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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ליכוד Likud


Benjamin Netanyahu e a maioria dos membros do Likud mais chegados a si conquistaram os primeiros lugares da lista do Likud para o Knesset, nas eleições Primárias realizadas pelo partido esta semana.


O resultado não consiste, de todo, uma surpresa: o maior Partido Israelita em militantes está bastante mobilizado e acredita em Netanyahu para dar um salto tremendo no número de cadeiras que detem no Knesset. De 12, estima-se que o Likud passará para 36 cadeiras, o que significa que será convidado a formar governo pelo Presidente da República Shimon Peres.

O líder do partido, o antigo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, prepara-se para chegar ao cargo e modificar a política Israelita no que concerne, entre outros, às negociações de paz com os Palestinianos. Neste caso, e ao contrário do que irá acontecer na nova Administração Americana, a política mudará juntamente com o estilo. Estou em crer que se fechou um ciclo bastante importante para os Palestinianos e para o Médio Oriente: com Bibi, as coisas vão-se tornar bem mais difíceis, Israel estará menos disposto a fazer concessões.

Posso prever que Netanyahu estará disposto a fazer menos concessões e a jogar duro por várias razões:

1 - É ideologicamente bem mais chegado à direita do que Ehud Olmert;
2 - Existem facções mais á direita dentro do Likud que tenderão a pressionar bastante o Primeiro-Ministro (Feiglin, o líder de uma delas, será o 36º deputado do Likud, apesar de ter sido o 20º nas Primárias);
3 - Quando foi Primeiro-Ministro, entre 1996-1999, a coligação que estabeleceu foi com o Shas e com o UTJ, partidos com os quais voltará, provavelmente, a fazer coligação, para a obtenção de uma maioria absoluta no Knesset;
4 - Foi conhecido, enquanto Primeiro-Ministro, como o senhor dos três nãos: não à retirada dos Golan, não a discussões sobre Jerusalém e não a discussões sem pré-condições;
5 - Era a favor do plano de retirada da Faixa de Gaza em 2005, proposto por Ariel Sharon e que levou á criação do Kadima. No entanto, pediu a demissão do cargo de Ministro das Finanças, pois achava que o projecto deveria ser submetido a um referendo;
6 - Muitos dos membros do Likud apoiam a presença de colonos na Cisjordânia, são contra um Estado Palestiniano e contra o plano de retirada da Faixa de Gaza;
7- Compara a Alemanha Nazi ao Irão e não descarta, de todo, a possibilidade de confrontação militar com o inimigo Iraniano.

Como forma de esclarecimento, convém frisar o porquê de Feiglin ter sido colocado em 36º lugar: Be
njamin Netanyahu e a facção mais centrista do Likud apresentaram uma petição ao comité Nacional do Partido, na qual pediam a colocação de Feiglin numa outra posição. A petição foi aceite e Feiglin passou para 36º.

Feiglin é muito conhecido na sociedade Israelita e detêm uma base de apoio relevante dentro do Likud. Nas eleições de 2007, adquiriu 23.4% dos votos, contra 72.8% de Benjamin Netanyahu.

É certo que Netanyahu está a tentar isolar esta facção do partido, mas não poderá, de todo, aliená-la. O próprio Feiglin já disse que não vai recorrer da decisão, porque acredita que os Israelitas lhe darão um lugar no Knesset.

Para verem quem é esta peça, basta dizer que ele já foi proíbido de entrar na Grã-Bretanha, defende a saída de Israel da ONU, a exclusão de deputados árabes do Parlamento e a inserção de todos os Palestinianos noutros Estados Árabes. Há quem lhe chame o moderno Kahane...

Netanyahu não gosta nem partilha, obviamente, das visões de Feiglin. Certamente que Bibi não quer espantar os indecisos, os mais moderados e os votantes no centro, pelo que terá que aumentar o teor de críticas à facção seguidora de Feiglin. Mas terá que o fazer com cuidado, pois também não pode perder o apoio desta.

Membros da facção de Bibi já colocaram, em privado, a hipótese de expulsão do Partido.

