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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Novilíngua

Na sua obra mais emblemática (1984) Orwell descrevia  o uso da novilíngua por parte do poder, com a finalidade de restringir os sentidos das palavras, impossibilitando deste modo pensar conceitos e ideias que, por ausência de palavras, seriam inexistentes. Controlando a língua, o poder controlava o pensamento e impedia o surgimento e difusão de ideias  “erradas”.

A apropriação de conceitos por parte de movimentos e ideologias totalitárias há muito que deixou o campo da ficção e saltou com grande facilidade para a  realidade.

Por exemplo, a  palavra “democracia”, foi alvo de tentativas de apropriação pelos partidos e regimes da esquerda  totalitária. 

A Alemanha que não era democrática, chamava-se a si mesmo "Republica Democrática Alemã", tal como de resto acontece com a "República Democrática da Coreia". 

Francisco Louçã afirma que quer combater a “democracia burguesa” e o Partido Comunista quando fala de “amplas liberdades” ou de “verdade” tem em vista exactamente o contrário daquilo que se entende por  liberdade individual,  e considera “verdade” não o que o é intrinsecamente, mas  aquilo que pode contribuir para fazer avançar a visão ideológica "certa", ou seja "verdadeira".

Os partidos islamistas, particularmente o Hamas e o Hezbolah,  levaram a novilíngua a um grau de superior sofisticação, facto  a que não deve ser alheia a espantosa identificação da esquerda mundial com estes grupos profundamente retrógrados e  fascistas.

Por exemplo, "vitória", no léxico destes grupos, significa simplesmente sobreviver.  Se num combate de boxe foste ao tapete em todos os assaltos, se  o adversário te massacrou e te deixou com a cara feita num bolo, desde que fiques vivo, podes clamar "vitória".

As baixas sofridas pela população no meio da qual se instalam, medem apenas a “capacidade de resistir” e na verdade  são até bem vindas, porque  provam o “genocídio” e o “holocausto”.

 A este propósito, veja-se como grupos de esquerda em Portugal tentaram apropriar-se do memorial que recorda a matança dos judeus de Lisboa, para justamente manifestarem o mesmo tipo de ódio ao judeu que motivou o progrom.

A própria palavra "sionismo", deixou de significar, para esta esquerda, o movimento que tinha como objectivo a formação de um Estado para os judeus na sua terra ancestral, para passar a ser sinónimo de uma ideologia maligna, permitindo aliás,  pela declaração de "anti-sionismo", verbalizar o velho ódio ao judeu, que de outra forma seria "impróprio" declarar.

Para esta nova aliança entre esquerda  e islamismo, "resistência” significa atacar Israel e os judeus,  e as abordagens racionais que alguns estados árabes tentam fazer são “traição” e “conivência” com  a “entidade sionista” ou a “ocupação”.

É este tipo de newspeak que permite a Khaled Mashal  garantir a partir do seu confortável buraco  em Damasco, que “ a resistência em Gaza está a correr bem , e a infraestrutura da  “resistencia” não sofreu grandes danos”.

Nesta estranha linguagem, a resposta isrealita  à "resistencia à ocupação" (lançamento de rockets)  é "agressão"  e até  "crime de guerra".

O facto de as populações (que supostamente a "resistência" devia proteger),  estarem a braços com uma situação dramática, não entra nos cálculos da “resistênca” que , de resto, se esforça bastante por filmar o drama com o maior requinte possível, para avivar o cromo da vitimização e lograr mais manifestações de “indignação” da esquerda mundial.

53 comentários:

Carmo da Rosa disse...

Uma abordagem interessante e original, e estou absolutamente de acordo com o conteúdo – só não vou à bola do tipo e do tamanho das letras! E também acho que este artigo merecia um lay-out mais esmerado…

Unknown disse...

Cdr, não percebo nada de lay-outs. Nem sei porque carga de água as letras mudam. Eu escrevo sempre da mesma maneira e o resultado varia...umas vezes é um tipo de letra, outra vezes outro.

Quanto ao tema, nem de propósito acabo de ler este artigo da BBC:

The language of Hamas

Anónimo disse...

Pegando no artigo e para completar o que você escrveu com o que também é dito no artigo aqui ficam alguns excertos:

"The Israelis have also banned foreign correspondents from entering Gaza."

"The Israeli assessment continues to be that, in this conflict, Israel has had much more understanding around the world for its actions, though incidents such as the attack on the UN school on Wednesday have had an effect on that support."

"Take the school tragedy. To Israeli claims that Hamas gunmen were operating from there (including, the Israelis said, two fighters whom they named), Hamas spokesman Fauzi Barhoum (supported, it has to be said, by UN officials) made a denial, but did not stop there."

Anónimo disse...

Já agora e do mesmo site:

"The Red Cross has accused Israel of failing to fulfil its obligation to help wounded civilians in Gaza.

ICRC staff found four weak and scared children beside their mothers' bodies in houses hit by shelling in Zeitoun.

The Israeli military has not yet responded to the accusation, but said it worked closely with aid groups so that civilians could get assistance.

Meanwhile the UN said it was suspending aid operations in Gaza because of the danger to staff from Israeli attacks.

"We have suspended our operations in Gaza until the Israeli authorities can guarantee our safety and security," said Chris Gunness, spokesman for the United Nations relief agency Unwra.

"Our installations have been hit, our workers have been killed in spite of the fact that the Israeli authorities have the co-ordinates of our facilities and that all our movements are co-ordinated with the Israeli army.

"It is with great regret that Unwra has been forced to make this difficult decision."

Earlier, Unwra said one person had been killed and two injured when a fork-lift truck on a UN aid mission came under Israeli tank fire at Gaza's Erez crossing."

Anónimo disse...

"Meanwhile, Amnesty International accused both sides of using civilians as human shields."

Unknown disse...

Caro Stran, Israel não permite a entrada dos jornalistas pela sua fronteira e está no seu direito de o fazer. Só se fossem loucos iriam estender a passadeira vermelha a uma comunicação social maioritariamente hostil e que, como se viu no Líbano, não hesita em servir de antena dos terroristas e falsificar fotos e acontecimentos.

Aos jornalistas, Israel limita-se a dizer que por ali não entram e que podem ir pedir ao Egipto, que tb tem uma fronteira com Gaza.

A razão porque não o fazem, é tão obscura como a razão pela qual nenhum destes jornalistas pede para ir filmar as "baixas civis" no Afeganistão, Sudão, Sri-Lanka, Curdistão,etc, onde by the way, morre gente como o carago, em proporções bastante mais generosas do que em Gaza.

Quanto aos "porta-vozes" das ONG presentes em Gaza, a sua imparcialidade é nula. Eles estão lá porque são voluntários e são voluntários porque simpatizam com a "causa".

Como o tal médico norueguês ou o tipo da Agência para os Refugiados, um tal Cristopher Burness, jornalista da BBC e cujas simpatias são públicas.

Desiluda-se. Se esses "voluntários" fosse imparciais, já o Hamas lhe tinha limpo o sebo.

Veja o seu caso. Dado o facto de que odeia Israel e apoia o terrorismo, é provável que em determinadas condições fosse voluntário para "ajudar os palestinianos".
E, obviamente, se fosse entrevistado, não hesitaria em fazer valer as suas paixões ideológicas.

