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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O erro de Hegel


Posto de lado o que se deveu à fraude, é, todavia, garantido que umas dezenas percentuais de votantes venezuelanos fizeram aos filhos aquilo que não perdoariam que os seus pais lhes tivessem feito, ao permitirem ou apoiarem um carácter vitalício para cargos públicos e governativos. Na prática, sancionaram, de um modo ou de outro, a prisão, o exílio, forçado ou voluntário, e a morte dos seus descendentes face aos abusos ou a qualquer futuro entendimento do mundo que não caiba na visão ou nos interesses de alguns.
E fizeram-no a troco da garantia da sopa dos pobres ou por - como sempre, modestamente, mas com inquestionável honestidade - se considerarem pais da nova humanidade, que pela eternidade os considerará como pioneiros.
O que, mais uma vez, põe a nu o engano teórico em que Hegel e outros se enredaram: é que, como o demonstrou a votação, há povo e povo ordinário.

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