Uma coisa é certa: nada ficará igual e o Kadima cairá abruptamente. Sem o carismático Sharon, com Ehud Olmert acusado de corrupção e com Livni dizendo que não é uma prioridade, de todo, salvar o soldado Shalit, o enterro será nas próximas eleições.

Os Israelitas agradecem e os Palestinianos vão começar a baixar a crista.

PS: aconselho a leituras sobre o Senhor Feiglin. O tipo de estúpido tem muito pouco e ataca o Islão com uma força incrível...

20 comentários:

Sérgio Pinto disse...

De facto, o senhor Feiglin, de estúpido tem muito pouco. Enfim, é o Feiglin e o autor do post.
O seu novo ídolo, caro aspirante a PNR, tem de facto coisas brilhantíssimas para ensinar à populaça ignorante. Como isto, por exemplo:
"Hitler was an unparalleled military genius. Nazism promoted Germany from a low to a fantastic physical and ideological status. The ragged, trashy youth body turned into a neat and orderly part of society and Germany received an exemplary regime, a proper justice system and public order. Hitler savored good music. He would paint. This was no bunch of thugs. They merely used thugs and homosexuals.

Renato Bento disse...

Caro Sérgio Pinto,

eu sei bem aquilo que Feiglin diz e faz.

Ele não é ídolo nenhum, nunca o será. Não acha que aprendemos muito mais a ler individuos com quem não concordamos?

Feiglin é inteligente porque sabe bem qual é o eleitorado para que fala. Falo da inteligência não a nível das medidas que defende, mas a nível intelectual puro.

Já percebi que você desconhece Feiglin e, por isso, levou logo as coisas para o lado errado, como aliás é seu hábito.

Experimente ler alguma coisa sobre de Feiglin sobre o Islão e sobre os Acordos de Oslo e perceberá qhe o tipo, apesar de muita asneira à mistura, diz coisas correctas.

"caro aspirante a PNR"

Acho que para quem tanto critica o relativismo e o simplismo você passou-se e demonstrou ser um verdadeiro idiota.

Sérgio Pinto disse...

Acho que aprendemos ao debater com quem não concordamos, dentro de certos limites. O apreço pelo totalitarismo, racismo ou xenofobia ultrapassa esses limites, pelo que passe bem sem grandes contactos com estalinistas, fascistas ou neonazis.
Quando muito, o que me interessaria seria saber o que leva % significativas da população, em certos países, a votar neles.

O facto de a nível 'quantitativo' (QI ou qq outra medida que queira aplicar), alguém ser inteligente não implica que deva ser seguido ou, sequer, que divulgue alguma ideia de jeito. O Cunhal também era inteligente. E daí?

Levo as coisas para o lado errado? Porquê, o certo é o seu? Refuta que ele tenha proferido a brilhante afirmação acima reproduzida?
Entretanto, pode ir vendo mais alguma ideias inteligentes do senhor que recolhe a sua admiração e que, fosse alemão e da época do senhor de bigodinho, teria andado orgulhosamente com uma suástica carimbada na testa:
"There is no Palestinian nation. There is only an Arab-speaking public which has suddenly identified itself as a people, a negative of the Zionist movement, parasites. The fact that they hadn't done so earlier only serves to prove how inferior they are."
(...)
Over the next 100 days he would announce Israel's withdrawal from the United Nations, the closing of its embassies "in Germany and other anti-Semitic countries" and the rescheduling of the school year along the lines of the Hebrew calendar. This would be the first step toward having "the Jewish state's pulse beat according to the Jewish clock instead of the Christian one."

(...)

rdering "the complete cessation" of funds, goods, water, electricity and communication to the Palestinian Authority. Any attack on an Israeli target would incur "the conquest of the area whose residents instigated the violence, their deportation and destruction of the area's infrastructure."

(...)

At the same time, the defense budget would be cut by 30 percent by retiring all non-lethal anti-protest ammunition such as rubber-tipped bullets and tear gas. Instead, security forces would use live bullets against Palestinian protesters.