Mesmo a ONU, caso você ignore, escolhe os seus avançados no local através de um processo de selecção que, na fase final, inclui uma entrevista. E nela se avalia se a pessoa tem as ideias "adequada" à situação.
Se não tiver, não é escolhido.

Anónimo disse...

Sim, o-Lidador, nessa guerra militar, Israel busca alvos cirurgica e meticulosamente para poupar vidas civis.

Enquanto que, na guerra de propaganda, os terroristas já são vitoriosos no acerto aos alvos cirurgica e meticulamenete escolhidos. Oh! Israel mentiu ao dizer "within" the school, quando o fato ocorreu OUTSIDE the school, publica-se, ainda, a fala de um porta-voz qualquer, dois dias após as grandes manchetes acusatórias contra Israel para provar a isenção do jornal.

Anónimo disse...

"Dado o facto de que odeia Israel e apoia o terrorismo..."

Meu caro lidador, mentir fica-lhe muito mal. Não deveria ir pelo campo das mentiras... Ir pelo campo de justificações completamente desconexas com a realidade tem piada, agora mentir...
Muito feio, mau lidador...

"Mesmo a ONU, caso você ignore, escolhe os seus avançados no local através de um processo de selecção que, na fase final, inclui uma entrevista. E nela se avalia se a pessoa tem as ideias "adequada" à situação."

Oh meu caro lidador, não sabia que tinha conhecimento tão profundo destas entrevista! E esse conhecimento foi busca-lo aonde?

Unknown disse...

"E esse conhecimento foi busca-lo aonde?"

Vários amigos meus trabalham na ONU. Concorreram, foram esolhidos para short-lists e tiveram de responder a entrevistas de mais de uma hora, onde era indagado o seu conhecimento da zona para a qual se candidatavam, e onde , se queriam ganhar o lugar, tinham de demonstrar valores e conceitos adequados (os entrevistadores são tipos que lá estão...pode portanto imaginar que tipo de pessoa seria escolhida pelo tal médco norueguês).

Quanto ao ódio a Israel e o apoio ao terrorismo, não, não errei. Você pode não se ver assim, mas é isso que o faz mexer, mesmo que o não saiba.

Anónimo disse...

"Quanto ao ódio a Israel e o apoio ao terrorismo, não, não errei. Você pode não se ver assim, mas é isso que o faz mexer, mesmo que o não saiba."

Não é um erro é uma mentira! Mas não me diga que estou a falar com Deus? É que só um ser omnisciente é que que pode responder: "Quanto ao ódio a Israel e o apoio ao terrorismo, não, não errei. Você pode não se ver assim, mas é isso que o faz mexer, mesmo que o não saiba."

Diga-me lá mais coisas que não sei, meu "adorado Deus"...

Anónimo disse...

Já agora quem quebrou o cessar fogo e em que data?

Anónimo disse...

O-lidador, Stran propõe-vos a função de psicanalista freudiano, talvez, lacaniano. Talvez ainda médico-cirurgião a suturar a verborrágia verbal.

Carmo da Rosa disse...

"Cdr, não percebo nada de lay-outs. Nem sei porque carga de água as letras mudam. Eu escrevo sempre da mesma maneira e o resultado varia...umas vezes é um tipo de letra, outra vezes outro.."

Eu compreendo perfeitamente o problema. Há vezes que quase me apetece partir o computador, mas penso no prazer que a verborreia do Hamas me dá e não parto…

Não compreendo é, desta vez, os comentários completamente fora do contexto do artigo do meu amigo Stran!!!

Anónimo disse...

Acusado por O Lidador de odiar Israel, Stran responde que O Lidador faz de Deus.
Resposta tão estapafúrdia como a que a Rainha deu a Alice: "Dizes que sou cruel. Portanto finges que és um nabo ou, mesmo, uma cenoura (carrot)".
Stran ou a dislexia semi-robótica (ou das respostas paralelas.
Não sugiro que Stran seja mentecapto, nem nada que se pareça. Digo expressamente que é sim um típico representante anti-semita.
E pouco esperto.
E usa um tom inquisitório de familiar mental da KGB.

Lucas Skywalker

Anónimo disse...

Meus carissimos,

eu passo a explicar. Julgo que a confusão está a ser com "Deus".

É muito simples, o argumento que o Lidador utilizou foi que sabia o que nem eu próprio sabia. Ora como ele não pode chegar à conclusão de que odeio os israelitas através do que escrevo e como ele não me conhece, só posso chegar à conclusão de que o Lidador sabe tudo (mesmo coisas sobre mim que eu próprio não sei). Ora a unica personagem que eu conheço que sabe tudo, inclusivé coisas que eu não sei e que é fonte inquestionável é Deus. Ou isso ou é simplesmente parvo (e ambos sabemos que o Lidador não é parvo).

Para o anónimo,

Eu não fui acusado pelo Lidador de nada, ele apresentou um facto (mentiroso), o que é totalmente diferente.

"Stran responde que O Lidador faz de Deus."
E a resposta foi à parte em que o Lidador disse que sabia de coisas que nem eu sabia sobre mim próprio.

"Digo expressamente que é sim um típico representante anti-semita."

E tem alguma coisa para sustentar esta sua afirmação, ou está simplesmente a cuspir para o ar?

RioDoiro disse...

Stran:

"
É muito simples, o argumento que o Lidador utilizou foi que sabia o que nem eu próprio sabia. "

Quanto mais estúpido se é, mais se nota e menos consciência se tem desse facto.

.

Anónimo disse...

Sustento essa convicção - não se trata de simples afirmação - pela análise psicológica e linguística (ou metalinguística, se quiser) do seu tipo de discurso.
Como sabe, isso é possivel de se fazer, para quem o faz. Sugiro-lhe a leitura do livro de Karl Meininger, saído em Colónia em 53 (e com tradução francesa "L'empire des cons")da responsabilidade de Jean-Jacques Barzon.
Este entre alguns outros (o do brasileiro Júlio Maciel Filho também é de útil e proveitosa leitura).
Mas o Stran, digo-o sem acinte, é a meu ver aquilo a que se poderia chamar um anti-judaico doce. Ou seja, levado a isso pela hostilidade à América, que pensa ser filha ou disfrutadora do capitalismo, quando ela está longe de o ser. Capitalismo que, como sabe, tem sempre por trás um judeu adunco, de fácies retorcida, tenebrosa (ai!).
Vivi dois anos lá, sei do que falo (risos).
Anti-semitas perigosos são sim outros, como os que se pavoneiam nos palcos expressos do nosso mais vociferante partidão "gauche gai" (alegre).
Sem sobranceria digo mesmo que o Stran não deve ser pessoa ruim.Contesta, dá feedback. Os ruins mesmo fazem como um caramelo que tive ensejo de ler aqui, um tal se não me engano chamado...ai...fugiu-me o nome, um que dizia que não queria diálogo, um vigoroso representante de uma futura eventual quinta coluna se isto desse para o torto (como diacho se chamará o sujeito, raios! É que não me lembro mesmo, hélas! É dum 7 Dias, ou Quatro semanas em Maio, ou assim, nom de dieu).
O Stran use a cabeça, a de cima evidentemente, e chegará a conclusões do que se passa na Palestina tendencialmente perspicazes ou mesmo correctas.

