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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Socialismo Mal Parado

Acaba de ser disponibilizado mais um indicador em franca ascensão e muito revelador das realizações do socialismo em Portugal. Podia ser o desemprego, ou a dívida externa, ou a divergência de crescimento para a média europeia (já de si fraquinha), ou as ações judiciais do primeiro-ministro contra jornalistas e operadores de imagem. Mas não, desta vez é a evolução do crédito mal parado obtido a partir do último relatório do Banco de Portugal. Veja-se o quadro seguinte:




Relembre-se que um dos empenhos do governo é aumentar artificialmente o crédito na economia. Isto significa aumentar o risco do crédito, logo, aumentar ainda mais o volume do crédito mal parado. Esta é uma das receitas do socialismo do século XXI para sair da crise, tanto em Portugal como noutras paragens. E é esta a receita socialista apesar de se saber que a tendência evidenciada no gráfico acima promete o agravamento dos problemas económicos e sociais resultantes da incapacidade de cumprimento das obrigações financeiras assumidas por particulares e empresas.

É notável que se insista em percorrer um dos caminhos que levou à crise financeira, e a partir dela à crise económica, isto é, o excesso de crédito na economia.

Os socialistas fazem lembrar o tolo que acha que a melhor forma de curar a ressaca é beber logo de manhã mais do mesmo que provocou a bebedeira da véspera.

68 comentários:

Anónimo disse...

vantagens do crédito mal parado:
1) mais trabalho administrativo dos bancos => + emprego
2) mais trabalho administrativo dos tribunais => + emprego
3) mais desgraçados sem bens => maior necessidade de apoio social => +emprego

socialisticamente falando é bom não é?

Sérgio Pinto disse...

Asneira, como de costume. De onde retirou a informação que o aumento de crédito malparado advém de créditos concedidos sob estímulo governamental? Da sua cabeça (?), não foi?

Já agora, onde é que acha que estaria qualquer um dos grandes bancos mundiais sem intervenções governamentais (quer sob a forma de garantias, nacionalizações, empréstimos, etc.?)?

Paulo Porto disse...

@anónimo
Socialisticamente, é bom. Há até quem fique contente com terramotos, assim sp se pode dar emprego a maqueiros, e cozinheiros e tendeiros. Claro, convém não fazer contas aos empregos e empresas que se perdem


@sp
Vc é estúpido.

Então, se aumenta o crédito de risco mais alto que consequências vc pensa que decorrem para a qualidade do crédito? Se não percebe, pense no resultado que deu forçar os bancos americanos a conceder crédito de alto risco ("estímulo socialista") ao mercado imobiliário americano.

Qt aos Bancos arruinados por gestões danosas, sem as intervenções governamentais (penso que se esteja a referir ao mau uso que o Estado está a dar ao dinheiro de quem paga impostos) estariam falidos, para bem da economia. Acontece que mt governos (como, por exemplo, o nosso) pretendem ocultar os negócios com políiticos e a política e os maus gestores bancários. Vai daí vêm os amanhans cantantes para dourar pílulas e os sp.s desta vida choram emocionados contra o capitalismo.

Vc é tosco.

Sérgio Pinto disse...

Vá, respire fundo e acalme-se. Sabe, não precisa de começar a babar-se e a espernear de cada vez que alguém desmascara as alarvidades que vão sendo escritas pela sua pena. Enfim, quanto mais não seja porque, de outra forma, não faria mais nada da sua vida.

Como seria de prever, vem tudo da sua cabecinha (ou do que quer que seja que tem no lugar dela).

E, dado que pelos vistos não sabe, informo-o que ninguém obrigou os bancos a meterem maciçamente em CDO's e demais mecanismos pouco transparentes. Tal como ninguém obrigou as agências de rating a distribuir ratings de AAA a torto e a direito.

Também me parece que você não percebeu que, sem bancos, o resto da economia não sobreviveria. De forma idêntica, considerar a intervenção estatal necessária não implica que se ache que a forma de intervenção nos EUA, por exemplo, seja a mais adequada, bem pelo contrário. Ao invés, a Suécia nacionalizou os seus bancos durante a crise dos anos 90, em vez de se limitar a socializar apenas os riscos. Ao que consta, deu-se bem.

Pois bem, só lamentar o seu caso. Sobram-lhe as Novas Oportunidades, talvez. Não desista, nunca é tarde para vencer a iliteracia.

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto e Sérgio Pinto, antes de trocarem mais amabilidades não seria interessante explicar o que é precisamente o 'Crédito Malparado ou Mal-parado', que é para os outros perceberam ao menos do que se trata?

RioDoiro disse...

SP:

"De onde retirou a informação que o aumento de crédito malparado advém de créditos concedidos sob estímulo governamental?"

Fica-se a saber que os bancos são apenas capazes de conceder crédito a quem não paga e que a intervenção do estado moraliza a coisa obrigando os bancos a conceder crédito a quem paga. Pois então.

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...

@CDR

Os Bancos classificam como 'mal parado' o crédito que os devedores não amortizam durante um certo número de meses seguidos, pressupondo-se que o Banco só virá a conseguir a recuperação parcial do capital emprestado e juros vencidos, a menos que disponha de garantias suficientes.

Quando aumenta o risco associado a uma carteira de empréstimos, aumenta também a probabilidade de parte desse crédito vir a ficar 'mal parado'. Assim mais ou menos como a probabilidade de se ficar mais alcoolizado quando se bebe um litro de vinho ser maior do que qd se bebe a mesma qtdd de cerveja, devido aa diferença no teor alcoólico.

Depois disto vem o cortejo de miséria com gente a ficar sem casa, sem poupanças, sem nada.

Foi isto e muito mais o que aconteceu na América alguns anos depois de Clinton ter forçado os bancos a emprestarem dinheiro para aquisição de casas a pessoas que não tinham condições para pagar os empréstimos mais à frente - uma medida socialista. Inicialmente isto levou a um aumento do valor do imobiliário nos EUA - a bolha imobiliária. Com o aumento do valor das casas, os bancos voltarem a emprestar mais dinheiro aos devedores que, por sua vez, aproveitaram para beneficiar das facilidades de crédito extra com a re-hipoteca de casas, obtendo assim dinheiro para pagar prestações em atraso sobre a primeira hipoteca ou até para financiar mais consumo.
Entretanto iam-se avolumando os casos de impossibilidade de pagamento de empréstimos e refinanciamentos. Como seria de esperar, a bolha rebentou e os preços das casas caíram, tornando o valor das casas muito abaixo do valor das respetivas hipotecas e re-hipotecas. Para agravar, muitos Bancos e para-financeiras tinham emitido aplicações financeiras baseadas nestes empréstimos, que passaram também elas a valer bem menos do que aquilo que os investidores tinham pago.
Não foi só nos EUA que o excesso de crédito em circulação estava a fazer danos. Na Europa aconteceu o mesmo, sem ligação direta aa bolha imobiliária americana, como ainda se tentou fazer crer inicialmente. Escrevi sobre isso no nosso Fiel.

O excesso de crédito faz mal aa Economia, mais ou menos como o excesso de sol, ou de vitaminas fazem mal ao corpo humano

Sérgio Pinto disse...