"The [non-lethal] ammunition aimed at preventing enemy casualties, which goes against the army's essence, will be destroyed in mandatory ceremonies held at every base," Feiglin wrote.

In the paper, he vociferously rejects the Palestinians' right to a state and argues that they do not exist as a distinct nationality separate from the Arabs.

"There is no Palestinian people, nor has there ever been, and there never will be a Palestinian state," Feiglin wrote. "We shall offer them human rights without civil rights, so long as they prove their loyalty to their Jewish state host and accept Jewish sovereignty over their land. In such a situation they will be given legal-resident status and they can carry on their private affairs without anyone infringing on their human rights."


É um brilhante programa político, sem dúvida. Ah, e esse senhor esteve preso por incitamento contra o Estado de Israel, não foi? Bom currículo. Mas, de resto, condizente com o lixo que habita a lista do Likud, com o assassino Ehud Yatom, e com gente moderada como o Begin, que se opõe a quaisquer negociações.
Isto tudo para dizer que é giro vê-lo a rejubilar com a possível vitória da extrema direita em Israel. O que, lamento, apenas revela idiotice em si, não em terceiros.

(Também não sei o que tem o relativismo a ver com o que quer que seja, mas imagino que me esclareça, dado que já assumiu frontalmente que afinal o relativismo é positivo, desde que seja de acordo com as suas crenças.)

Anónimo disse...

Viva Israel. Abaixo as cedências de terra judaica a assassinos nazis que nunca se fartam de violência.

Renato Bento disse...

"O apreço pelo totalitarismo, racismo ou xenofobia ultrapassa esses limites, pelo que passe bem sem grandes contactos com estalinistas, fascistas ou neonazis."

Mas eu transmiti algum apreço pelo Sr. Feiglin? Nesse ponto estamos completamente de acordo, mas não sei onde vê qualquer tipo de apreço que eu tenho pelas medidas defendidas pelo Sr. Feiglin.

"Quando muito, o que me interessaria seria saber o que leva % significativas da população, em certos países, a votar neles."

Aí está onde eu quis chegar com a frase final: Feiglin é um tipo extremamente interessante desse ponto de vista. Ele consegue 24% dos votos nas Primárias do Likud em 2007, dá várias entrevistas a TV´s Israelitas, a jornais Internacionais e a rádios e é constantemente chamado a opinar. Ele é um intelectual, um pouco maluco é certo, mas perfeitamente comparável a tipos como o Noam Chomsky, só que Feiglin joga do outro lado do tabuleiro.

Feiglin fala sobre o aquilo que certos sectores da sociedade Israelita gostam: o regresso ao judaísmo ortodoxo, um verdadeiro Estado Judeu. Estando ele dentro de um Partido como o Likud, com reais hipóteses de chegar ao poder, é perfeitamente normal que seja um individuo popular e interessante para ler. Se o Sérgio acha que aconselhar ler Feiglin é fazer apologia à exterminação de Palestinianos isso é consigo.

"O facto de a nível 'quantitativo' (QI ou qq outra medida que queira aplicar), alguém ser inteligente não implica que deva ser seguido ou, sequer, que divulgue alguma ideia de jeito. O Cunhal também era inteligente. E daí?"

O Cunhal era inteligente e merece ser estudado. O Sérgio ainda não percebeu que o Sr Feiglin deve ser lido para que as pessoas compreendam as diferenças que existem dentro da sociedade Israelita, as várias pressões a que o Estado está sujeito e para que saibam que ainda há quem defenda o regresso ao Judaísmo ortodoxo?

"Levo as coisas para o lado errado? Porquê, o certo é o seu?"

Não há aqui dois lados, só existe um: eu digo que as pessoas devem ler Feiglin e você diz que eu sou aspirante do PNR por afirmar isso. Não entende as frases das pessoas e depois não é capaz de admitir que estava errado.

"Refuta que ele tenha proferido a brilhante afirmação acima reproduzida?"

Mas alguem refutou isso?