Sans racune, Lucas Skywalker

Anónimo disse...

"Quanto mais estúpido se é, mais se nota e menos consciência se tem desse facto."

Lol

Anónimo disse...

Stran, gostei de ler a sua assumpção de defeito próprio, expressa nesta modesta frase entre comas.
Mas não se culpe em excesso, o arrependimento é sempre um dado positivo. Daí que não se amofine.
O futuro dar-lhe-á dias risonhos, se persistir na sua morigeração tão inteligente!

Lucas S.

Anónimo disse...

Caro Lucas,

"...do seu tipo de discurso."

Poder-me-ia dar exemplos concretos do meu discurso? É que gostaria de aprender.


"Mas o Stran, digo-o sem acinte, é a meu ver aquilo a que se poderia chamar um anti-judaico doce."
Não sou anti-judaico. Julgo é que ninguém está acima de criticas (sendo que o tipo de critica a Israel é diferente ao Hamas, visto que o Hamas foi/é um movimento terrorista, que chegou ao poder em Gaza pela força, sendo que Israel é um Estado democratico soberano).

"Ou seja, levado a isso pela hostilidade à América, que pensa ser filha ou disfrutadora do capitalismo, quando ela está longe de o ser. Capitalismo que, como sabe, tem sempre por trás um judeu adunco, de fácies retorcida, tenebrosa (ai!)."

Está enganado, quem não gosta dos USA é aqui o meu fiel-inimigo CdR.
E quanto à minha relação com o capitalismo, tenho uma opinião parecida com a democracia, é actualmente o melhor sistema dos que existem. Não julgo é que é ilegitimo imaginar e tentar encontrar alternativas melhores ao que existe.

"Sem sobranceria digo mesmo que o Stran não deve ser pessoa ruim.Contesta, dá feedback."

Obrigado pelo elogio. E enquanto tiver tempo darei sempre feedback.

"O Stran use a cabeça, a de cima evidentemente,..."
Lol

"...e chegará a conclusões do que se passa na Palestina tendencialmente perspicazes ou mesmo correctas."

Eu aqui ainda não tinha falado sobre conclusões sobre a Palestina. Pessoalmente penso que o conflito só acabará quando se perder a visão de Israel=Bom Palestina=Mau ou a visão de Israel=Mau e Palestina=Bom. Julgo que foi um momento histórico quando o Hamas chegou ao poder e que se perdeu com o episodio dos financiamentos.

Julgo que teria sido um momento chave para ter outra actitude (e julgo que bastaria alguns meses) de aceitação do Hamas enquanto força politica. Teria sido um desafio muito grande para o Hamas (que deixaria de ter desculpas para lançar rockets a Israel).

Julgo que dois cenários aconteceriam:

a) o Hamas tornar-se-ia um movimento politico puro e existiria espaço para uma solução diplomática;

b) o Hamas continuaria a atacar Israel e passariamos em confronto aberto entre duas nações o que levaria em ultima analise a uma solução definitiva;

Este cenário actual é mais do mesmo, ambos jogam argumentos, ambos têm razão e ambos são culpados de crimes de guerra. Ou seja mais do mesmo e continuaremos a assistir a este impasse.

Anónimo disse...

Meu caro Lucas,

Tenho de admitir que gosto do seu sentido de humor!

Abraços
Stran

Unknown disse...

"b) o Hamas continuaria a atacar Israel e passariamos em confronto aberto entre duas nações o que levaria em ultima analise a uma solução definitiva;"

Exactamente o que aconteceu e está a acontecer.
A memória stranica é curta, mas deve lembrar-se que o Hamas não só tomou o poder em Gaza pela força, matando mais de 1000 compatriotas, como não houve um único dia em que não tivesse lançado um foguete sobre Israel.
Israel ia reagindo a cada foguete com o encerramento das fronteiras por curtos períodos de tempo.
Até que se fartou.

E enquanto os Estatutos do Hamas nos disserem :

1. Preâmbulo: “Israel existirá e continuará a existir até que o Islão o oblitere…”

e

2. Art.º 13: Iniciativas, e as chamadas soluções pacíficas e conferências internacionais, estão em contradição com os princípios do Movimento de Resistência Islâmico (ver ponto 1).

todas as iniciativas, soluções pacíficas e conferências internacionais são inúteis e o sangue continuará a correr, até que o Hamas seja reduzido à impotência.
Como se espera que aconteça, para bem daquela gente

Anónimo disse...

Caro Stran

Vê como eu tinha razão em dizer que se usasse a cabeça de cima (risos) a coisa iria?
Aquela coisa de V. ter escrito em inglês...o inglês dos analistas da corda...leva a quiproquos!Por uns minutos, confesso, tomei-o por...você percebe - e afinal era apenas um levemente distraído(digo até com algum afecto, agora que já somos compinchas bem dispostos!).

Neste caso, analisando, fiquei com a ideia (que felizmente não se concretiza) de que V. papaguearia, faço-me entender?
Como se fosse um D.Oliveira (não, não é esse, refiro-me ao gorducho, aquele com um pouco de falta de cabelo (careca, em termos técnicos), aquele que com uns outros da Madragoa, ou Mouraria, ou Campolide, digamos, se encena na TV, num programa que tentam luciferino mas é apenas parquemayeresco, se encena dizia em analista estilo Vashigueton Poste, do you understand what I mean? Qualquer coisa Lionel, ou Danael, ou Azazel, ou assim.
Exacto, V. acertou e percebeu,sim, o que nos faz rir por causa das gaitadas discursivas a que se entrega. Mas adiante.

Uma cousa, entretanto, hei de lhe dizer, atenção que agora vou falar com gravidade e elevação: uma das suas hipóteses de trabalho, a de aventar que o Hamas se pode/poderia/poderá transformar num grupo político, infelizmente é impossível. Sublinho impossível.
Passo a explicar:
- o Hamas, como todos os grupúsculos extremistas fascizantes islâmicos - e alerto para o facto de que o "stratus" psicológico que subjaz a esses grupos islâmicos é absolutamente igual ao que subjazia às SS, a saber: amor ao sacrifíco, a que eles davam o nome de "honra e fidelidade"), prática da violencia cega e orientada (com o consequente aviltamento do super-ego), deslocação (transfert) do respeito pela soberania usual ( substituida pela subserviencia total) a um indivíduo (Ben Laden ou o chefe factual do momento do grupo, Alah, Mahoma...) ou do conceito (a pátria islâmica, o Califado, o império de Alah como panaceia...).
Para tudo dizer e nos entendermos: hoje o Islão é apenas um instrumento, por outras palavras: um absoluto, algo que tentam cubra o mundo.
E não só os grupos extremistas, que usam a violencia expressa. Se isso fosse assim...bem estávamos. Não. O mesmo se dá com os islamitas que, pacificamente, levam a sua vida de crentes. Mais a evengelização que propôem, que integram. Pacífica, claro.
Foi isto que o Ocidente inda não entendeu bem. Vai suspeitando, vai entendendo parcialmente... Mas muito parcialmente e muito devagar.
Como já pelo menos dois autores o disseram, o Islão é uma filosofia (chame-lhe religião se quiser, mas o que ele é é uma filosofia muito específica)predadora, de combate.
Leia a História e depois venha dizer-me o que concluiu.
Creio que o poderá fazer de boa fé.
Assim sendo, digo-lhe isto aqui, arriscando a minha reputação(risos): não haverá NUNCA paz na Palestina. Enquanto uma das forças estiver no terreno.
Essa paz é tão expectável como esperar-se que um tigre côma erva.
O problema está na génese do Islão e na sua vaza conquistadora e totalitária.
Estiveram quietos até há pouco tempo porque já não tinham a força de outrora.
Estão a recuperá-la, pois agora são a junção não da electricidade e da ideologia mas a do petróleo e da fé congregadora.
Será inevitável o choque conceptual.
O chamado choque civilizacional.
Desculpe o tempo que me roubou e eu também lhe roubei (você gosta de ironias...isso é mt saudável).

