é evidente.
Se a feijoada é uma porcaria, não é o feijão que está em causa, o problema foi com uma variante do feijão. Na verdade, se formos ver bem, nem sequer era feijão, e por isso é que sabia mal.

É do caraças...a estupidez aprofunda-se.

Sérgio Pinto disse...

Lidado,
Quando eu quiser aprender algo, sobre qualquer matéria, prefiro fazê-lo a partir de alguém que esteja dentro do assunto. Bem, certamente que não me fiaria em analfabetos funcionais, que à 5ª tentativa ainda não conseguiram perceber nenhuma resposta.

O único clérigo que anda por aqui é você. Infelizmente, o senhor padre debita inanidades sobre o Stiglitz ou sobre a inexistência de recessões nos EUA nos últimos 30 anos, ao mesmo tempo que cospe parvoíces sobre Orwell, Russel ou certos Prémios Nobel, apenas contribuindo para espalhar as trevas. Bem, como todas as religiões, de resto.

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Faça o favor de se alfabetizar. Até lá, escusa de tentar ler comentários de outras pessoas. Primeiro, não falei em bons nem maus, nem fiz juízos de valor. Segundo, apenas referi que há incontáveis personagens que se reclamam socialistas, tendo ideias bastante diferentes entre si. Terceiro, é absolutamente imbecil dizer que o Mugabe é "O Socialismo", como já foi amplamente demonstrado.

Vá, e agora escusa de responder, que eu tenho pouco tempo para dar troco a todo o género de parvoíces.

Unknown disse...

" é absolutamente imbecil dizer que o Mugabe é "O Socialismo"

Claro que não é. "O socialismo" é o que o meu caro amigo tem na sua cabeça.
O do Mugabe é apenas uma "variante sobre a qual cromos como o meu amigo não fazem "juízos de valor". É feijão, logo há-de ter alguma coisa de bom. Nem que sejam as "intenções"
Os "juízos de valor" estão obviamente reservados para o Bush, o Blair, os americanos, enfim, o "neoliberalismo", o que quer que isso seja.
Como de resto bem diz um do seus reconhecidos "líderes" o camarada Jerónimom, ao garantir que não nos cabe a nós fazer juízos de valor sobre o caminho para o socialismo que os "povos da Coreia do Norte", seguem.
E por falar de "líderes", o Grande Líder tb era socialista...de facto era ex-major do Exército Vermelho. E o Querido Lider tb, e até é Deus, o deus zuche, ou lá o que é.
Os tontos como você precisam de "líderes", e estão prontos a bater palmas com as nalgas, para "lutar" por um "mundo mais justo".
Como o Lafontaine, a apalpar o cu aos amigos da Stasi e a defender "os pobres e oprimidos" do alto do seu palácio.
E você, pobre básico, bate palmas a estes vivaços e agacha-se para que o montem.
Arre que é burro!

Sérgio Pinto disse...

Pode continuar a grunhir as parvoíces rascas e as mentiras de sempre, mantendo o habitual nível rasteiro que caracteriza os invertebrados. Está tudo dito e a sua iliteracia já foi suficientemente ridicularizada.

Unknown disse...

Lá está. O tal socialismo sem "juizos de valor".
As beatas inflamam-se sempre e acaba por se lhe ver as cuecas.
Sujinhas que é um louvar a Deus.
Deixe-se disso, meu caro. Os seus titereiros não merecem o seu entusiasmo militante e arvorar orgulho na condição de títere, não abona muito em favor de si.

A propósito, já leu os "Cadernos Marxistas", escritos pelo seu "líder"?
Devia ler.
Talvez evitasse que o comessem por parvo e que o usassem para colar cartazes.É que pelo seu nível de argumentação, não acredito que algum dia abiche uma sinecura no estado-maior da "luta".
As "bases" são o seu futuro. Liberte-se da canga enquanto é tempo ou acabará a fazer romagens de saudade no reino da estupidez.

Sérgio Pinto disse...

