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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A terra das bruxas

Podem acusar-me de ser dado a teorias da conspiração, mas numa terra onde corruptores activos em coisa significativa, apanham 1000€ de multa, em terra onde se entra em transe por provável corrupção de coisa (e não só) graúda que, tudo indica, já prescreveu, em terra onde os “gestores” de um banco embolsam, nas barbas dos “reguladores”, os depósitos dos clientes, em terra onde os “gestores” de outro banco embolsam, nas barbas dos reguladores, o dinheiro dos depositantes, em terra onde uma enorme quantidade de defensores do 'coitadinho' defendem o “papel” dos reguladores, em terra onde a “verdade” oficial, de governante, é revelada à justa medida da mentira, em terra onde a família de um advogado falecido há anos recebe, em nome dele, uma notificação para tomar determinados procedimentos relativos a um caso em instrução há 25 anos, em terra onde depois de um governante declarar alarmista a denúncia da subida da criminalidade, perante estatísticas que confirmam as denúncias vem desvalorizar os dados referindo que os altos índices revelados e que ele anteriormente tinha negado, eram “já” uma anterior realidade pretendendo ainda por cima recolher os louros pela melhoria dos mecanismos de estatística, num país onde figuras eminentes desculpabilizam a acção de gangs destro das escolas referindo-se a eles como “estruturas de poder informais”, é difícil não pensar que ‘eles estão bem organizados’.

Há uns anos (15?), um amigo meu ligado ao direito explicava-me a polémica da altura relativa à origem de recrutamento e à forma como os juízes eram formados. Dizia ele que a fornadas de juízes ainda cheirando a fralda que eram despejados nos tribunais indiciava a catástrofe que teria lugar quando eles começassem a chegar aos patamares superiores. Hoje, escancaradamente, acusa-se o poder político de ter manietado a PJ que, entretanto, é acusada de, em tempos, se ter deixado instrumentalizar ou até, de ter resolvido entrar na luta política. Hoje acusa-se, sem rodeios, a magistratura de ter uma postura política directa.

Somos um país ou uma colónia de uns quantos?

Será a diferença entre esquerda e direita (reais, implantadas, no sentido corrente) apenas um espantalho que, de espantalho, nada tem, sendo carne da mesma carne?

Quando eu andava na escola havia a catequese. Hoje há orações à volta do magalhães.

Eu, que me estou nas tintas para a religião, prefiro a primeira. Cheira a pessoa.

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