Range o Dente,

Caso não tenha reparado, a trajectória da linha já é ascendente desde o final de 2007.

E eu sei que é um bocadinho difícil para vocês, mas vejam lá se entendem que a culpa da crise NÃO é do Estado. Lá está, vocês são o PCP da direita, sempre em negação. Mas força aí na luta!

RioDoiro disse...

SP:

"Caso não tenha reparado, a trajectória da linha já é ascendente desde o final de 2007."

Claro que é. E é justamente pelo aperto de crédito que os bancos começaram a fazer por terem estado a facilitar demais que o estado vem agora tentar que os empréstimos irresponsáveis continuem.

Antes, a banca emprestava por causa do "neo-liberalismo selvagem e desregulado". Agora deve emprestar por causa do socialismo regulador.

.

Sérgio Pinto disse...

Não, Range o Dente. Um banco com problemas de liquidez, por exemplo, vai tentar agarrar-se a quaisquer eventuais linhas de crédito disponibilizadas por forma a fazer face a esses mesmos problemas.

Em termos práticos, significa terem esses montantes como reservas a que possam facilmente recorrer para fazer face a obrigações de curto prazo. Ora, isto implica uma distorção óbvia: este 'medo' gerado pela crise e a necessidade de ter reservas para manter uma aparência de solidez e evitar crises de pânico e eventuais corridas aos depósitos. Isto, por sua vez, implica que tenham de abdicar de realizar empréstimos que, em condições normais, seriam feitos.

Mas isto é assim tão complicado?

Não, antes a banca, estando desregulada, meteu-se em esquemas obscuros e, de vez em quando, em trafulhices declaradas, dado que isso lhes permitia aumentar os lucros no curto prazo e, por outro lado, 'tinham que' seguir o comportamento arriscado dos outros bancos. Agora, o objectivo é que, sendo regulada (e nacionalizada quando necessário), se remeta a fazer aquilo para que existe: empréstimos!

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto,

Obrigadinho, fiquei finalmente a saber o que é o famigerado crédito mal parado.

Paulo Porto disse...

@SP

Em Portugal há mts anos que não há Bancos com excesso de liquidez porque simplesmente a poupança tem descido muito, ao contrário da concessão de crédito. Essa assunção facilita raciocínios de cartilha mas não se aplica aa realidade.

O que se passou foi um fácil acesso ao crédito externo a taxas baixas pelo facto de pertencermos aa zona euro, alías, como se percebe pela observação da dívida externa portuguesa, sempre a aumentar. Este crédito foi aplicado no consumo dos particulares e no financiamento de obras públicas executadas a crédito. Desde logo as barbaridades chamadas SCUTs que daqui a muitos anos ainda andarão a ser pagas em fatias orçamentais. Os novos "estímulos" chamam-se TGV, Aeroporto, e a continuação de lançamento de autoestradas que não justificam sequer uma via simples. Tudo a bem do estímulo... do Coelho e companheiros de ideologia e fortunas filhas da política.

Unknown disse...

Na verdade o "pensamento Sérgio Pinto", é sintomático da completa dissociação com a realidade que a esquerda invariavelmente usa para se blindar das consequências das suas receitas.
O que está na origem desta crise é justamente o crédito de risco.
Uma ideia da Administração Clinton, prosseguida sob impulso federal pela Fannie Mae e Freddie Mac.
Basicamente emprestar dinheiro a pessoas a quem o bom senso aconselharia a não emprestar.
Tratando-se de uma politica respaldada pelo governo federal (na verdade houve até bancos processados por tentarem negar créditos de risco), a generalidade dos bancos embarcou no negócio. Se o governo garante, toca a embarcar e a criar tb um livro de fiados.
Os produtos financeiros vieram depois e são perfeitamente racionais, à luz da irracionalidade estimulada pelo estado.
O que se passou foi que uns tipos tiveram a ideia de agrupar vários livros de fiados, chamar ao produto um nome qualquer e tentar vendê-lo nas bolsas. Venderam muito bem...toda a gente sabia que estava a comprar dívida, mas em ultima análise garantida pelo estado federal americano. Algures ali pelo meio, perdeu-se de vista que na base de tudo estava o John Smith, que tinha abichado um crédito à conta do Clinton, mas que a certa altura não estava em condições de o pagar.
E de repente quem tinha os livros de fiados, ficou a saber que não tinha nada.

A culpa foi do mercado?
Não, a culpa foi de uma distorção do mercado criada, com a melhor das intenções, pela Administração Clinton.

Mas claro...para a esquerda, com o Dr Soares à cabeça, nada disto interessa.
Naquelas cabeças ocas, ou cheias de ideologia, a culpa é do "neoliberalismo" e já está.

Os pobres tontos não entendem que se o estado federal não tivesse estimulado o crédito de risco, nenhum banco teria emprestado dinheiro naquelas condições e o problema pura e simplesmente não tinha acontecido.

Sérgio Pinto disse...

Paulo Porto,

"A poupança tem descido muito"? Eu tenho a impressão que os depósitos, tal como o crédito concedido nos bancos portugueses tem vindo a aumentar.

A conversa sobre SCUT's, TGV e aeroporto é absolutamente lateral.


Lidador,

Pois claro, os bancos foram forçados a isso, tal como foram certamente forçados a empacotar e misturar esses créditos para depois os venderem e revenderem; e o Clinton tem tanto poder que até os bancos europeus conseguiu enterrar. Bem, e isto para não falar da Islândia, em que a bolha também foi certamente da responsabilidade do Estado.

Enfim, temos um dos (ex?) gurus do luisinho, o Martin Wolf, a postular a morte do capitalismo "american style" ou o Greenspan a fazer actos de contrição, mas os lidados e portos da vida seguem felizes e de olhos bem fechados. Ontem AOC, hoje fundamentalista de mercado. A luta continua!

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...

@SP

"Eu tenho a impressão que os depósitos, tal como o crédito concedido nos bancos portugueses tem vindo a aumentar."

A poupança nos bancos aumentou recentemente por força da saída dos investidores da bolsa. De resto, com impressionados assim não admira que o Sócrates tenha 30% nas próximas legislativas. Como é costume dizer-se, não há vigarista que não tenha três ou quatro papalvos prontos a serem envigarizados.

"A conversa sobre SCUT's, TGV e aeroporto é absolutamente lateral."

Na verdade, não é lateral, é verdadeiramente o centro do drama orçamental, fiscal e económico português: a facilidade com que o socialismo absorve massivamente a riqueza criada, a par da facilidade com que se financiam obras públicas na banca internacional a longo prazo, empenhando as próximas duas ou três gerações no seu pagamento, e no pagamento dos respectivos juros.
O fantástico nisto é que a direita acha mal que o mercado financeiro enriqueça à custa de más políticas públicas, ao mesmo tempo que a esquerda descobriu as virtuosidades do capitalismo financeiro. Afinal o Vara sempre conseguir fazer qq coisa de útil na vida.


"o Clinton tem tanto poder que até os bancos europeus conseguiu enterrar."

Nem o Clinton nem o Bush enterraram os Bancos europeus. Isso foi conversa eurocêntrica para consumo de SPs. Nos Bancos europeus não havia ativos com origem no imobiliário americano que justificassem as quedas. Muito menos que justificassem que se tenham evidenciado maiores fragilidades do que as dos Bancos americanos. Tem como exemplo a Islândia ou Portugal ou a Irlanda. No caso da Alemanha, o mais conhecido foi o Hypo.

