Teste

teste

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A DIREITA ESTÚPIDA...



Bill O'Reilly na Fox: in Holland is a disaster! Everything is out of control!

Este bacano da Fox comete precisamente os mesmos erros que a imprensa europeia esquerdizante agora comete em relação a Wilders, e em 2002 em relação a Pim Fortuijn. Já os franceses em 1994 se enganavam redondamente sobre a política da droga na Holanda. Falar de corda, suposições sem comparações, sem números e sem conhecimento de causa é o que dá...

Em 1994 os acordos de Schengem tinham que ser assinados, mas o governo francês opunha-se à política do governo holandês em relação à droga, que mais tarde em parte adoptaria. O Partido Comunista Francês, preocupadíssimo com a saúde das massas, achava que se devia por termo à ‘estrada da droga’ (Lille-Roterdão) e não é de modas, arrebanhou em Lille 1500 simpatizantes em 32 autocarros e organiza uma manifestação no centro de Roterdão.

Alguns cartazes dos franceses diziam o seguinte: BLOQUEAR A ESTRADA DA DROGA; PROTEGER A JUVENTUDE. Houve também uma espécie de contra-manifestação espontânea de holandeses. Lembro-me de ter visto na TV um jovem holandês solitário com um cartaz (em francês) que dizia o seguinte: LE MARXISME C’EST LA DROGUE DES PETITS DICTATEURS. E também me lembro que os franciús não acharam piada nenhuma à ‘plaisanterie holandaise’.

A resposta de Amesterdão à Fox não se fez esperar:





29 comentários:

o holandês voador disse...

CdR:

"Grande "pedra", meu..."

RioDoiro disse...

... na Holanda a estatística é diferente por ser um país país pequeno.

Só faltava mais essa.

ml disse...

Mas isso existe, a direita estúpida?

A FOX e o O’Reilly lembram-me qualquer coisa, mas neste momento não sei dizer o quê.

Carmo da Rosa disse...

@ range: ”na Holanda a estatística é diferente por ser um país país pequeno.”

Não creio. Os números dados são relativos, por isso comparáveis. Poderia dizer-se que a Holanda é um país mais fácil de governar que os EU, porque mais pequeno, por outro lado os EUA, como o nome indica, está dividido em estados com bastante autonomia.

Mas não é disso que se trata, o que se trata é que o O’Reilly y sus muchachas estão a exagerar de forma grotesca, a meter água por todos os lados. Mas confesso que o fazem com bastante humor...

Carmo da Rosa disse...

@ holandês voador: ”Grande "pedra", meu....”

Por falar em ‘grande pedra’, já lês-te aquela pedrinha ‘anti-americana’ que te enviei? É que podias traduzir um capítulo ou outro para publicar no FIEL, os que mais te convêm claro – não te vou pedir o impossível hahaha. Tens que ver a coisa numa de O QUE É PRECISO É AVISAR A MALTA.

Outra coisa. Mais dois soldados holandeses mortos no Afeganistão, e o Walter Bos disse ontem na TV que por ele retiraríamos as tropas dentro de uma semana!!!

Que achas disso?

Carmo da Rosa disse...

@ ml: ” A FOX e o O’Reilly lembram-me qualquer coisa, mas neste momento não sei dizer o quê.”

Carmo disse: Mas aqui entre nós (esquerdistas), que ninguém nos houve, você sabe tão bem como eu que a direita, com todos os defeitos que possa ter, permite mais a heterogeneidade de opiniões do que a esquerda.

ml disse: O seu humor é delicioso. Melhor do que isso só a bandeira monárquica nos Paços do Concelho. «a direita, com todos os defeitos que possa ter, permite mais a heterogeneidade de opiniões que a esquerda...» Claro, basta ler este blogue.

Carmo disse: Nada tenho a acrescentar.

RioDoiro disse...

CdR,

Os números dados são relativos, por isso comparáveis.

Eu estava a confirmar que o trambolho do kamone é burro.

A estatística, se bem congeminada, é fiável para 150 milhões ou para 150 mil.