Lucas S.

Anónimo disse...

Só mais uma coisita: quem é o CdR que não gosta dos Estados Unidos? Desculpe, não percebi porque sou principiante nisto de ver a blogoesfera, onde venho sem muita atenção, apenas o faço porque tenho algum tempo livre, muita vulcanidade e não se pode gastar o fogo a fornicar tudo e só, divirto-me com o combate verbal e sempre se podem abrir algumas mentes de passagem.

Lucas, o tal

Paulo Porto disse...

Caro Lucas Caminhante no Céu

Entre em contacto com o FI pelo e-mail sff.

Anónimo disse...

Yep.
Mas juram, de certeza, que não é para me baterem? (risos).

Mas assim ficam logo a saber quem sou...não há azar? E se um islâmico nos topa do canto? Lá se me vai pelos ares o canastro...

Lucas, com máscara de Darth Vader

Anónimo disse...

Caro Lucas,

CdR é o excelentissimo Carmo da Rosa.

Só um pequeno apontamento pela minha entrada da forma como fiz. Já comento aqui à mais de um ano (já devo ter escrito mais de 100 comentários, acredito que bem mais) pelo que após uns quantos comentários, vá mudando a abordagem, visto que o resto por aqui é imutável, por vezes um verdadeiro hino ao dogmatismo.

Neste caso apenas quis pegar no artigo que o Lidador citou e escrever as partes que saberia que o Lidador nunca citaria, e uma coisa levou a outra...

"uma das suas hipóteses de trabalho, a de aventar que o Hamas se pode/poderia/poderá transformar num grupo político, infelizmente é impossível. Sublinho impossível."

Julgo que se poderia dizer a mesma coisa da fatah ou do IRA. Julgo que não é impossível, embora admita que seja pouco provável. No entanto, como referi aquele momento tinha sido optimo para expôr a nu essa situação.

Perdeu-se uma oportunidade que talvez não volte a aparecer.

"o Hamas, como todos os grupúsculos extremistas fascizantes islâmicos"

Julgo que nesta causa existe uma componente extremista mas uma parte de ocasião (quer seja por vontade de poder e de "conveniencia" - sendo que neste caso conveniencia significa aquele que ajuda e combate os elementos directamente responsáveis pela situação em que um palestiniano se encontra).

Enquanto a primeira é completamente impossível de eliminar, a segunda, alterando-se as circustancias poder-se-á modificar.

É impossível dizer a um palestiniano normal que ele está naquela situação porque o Hamas é como é e age como age. O que um palestiniano normal sabe é que os seus familiares morrem com armas israelitas e que não tem comida porque os israelitas não deixam atravessar a comida. E quando um gajo com uma faixa verde diz "olha combate ao nosso lado para poderes ter comida no prato e para que não morram mais familiares teus" esse palestiniano lutará.

Quanto à questão do Islão julgo que é demasiadamente empolada, primeiro porque existem muitas pessoas a professar o islao de maneira diferente e com diferentes níveis de compromisso Islamico.

Sem que importante debater, mas o tipo de erro comum (generalização) nesses discursos apenas serve para dar força a posições extremistas de ambos os lados.

Li noutro dia uma frase de um Israelita que gostei bastante e que concordo:

"Estou a favor dos que defendem a paz, independentemente de que lado da fronteira se encontram"

"O problema está na génese do Islão e na sua vaza conquistadora e totalitária.
Estiveram quietos até há pouco tempo porque já não tinham a força de outrora."

Julgo que não está na genese, mas que estam a recuperar essa faceta concordo, e nós estamos com os nossos discurso radicais a estender a passadeira vermelha para isso acontecer.

"...divirto-me com o combate verbal e sempre se podem abrir algumas mentes de passagem."

Também. Vai ser um prazer continuar esta e outras discussões. E cheira-me que será o novo elemento cá da casa!!!

Anónimo disse...

"A memória stranica é curta, mas deve lembrar-se que o Hamas não só tomou o poder em Gaza pela força, matando mais de 1000 compatriotas, como não houve um único dia em que não tivesse lançado um foguete sobre Israel."

Deve ser curta, mas não é rival da sua falta de capacidade analitica. Leia lá o meu comentário todo...

E já agora gostaria que me dissesse, quando é que foi quebrado este cessar fogo?

Anónimo disse...

Não perca a oportunidade, Lucas!

Certamente vão lhe pedir para escrever no FI e o salário deve ser alto!

Devo acrescentar que pela amostra dada será uma ótima aquisição para o FI.

Quanto ao perigo de descobrirem sua identidade, aconselho-o a habilitar uma conta no HotMail para os contatos iniciais. Seu nome e seu email continuarão secretos.

Anónimo disse...

Caríssimos, Fiéis A(ini)migos, mas olhem que podem apanhar uma forte decepção! Não digo isto com onzenice, apenas porque eu sou tão-só um pobre vate já não digo da Póvoa do Varzim, como o colega Eça, mas de...Silêncio, por ora (como nas peças de teatro do Olavo ou nas novelas torrenciais do Ponson du Terrail).
Juro que não é por nada mais que isto e o Simões Homem duma Cana Joaquim (sim, esse mesmo!) como é arguto e está mais próximo, não significa que vós não o sejais, pode dar pista (ai que lá se me vai a mascarilha): gosto muito do FI, juro, porque nas minhas deambulações topei com este espaço (usava nessa altura outro nome...contos largos...)e percebi que falavam alto e claro, que não comiam na manjedoura dos que tentam rebentar o mundo com ou sem doçura (essa gente é ardilosa); analisavam com autonomia, sem primarismo...
Em resumo: um espaço onde se sente um ar salutar fora da carroça dos que acham que o ocidente (chamemos-lhe assim) deve apanhar bofetadas para não apanhar pontapés.
Habituei-me a vir aqui...ganhei certo afecto ao lugar...nota-se que aqui há inteligencia e não se festejam as chazadas dos que acham muito próprio que se chateie o Bento mas se ande de cócoras ante o Mafoma.
Expliquei-me bem? Razoavelmente? Prossigamos.
Como sou primo do Woland (na versão do Mikail Bulgakov, "Margarita e o mestre")apareço por cá nas minhas diversas figurações: umas vezes de fraque (e sou o Gaillard), outras de fato de pobretana (e sou o Arrebimba), outras de... Ora, como o mesmo Woland dizia para o Ivan Sem-Pátria, "Diga-me sob que figura não apareci...".
(Aqui entre nós, por um segundo, que ninguém nos ouve: se andamos de bem com o mundo, sem apoquentações - da crise, do polícia de transito que nos lixa com ar sádico,do simples político que nos suja os ouvidos na tv, etc - é um pouco fascinante, dum ponto de vista vital, darmo-nos a esta actividade lúdica. Bem diferente das razões expendidas na LER por um conhecido protocrítico da nossa praça, o Abel de Bastos Barroso, ou assim pois não fixei bem o nome do raio do colunista; é um feio, pequeno e barbalhudo - e disso não tem culpa coitado - já o estão a ver, não é assim?).
Mas continuando: é amorável, por vezes, aqui e ali chegar-se a roupa ao pelo dos esquerdóides. Que, baseando-se no estarem organizados (o partidão d'outrora foi bom mestre...)em panelinhas pseudo-progressistas, nos estorvam maldosamente a vida se um gajo tira o lenço de Zorro da fisionomia.