Unknown disse...

Caro SP

1. Os bancos não foram forçados. Entraram no negócio porque era racional que o fizessem, num ambiente distorcido criado pela intervenção federal.

2. Na verdade houve bancos ( poucos) que tentaram esquivar-se a conceder este tipo de créditos e as ameaças de processo ( creio que chegou a haver processos) dissuadiram-nos.

3. Como lhe tentei explicar, os produtos financeiros são uma normal criação . Toda a gente tenta vender peixe, é assim que as coisas funcionam. Quem compra peixe estragado tem de viver com ele ou tentar revendê-lo.
Mas o peixe estragou, não porque o mercado tenha agrupado livros de fiados, mas porque o estado forçou a criação de livros de fiados.

Os bancos de todo o mundo compraram os livros de fiados, uns mais que outros. Provavelmente para os revender com lucro, como é normal.
Quando o J Smith deixou de pagar, ou constou que não iria pagar, os livros de fiados deixaram de ter procura e quem os tinha, ficou com eles e sem o dinheiro.
Ok, tem umas hipotecas de casas que não consegue vender.

É assim...ou se tem carne ( capitalismo), ou peixe ( socialismo).
Misturar, dá asneira, embora os virtuosos do socialismo moderno acreditem que não.
A fé é poderosa.

Sérgio Pinto disse...

Paulo Porto,

Os depósitos bancários têm aumentado ano a ano, como é normal que aconteça. Vá ver os balanços dos bancos e não insista em asneiras. A sua afirmação inicial é de que "a poupança tem descido muito" é falsa, por mais voltas que dê.

É lateral, sim. Não tem nada a ver com o ponto inicial do aumento do crédito malparado, e foi disso que foi o tema inicial. Pela parte que me toca, pode tentar desviar o assunto e dizer o que entender sobre o TGV e o aeroporto, mas isso não tem nada a ver com o tópico.

Eu não sei bem como é que afirma que os bancos europeus revelaram mais fragilidades que os americanos, mas para fazer tão categórica afirmação, espero que partilhe esses dados com toda a gente. E quando você diz que não havia justificação para as tais fragilidades, fico na dúvida se está a falar de uma falha de mercado.

Entretanto, toda a panóplia de instrumentos de securitização não ficou limitada aos EUA, como saberá. Além disso, climas de pânico também atravessam o Atlântico. E, como saberá, o Lehman's não estava sediado em Portugal. Ah, e a AIG também não. E o Washington Mutual. E... e... e...

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Pode continuar de olhos bem fechados, a berrar contra o Estado e a confundir o preto com o branco.

Acho curioso que você considere que as bolhas especulativas são racionais. Tal como também acho divertido que ache que comportamentos que levam à falência de diversos bancos e à impossibilidade de o sistema se manter de pé sem a mão bem visível do Estado são lógicos e naturalmente racionais.

O mesmo se aplica às agências de rating - enterradas em trafulhices e conflitos de interesse, mas viva o mercado!

Ah, e claro, o Greenspan agora é socialista. Ontem guru, hoje traidor. É a vida!

Unknown disse...

"Acho curioso que você considere que as bolhas especulativas são racionais. "

Não tem de achar curioso, aquilo que é normal. Uma bolha especulativa resulta daquilo que somos, nós os seres humanos ( os robots e os anjos devem ser diferentes).
Psicologia, meu caro. Há imensa gente que quer comprar porque acredita que vai conseguir revender com lucro.
Muitos deles estão enganados, outros estão certos.
O mesmo acontece com tudo aquilo que fazemos na vida. Fazemos o que fazemos porque acreditamos que vamos ganhar algo com isso. Por vezes acertamos, outras não.

Neste caso particular, como lhe tentei explicar, lamentavelmente sem sucesso, provavelmente porque a mensagem não é compreensível pelo seu destinatário, quem levou os investidores a acreditar no lucro foi a intervenção primordial do estado federal, ao incentivar e estimular o crédito de risco.

As pessoas avançaram. E porque não?
POis se o estado dizia que era o caminho....
O problema foi o de sempre...o mercado real não segue os decretos dos bem intencionados. As casas começaram a perder valor, não porque o governo quisesse, mas porque a oferta era maior que a procura.
O eterno problema da oferta e da procura...tirando o Dr Louçã, no seu cavalo de pau, não há quem consiga dar a volta a isto por decreto.
Nem o Chavez coitado....

Mas enfim, fique-se com a sua. O "neoliberalismo" é um bom bode expiatório, sobretudo porque quem o nomeia, raramente sabe sequer o que significa.

Sérgio Pinto disse...

Pois é, lidado. Quando já não sobram argumentos, lá vem o paleio do Louçã e do Chávez, embora eles não tenham nada a ver com o assunto.

Lamentavelmente, as bolhas especulativas não são propriamente o mecanismo mais eficiente do mundo. E, dado que ainda não percebeu, eu volto a explicar-lhe que o Estado não obrigou os bancos a entrar massivamente em CDOs. Também não saberá, mas a maior parte destes são RMBS.

Agora vamos a uma parte mais didáctica. Para introdução, comece por ver este link, que é bastante gráfico e ajuda mesmo os mais intelectualmente desafortunados a perceber o mecanismo básico dos CDOs (http://www.portfolio.com/interactive-features/2007/12/cdo).

Se vier aqui (http://krugman.blogs.nytimes.com/2008/12/30/stages-of-the-bubble/) pode ver a evolução da bolha do imobiliário (e ainda tem o bónus de ler as afirmações brilhantes de alguns dos seus gurus - a título de exemplo, deixo aqui uma: “Homebuilders led the stock parade this week with a fantastic 11 percent gain. This is a group that hedge funds and bubbleheads love to hate. All the bond bears have been dead wrong in predicting sky-high mortgage rates. So have all the bubbleheads who expect housing-price crashes in Las Vegas or Naples, Florida, to bring down the consumer, the rest of the economy, and the entire stock market.” — Larry Kudlow, June 2005. Por fim, e dado que a linha do tipo "a bolha foi estimulada pelas organizações 'governamentais' como o Freddie e a Fannie" é frequentemente seguida neste blogue, chegamos a um gráfico do Mark Thoma sobre os detentores de dívida hipotecária, também via Krugman,. Para simplificar a sua tarefa, deixo aqui o texto do Krugman que comenta esse mesmo gráfico:
Some readers have asked for data showing that Fannie and Freddie did not play a key role in the housing bubble. Mark Thoma has a good picture, link here.

The two lines to track are the ones at the top. One shows the share of mortgages accounted for by S&Ls, the other the share accounted for by agency-backed pools — i.e., Fannie/Freddie mortgages. Fannie and Freddie did get very big in the 90s, basically filling the hole left by the S&Ls. But they pulled back sharply after 2003, just when housing really got crazy.

So who drove the bubble? The blue line, “asset-backed securities issuers.” Notice, by the way, that these were not depository institutions — and therefore not subject to the Community Reinvestment Act.

Once again, the whole Fannie/Freddie/liberal mandates story is phony.
Percebeu agora? Vá, faça lá um esforço para aprender!