Veja como é que eu me refiro a Feiglin: "Para verem quem é esta peça, basta dizer que ele já foi proíbido de entrar na Grã-Bretanha, defende a saída de Israel da ONU, a exclusão de deputados árabes do Parlamento e a inserção de todos os Palestinianos noutros Estados Árabes. Há quem lhe chame o moderno Kahane..."

Acha que eu não sei o que homem pensa e diz? Acha que preciso que venha para aqui, de peito cheio, com frases que eu supostamente não sei?

"Entretanto, pode ir vendo mais alguma ideias inteligentes do senhor que recolhe a sua admiração"

Mas qual admiração? Você é mesmo idiota.

"Isto tudo para dizer que é giro vê-lo a rejubilar com a possível vitória da extrema direita em Israel. O que, lamento, apenas revela idiotice em si, não em terceiros."

A direita vai vencer em Israel não porque eu esteja a "rejubilar", mas porque é preciso que ela vença. Não revela idiotice nenhuma, aliás, até demonstra o contrário.

Netanyahu já foi PM Israelita e não foi por isso que o gato foi às filhozes; o governo de Olmert tinha coligações com Partidos de Extrema-Direita e não foi por isso que o gato foi às filhozes.

A extrema-direita tem tido um papel bastante importante na política Israelita nos últimos 30 anos. Você parece que desconhece este facto, julgando que a vitória do Likud é que vai fod** tudo porque eles são, para si, de extrema-direita.

"dado que já assumiu frontalmente que afinal o relativismo é positivo, desde que seja de acordo com as suas crenças.)"

Oiça Sérgio, discutir consigo é a mesma coisa que discutir com uma porta. Que me desculpem as portas deste Mundo, mas a realidade é esta.

Sérgio Pinto disse...

Mas eu transmiti algum apreço pelo Sr. Feiglin?

Para quem se queixa tanto da incompreensão do interlocutor, estranho que não tenha percebido que o "apreço" não se referia a ninguém em específico. Não sei bem como poderia a frase ser mais clara do que é.


Nesse ponto estamos completamente de acordo, mas não sei onde vê qualquer tipo de apreço que eu tenho pelas medidas defendidas pelo Sr. Feiglin.

Por acaso, foi no PS final. Lamento se me enganei.


O Cunhal era inteligente e merece ser estudado. O Sérgio ainda não percebeu que o Sr Feiglin deve ser lido para que as pessoas compreendam as diferenças que existem dentro da sociedade Israelita, as várias pressões a que o Estado está sujeito e para que saibam que ainda há quem defenda o regresso ao Judaísmo ortodoxo?

Porque ele não deve simplesmente ser estudado. Deve ser exposto o que ele é e a aplicação prática do que ele defende. Ele é claramente xenófobo, despreza os direitos humanos e a própria democracia. Mas, já agora, também defende que se estude o pensamento do Hanyeh?

Também haverá na Palestina quem defenda o extermínio de Israel e tenha pensamentos do nível de 'moderação' do senhor Feiglin e dos que nele (ou na demais extrema direita) votam/votariam. Mas em relação a esse lado não costuma haver apelos à 'compreensão' e afins. Aliás, quando esses ganham eleições, a primeira reacção é não reconhecer o governo. Curioso que o mesmo raciocínio e atitude não se aplique também a Israel.


Não há aqui dois lados, só existe um: eu digo que as pessoas devem ler Feiglin e você diz que eu sou aspirante do PNR por afirmar isso

Por acaso, eu ironizei. E, por acaso, devia rever aí a sua frase, que é um pouco contraditória.


Acha que eu não sei o que homem pensa e diz? Acha que preciso que venha para aqui, de peito cheio, com frases que eu supostamente não sei?

Acho que o pensamento do senhor deve ser divulgado, de tão brilhante que é. Afinal, encontrar um admirador de Hitler em Israel tem o seu quê de irónico.


Mas qual admiração? Você é mesmo idiota.

Felizmente que tenho acesso ao seu brilhantismo para poder contrabalançar essa infelicidade.


A direita vai vencer em Israel não porque eu esteja a "rejubilar", mas porque é preciso que ela vença.