Além disso, uma coisa que não se nota na minha prosódia porque ela é dinâmica (jogo de cena, thank you!) sou já galo velho, um pouco cansado por vezes, sem fantasmas mas com muitas nostalgias.
Para cúmulo, e isso é o pior, escrevo numa meia-dúzia de sítios munta esgotantes (atenção Simões, não me denuncies!)aqueles lugares um pouco maiores que o Expresso ou a folha de couve do Vasconcelos, que como as amantes exigentes me deixam um pouco zipado(um tipo tem de andar muito informado literariamente...picturalmente...e tal - e isso ocupa um bocado, vocês entendem).
Comentários é fácil, digamos, é como a poesia: basta engrenar em segunda. Mas um artigo, como a maior parte dos vossos, isso é outra loiça, é preciso um tipo fazer o trabalho de casa em termos (e tenho notado que o fazem, felicito-vos por isso).

Agradeço, contudo, o vosso gesto, caríssimos. Vocês creio que sentem que estou a falar a sério.
Ai se eu inda tivesse 50 anos! Nessa altura pulava-me o sangue. Entraria logo na liça. Agradecidamente, aliás tal como agora alvitrarem isso (se é disso que se trata).
O que vos garanto é que estarei sempre DESSE lado. E, se não me falhar a tusa, dando aqui e ali - ultimamente até tenho andado mui activo, porque esta coisa de Gaza, dos que querem liquidar Israel, mexe com o meu senso de justiça, sei lá - dando aqui e ali, dizia, um que outro comentáriozito (coté Woland).
Mas calo-me já, que senão às tantas estamos todos a llorar.
A estima do

Lucas, etc e tal

PS - E já agora não digam, porque o descobrirão, quem é cá o meco. Tenho medo do Zarqawi ou lá como se chama...e também dos "quintas" de cá...são mui viris e valentes e deslombavam-me pela certa!

David Lourenço Mestre disse...

he lá, isto obriga nos a optar por patifarias que nem o estaline aprova - ou escolhe (ò lucas) a passadeira vermelha ou ainda encontra no mail box um barbudo com pouco amor à vida

Anónimo disse...

Boa piada, caro Lourenço Mestre.
Conto com a vossa indulgencia, que no fundo é uma autêntica passadeira.
E como dizia o Eugénio (mas castamente!): Boa noite, caros fiéis. Eu vou com as aves!

Estevão Spielberg, né Lucas do Céu

EJSantos disse...

Isto no Fiel Inimigo está porreiro. Temos o Stran de volta (olá Stran; um destes dias vamos conversar sobre fundamentalismo; recordo-me que tinha combinado isso consigo), e agora o grande guerreiro Jedi!
Cada vez melhor.

Boa noite

Carmo da Rosa disse...

@ Sran: ”Está enganado, quem não gosta dos USA é aqui o meu fiel-inimigo CdR.”

Stran, eu só não gosto deles porque discriminam a minha religião, a Santa Bolinha, e propagam aquelas religiões malucas daqueles gajos terrivelmente reaccionários que têm canais de televisão e que dizem que a gente não pode dar uma tranca na vizinha mas eles, quando não estão com a fuça na TV a cantar o Lord, estão certamente nalgum bordel onde só se paga com cartões de crédito Gold…

@ Lucas: ”Só mais uma coisita: quem é o CdR que não gosta dos Estados Unidos?

Creio que acerca dos Estados Unidos estamos conversados. Eu sou um emigrante na Holanda que nasceu em Marrocos mas tenho sotaque do Porto! Difícil de compreender mas tecnicamente possível.

RioDoiro disse...

Lucas-não-matam-mas-moem

"Mas continuando: é amorável, por vezes, aqui e ali chegar-se a roupa ao pelo dos esquerdóides. Que, baseando-se no estarem organizados (o partidão d'outrora foi bom mestre...)em panelinhas pseudo-progressistas, nos estorvam maldosamente a vida se um gajo tira o lenço de Zorro da fisionomia."

Essa é que é essa. Aposto que o CdR o compreende. Ser-se de esquerda nesta "esquerda" é duro ...

Carmo da Rosa disse...

"Ser-se de esquerda nesta "esquerda" é duro ..."

Tentar ser decentemente de esquerda nos tempos que correm, quando a esquerda é cada vez mais reaccionária, é realmente muito duro...

Um dia destes escrevo uma cartinha ao Daniel Oliveira e ao Francisco Louçã.

Anónimo disse...

Caro Carmo da Rosa: faz bem em escrever ao nommé Louçã e ao neto do Herberto (o Oliveira, pelo que um confrade me elucidou, é neto do Herberto, o que não o torna decerto mais finório, acho eu, nem o contrário). É sempre um trabalho pedagógico, quiçá demopédico, cartear-se esses fabianos - ainda que eu ache, à puridade, que é trabalho perdido.
Não porque sejam estúpidos - estão a meu ver longe de o serem - mas porque estão numa via que os impede de ENTENDER: e essa via chama-se ideologia, que ao próprio Sartre maculou sistematicamente.
O caso do Oliveira, que aliás só conheço por ter lido um aliás medíocre texto seu numa folha de couve nacional e o ter visto 2 vezes na TV (chamou-me a atenção, nesse zapping, a forma chamemos-lhe assim "normal" e até com certo espírito com que antepunha razões a uma dama estritamente aloirada e com ar petulante, a qual se encena como se fôsse do talento, que não tem, duma Edith Stilwell ou assim); contudo, logo a seguir, disse duas ou três que mo mostraram como, com o devido respeito, um pensador atribiliário, no mínimo.

O que me faz impressão é que esta rapaziada de facto sem talento, cujas galas não têm por detrás obra que os certifique (não são nem novelistas de qualidade, nem poetas de vulto, nem operadores de obra plástica de gabarito, nem jornalistas de alta estatura, manifestamente) goze de larga difusão e seja alcandorada de forma peculiar. Pude concluir que há só uma razão: a bambochata política, que os torna úteis a quem mexe os cordelinhos dos títeres massificados. Por outras palavras, que creio adequadas neste teatro de sombras a que chamam Portugal: that's the propaganda, stupid.
Y ya me voy, hoy tengo solamente um ratito de tiempo.

LUCAS ARREBIMBA EL MARIACHI

PS - Particularmente, já vos enviei feedback por mail...Tace ut potes.

RioDoiro disse...

CdR:

"quando a esquerda é cada vez mais reaccionária"

Quanto a mim, o pior é a "esquerda" ser cada vez mais pidesca.