Sérgio Pinto disse...

A formatação saiu estranha, mas espero que isso não impeça os lidados e portos da vida de ir aprendendo qualquer coisinha.

Unknown disse...

De facto não é possível discutir a fé.

Não me recordo de ter negado que a bolha existiu e foi soprada pelos investidores que queriam fazer lucro.

A bolha aconteceu e foi natural. As pessoas são livres de usar o seu dinheiro para tentar obter lucros.

Excusa, meu caro, de fazer copy-paste de coisas que ninguém contesta.

O que você ainda não quis entender, porque não lhe dá jeito, porque não quer minar a sua própria fé, é que as pessoas sopraram num balão que lhe foi colocado na boca pelo estado federal

Acusar o mercado é como acusar um cão de comer um osso, fazendo de conta que não fomos nós a dar-lho.

Não complique aquilo que é simples.
A metáfora dos livros de fiados descreve bastante bem o que se passou.
Ninguém compraria livros de fiados se eles não existissem...

Paulo Porto disse...

@SP

Vc é estúpido.

" A sua afirmação inicial é de que "a poupança tem descido muito" é falsa, por mais voltas que dê."

Pois, mas por favor informe quanto antes o BP e o INE porque eles não estão a par dos seus conhecimentos sobre a matéria. Repare: "O Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou que a taxa de poupança das famílias portuguesas continuou a diminuir, no terceiro trimestre de 2008, prologando uma tendência que se acentua desde 2003 e a reflectir um crescimento nominal «relativamente elevado do consumo privado»."
Veja aqui:
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/20081231/taxa-de-poupanca-das-familias-diminuiu
ou consulte os relatórios do BP disponíveis em linha.

Não confunda o indicador económico e estatístico "poupança" com depósitos bancários. Pode haver aumento de disponibilidades de clientes nos bancos e dimunição de poupança e isto nem sequer é um paradoxo. Ainda assim, se concultar as contas dos principais bancos portugueses, verá que as suas suposições não se confirmam.

Use a sua cabeça para ler o mundo tal qual ele é, não forme ideias a partir do vomitado dos pensadores esquerdistas. Tente fixar-se na realidade e não nas cartilhas da trafulhice socialista.

Vc é tosco.

Sérgio Pinto disse...

Pois, mas por favor informe quanto antes o BP e o INE porque eles não estão a par dos seus conhecimentos sobre a matéria. Repare: "O Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou que a taxa de poupança das famílias portuguesas continuou a diminuir Se você compreendesse a língua em que escreve, não faria certamente figuras tão tristes. Naturalmente, ter noção do que vai vomitando também ajudaria.

Você, caro analfabeto, disse que "simplesmente a poupança tem descido muito, ao contrário da concessão de crédito". Em parte alguma menciona taxas de poupança. Por outro lado, eu falei dos balanços dos bancos, caso não tenha percebido. Como saberá, se alguma vez tiver olhado para rúbricas de demonstrações financeiras, os valores lá incluídos são absolutos.

Precisa de um desenho? Pegue nas orelhas de burro e vá fazer companhia ao lidado.

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Continue a rabiar à vontade. No meio da verborreia de sempre, continua sem explicar o seguinte:
- quem forçou os bancos a investir em CDOs;
- quem forçou as agências de rating a distribuir AAA em saldo;
- a ascensão dos CDOs deu-se em grande parte a partir de 2003, o que é curioso, dado que você fala de interferências do Clinton no mercado, e eu ia garantir que este tinha saído bem antes dessa data;
- de que forma é que a acção dos bancos, ou a entrada numa bolha, pode ser racional ou eficiente.

RioDoiro disse...

Teste.

RioDoiro disse...

Há um problema neste post que, aparentemente, não permite que sejam enviados os avisos de comentários.

Parece acontecer apenas com este post!

Fui alertado e percebi que a conversa já vai longa ... por isso não dei sequência aos comentários aos meus comentários. Suponho que com os restantes colegas de blog esteja a acontecer o mesmo.

Enfim, mistérios.

RioDoiro disse...

Teste.

Paulo Porto disse...

@SP

Vc é verdadeiramente estúpido.

A sua tentativa aparvalhada de sair da figura triste que fez deixa-o a fazer uma figura ainda mais triste, único mérito porque realmente é dificil continuar a descer.

O que defende é semelhante a dizer que os conceitos 'inflação' ou 'juro' usados sozinhos nada têm a ver com os mesmos conceitos quando usados em 'taxa de inflação' ou 'taxa de juro'.

De resto, dei-lhe as explicações necessárias no meu comentário anterior, mesmo a respeito de depósitos bancários. Mas esbarram na sua necessidade de acreditar em vacas sagradas.

RioDoiro disse...

Teste.

RioDoiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Em termos práticos, significa terem esses montantes como reservas a que possam facilmente recorrer para fazer face a obrigações de curto prazo. Ora, isto implica uma distorção óbvia: este 'medo' gerado pela crise e a necessidade de ter reservas para manter uma aparência de solidez e evitar crises de pânico e eventuais corridas aos depósitos. Isto, por sua vez, implica que tenham de abdicar de realizar empréstimos que, em condições normais, seriam feitos."

Quer você dizer, em termos práticos, que os bancos poderiam aumentar os lucros concedendo crédito a quem têm a certeza vir a poder pagá-los, mas que o não fazem por terem medo ...

Quer você dizer que os bancos estão cheios de taco porque os portugueses poupam à brava e só gastam em função do que podem pagar e mesmo assim os bancos têm medo de emprestar.

Unknown disse...

"- quem forçou os bancos a investir em CDOs;"

A mesma "força" que o levou a si a investir alguns anos da sua vida a estudar. A crença de que ia tirar daí uma qualquer vantagem.
A mesma força que irá motivar outras bolhas e outros desenvolvimentos, enquanto o sapiens for aquilo que é.

O seu problema, é que parece incapaz de interpretar o mundo sem um "culpado", sem um demónio, sem um uma intenção malévola por detrás dos fenómenos desagradáveis.
O que , de resto, faz de si um bom esquerdista.

É por isso que o esquerdismo tem tanto sucesso. É o substituto da religião...nada acontece por acaso, há sempre uns demónios "neoliberais" ( antigamente eram os "burgueses", os "imperialistas", e os "capitalistas")
Para o Hitler eram os "liberais".
Para os seus dignos sucessores são os "neoliberais".

Um dia, que cresça em substância e conhecimento, talvez venha a entender quão sintomáticas são as suas "ideias".
Até lá, batatas.

Sérgio Pinto disse...

Quer você dizer, em termos práticos, que os bancos poderiam aumentar os lucros concedendo crédito a quem têm a certeza vir a poder pagá-los, mas que o não fazem por terem medo ...Não. Quer dizer que, em situações normais, em que não houvesse o medo de ter de responder a um aumento súbito de resgate de depósitos ou aplicações (ou... ou... ou...) e em que a necessidade de aparentar a maior segurança possível fosse não fosse tão premente, não haveria necessidade de usar esses fundos como reservas (ou, pelo menos, uma parte maior seria usada para concessão de crédito). Ficou claro agora?

Sérgio Pinto disse...

