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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Matrioshka da conspiração


Rebenta um escândalo com um negócio danoso para o estado envolvendo a compra de submarinos mas nunca mais se ouve falar do assunto até que o mais mediático envolvido passa a representar uma força relevante no Parlamento. Aqui temos duas teorias da conspiração possíveis:
a) Paulo Portas manteve o caso abafado até às eleições para não o prejudicar nas eleições;
b) O caso dos submarinos ficou "em carteira" no caso de Portas vir a representar uma ameaça ao governo/interesses instalados. A escolha é sua.

Mas independentemente da escolha a situação revela algo de muito mais grave: a não independência da justiça face ao poder político. E aqui surgem outras duas teorias da conspiração possíveis:
a) A justiça anda a brincar aos políticos;
b) Os políticos andam a condicionar a actividade da justiça;

Também aqui, independentemente da escolha, a conclusão é a de que há perigosos e preocupantes indícios da falência do Estado de Direito em Portugal. Como aliás comprovam os casos Freeport, Isaltino, Casa Pia, Felgueiras...

10 comentários:

Carmo da Rosa disse...

Única conclusão possível: há perigosos e preocupantes indícios da falência do Estado de Direito em Portugal.

Mas o mais grave é que não vejo alternativa, nem sequer vontade de mudar seja o que for...

EJSantos disse...

Os celebres jograis fizeram uma boa observação: de um lado um partido com problemas por causa do Frreport; do outro lado um partido com problemas por causa de submarinos. Afinal o PP e o PS têm pontos em comum: problemas na justiça.

NC disse...

Carmo da Rosa,
a única alternativa que vejo é escrever sobre o assunto. Só quando a opinião pública se convencer da emergência do assunto haverá pressão suficiente para mudar de agulha.

Caso contrário, o poder acabará por cair na mão dos extremistas (esquerda ou direita, não sei).

NC disse...

ejsantos,

he he! Há portanto condições para uma coligação.

ml disse...

c) Há uma 3ª teoria da conspiração que passa tangencialmente em a) e b) e remonta ao tempo da Moderna: equilíbrio do terror informativo.
O ‘Independente’ foi um uma fonte farta, adicionada mais recentemente com 60 000 fotocópias do(s) ministério(s).

O sorriso faiscante do Portas no dia das eleições denuncia uma gula muito pouco sadia para ele e fez disparar o automático de aviso aos navegadores de águas profundas, quem vai para o mar aparelha-se em terra. É uma prática salutar que parece que nem o Cavaco ainda aprendeu e também já não vai a tempo de aprender, acaba de levar um tiraço mortal.

Não funciona por aqui uma religiãozita nem nada, as fatwas são mais sofisticadas.

o holandês voador disse...

É mais provável ser a política a "controlar" a justiça do que o contrário. Veja-se o caso recente do juíz Teixeira. Também foi assim em Itália e os resultados estão à vista...

RioDoiro disse...

HV:

"É mais provável ser a política a "controlar" a justiça do que o contrário."

Há uma guerra latente para os dois lados.

O governo tenta controlar a justiça, em último caso pela arma legislativa.

A justiça responde com "entendimentos" aos textos legais que subverte o que está no papel.

RioDoiro disse...

ML:

"quem vai para o mar aparelha-se em terra."

Portas tratou de manter debaixo do braço o que lhe permite não só demonstrar o que assinou como demonstrar o que encontrou assinado.

Não só ele 'se aviou em terra' com levou cópias dos palmansos do avianso de outros.

ml disse...

Não só ele 'se aviou em terra' como levou cópias dos palmanços do avianço de outros.

Como é óbvio não se aparelhou convenientemente e, ao não conseguir apagar as próprias pegadas, desbaratou trunfos que já não vai recuperar. Aquilo que tem dá para os gastos correntes mais umas traquinices extra, navegar à vista e sempre pertinho da linha de costa.

À cause des mouches foi rapidamente avisado de que, se esticar muito a corda, tem pela frente alguém igualmente meticuloso mas com muitos mais meios. À menor faiscadela de dentes leva nas lonas para perceber os limites do espaço que tem para se movimentar.

Carmo da Rosa disse...

@ tarzan: «a única alternativa que vejo é escrever sobre o assunto.»

Já é alguma coisa. Mas não creio que a opinião pública mude de agulha pela escrita, nem pelas canções de protesto, mas somente quando a situação estiver a cair de podre. Precisamente o que aconteceu com o Estado-Novo, um leve empurrão e caiu de podre no dia 25 de Abril de 1974. É a nossa sina, deixar ir tudo por água abaixo. Também é a única coisa que percebi!

Eu sei que em Portugal é proibido comprar haxixe, mas também é proibido comprar submarinos?

PS. Aviso já, não vou ler links para tentar perceber.