Ninguém lhe pediu conselhos. Faça o favor de deixar de ser ridículo e de achar que está em posição de se arrogar saber o que quero ou onde vou chegar. Aliás, para quem demonstra tão gritante analfabetismo funcional e incapacidade de discutir seja o que for sem recorrer a mentiras e deturpações, estranho que se apresse a tentar pronunciar-se sobre terceiros.

Melhor faria em guardar tais 'conselhos' para si próprio. Afinal, as 'Novas Oportunidades' andam aí.

Unknown disse...

"Ninguém lhe pediu conselhos."

Não se irrite. Não os pediu de forma clara, mas toda a sua argumentação aflige as boas almas e constrange ver mentes simples como a sua, lavadas de forma tão completa pelos "lideres" de serviço.
Nota-se que tem fé na "causa", mas todas as fés são perigosas para pessoas como o meu caro amigo, tão carente de se sentir ao serviço de algo maior, tão disposto a alargar as bimbas para que o "líder" entre por aí adentro, com o "socialismo" do dia.
Leio as patacoasas que escreve e não consigo deixar de ver lá ao fundo o "líder" Louçã, de cabeção ao pescoço, a arreganhar a tacha, feliz por ter discípulos tão pavlovianos.
E burros como as casas, incapazes de compreenderem que não passam de idiotas úteis que oferecem a sua garupa às nalgas do "líder", convencidos que um dia passaraão de cavalgaduras a íntimos do "líder".

Não, não pediu conselhos, mas mesmo assim devia ler os "Cadernos Marxistas", para perceber a que ponto está a ser cavalgado.
Não se sentirá feliz, é verdade, mas a prazo será bom para si.
Oxalá tenha a coragem de ler mais do que o missal.

Sérgio Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sérgio Pinto disse...

Lamento que não logre alcançar o quão patéticas são essas tiradas acerca do que outrém "não consegue deixar de ver". Mas adiante, esses paternalismos pacóvios provenientes de alguém que é sistematicamente envergonhado pela familiaridade que insiste em aparentar relativamente aos mais diversos temas e autores mostram apenas o quanto é positivo que alguém do seu calibre nunca tenha tido poder para pôr a sua fúria 'educadora' em prática.

Vá, agora junte-se aí ao Camarada Jerónimo e partam à procura do respectivo sol-na-terra, cada qual no seu delírio pessoal. Afinal, o liberalismo nunca existiu, e estas crises são inevitavelmente provocadas pelo polvo socialista, cujo longo braço está sempre a meter-se onde não é chamado.

Unknown disse...

"Afinal, o liberalismo nunca existiu"

Acha mesmo?
Não estará a confundir liberalismo com o Pai Natal?

Sérgio Pinto disse...

O que eu acho mesmo é que você tem tanto jeito para ler como para fazer traduções de inglês para português, caso contrário não faria uma pergunta tão cretina.

ml disse...

nestas alturas é que se percebe ainda mais claramente o seu passado AOC.

A Aliança Operária e Camponesa quedeustenha.
O que eu gosto destes ex-maoistas! A rigidez das artérias cerebrais, o motor a dois tempos, o genérico das fórmulas universais:

Horizonte Vermelho=Eixo do Bem versus Resto do Mundo=Eixo do Mal.

Devemos apoiar tudo que o inimigo combate, e combater tudo o que o inimigo apoia.
A nossa posição é a do proletariado e das massas populares.


E que tal uma voltinha de 180º? Desliza-se para o campo oposto, mantém-se a fórmula triunfante:

Horizonte Neoliberal=Eixo do Bem versus Resto do Mundo=Eixo do Mal.

Fanatismo, pregação alucinada, adjectivação, metáforas (as metáforas são do melhor), verborreia oca?
Na... Herança ideológica.
Grande Mao! Cabeça que aquelas mãos tenham moldado nunca mais desformata.


Nem mais um soldado para as colónias!

E é vê-los agora sem qualquer decoro e cheiinhos de fé exaltada a acusar outros dos dogmas que então defendiam. Mas isso são eles, estão imunizados por uma bula especial para zunir moralidades retro-revolucionárias.

Lindo!, é por isso que gosto dos Fiáveis Fiéis.