É preciso? Para impedir qualquer hipótese de resolução pacífica, talvez. Fora isso, não vejo grande utilidade em ter a extrema direita no a dominar o governo israelita.


A extrema-direita tem tido um papel bastante importante na política Israelita nos últimos 30 anos. Você parece que desconhece este facto, julgando que a vitória do Likud é que vai fod** tudo porque eles são, para si, de extrema-direita.

Não, não desconheço. Também não desconheço as posições do Netanyahu sobre a Palestina, bem como o facto de ter gente ainda mais extremista na lista, que inclui pelo menos um xenófobo e um assassino. E tenho algumas dúvidas que a lista do partido vencedor tivesse gente tão 'pacifista' como esta.


Oiça Sérgio, discutir consigo é a mesma coisa que discutir com uma porta. Que me desculpem as portas deste Mundo, mas a realidade é esta.

Não estou aqui para fazer coro, muito menos com as suas inconsistências. É normal que não goste de as ver expostas mas, no fundo, até lhe estou a fazer um favor.

Renato Bento disse...

"Para quem se queixa tanto da incompreensão do interlocutor, estranho que não tenha percebido que o "apreço" não se referia a ninguém em específico."

Utilizando as suas palavras, lamento se me enganei.

"Por acaso, foi no PS final. Lamento se me enganei."

Desculpas aceites.

"Porque ele não deve simplesmente ser estudado. Deve ser exposto o que ele é e a aplicação prática do que ele defende. Ele é claramente xenófobo, despreza os direitos humanos e a própria democracia"

Ele deve ser estudado e as suas afirmaçoes devem ser retorquidas com a verdade. Mas, relembro, nunca se pode desprezar um homem inteligente. É necessário ter cuidado com Feiglin.

"Mas, já agora, também defende que se estude o pensamento do Hanyeh?"

Claro que defendo, embora sejam individuos diferentes.

"Mas em relação a esse lado não costuma haver apelos à 'compreensão' e afins."

Não estou a pedir compreensão para o Senhor Feiglin, até porque ele não a merece.

"Aliás, quando esses ganham eleições, a primeira reacção é não reconhecer o governo. Curioso que o mesmo raciocínio e atitude não se aplique também a Israel."

Em Israel, nunca a extrema-direita ganhou, apesar de já ter estado no poder. Essa é a diferença.

"Por acaso, eu ironizei."

É difícil perceber a sua ironia, peço desculpa.

"Para impedir qualquer hipótese de resolução pacífica, talvez. Fora isso, não vejo grande utilidade em ter a extrema direita no a dominar o governo israelita."

Essa coisa da resolução pacífica é muito bonita. Aconteça aquilo que acontecer, a resolução nunca será pacífica. O que é preciso é que os Israelitas cedam, não os Palestinianos porque esses é que são os bonzinhos.

"Não estou aqui para fazer coro, muito menos com as suas inconsistências."

Obrigado caro Sérgio por tão calorosos elogios. E eu a pensar que passava despercebido como parte do coro, mas afinal o Sérgio descobriu-me a careca...

Unknown disse...

"Também haverá na Palestina quem defenda o extermínio de Israel e tenha pensamentos do nível de 'moderação' do senhor Feiglin e dos que nele (ou na demais extrema direita) votam/votariam. Mas em relação a esse lado não costuma haver apelos à 'compreensão' e afins"

Pelo contrário, relativamente a esses a compreensão e afins é quase universal na esquerda europeia.
A começar cá pelo rectângulo, basta ler o que se escreve e doz nos sites do PCP e do BE.

E ainda está fresca na memória a peregrinação de Miguel Portas a Beirute, para beijar a fímbria da túnica de Nasralah, ou o périplo "solidário" de Daniel Oliveira no Hamastão.

O que escapa à compreensão, é a imbecilidade militante que leva cromos como este SP a comparar´a única democracia e o único estado de direito do Médio Oriente com entidades terroristas cuja agenda, é pura e simplsmente destruir Israel.
A não ser que o cromo não conheça a Carta do Hamas e não saiba que uma das razões pelas quais acabou proscrito pela comunidade internacional e com o território bloqueado, foi justamente por, até ao momento, se ter recusado a alterar a sua Carta e reconhecer a mera existência do vizinho.
Os militantes islâmicos nunca se contentarão com menos do que a destruição de um estado-nação estabelecido num território onde acham que não há lugar para tal abominação secular.


