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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Força desproporcionada


A propósito de Gaza, ouve-se para aí outra vez a lengalenga da "força desproporcionada" ou "excessiva", para qualificar a reacção israelita ao contínuo foguetório islâmico.

Quem a entoa é a esquerda moderna "anti-sionista" acompanhada à viola pela direita "antisemita", ao toque de caixa dos aiatolas e da rua islâmica, que não podem deixar de se maravilhar pela facilidade com que conseguem fazer dançar em elaboradas coreografias, récuas de génios do "pensamento", como o Dr Miguel Portas, o Daniel Oliveira , o Carlos Vidal, o Nuno Ramos de Almeida, e outros notáveis do nosso rectângulo.
Trata-se de gente de paz, embora o seu entranhado amor pela paz tenha fases.
Por exemplo, não lhes encheu o coração quando de Gaza eram lançados foguetes e bombistas contra Israel, mas irrompe, incontível e solidário, quando os israelitas vão atrás dos autores do foguetório.
É nestas alturas de irreprimível amor, que eles fazem petições, manifestações, abaixo-assinados e piedosos apelos à paz , com lacrimosas referências às vítimas inocentes que são, evidentemente, os civis palestinianos, à mercê da tal força desproporcionada e do terrorismo de estado.
Como nenhum dos garbosos defensores da paz achou até agora necessário clarificar o que entende por força proporcionada, fica no ar a vaga suspeita de que a proporção correcta é apenas aquela que cada um deles tem na respeitável cabeça que, já de si, não parece ser grande coisa.
Ora apesar da força desproporcionada, o Hamas tem continuado a lançar os seus foguetes, business as usual.
Sobre civis que, como são judeus, não são civis, muito menos inocentes e jamais merecerão petições pela paz e postes inflamados nos blogues do costume.
As mentes mais cépticas incapazes de ver o contexto sob a luz diafána da "resistência", teimam em não acreditar que a mera ausência de resposta israelita faça derreter em pleno ar os foguetes islâmicos.
Os amantes da paz, pelo contrário, parecem achar que se Israel assobiar para o ar e fizer de conta que os foguetes não estão a chover do ar (para cima de 5000, desde que Israel retirou de Gaza), a coisa se resolve, especialmente se acompanhada por uma temível petição pela paz, que aliás não deve tardar.
Trata-se, no fim de contas, de proteger os civis inocentes evitando punições colectivas.
Claro que o facto de o Hamas ser composto por civis, lançar os seus foguetes de zonas civis, instalar os seus combatentes em casas civis, e lançar os seus projécteis única e exclusivamente contra civis (para não desperdiçar explosivo que está caro, culpa do bloqueio sionista) , é irrelevante.
E nada de julgamentos, por favor, deixemo-nos de arrogâncias ocidentais.
Abrigar-se atrás dos filhos e mulheres, fazendo manguitos ao inimigo, parece ser uma respeitável tradição islâmica que não nos compete julgar, mas sim respeitar. Ora uma vez que toda a gente, incluindo a manada, sabe que os terroristas praticam esta respeitável tradição, qual será então a força proporcionada que os génios da paz, autorizam Israel a levar a cabo?
Não há ainda estudos rigorosos sobre o tema, mas acredita-se que uma táctica proporcionada seria Israel deslocar para a fronteira alguns actores (e actores judeus há muitos e bons) que responderiam a cada foguete mostrando a língua e dizendo "nha nha nha nha nha ".
Haveria, é claro, que evitar a escalada, controlando rigorosamente as represálias, para que nenhum criminoso sionista se lembrasse de, por exemplo, responder a um Grad com uma língua desproporcionada ou berrando mais um ou dois "nha".
Isso sim, seria injusto e claramente desproporcionado, senão mesmo uma "punição colectiva" que justificaria mais uma enérgica petição pela paz.

10 comentários:

Anónimo disse...

Este blog anda entretido a explicar-nos porque razão o anti-sionismo tem vindo a crescer

David Lourenço Mestre disse...

é verdade, anonimo, sempre que venho aqui acabo por soltar o gritozinho "judeus ao mar e woody allen ao chuveiro" - é um espasmo, é aquela vontade de dar com o clarinete na tola do olmert

Anónimo disse...

Esta secção chamada de Campo de tiro parece-me bastante nazi

Abr

Anónimo disse...

Nem uma palavra houve quando seis judeus, mortos em Bombaim depois de escolhidos a dedo, foram a sepultar em Israel.
A caterva dos saudosistas Nazis, os colegas ideológicos da esquerda ressabiada, os racistas sempre a ressacar de ódios preferenciais a judeus, os amigos das flores e dos passarinhos aparecem sempre nestas alturas.
O genocídio russo na Tchechénia e na Geórgia parece nem ter existido. O linchamento/gaseamento no Teatro de Moscovo nem merece ser lembrado.

Anónimo disse...

http://blogs.libertaddigital.com/presente-y-pasado/

Anónimo disse...

Não deixar descambar para o negacionismo e de seguida malhar nos putos indigentes do BE que bem merecem. Força e Parabéns.

Anónimo disse...

Falam falam falam,
mas sem saberem
e sem quererem
o dinheiro do vosso trabalho
directa ou indirectamente vai para o hamas e parceiros, e eles andam a preparar a vossa morte.

A habilidade daquela mentalidade e cultura está em sugar o dinheiro e a vida aos outros, sem os mesmos darem por isso.

Anónimo disse...

sem os mesmos darem por isso em tempo útil.

EJSantos disse...

Para alguma malta, os israelitas não são gente. Por isso o Hamas, os grandes campeões da democracia (outro grande campeão era o Adolfo...) tem todo o direito de mandar KAssans (que não são misseis, mas sim fogo de artificio).
Emfim...

Carmo da Rosa disse...

A represália proporcional, tão cantada por uma certa esquerda (mas também direita), não é viável, porque tanto o Hamas como o Irão não querem ter qualquer tipo de relação com o que eles chamam a 'entidade sionista' (Israel). Para a coisa ser proporcional, como poderia Israel comprar foguetes Kassams ou Grad?