Unknown disse...

"Os números dados são relativos, por isso comparáveis."

Sem querer polemizar, as coisas não são assim tão simples.

Não se podem comparar as estatísticas de 300 milhões de habitantes de Africa, por exemplo, com as de 300 chineses.

Ou dos dados....se lançar 2 vezes um dado, a média é imprevisível, mas se o lançar 2000 vezes, ate eu, que não acredito na profecia, sou capaz de acertar a média até, para aí às centésimas.

E os dados são iguais.

As sociedades não.

De qq modo, exageros à parte, parece que de facto os holandeses estão a rever algumas das suas políticas.

E de resto, em alguns estados e regiões americanos, o "avanço" holandês, faz figura de bota-de elástico.

Basta lembrar o Woodstock, a "República Popular de Berkeley", algumas comunidades e seitas, etc.

Carmo da Rosa disse...

«Não se podem comparar as estatísticas de 300 milhões de habitantes de Africa, por exemplo, com as de 300 chineses.»

Mas talvez as de 16 milhões de holandeses com as de 300 milhões de americanos! Não? Mas é certamente possível comparar as estatísticas da Holanda com as de um estado americano à escolha.

Na Holanda estão sempre a rever políticas, e quando o grande Wilders ganhar as eleições é que vai ser uma revisão - ...... que digo? Nem é preciso ele ganhar eleições, por enquanto basta a sombra dele para todos os outros partidos reverem as suas políticas. Não é isto fantástico?

Mas os americanos também vão ter que rever as suas políticas. Só Portugal é que não revê coisa nenhuma, até a economia nacional lhes explodir na tromba, como demonstra o Medina Carreira.

Na realidade Portugal está a precisar de um Wilders, pena que a época das transferências acabou a semana passada. Wilders fazia mais falta em Portugal que um bom treinador da selecção nacional, e é bem mais barato, com o custo dos guarda-costas incluído.

Mas nós cá também precisamos muito dele, não para resolver problemas económicos, disso ele não percebe nada, mas para questões teológicas.

« o "avanço" holandês, faz figura de bota-de elástico.»

Precisamente o quê? Só por curiosidade.

Do Woodstock só me lembro do festival pop dos anos 70, o fantástico documentário, a música, uma maravilha... Don't bogart that joint, my friend. Pass it over to me. Rooooooll another one. Just liiiiiike the other one...

o holandês voador disse...

CdR:
Ainda não li o livro todo do Groenhuijsen, mas tem reflexões bastante interessantes. Nada como um estrangeiro para detectar os nossos males.
Sobre as declarações do Walter Bos, não me espantam. O mesmo se passa, de resto, em Inglaterra, onde a opinião pública inglesa é cada vez mais crítica sobre a presença das tropas naquele país. Quando começam a morrer soldados, já se sabe.
Sobre a presença de tropas da NATO no Afeganistão, tenho grandes dúvidas, ainda que considere o Afeganistão uma questão completamente diferente do Iraque, onde houve uma invasão à revelia da comunidade internacional. Penso que, no caso do Afeganistão, os EUA têm razão. O problema vai ser vencer a guerra e a história mostra-nos que, nomeadamente naquela região, as tropas estrangeiras nunca venceram. Quanto ao Karzai, é demasiado corrupto para ser levado a sério...

RioDoiro disse...

HV:
"O problema vai ser vencer a guerra e a história mostra-nos que, nomeadamente naquela região, as tropas estrangeiras nunca venceram."

Isto lembra-se duas outras recentes e idênticas certezas celestiais:
1 - A guerra na Jugoslávia era impossível de vencer porque a malta dos balcans iria pôr o planeta a ferro e fogo.
2 - Nunca os Estados Unidos conseguiriam ocupar Bagdad (quanto mais vencer a guerra) porque seriam rechaçados por cada iraquiano de cada janela, em cada rua.

Independentemente das certezas celestiais, parece-me que o Afeganistão vai descambar porque a Europa não tem tomates e os Estados Unidos fizeram o que lhes competia no Iraque não estando agora dispostos, novamente, a sacrificar soldados em prole das boa impressão que a ONU precisa projectar.