Quanto à ideia de Feiglin de que não existiu nunca uma Nação Palestinina, é uma verdade inquestionável.
Israel está em guerra com os palestinianos, mas a verdade é que a Palestina não existe enquanto entidade em guerra. O que há é grupos armados que se representam a si próprios.
De resto o terrorismo contra Israel não deriva da ânsia de uma “nação palestiniana”, que nunca existiu, mas sim do facto de Israel ser uma democracia liberal num território determinado, ao modelo ocidental.

Nunca houve nação palestiniana, como nunca houve língua palestiniana. Houve, desde a conquista islâmica, tribos árabes língua árabe, privíncias otomanas, inglesas, etc. Como na Jordânia, Iraque, etc.
A ideia de nação, a identidade palestiniana, nem sequer existia em 1948, quando os árabes da região recusaram a formação de um Estado. E quem invadiu Israel, foram os árabes, não os "palestinianos".

Se vier a existir uma nação palestiniana, um estado palestinano, paradoxalmente deve-se a Israel, porque foi contra Israel que essa identidade se decantou.
Nos séculos anteriores, nunca ela existiu.

Numa terra que já teve várias tribos nómadas, Reinos Judaicos, protectorados romanos, califados, reinos francos, províncias otomanas, protectorados ingleses, etc, NUNCA houve uma nação palestinina e uma língua palestiniana.

Renato Bento disse...

"Quanto à ideia de Feiglin de que não existiu nunca uma Nação Palestinina, é uma verdade inquestionável."

Então não existe? Que raio é a Jordânia, aquele país que constituí 80% do mandato Britânico da Palestina?

Sérgio Pinto disse...

Em Israel, nunca a extrema-direita ganhou, apesar de já ter estado no poder. Essa é a diferença.

No entanto, influencia grandemente o poder. Exemplo (muito) recente? A não discussão do estatuto de Jerusalém nas negociações entre Qorei e Livni.
Ao que parece, o Hamas só recentemente conseguiu a proeza. Anteriormente, 'alguém' se entreteve a isolar o líder eleito e a recusar o diálogo.


Aconteça aquilo que acontecer, a resolução nunca será pacífica. O que é preciso é que os Israelitas cedam, não os Palestinianos porque esses é que são os bonzinhos.

Por acaso, a resolução terá de ser pacífica. Caso contrário, o mais provável é que o conflito só acabe quando um dos lados for dizimado (o que, naturalmente, agradará bastante à extrema direita israelita).
A segunda frase deve ser um desvario qualquer, portanto não há grande resposta a dar.

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Como eu não tenho grande paciência para mentirosos e analfabetos funcionais, trate de arranjar lá uma frase do Daniel Oliveira em que ele defenda o Hamas. Até lá, pode continuar a lambuzar o admirador do Hitler, que eu tenho mais que fazer.

José Gonsalo disse...

