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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dou o braço a torcer!


Os alunos que foram a exame, desde o 9º ao 12º anos, afirmam que a melhoria dos resultados se deve ao facto de as provas serem fáceis (leia-se: em relação à exigência que, apesar de tudo, os professores vão tendo com eles). A ministra e a sua equipa dizem, por sua vez, que estes resultados desmentem a "teoria da conspiração" (para usar a expressão, supostamente bem-humorada, do dr. Valter Lemos).
A mim, no entanto, parece-me estarmos, isso sim, em presença de um caso que confirma as posições dos pedagogos responsáveis pelas reformas do ensino em Portugal, a partir de 1984. É que, para eles, há que ter em conta os saberes prévios à leccionação que a prática fez adquirir ao aluno, com os quais se deve obrigatoriamente contar, se se quiser obter bons resultados. O professor que o não fizer será considerado arrogante e pedagogicamente desajustado, isto é, incompetente.
E eu que ninca concordei com eles! Afinal os pedagogos estão certos... quanto à equipa ministerial! Irão futuramente considerá-la inapta para a educação?

3 comentários:

ml disse...

A viragem deu-se em 1992. Antes a escola oscilava, grosso modo, entre o Rogers e o Snyders.


O que é passar, o que é saber?

“Avaliação dos alunos no Ensino Básico: outras práticas para o sucesso educativo”, ano da graça de 1993 e da equipa Ferreira Leite /Joaquim de Azevedo.
A ler e reler. E tirar conclusões.

Completar a leitura deste opúsculo notável com o despacho normativo que obrigava à passagem de todos os alunos que não tivessem sido sujeitos a uma avaliação extraordinária prévia. Como as escolas já não iam a tempo de cumprir prazos, o 'sucesso' desse ano rondou os 100%, o orgulho de qq ministro.

Ou pensava que a Lurdinhas tinha surgido de geração espontânea?

José Gonsalo disse...

Não, não! É um caso típico de aperfeiçoamento por partenogénese.

ml disse...

Mas não, há um forte contributo masculino: Diamantino Durão, Couto dos Santos. E o dito Joaquim Azevedo, a alma do negócio.
E por detrás de todos, a sombra tutelar do Cavaco.