RioDoiro disse...

... se a memória me não falha, um dos caramelos que vaticinava as certezas celestiais enunciadas acima era José Goulão, OAI (opinante altamente isento) de serviço à RTP na altura.

O dito OAI aparece num tempo de antena do Bloco de Esquerda, aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=ODmvYMMvIFU

Havia ainda um outro OAI: Pezarat Correia.

Carmo da Rosa disse...

@ HV: «Sobre as declarações do Walter Bos, não me espantam.»

Estava a gozar contigo, não foi o Walter Bos que disse para retirar as tropas dentro de uma semana, foi o ‘damned liberal’ Wilders! Não digo eu que ele não percebe nada de ingríncola, só teologia mesmo...

Mas é cada vez mais evidente que para ambas as posições – retirar antes que seja tarde demais, ou tentar ganhar a guerra – há bons argumentos.

ml disse...

Na realidade Portugal está a precisar de um Wilders

Ora finalmente uma óptima sugestão. Como andamos muito parados, nem uma bulhazita interna nem nada, estamos mesmo a precisar de acção.
Isto de não haver conflitos étnicos, religiosos, é mesmo uma chatice.

Carmo da Rosa disse...

Cara ml, o seu comentário talvez seja diacrónico, mas de maneira nenhuma é sincrónico, porque precisamente esta semana Wilders disse que queria acabar com a guerra no Afeganistão.

o holandês voador disse...

Range,
Está a comparar coisas incomparáveis.
Desde logo a Yugoslávia é na Europa, onde ainda há menos de setenta anos houve uma guerra e existe uma memória viva de perseguição e genocídio de populações, por parte da opinião pública. Isto implica a manutenção do "status-quo" com tropas da ONU em permanência (tire de lá os "capacetes azuis" e vai ver...).
O Iraque está tudo menos estabilizado. Pelo contrário. Veja-se o aumento dos atentados nos últimos meses. Provavelmente, e à medida que as tropas americanas forem saindo de lá, a situação irá piorar, pois as clivagens entre sunitas e shiitas (para já não falar dos curdos) é por demais conhecida. O desmembramento do Iraque aumentou o poder regional do Irão e os EUA ficaram com um problema maior do que tinham no tempo do Sadam.
Finalmente, o Afeganistão: é longe e as características do terreno não ajudam. As opiniões públicas ocidentais nunca se importaram com as populações locais, com o narcotráfico ou a situação das mulheres, mas sim com a vida dos soldados da NATO. Ainda ontem os principais líderes europeus (Merkel, Brown e Sarkozy) exigiram uma data para a retirada das tropas. O ânimo, por estes lados, não parece muito elevado. O que não deixa de ser preocupante, pois os Taliban vão regressar ao poder (já lá estão indirectamente) assim como no Paquistão, razão para as maiores dúvidas sobre o que se seguirá.
Finalmente, não conheço as opiniões do Goulão ou do Pezarat Correia sobre esta matéria. Como deve perceber também eu, que não sou comentador, posso chegar às mesmas conclusões.

RioDoiro disse...

Eu não estou a comparar rigorosamente nada. Estou a lembrar que os Opinantes Altamente Isentos que previram as impossibilidades apontadas se enganaram redondamente.

Os territórios em causa podem ou não vir a esboroar-se, como a Espanha pode vir a esboroar-se não tendo sequer uma guerra propriamente dita.

Curiosamente, no caso do Iraque, os mesmos opinantes altamente isentos reclamavam por altura da finalização das hostilidades iniciais, que a "insurgência" era resultado da "ocupação". Agora parece ser resultante da "desocupação".

Enfim, coisas do mundo das verdades relativa.

o holandês voador disse...

