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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Carlos César: João Jardim em versão pós-moderna


O recente chumbo da patética legislação sobre a autonomia dos Açores veio dar razão ao Presidente da República.

A razão de Cavaco sofreu dois ataques. O primeiro, insidioso QB, veio da legislação propriamente dita. O segundo mais insidioso, veio de quem defendia que “se Cavaco tinha dúvidas porque não submeteu a legislação, de imediato, ao Tribunal Constitucional?”. Esta via pretendia subalternizar Cavaco em matéria de julgamento de legislação. Cavaco deveria abster-se sempre que se tratasse de matérias que poderiam ser submetidas ao Constitucional.

Entretanto as declarações de Carlos César ao chumbo do Tribunal Constitucional ultrapassaram em muito todas as folclóricas diatribes de João Jardim. Declarou Carlos César:

"Porque nós não recebemos lições de portuguesismo de nenhum juiz nem de nenhum titular de qualquer órgão de soberania"
Nas Honduras, o então presidente Zelaia foi corrido, em cuecas, por tentar subverter a legislação, a constituição e manipular os tribunais. Em Portugal um presidente de uma região autónoma, com a complacência de uma Assembleia da República tendencialmente decrépita, quer que o presidente do seu(?) pais deixe subverter a legislação por forma a atropelar a constituição e ainda por cima se amofina por haver tribunais que o recoloquem a ele e à legislação que ele defende no lugar de onde nunca deveriam ter saído.

Caro Carlos César. Retire lá da cabeceira da sua cama a fotografia de Chávez porque lhe está a dar volta ao miolo.

3 comentários:

DL disse...

Eu não diria que o o AJJ versão pós-moderna, diria antes que é a versão Soares desde sempre. Não há politico mais parecido com Mário Soares, que Carlos César.

RioDoiro disse...

Caro Levy,

Nunca tinha pensano nessa. Bem observado.

Soares, hmmm. Estrategicamene 'empresta' demasiada importância ao figurão.

DL disse...

Carlos César só não cai, porque para se ser presidente do governo regional dos Açores basta saber ler e escrever. É um órgão que apenas administra, não governa. Aconteça o que acontecer, o governo regional dos Açores só tem de tomar medidas simpáticas, as impopulares ficam para o governo da república.
Por isso, um perfil parecido com o do Mário Soares é o ideal: muito marketing, nada de dossiers nem orçamentos muito complicados.