.

Anónimo disse...

Só um segundo mais para dizer, cordialmente, a Stran:

"olha combate ao nosso lado para poderes ter comida no prato e para que não morram mais familiares teus" , diz o meu amigo. Se fôsse assim...!
Mas eles não apontam para a necessidade terrenal, são mais brutais que isso; dizem: é a vontade de Alah!
E o que pode um ou uma cidadã, que foi submetida a uma lavagem ao cérebro desde os 2 anos de idade, fazer contra a vontade de Alah?

Aqui reside o drama, aqui reside a impossibilidade de diálogo com o grupo fascista islâmico ou o mais nuançado Fatah ou outros: a cimentação teológico/comportamental.
E mais um detalhe: por razões de pensamento prático/operativo, o Cristianismo/Catolicismo efectuou um aggiornamento (que por vezes se confunde com "esquerdização da re-ligação" (esta detestável e espúria). O Islamismo, por ser intrinsecamente uma religião de combate, nunca o fará.
Por isso, conceptualmente, vivem na Baixa Idade Média.
Sabe onde reside a nossa, de ocidentais, esperança? No facto de que em guerras intestinas se auto-destruirão, assim que lhes falte o petróleo que é a matéria agregadora.
Nos finais deste século, deixe-me ser um pouco futurista, o Islão auto-desaparecerá, livrando para sempre o mundo dessa prática nefanda. Restarão resíduos, que já não terão força socialmente representativa mundial.

LUCAS

Anónimo disse...

Caro EJSantos,

Obrigado! Já tinha algumas saudades. Infelizmente o meu contributo vai continuar a ser esporádico. Podemos aproveitar a deixa deste artigo e falar de fundamentalismos.

Já agora na minha ultima abrupta saida não sei se deixei alguma discussão em aberto, se alguém quiser continuar é só deixar uma referência.

Caro lucas "mais não sei quantos pseudonimos"

"Mas eles não apontam para a necessidade terrenal, são mais brutais que isso; dizem: é a vontade de Alah!"

Julgo que não, para uns quantos fanaticos sim, mas para a maioria é mesmo a questão mais terrena. Aliás fiquei com essa impressão na minha visita ao médio oriente, nomeadamente ao Egipto. Aquilo da religião é mais tradição do que qualquer outra coisa, tipo "vamos lá à reza senão o vizinho vai cuscar e somos mal vistos por todos". Alguns até maquilham a testa para fingir que são muito crentes!!!

Ou seja essa coisa dos fundamentalismos é verdade mas para uma pequena minoria (o problema é a capacidade de mobilização que tê derivado dessas questões terrenas).

"Aqui reside o drama, aqui reside a impossibilidade de diálogo com o grupo fascista islâmico ou o mais nuançado Fatah ou outros..."

Como vê pela actualidade a evolução para uma solução mais pacifica existe, e a fatah é um bom exemplo: começou por ser como o hamas é actualmente - não reconhecer israel - e actualmete já concorda com a solução de dois estados. E no Hamas acontecerá o mesmo (antevejo que daqui a 5/10 anos não falamos já do Hamas mas sim das Jihad Islamica).

"O Islamismo, por ser intrinsecamente uma religião de combate, nunca o fará."

Julgo que se vivessemos na epoca dos cruzadas diriamos o mesmo do cristianismo. O que não quer dizer que no nosso periodo de vida assistiremos a uma alteração tão profunda no Islão, no entanto seria interessante dar poder às correntes mais moderadas.

"Por isso, conceptualmente, vivem na Baixa Idade Média."

Nisto concordo, no islamimismo arabico

"No facto de que em guerras intestinas se auto-destruirão, assim que lhes falte o petróleo que é a matéria agregadora."

E sabe qual é o meu receio, é que com este querer forçar o conceito de "choque de civilizações" acabe por produzir o efeito de terminar as guerras intestinais.

Por exemplo a guerra no iraque foi uma enorme estupidez nesse sentido.

"Nos finais deste século, deixe-me ser um pouco futurista, o Islão auto-desaparecerá, livrando para sempre o mundo dessa prática nefanda."

O acreditar em Allah não desaparecerá, espero no entanto que a ideia peregrinamente estupida de que os povo infiéis são para destruir esteja completamente erradica.

EJSantos disse...

"Nos finais deste século, deixe-me ser um pouco futurista, o Islão auto-desaparecerá,..."

Caro Lucas, há uns dias atrás discuti isto com um amigo meu, que também gosta de história. E ambos pensamos que a tendencia do Islão é para perder poder nos seus países de origem, e isto pelo simples facto dos islamitas serem um tipo de gente que inferniza a vida ao resto da população. Quem está um pouco informado das práticas sociais e das práticas juridicas nos paises teocráticos, fica estarrecido com tanta crueldade, tanto desrespeito pela dignidade humana.
O Islamismo radical é uma máquina de produzir sofrimento. É isto que queria que as pessoas compreendessem.
E quando leio nos jornais sobre as barbaridades cometidas por fundamentalistas nos próprios países islámicos, recordo-me do fundamentalismo religioso na Europa, que desembocou na guerra dos 30 anos, em que muitas zonas da Alemanha foram pavorosamente desvastadas, e noutros conflitos que grassaram por causa do conflito entre católicos e protestantes. (É claro que devemos ter em atenção algumas iferenças; por ex. o Cristianismo não é uma religião que prega a guerra santa, ao contrário do Islamismo que prega a jihad).
Por outras palavras, parece-nos que os fundamentalistas vão continuar a fazer porcaria, e vaõ fazer a tal ponto, que os próprios cidadãos dos paises islámicos vão se passar da cabeça com esses loucos.

EJSantos disse...

E, caro Stran, continuarei a ler os seus comentários. Provavelmente não concordarei com muita coisa, mas sempre há o bom desafio de pensar no que foi escrito.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro Stran, antes da deita uma breve resposta: em 1984 participei com o Mário Cesariny nos Encontros sobre Pensamento libertário levado a efeito pela Universidade Estadual de Portland. Ele debruçou-se sobre o Fernando Pessoa, num texto que faz parte dum tomo que irá sair a lume. Eu escrevi sobre as religiões maioritárias, um artigo intitulado "A carne e o espírito de Deus - uma introdução à matéria e à substancia". Isto para lhe dizer que me debrucei de maneira exaustiva sobre este vasto continente, no intuito de fazer obra razoavelmente sólida, responsável e asseada. E, espiolhando o núcleo duro da coisa, verifiquei ao pormenor os postulados em que assentam o Catolicismo, o Budismo, o Islamismo e o Induísmo.
Destes, só o Islamismo assenta os seus postulados dogmáticos (de Dogma) na imposição, no combate.
Ou seja: o Catolicismo levou a efeito lutas - mas como muito bem observou Ruy Ventura, num ensaio publicado num suplemento cultural em 2002, apenas porque o seu múnus específico tinha sido capturado pelos barões e o clero de topo.
Quer dizer, o combate e a guerra foram exigências POLÍTICAS, aliás írrazoáveis.
O Islamismo é diferente, tem em si a exigencia de tornar fiel o infiel. É uma exigência inscrita em dogma, que é um postulado impositivo.
Creio que me entendeu na perfeição.
Se ler o Corão, verificará isso.
Por isso é que mesmo os islamitas "moderados"(lá como cá) têm uma indisfarçável incomodidade perante os dados da democracia moderna (filha não só da Razão como da Consciência).
São reféns de algo que os ultrapassa (o querer de Alah) e que se contém na tristemente célebre equação: Se te converteres, terás tudo o que tem todo o crente. Caso não te convertas, serás forçado a converter-te.