Paulo Porto,

Você gosta de bater recordes de imbecilidade. Lamento que não saiba sequer olhar para um balanço e mesmo assim se ache com autoridade para mandar postas sobre conceitos que desconhece, já para não falar da aplicação a terceiros de rótulos que, a si, assentam na perfeição.

Vá estudar umas coisinhas de gestão, outras de economia, e depois volte.

Sérgio Pinto disse...

A mesma "força" que o levou a si a investir alguns anos da sua vida a estudar. A crença de que ia tirar daí uma qualquer vantagem.Não respondeu aos outros pontos. Nem se deu ao trabalho de explicar como é que, sendo o Clinton o impulsionador da bolha, apenas a partir de 2003 tenha havido um crescimento muito mais acelerado das 'asset-backed securities'.

P.S. Para quem atribui a terceiros a necessidade de encontrar um culpado, muito lhe estranho a obsessão em tentar atribuir a responsabilidade de todos os desastres ao Estado, mesmo quando os seus (ex?) gurus fazem fila para se retractar das suas antigas fés.

RioDoiro disse...

SP:

"Quer dizer que, em situações normais, em que não houvesse o medo de ter de responder a um aumento súbito de resgate de depósitos ou aplicações (ou... ou... ou...)"

Mas então voltamos à mesma. Quem lhe garante que ...

... os bancos são apenas capazes de conceder crédito a quem não paga e que a intervenção do estado moraliza a coisa obrigando os bancos a conceder crédito a quem paga. Pois então.

E já agora, que tem de mal ter medo de não poder responder a um aumento súbito de resgates? Quem tem cu tem medo, e esse medo é o que me impede de gastar o que não tenho. Porque carga de água há de ser isso mau no caso dos bancos? E se o estado os espicaçar, já gastam o que têm ou o que me vão tirar do bolso apesar de e não querer, por ter cu, gastar o que não sei se posso pagar?

Com que direito quer o estado obrigar uma entidade saltar no escuro, ainda por cima usando o dinheiro dos contribuintes?

RioDoiro disse...

SP:

"Nem se deu ao trabalho de explicar como é que, sendo o Clinton o impulsionador da bolha,"

Eu também só me daria ao trabalho se você fosse uma criança.

Sérgio Pinto disse...

Eu também só me daria ao trabalho se você fosse uma criança.Mas faça de conta que sou e explique, sff...

Sérgio Pinto disse...

E já agora, que tem de mal ter medo de não poder responder a um aumento súbito de resgates? Quem tem cu tem medo, Não, nenhum banco, por mais sólido que seja, consegue ter capacidade de resposta a um afluxo em larga escala dos seus depositantes/investidores/etc. Daí a importância de garantias estatais em tempo de crise/pânico.


Com que direito quer o estado obrigar uma entidade saltar no escuro, ainda por cima usando o dinheiro dos contribuintes?A hipótese de o Estado forçar essas entidades é colocada no caso de elas recorrerem a linhas de crédito estatais, por exemplo. Quem quer gerir o seu banco sem interferências, que o faça sem recorrer ao Estado e se desenrasque.

RioDoiro disse...

SP:

"Não, nenhum banco, por mais sólido que seja, consegue ter capacidade de resposta a um afluxo em larga escala dos seus depositantes/investidores/etc."

E a capacidade de resposta aumenta se emprestar irresponsavelmente, como quer o estado?

"Quem quer gerir o seu banco sem interferências, que o faça sem recorrer ao Estado e se desenrasque."

Tanto quanto sei, no caso português, (deixando por momento o problema do BPN/BPP) o agastanço foi demonstrado pelo estado querendo que os bancos emprestassem de qualquer forma.

"A hipótese de o Estado forçar essas entidades é colocada no caso de elas recorrerem a linhas de crédito estatais"

É ao contrário. O estado, empurrando com a barriga e perante a possibilidade de desmoronamento do redistributivo monstro de distribuição de pobreza, resolve 'oferecer' as linhas de crédito (leia-se o dinheiro roubado aos bolsos dos contribuintes e às reformas) tentando que o monstro se mantenha nas canetas.

Foi o governo quem mais repetidamente reclamou que as linhas de crédito fossem usadas. E ainda por cima fez aquele jogo imbecil de "garantir" aos contribuintes que haveria mecanismos e que a coisa estaria sempre sob controlo porque iria "obrigar" os banqueiros a deixarem os tomates no prego.

E, já agora, quanto saiu dos nossos bolsos para "supervisionamento"? Supervisionam o quê?

É normal que se anuncie que há supervisão e que venha agora o supervisor dizer que a supervisão é apenas distante (...evidentemente)?

Não é normal que se diga que pode, de facto, haver supervisionamento consequente.

E que deverá fazer o regulador (Banco de Portugal) perante as arremetidas do estado para que se empreste à fartazana, sem garantias de sustentabilidade? Deverá mandar prender o governo?

Sérgio Pinto disse...

Range o Dente,

E a capacidade de resposta aumenta se emprestar irresponsavelmente, como quer o estado?


É você que pressupõe que o Estado quer que haja empréstimos irresponsáveis, não é coisa que tenha necessariamente que acontecer, e não me parece que seja do interesse do Estado que tal suceda.


É ao contrário. O estado, empurrando com a barriga e perante a possibilidade de desmoronamento do redistributivo monstro de distribuição de pobreza, resolve 'oferecer' as linhas de crédito (leia-se o dinheiro roubado aos bolsos dos contribuintes e às reformas) tentando que o monstro se mantenha nas canetas.


Não, não é. A coisa é muito mais simples: as condições de financiamento no mercado complicaram-se e o Estado disponibilizou aos bancos uma alternativa - se estes quiserem, aceitam-na; caso contrário, vão à vida deles. Mas era o que mais faltava se o Estado disponibilizasse crédito e não pudesse definir as condições que entende. A condição mais evidente é que o dinheiro seja usado para financiar outros investimentos, caso contrário, em vez de estímulo à economia, seria simplesmente estímulo aos bolsos do Conselho de Administração.


E ainda por cima fez aquele jogo imbecil de "garantir" aos contribuintes que haveria mecanismos e que a coisa estaria sempre sob controlo porque iria "obrigar" os banqueiros a deixarem os tomates no prego.


Acredite que até você sai beneficiado em que o Estado promova a confiança do resto da população na segurança do sistema bancário. É natural - e desejável - que o faça; aliás, não é só em Portugal que isso acontece.


E, já agora, quanto saiu dos nossos bolsos para "supervisionamento"? Supervisionam o quê?

É normal que se anuncie que há supervisão e que venha agora o supervisor dizer que a supervisão é apenas distante (...evidentemente)?



Nunca lhe disse que a supervisão tinha corrido bem. Mas não me venha com tretas porque, caso os mecanismos de controlo venham a apertar os bancos, o mais provável é que você e os seus colegas de blogue saltem logo para a linha da frente a denunciar a... 'intromissão' do Estado. Aliás, saberá perfeitamente que quem promoveu a desregulamentação dos mercados financeiros não foram os 'socialistas'.



P.S. Acho que a formatação continua a sair estranha, apesar de no menu de pré-visualização parecer tudo normal. As minhas desculpas.

RioDoiro disse...