Sérgio Pinto:
O problema é exactamente esse a que se refere o Lidador: o de Israel estar "encravado" no meio de regimes (teoricamente) teocráticos ou, pelo menos, de costumes fortemente assentes em determinações (suposta ou efectivamente) assentes no Alcorão.
Israel é um espinho laico que o poder muçulmano pretende extirpar, sob pena de ser naturalmente apeado pela influência do pensamento ocidental e do correspondente modo de vida, que tende a disseminar-se por todo o mundo. A sociedade industrial é incompatível com a concepção religiosa do homem própria do islamismo, tal como tem sido maioritariamente interpretado.
Por outro lado, o termo Palestina é de origem romana, tendo sido utilizado para afirmar a pertença do território israelita ao Império. Roma mudou-lhe o nome numa demonstração de força, logo a seguir (salvo erro) à última revolta dos judeus.Não existe nem nunca existiu, tal como o Lidador afirma, nenhum povo palestiniano, da mesma maneira que os judeus nunca de lá saíram. A diáspora judaica acentuou-se enormemente a partir daí, mas Israel sempre foi um país de emigrantes, devido à pobreza dos recursos da região.
Lembro-lhe que já Júlio César beneficiou do seu apoio para alcançar a posição a que chegou.
Devido às constantes alterações da situação política e da consequente apropriação do território pelos diversos reinos e impérios que se foram formando e desfazendo até hoje, várias tribos árabes se estabeleceram por lá, da mesma maneira que noutros territórios vizinhos, como também referiu o Lidador, à mistura com os judeus. Apenas isso. A "identidade palestiniana", a existir, é a que deriva da tentativa de lutar contra os "ocupantes". Ainda noutro dia, num canal da cabo, o do turismo, dois taxistas de Jerusalém, um judeu e o outro, árabe, referiam que as suas famílias eram amigas desde os finais do século XIX e que só agora é que a situação política criara problemas, não entre eles, que continuavam tão amigos como anteriormente, mas com o que cada um podia deles podia esperar, devido à situação política.

Unknown disse...

"Como eu não tenho grande paciência para mentirosos e analfabetos funcionais"

Lamento saber isso. Um pouco de auto-estima ajudá-lo-ia bastante. A impaciência de cada um consigo próprio nunca é psicologicamente saudável.

"trate de arranjar lá uma frase do Daniel Oliveira em que ele defenda o Hamas. "

Frase?
Quem precisa de frases quando tem acções?
Uma coisa é o que se diz, outra o que se faz. Até nos tribunais sabem ver a diferença e valorizar o que deve ser valorizado. As frases podem mentir, as acções não.

PObres dos caramelos que apenas deglutem retórica,porque deles nunca será o reino dos céus. Apenas a imensa vala comum da estupidez humana.

Renato Bento disse...

Caro JG,

apenas uma pequena correcção: Palestina vem de Filiteus, povo não semita que conquistou a Faixa de Gaza e aí se estabeleceu. O nome é proveniente do Grego "Philistia".

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"trate de arranjar lá uma frase do Daniel Oliveira em que ele defenda o Hamas"

Veja lá se gosta desta.

http://fiel-inimigo.blogspot.com/2008/03/daniel-oliveira-e-as-peties-pela-paz.html

Se quiser mais é só dizer. Mas, se se der ao trabalho, encontra por si próprio.

.

José Gonsalo disse...

RB:
Obrigado pela correcção. A senilidade é uma coisa muito triste!
O nome tem, de facto, a ver com os Filisteus. E o que eu, de repente, baralhei, foi a revolta de 135 e a mudança do estatuto da Palestina para província de Roma, com a mudança simultânea do nome de Jerusalém para Aelia Capitolina.
Amanhã vou já ao médico.
Abraço.

Renato Bento disse...

"A não discussão do estatuto de Jerusalém nas negociações entre Qorei e Livni."

Oiça Sérgio, só você acredita nisto. Israel já não abre mão de Jerusalém, já decretou a cidade capital de Israel e até o próprio Barack Obama disse que ela deve continuar indívisivel.

Sim, a extrema-direita influencia o poder. Influencia tanto que hoje foram libertados 200 prisioneiros Palestinianos...

"Por acaso, a resolução terá de ser pacífica."

Tão pacífica com a do Kosovo, certamente!...

ml disse...

até o próprio Barack Obama disse...


Então o rapazinho virou Deus?
Jááááááááá???!!!

Anónimo disse...

Não se preocupe, quem ganhará as eleições será o Kadima, com Tzipi à frente.
Contudo agora quando escrevo estas linhas, a situação em Gaza é de guerra total.
Culpa do Hamas

Renato Bento disse...

Caro hebreu,

apesar de tudo, parece-me que o Likud ganhará. Mas este ataque a Gaza poderá mudar significativamente o estado de coisas..

Em dias pronunciarei-me sobre o ataque e as suas consequências internas e externas.

Por agora, siga mas é para o ano novo !