Só há "moderados" porque esquecem, por conveniencia ou inteligencia,a Lei.
Se a cumprem - se são bons muçulmanos - são inevitavelmente émulos desses que enforcavam pessoas no intervalo dos jogos de futebol.
No Afeganistão taliban - o dos "estudantes da Lei".
Este o drama do Islão - feito para o medievalismo, mas que numa sociedade civilizada, racional, democrática, não tem capacidade de existencia racional e respeitadora do livre exame.
Da simples Liberdade, para tudo dizer, que desde Demócrito até Rousseau, digamos, o Ocidente procura que se faça vida em nós, como dizia a Florbela.

Lucas, o Arrebimba

Anónimo disse...

Carmo da Rosa: faz muito bem em não gostar da América que age daquela maneira, com "religiosos" doidos e oportunistas. Que é uma parte da América, claro que o sabe. Dessa também não gosto nada.
Gosto é da outra, a que se certifica numa sociedade aberta, que pulsa e em grande medida está a fazer o futuro, não o que serve aos propagandistas de baixo estofo, como o Portas o é por vezes, para deblaterar contra os marotos dos americanos (propaganda, you know), A América que, ainda que não com o pormenor que desejava, conheci e apreciei (Canadá incluído, às vezes finge-se que é um mundo alheio, e não é).
A América que nos safou na Segunda e em boa parte nos safa ainda e dizer isto é acto de lesa-majestade para "os tais" (mas digo-o, raios!). E tanta coisa bela e vai criando tanta coisa de facto estimável.
Em tempo: quando perguntei quem era o CdR não foi com intuitos inquisitivos. Foi só porque certas conversas bloguísticas escapam-me. Ok?
Já agora: o que é isso da Santa Bolinha? Não estranhe a pergunta, a minha ignorancia em certas coisas é pavorosa!

Luke

RioDoiro disse...

Luke:

"Já agora: o que é isso da Santa Bolinha?"

Parece-me que é aquele jogo das capoeirinhas. Eu nuca vi, mas há quem diga que guardam lá frangos. Já tenho pensado na coisa, e não percebe como querem lá guardar frangos sem lhe porem, sequer, uma porta.

Mas o CdR confirmará ...

.

Carmo da Rosa disse...

@ Luke: ”A América que nos safou na Segunda e em boa parte nos safa”

Ora bem, é precisamente esse lado, guarda-costas, que eu gosto na América. E como por enquanto não temos outro devíamos ter um pouco mais de respeito, mas mesmo que tivéssemos outro, deveríamos ter um pouco de vergonha na cara e não ser mal agradecidos – como é o caso da esquerda caviar e dos Iraquianos, especialmente os Xiitas…

”quando perguntei quem era o CdR não foi com intuitos inquisitivos.”

Também não li a pergunta dessa maneira, por isso ‘no problem’.

”o que é isso da Santa Bolinha?”

A Santa Bolinha, nada tem a ver com capoeiras, isso é conversa de café do Range para quem a bola (daí a origem) é quadrada - hahaha.

Agora a sério, a definição: A Santa Bolinha é um jogo (para biliões de pessoas, e para mim também, religião seria uma melhor definição) em que há uma bola e jogam 11 jogadores contra outros 11 e normalmente ganham os Alemães no último minuto.

Arranjei-lhe o melhor exemplo que tenho no meu disco duro. Neste caso os alemães perderam, a excepção que confirma a regra:

http://www.youtube.com/watch?v=ur5fGSBsfq8

Anónimo disse...

Yep, percebi.
Uma coisa de facto cheia de finesse, rs.
Muito divertida mas com uma magnífica dose de humor negro.
Que é o único filosófico, in plain style.

Luke the python

RioDoiro disse...

CdR:

"é quadrada"

En tão é mesmo isso. Estão a falar do jogo das capoeirinhas.

Olhem, eu pensei maduramente no assunto, e proponho uma alteração à coisa. Se as capoeirinhas ficassem do mesmo lado do campo, ao lado uma da outra, imaginem o suspense ...

.

Anónimo disse...

Antes demais desculpas pela minha ausencia.

Caro EJSantos,

Obrigado pelas suas palavras. O sentimento é reciproco.

Caro Luke,

"Eu escrevi sobre as religiões maioritárias, um artigo intitulado "A carne e o espírito de Deus - uma introdução à matéria e à substancia"."

Pode-me enviar esse artigo?

"O Islamismo é diferente, tem em si a exigencia de tornar fiel o infiel. É uma exigência inscrita em dogma, que é um postulado impositivo."

O catolicismo não contém em si o mesmo postulado?

"Se te converteres, terás tudo o que tem todo o crente. Caso não te convertas, serás forçado a converter-te."

Então como se explica a presença de comunidades religiosas diferentes do Islão em paises/reinos islamicos ao longo da sua antiga história?


"Este o drama do Islão - feito para o medievalismo, mas que numa sociedade civilizada, racional, democrática, não tem capacidade de existencia racional e respeitadora do livre exame."

Concordo, partindo que o Islão seja imutável, algo que manifestamente não é verdade.

Anónimo disse...

Resposta rápida a EJSantos, cujo coment só agora vi:
Não tenho, digitalizado, esse artigo, na época isso era chinês (salvo seja).
O corpo em substancia está em uma pasta, entre muitíssimas outras, que terei de pesquisar para o achar.
Quando o encontrar, posso dar-lhe cópia.

Não sei quando o poderei fazer, pois à frente estão coisas urgentes, de livros a sair, viagens e exposições. E a vida vidinha, que não me estorva mas me solicita muito.

Entretanto, refiro-lhe que: o Corão e os seus preceitos, logo o islamismo, é imutável. Há mesmo um dogma que diz: não pode alterar-se uma letra que seja ao que disse Allah (o livrinho para eles foi ditado por Allah e ponto).E neles o espírito está unido à letra.
Para mal de todos nós.
É uma filosofia (diz-se que é uma religião), uma arma de combate absolutamente imperativa.
O seu viso é tomar todo o mundo. E não brinco nem exagero. Está no livro. E eles levam a coisa absolutamente a sério, uma vez que não foram matizados pelo racionalismo e a psicologia do conhecimento.E a tolerancia para eles é apenas laxismo momentaneo ou falta de gaz. Que depressa passa,pois o superego está deformado, disfuncional pela lavagem ao cérebro.
Um bico de obra, que acabará por certo na guerra mundial. Não ver isto é, apenas, fragilidade um pouco feminil, que teve noutro plano e noutra época Chamberlain como paradigma.

lucas

Anónimo disse...