SP:

"É você que pressupõe que o Estado quer que haja empréstimos irresponsáveis, não é coisa que tenha necessariamente que acontecer, e não me parece que seja do interesse do Estado que tal suceda."

Não é coisa que tenha, necessariamente que acontecer, mas é coisa que necessariamente acontece porque aqueles que precisam de empréstimos estão, regra geral, abaixo da linha de água. A irritação do estado pela 'não afluência do dinheiro à economia' é o quê?

"Mas era o que mais faltava se o Estado disponibilizasse crédito e não pudesse definir as condições que entende."

Errado, meu caro. O dinheiro não é do estado, as condições que "entente" é uma falácia.

E os bancos não podem emprestar de acordo com as condições que entendem tanto mais que os depósitos são constituídos de livre vontade e não pela ditadura que capitania o inferno fiscal em que estamos atolados?

"caso contrário, em vez de estímulo à economia, seria simplesmente estímulo aos bolsos do Conselho de Administração."

Mas então o estado não quer apenas "emprestar" exigindo garantias sobre aquilo que empresta. O estado quer meter prego em seara alheia. A ser assim, porque não mantém o estado todo um sistema bancário que funcione de acordo com os seus doutos desígnios? Talvez para evitar o descalabro generalizado que se verificou quando, há 30 anos, era assim?

O estado não se quer meter directamente em negócios porque sabe em que resulta, mas depois quer que os bancos façam de conta que se regem pelas 'normas' do estado.

"Acredite que até você sai beneficiado em que o Estado promova a confiança do resto da população na segurança do sistema bancário."

Essa confiança não se promove. Isso é alimentar uma bolha. Ou a coisa tem realmente sustentação e não precisa de promoção ou a promoção de uma falácia resulta no empolamento de uma bolha. Foi aliás exactamente isso que se fez, repetidamente, nos Estados Unidos. O rebentamento das fredies foi resultado de promoções em cima de promoções.

"as não me venha com tretas porque, caso os mecanismos de controlo venham a apertar os bancos, o mais provável é que você e os seus colegas de blogue saltem logo para a linha da frente a denunciar a... 'intromissão' do Estado."

E teriam muita razão. O que eu denunciei foi o logro, como aliás o da 'promoção'. Não se pode (deve) promover a mentira, seja pela sugestão de que a coisa vai bem seja pela sugestão-falácia de que há um papá protector a zelar por todos nós.


... não se preocupe com a formatação.

Unknown disse...

"É você que pressupõe que o Estado quer que haja empréstimos irresponsáveis"


A pescadinha mete finalmente o rabo na boca.
Foi isso exactamente que aconteceu com o estado federal. Não só quis como estimulou.
A ideia era a de Clinton: todos têm direito a ter a sua casa.

Não, não é do interesse do estado, Mas é o que acontece sempre que o estado intervém com a melhor das intenções.

Acha que era interesse do estado soviético, entrar na bancarrota? Meter os "reaccionários " nos Gulags?
Desmoronar-se de podre?
Acha que era do interesse do estado nazi, perder a guerra?
O seu problema é sempre o mesmo. Vive num mundo virtual, no mundo do que "devia ser", e ignora olímpicamente o que é.
Os factos que lhe interessam são só aqueles que, de algum modo, pode seleccionar para manter a fundamental falácia que lhe sustenta o espírito.
É por isso que é provavelmente um bom esquerdista. Tem um vademecum, um evangelho e isso basta-lhe. O messias há-de vir.

RioDoiro disse...

Lidador:

"A pescadinha mete finalmente o rabo na boca."

Pois. Mas não têm a mínima hipótese de o perceber porque a fé não lhes permite tal.

Quanto muito encaram a coisa como mais uma batalha perdida na guerra que será ganha. Alguns vão mais longe. Alguns pensam que a guerra só será ganha quando forem exterminados todos os que vêm brotar pescadinhas de rabo na boca da boca deles.

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Sérgio Pinto disse...

Foi isso exactamente que aconteceu com o estado federal. Não só quis como estimulou.
A ideia era a de Clinton: todos têm direito a ter a sua casa.

Os factos que lhe interessam são só aqueles que, de algum modo, pode seleccionar para manter a fundamental falácia que lhe sustenta o espírito.



Já se percebeu que você gosta de seleccionar factos, sim. De outra forma não continuava a marrar no FACTO de as asset backed securities terem explodido a partir de 2003. Não interessa, não é? Pois.

E vem o lidado falar de fé? O AOC reciclado?

Sérgio Pinto disse...

E os bancos não podem emprestar de acordo com as condições que entendem tanto mais que os depósitos são constituídos de livre vontade e não pela ditadura que capitania o inferno fiscal em que estamos atolados?


Ainda não percebeu? Se os bancos não querem interferências, então NÃO RECORRAM a linhas de crédito estatais. Simples, não é?


Mas então o estado não quer apenas "emprestar" exigindo garantias sobre aquilo que empresta. O estado quer meter prego em seara alheia.


Não. Quer definir condições para disponibilizar dinheiro a terceiros - no caso, bancos. Se o banco quiser, sujeita-se; se não quiser, vai à vida dele. Mais uma vez, simples.



Essa confiança não se promove.


Acho que continua a não perceber. Indique-me UM BANCO no mundo inteiro, BASTA UM, que consiga responder a resgates em massa por parte dos seus clientes/investidores.


Não se pode (deve) promover a mentira


Acho que também continua a não perceber que dar garantias relativamente à generalidade do sistema bancário, para evitar acessos de pânico, não implica que se esteja a promover a mentira. Se, dentro desse mesmo sistema, houver bancos que não estejam capazes de funcionar e a sua falência gerar riscos sistémicos, nacionaliza-se. De resto, é o que tem sido feito mais ou menos por todo o lado.

Sérgio Pinto disse...

Pois. Mas não têm a mínima hipótese de o perceber porque a fé não lhes permite tal.


Que seja você a dizer isto, quando até os vossos antigos gurus já vos desampararam, é a ironia final. São os dois ocupantes do carro que, ao ouvirem no rádio que um carro segue em contramão na auto-estrada, comentam entre si que a informação está errada, porque estão todos a ir em sentido contrário.

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Ainda não percebeu? Se os bancos não querem interferências, então NÃO RECORRAM a linhas de crédito estatais. Simples, não é?"

Não, não é simples porque o estado ameaça com a arma legislativa. Veja o que aconteceu no caso da Cosec. O estado não oferece linhas de crédito. O estado IMPINGE linhas de crédito. Exactamente o que aconteceu com Clinton.

"Acho que continua a não perceber. Indique-me UM BANCO no mundo inteiro, BASTA UM, que consiga responder a resgates em massa por parte dos seus clientes/investidores."

Nenhum. Mais uma razão para, por exemplo, (no caso) o estado português não implementar todo o tipo de medidas especiais que implicam que o próprio estado tenha de recorrer à banca directamente ou através de endividamento de empresas escudadas em garantias do estado.

O sistema ficou no estado em que ficou porque a globalidade dos estados empurraram a crise (vinham empurrando, há alguns anos) com a barriga.

"Se, dentro desse mesmo sistema, houver bancos que não estejam capazes de funcionar e a sua falência gerar riscos sistémicos, nacionaliza-se. De resto, é o que tem sido feito mais ou menos por todo o lado."