Range;
No Iraque, desde 2003, houve sempre "insurgência". É fácil de explicar: após a invasão do Iraque as forças militares e para-militares iraquianas foram todas desmanteladas e passaram as tropas ocupantes a controlar o país. Sem governo e sem polícia/exército houve um vazio de poder. Deixou de haver estado. É dos livros e esse foi um dos (muitos) erros americanos: ter desmantelado as forças de ordem.
Com as eleições, os shiitas (em maior número) ganharam uma maioria parlamentar, mas têm de fazer acordos regulares no terreno para garantir uma estabilidade mínima, o que nunca foi plenamente atingido. Mas, as tropas estão a sair e a violència voltou a aumentar. Não sei se é uma verdade relativa, mas é capaz de ser uma explicação de causa-efeito. Que lhe parece?

RioDoiro disse...

Caro HV,

Lá estamos a entrar na velha história de se falar cada vez mais sobre cada vez menos.

Chamei-lhe a atenção que os 'prognósticos' dos OAIs têm falhado.

Você pode querer apontar as razões por que falharam, mas aponta à pessoa errada. Deve apontar aos OAIs e não a mim.

Para que fique claro, parece-me que o HV está, neste caso, a colocar-se na posição típica de OAI.

ml disse...

precisamente esta semana Wilders disse que queria acabar com a guerra no Afeganistão.

Mas isso não nos adianta de nada, não nos resolve o problema da falta de agitação nas mesquitas, sinagogas e igrejas. Há que pôr isso em movimento, para que a realidade entre direitinha na tese que se pretende demonstrar.

Eurico Moura disse...

Já agora podemos ouvir outra voz:
http://portudo-e-pornada.blogspot.com/2009/04/aprender-com-historia-lei-seca.html
e
http://portudo-e-pornada.blogspot.com/2009/06/luta-contra-droga.html

Carmo da Rosa disse...

”agitação nas mesquitas, sinagogas e igrejas.”

Quando pensei em Wilders para Portugal não foi para agitar mesquitas – se as mesquitas estão sossegadas melhor – mas sim para acabar com a impunidade e corrupção na política nacional através do medo do papão populista.

De qualquer forma, mesmo na Holanda, não há agitação nenhuma nas igrejas ou nas sinagogas. Agitação só mesmo nas mesquitas - ah, e também nas escolas islâmicas.

Mas voltamos à nossa questão da causa e efeito, porque você, por uma razão que desconheço está convencida que retirando Wilders a paz está garantida....

ml disse...

está convencida que retirando Wilders a paz está garantida...

Não, o contrário, essa garantia não tenho. Estou é convencida de que os Wilders existem para assegurar que tal não aconteça.

Carmo da Rosa disse...

Eurico de Moura, fui ler o seu artigo Luta contra a droga? e vejo que você ainda não tem a coisa muito clara. Então afinal os governos têm, ou não têm, o controlo do comércio e do consumo da droga?

Mas o mais interessante é que não consigo repelir a ideia de que você, quando escreveu o artigo, e em perfeita harmonia com o conteúdo, estava com uma pedrada monumental! Não consigo é distinguir se era Líbano ou Marroquino?

RioDoiro disse...

Carmo,

Lembre-me de lhe enviar o link para um debate em que a Ana Drago (BE) tenta enfiar-se pelo chão abaixo.

Ainda não está disponível.

Carmo da Rosa disse...

Rod, você quer a toda a força e o mais depressa possível compensar o vídeo de uma direita estúpida com um de uma esquerda ainda mais estúpida!

A questão é que esta direita estúpida tem algum humor, será que a tal Ana Drago tem humor?

RioDoiro disse...

Carmo,

Nã nã. Aquilo de que lhe falo é hilariante.

Quando puder dou-lhe o link.

Eurico Moura disse...

Carmo da Rosa....
Não pensei que o tema o fosse incomodar tanto.
Você confunde governos com governantes e parece ignorar o que é a corrupção.
Estranhamente este é um tema fracturante entre esquerda e direita. Alguém me pode explicar porquê?

Carmo da Rosa disse...

@ eurico de moura: "você (...)parece ignorar o que é a corrupção."

Deixa-me cá ver no dicionário o que é corrupção! E já agora, que estamos numa de dicionários, vá também ao dicionário ver o que significa "on topic".