Só acrescentar o seguinte, única coisa que nos dá alguma esperança: como é absolutamente imperativa, a "religião" islamita é a que com maior expressividade se abandona.
Cito aquela meia-anedota, em que uma barragem abriu fenda; nesse buraquito, um garoto de 10 anos meteu o dedo para a salvar. Esteve assim durante um dia. Depois, vencido pela fome e o sono, tirou o dedo; e em questão de minutos aquilo esboroou-se tudo.
Tive ocasião de falar com alguns antigos crentes, que por razões específicas tinham abandonado a fé. E manifestavam um ódio devorador contra a antiga religião e seus áulicos. Repare: um ódio devorador, não um semi-desprezo como ex-crentes católicos, e nem falo de ex-budistas, esses são como se tivessem estado imersos num sonho...
Percebe porquê a violencia inaudita entre sunitas e chiitas?
A nossa esperança está nisto: é que devido à abertura socio-política, pelo desaparecimento do petróleo e, em seguida, à guerra geral que perderão (penso que se dará por essa altura, a não ser que os extremistas a desencandeiem antes, por desespero e raiva - eles não se movem por factos racionais, daí terem destruído o Trade Center, alertando o ocidente, antes de terem a bomba nuclear; tivessem esperado um pouco...e a estória seria outra), que perderão, dizia; a fé, digamos assim, islâmica, passará a ser como a fé em Atena ou Zeus (sabe que há uma seita, que vem do fundo dos tempos, que mantém essa crença?)mero resíduo que a seguir desaparecerá paulatinamente - pois o islamismo é uma fé essencialmente de massas (leia o que diz o Filósofo no seu livro sobre esse tema), um crente é potencialmente um fanático.
E note: o Cristianismo assenta os seus postulados "NO AMOR A DEUS"(como agnóstico, posso achar que é uma ilusão, mas benigna), o islamismo assenta-os "NA SUBMISSÃO A VONTADE DE ALLAH), em primeiro lugar. No cristianismo o crente é instado a propagar a fé, a evangelizar, a dar sinal (ou seja, falar nisso); o islamita é solicitado A CONVERTER outrém, a bem ou a mal.
Ficou então claro?

lucas

Anónimo disse...

tribunus cita ML "= Como parte de um cessar-fogo duradouro os postos fronteiriços com Gaza devem ser abertos para permitir a entrada de ajuda e trocas comerciais, sob supervisão de um regime adequado, com participação internacional e da Autoridade Palestiniana.

Não é depois da paz, é como condição para a paz."

Meu caro ML, se é uma condição da paz é o que vem depois de assinado um Acordo de Paz. Isto é, depois de assinado o Acordo de Paz segue-se a implementação de todas as condições definidas nas negociações da paz. Mas primeiro há que aceitar a paz, o que no caso do Hamas passa pela alteração dos seus actuais estatutos que logo no segundo parágrafo rezam:

Israel will exist and will continue to exist until Islam will obliterate it, just as it obliterated others before it" (The Martyr, Imam Hassan al-Banna, of blessed memory) Fonte: http://avalon.law.yale.edu/20th_century/hamas.asp.

Convenhamos, esta passagem é uma declaração de guerra permanente a Israel não só em nome do Hamas, mas (abusivamente?) de todo o Mundo Islâmico.

Esta mesma passagem fez parte dos estatutos do Fatah até 1988, quando o Hamas foi fundado e a assumiu (favor a Arafat que a renegou nesse ano?).

E é a razão que levou à rejeição árabe da Resolução 181 (II) das Nações Unidas (vide http://domino.un.org/unispal.nsf/dbe273e151ef674d85256cbe0070e688/7f0af2bd897689b785256c330061d253!OpenDocument) que teria estabelecido os dois estados e a cidade internacional com árabes e judeus misturados (Judaico com 498.000 judeus e 407.000 árabes; árabe com 725.000 árabes e 10.000 judeus, cidade de Jerusalém com 105.000 árabes e 100.000 judeus), sob o manto da União Económica da Palestina (Capítulo 4, D, 1 e 2); que não permitiu a Arafat assinar nenhum acordo de paz, sobretudo o de 1999, quando Ehud Barak ofereceu praticamente tudo o que Arafat na aparência queria; e não tem permitido desde a morte de Arafat partir para nenhum acordo, mal-grado o Egipto e Jordânia terem assinado tratados de paz com Israel, vários países árabes terem encapotado relações com Israel sob a forma de escritórios comerciais. Há um grupo de movimentos islâmicos – entre eles o Hamas e Hezbollah – alinhados com a Síria e o Irão que não desistem da destruição do estado de Israel.

Este, tem sido e é o cerne da questão que sobretudo os europeus seculares têm alguma dificuldade em entender, para além de terem também alguma aversão a estudar em todas as suas vertentes, mormente a religiosa, este conflito de mais de 60 anos (para não irmos a 1350 anos atrás aos conflitos em Medina e Meca com os judeus que se recusaram à conversão). Naturalmente, os judeus, que assistiram “in loco” ao nascimento do Islão e suas consequências, as duas histórias inseparavelmente ligadas, conhecem-no em todas as vertentes que nos escapam. Enquanto não for feito um esforço de persuasão sobre o último grupo no sentido de uma quebra com o dogma religioso, ambas as partes continuarão a geri-lo à sua maneira, uma com armas poderosas, a outra com enchendo o paraíso prometido. O apoio cego ao Hamas por parte de uma certa esquerda europeia é um contributo precioso para o cumprimento da agenda estatutária do Hamas.

Pena é, um desperdício lamentável mesmo, que a promessa corânica do paraíso através da jihad esteja vedada a infiéis, se não veríamos o paraíso islâmico a engrossar com militantes dessa certa esquerda europeia. Há, porém, o outro lado da moeda. Quem se lixa há mais de 6 décadas sempre a perder aquilo que de mais precioso têm - a vida - são os palestinianos, por cortesia dos líderes que têm tido e dos seus apoiantes cegos que substituíram o anti-semitismo visceral europeu pelo eufemismo politicamente correcto “anti-sionismo”, inventado pelos seus avós no pós-guerra... Ainda lamentavelmente, igonrància não é desculpa...

tribunus

Unknown disse...

"veríamos o paraíso islâmico a engrossar com militantes dessa certa esquerda europeia."

Caro tribunus, já esteve mais longe.

Roger Garaudy, um célebre comunista francês, converteu-se ao Islão.

Carlos, o "Chacal", declarou há pouco tempo que “O Islão é a única força capaz de persuadir muita gente a voluntariar-se para ataques suicidas contra os EUA, pelo que apenas uma coligação de marxistas e islamistas pode destruir os EUA”

O Dr MIguel Portas vai prestar vassalagem ao Hezbolah, e ao Hamas.

No Parlamento inglês há um deputado ( Galloway) eleito por um partido esquerdista/islamista (Respect)


Amir Taheri (refugiado iraniano) escrevia há meses que a “esquerda europeia encara os muçulmanos como os novos proletários do continente” e que a sua “ideologia se constrói hoje em torno de 3 temas; o ódio aos EUA, o ódio aos judeus e a esperança de colapso do sistema económico mundial”

No fundo, esta esquerda de revolucionários sem causa, está tão embriagada pela pulsão niilista, como os terroristas islâmicos. A única diferença é que estes morrem de facto pelo seu Deus, e os esquerdistas não têm coragem de morrer pelos seus (Che, Marx, Mao, Castro, etc.), nem pelo seu ódio à América.
Mas o ódio é o mesmo e dirigido aos mesmos demónios.