Então está a promover-se a bolha. Está a dar-se a todos os bancos a garantias que, em último caso, o bolso do contribuinte aguenta tudo.

Está-se a lançar à navegação o aviso de que podem navegar irresponsavelmente porque o estado cobre todos os riscos.

E depois a culpa da bolha é dos espaculadores?

"São os dois ocupantes do carro que, ao ouvirem no rádio que um carro segue em contramão na auto-estrada, comentam entre si que a informação está errada, porque estão todos a ir em sentido contrário."

Pois, meu caro. Mas o mundo não acaba em Portugal ou nas Europa/Estados Unidos.



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Unknown disse...

"De outra forma não continuava a marrar no FACTO de as asset backed securities terem explodido a partir de 2003. Não interessa, não é?"

Não sei se o meu amigo é mesmo o que parece, ou se escreve inanidades como esta com consciência de causa.

Hitler perdeu a guerra em 1945.
Pelo seu "argumento", isso não teve nada a ver com o facto de a ter desencadeado em 1939.

O Muro de Berlim caíu em 1989. O que nada teve a ver, segundo o seu génio analítico, com as decisões tomadas durante anos pela nomennklatura.

Bem, se coloca assim as coisas, tudo bem.
Se amanhã chumbar num teste, o facto nada tem a ver com a falta de estudo...
Ah, brave new world!

Sérgio Pinto disse...

Portanto, lidado, uma qualquer acção tem efeito vários anos depois porque você assim o determina. E pronto, resolvem-se todos os mistérios do mundo, porque génios como o lidado conseguem a proeza de definir sempre a causa. E quem contesta, baseando-se em factos, só pode ser lunático, claro.

Escapuliu-se para o terminal de computadores do Júlio de Matos antes de lhe despejarem os comprimidos pela goela abaixo, foi?

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Portanto, lidado, uma qualquer acção tem efeito vários anos depois porque você assim o determina. "

Não me diga que as vítimas de Hiroshima não foram consequência da bomba de urânio.

Sérgio Pinto disse...

Não, não é simples porque o estado ameaça com a arma legislativa. Veja o que aconteceu no caso da Cosec.


O caso da Cosec não tem tanto assim a ver com as linhas disponibilizadas aos bancos, achava eu. E, ao que parece, até foi o BPI que, ao ver que a coisa não estava a correr bem, aventou a hipótese de intervenção estatal.


Nenhum. Mais uma razão para, por exemplo, (no caso) o estado português não implementar todo o tipo de medidas especiais que implicam que o próprio estado tenha de recorrer à banca directamente ou através de endividamento de empresas escudadas em garantias do estado.


Se amanhã se descobrisse que o BES ia falir, como deve imaginar, o Estado teria que intervir e nacionalizá-lo. Ora, para o fazer, o mais provável seria que tivesse de emitir dívida. Agora, pense lá quando é que acha que será mais provável que um banco vá à falência, tendo em conta que estamos na maior crise desde o pós Guerra - deixando aumentar ou diminuindo o clima de desconfiança e medo?
Diga lá, que chefe de estado é que já viu a pintar cenários derrotistas e catastrofistas? Conclui o quê, que estão a 'estimular uma bolha' por tentarem sempre transmitir mensagens de confiança?


O sistema ficou no estado em que ficou porque a globalidade dos estados empurraram a crise (vinham empurrando, há alguns anos) com a barriga.

Anda enganado, foram mesmo os privados que empurraram isso. Mas ninguém o impede de praticar a sua fé.


Então está a promover-se a bolha. Está a dar-se a todos os bancos a garantias que, em último caso, o bolso do contribuinte aguenta tudo.

Está-se a lançar à navegação o aviso de que podem navegar irresponsavelmente porque o estado cobre todos os riscos.


Não, como já referi acima. O estado assumir todos os riscos é em negócios tipo Manuel Fino. Aliás, normalmente a Direita é que aplica essas medidas de socialização (apenas) dos prejuízos. Ao nacionalizar, não é isso que acontece.

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Agora, pense lá quando é que acha que será mais provável que um banco vá à falência, tendo em conta que estamos na maior crise desde o pós Guerra - deixando aumentar ou diminuindo o clima de desconfiança e medo?"

Meu caro, sendo de esquerda você adora todos os que empurram com a barriga. Deve ser a fé de estatelar o sistema capitalista para depois erguer O novo mundo.

Foi exactamente pela mesma ordem de ideias que o Banco de Portugal de fez mouco face aos avisos de que, em dois bancos as coisa iam de mal a pior. Tratava-se, evidentemente, de evitar problemas de descredibilização e manter a confiança pretendendo que as coisas não estivessem podres.

O problema é que esse tipo de coisa leva aos esquemas piramidais e etcs, coisas que começando a cheirar mal já não voltam a cheirar bem.

O sua esperança é que a coisa estoire ainda com mais força para poder, finalmente, alvitrar o socialismo final como saída. O meu problema é que há cabeças no governo que pensam como você.

"Anda enganado, foram mesmo os privados que empurraram isso. Mas ninguém o impede de praticar a sua fé. "

Há privados que defendem tudo. O que não é normal é que estados lhes dêem cobertura. Há até gajos que no governo português que pensam como o Sérgio.

Há privados que defendem tudo mas é com eles que você terá que contar para poder comer.

O crédito mal parado vai subindo mas não diga nada não vá ele subir ainda mais. A dívida externa vai disparando mas não diga nada não vá ela disparar ainda mais. Não diga nada porque tudo isto descredibiliza o sistema. E, no momento em que (lagarto lagarto) Portugal se tornar num estado irrisório não diga nada para que os compradores não saibam e possam comprar mais caro.

Essa conversa do "não digam nada" é típica da esquerda dos nenúfares. Há quem defenda que nada se deve fazer contra a delinquência para que eles não façam ainda pior.

Quando o bife lhe faltar no prato não diga nada não vão desaparecer também as batatas fritas.

Sérgio Pinto disse...

Não me diga que as vítimas de Hiroshima não foram consequência da bomba de urânio.

Se calhar, também acha que a desaceleração clara que houve nas décadas de 80 e 90 (face às de 60/70) nos países emergentes se deveu à maior presença do Estado (nos anos 60/70), e não à massificação da adopção das tão adoradas políticas do Consenso de Washington. No fundo, é mesmo conveniente escolher o factor que melhor se encaixa na sua fé (independentemente da sua antecedência ou de quaisquer factos que se interponham entre esse acto de fé e a realidade).

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Se calhar, também acha que a desaceleração clara que houve nas décadas de 80 e 90"

Isso são boas novas, quer dizer que o Império se fortaleceu face ao resto do mundo.

Sérgio Pinto disse...

Foi exactamente pela mesma ordem de ideias que o Banco de Portugal de fez mouco face aos avisos de que, em dois bancos as coisa iam de mal a pior. Tratava-se, evidentemente, de evitar problemas de descredibilização e manter a confiança pretendendo que as coisas não estivessem podres.

Eu não sei que informação é que estava disponível para o BP (e não creio que você tenha andado a falar disso antes do assunto estoirar). Dito isto, é verdade que já havia relatórios de auditoria a mencionar ocorrências pouco habituais. No entanto, se já antes da crise se tivesse forçado a nacionalização do BPN, o que seria giro era vê-lo a si e aos seus colegas a vomitar todo o tipo de insultos ao Estado.

(Note, não estou a defender que a actuação do regulador foi boa).


O problema é que esse tipo de coisa leva aos esquemas piramidais e etcs, coisas que começando a cheirar mal já não voltam a cheirar bem.

Normalmente, o que leva à trafulhice é mesmo a falta de supervisão ou de regulação. E quem é que promoveu precisamente isso? Pois.


Essa conversa do "não digam nada" é típica da esquerda dos nenúfares. Há quem defenda que nada se deve fazer contra a delinquência para que eles não façam ainda pior.

Caríssimo, deixe-se de tretas, que sabe muito bem que estávamos a falar da actuação de agentes governamentais e de promoção de confiança (que, como saberá, é a base de todo o sistema, e em particular do financeiro). Posto isto, volto a pedir-lhe que indique UM PAÍS em que os seus responsáveis tenham vindo com mensagens catastrofistas a anunciar o apocalipse e a inevitabilidade das derrotas futuras.

Sérgio Pinto disse...

P.S. Não respondi ao resto dos devaneios sobre socialismo, esquerda, soluções finais e afins porque são precisamente isso: devaneios. E, dado que não é o lidado, acho que é capaz de melhorzinho.

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"No entanto, se já antes da crise se tivesse forçado a nacionalização do BPN, o que seria giro era vê-lo a si e aos seus colegas a vomitar todo o tipo de insultos ao Estado."

Insultaria o estado com muita razão. Mas porque carga de água se haveria de falar em nacionalização? Havia que avisar a navegação e daixá-lo falir. Como aliás ao BPP.

De outra forma todo e qualquer problema se resolve com nacionalização. Porque não há-de a mercearia da esquina requerer o mesmo tratamento? Porque uns são filhos da mãe?

Você parece o Sócrates. Quando as coisas estão a ficar podres, há que pendurar todos os que não curtem a transe de optimismo. Quando depois a infecção rebenta sobre todos, a culpa é do Império.

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Sérgio Pinto disse...

De outra forma todo e qualquer problema se resolve com nacionalização. Porque não há-de a mercearia da esquina requerer o mesmo tratamento? Porque uns são filhos da mãe?


Não, por uma razão bastante simples. Encontre lá mais um sector em que a falência de uma empresa acarrete riscos sistémicos desta magnitude.
Note, não estou a dizer que qualquer banco tenha que ser nacionalizado (o caso do BPP seria o mais evidente). No entanto, é notório que este sector tem particularidades únicas (com isto, acho que até você concordará...).

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"Encontre lá mais um sector em que a falência de uma empresa acarrete riscos sistémicos desta magnitude."

Oh meu caro. Que o socialismo resplandecente esteja consigo.

De acordo com as doutas andorinhas para quem o termo "nacionalização" causa suspiros de teenager, aqui vão umas quantas:

Auto-Europa
Quimonda
A Opel de Azambuja
A banca em geral

Claro está que, em pós modernidade, o termo que usam vem disfarçado em "o estado que resolva". O pior é que "resolve".

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RioDoiro disse...

http://blasfemias.net/2009/06/01/casos-de-sucesso-do-intervencionismo-estatal-ii/

Radioso efeito da nacionalização de proventos alheios.

RioDoiro disse...

http://oinsurgente.org/2009/06/01/as-expected/

Cá está mais um sector em que se anunciou uma intervenção para evitar a falência de uma empresa que acarretaria riscos sistémicos de extraordinária magnitude.

Sérgio Pinto disse...

Oh Range o Dente, não comece a dar música, que sabe bem o que lhe perguntei. Como não respondeu directamente, eu suponho que saiba perfeitamente que as empresas do sector bancário (e a sua falência) acarretam riscos para todo o sistema de uma forma que, muito provavelmente, mais nenhuma cria. E é por isso que têm que ser nacionalizadas, ponto com que, actualmente, até alguns dos seus gurus deverão concordar, por falta de opção.

E quanto a escolher exemplos que confirmam a hipótese que lhe dá jeito, enfim, imagino que saiba que isso não é grande argumento. É que eu poderia falar da nacionalização da banca sueca nos anos 90 e pedir-lhe para comparar com o que se passou no Japão; ou, quiçá, com os países em desenvolvimento que sofreram crises financeiras e levaram com as receitas do FMI. Um rebuçado se acertar no que se deu melhor...

RioDoiro disse...

Caro Sérgio Pinto.

“Como não respondeu directamente, eu suponho que saiba perfeitamente que as empresas do sector bancário (e a sua falência) acarretam riscos para todo o sistema de uma forma que, muito provavelmente, mais nenhuma cria.”

Já lhe respondi directamente meia dúzia de vezes. Posso, de facto, não ter sido suficientemente claro, mas inclino-me mais para a impenetrabilidade da barreira ideológica que lhe orienta o raciocínio.

O Sérgio vê nas garantias dadas pelo estado porque vê em qualquer coisa garantida pelo estado um sinal de idoneidade. Infelizmente na maioria dos bancos há mais competência que nos governos e o sinal de estabilidade do sistema que o Sérgio vê nas garantias é, pelas pessoas que lidam com mais dinheiro, vista como sinal de fragilidade.

O Sérgio padece do mesmo raciocínio que o nosso governo quando mostrando-se particularmente ‘interessado’ num negócio qualquer provoca a subida do respectivo preço.

Não sei se a mensagem de ‘garantismo’ é aceite como tal pela maioria da população. Calculo que à maioria seja indiferente porque nunca se apressariam a levantar do banco o dinheiro que não têm. Aqueles que têm alguma quantia no banco provavelmente aceitam melhor as garantias dadas, por exemplo, pela família Espírito Santo que pela inteira colecção de ministros. Mas para o Sérgio tudo isto são heresias.

Repare na caterva de caldinhos que têm vindo a lume com pessoas ainda ou outrora relacionadas com o PS e o PSD. Parece-lhe que as tais garantias de estado provenientes de quem tem as barbas de molho colhem? Mesmo cedendo sem conceder que a malta em causa está afastada da política activa, a verdade é que o percurso torna duvidosa a proveniência.

O Sérgio continua agarrado à história pela qual a intervenção do estado dará solidez ao antídoto à bronca e não vai daí passar simplesmente porque o estado é tudo para si. Supõe que o estado é assim como uma espécie de Estrela Polar. O problema é que a estrela polar é importante como ponto de referência mas a rota é com cada qual e, quanto a isso, a estrela polar faz o que lhe compete apenas ficando quieta.

Quanto ao FMI, nem vale a pena perder tempo a tirar-lhe do cérebro as crostas do marxismo. O Sérgio supõe que quando alguém a ele recorre não deve perder, automaticamente, autonomia e que não é razoável que a perca. Mas isso é um problema do seu mundo, aquele que não subsiste sem o FMI ou acaba, como o Zimbabwe, a abolir a moeda própria ... nem tentando sequer negar que na rua, na vida real, nas casas de quem precisa de comer todos os dias, a moeda que se impõe é a do império.

RioDoiro disse...

Esta é gira:

http://oinsurgente.org/2009/06/09/esta-a-funcionar-not/

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