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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Intervencionismo de Estado de mão dada com a Crise.

Os rumores sobre as dificuldades do Dubai em pagar a sua dívida e respetivos juros levaram ontem à queda em bolsa das várias entidades financeiras europeias com volumosos empréstimos concedidos aos Emirados Árabes Unidos.

Desta vez a crise não vem da ‘bolha’ imobiliária americana – propiciada pelo intervencionismo socialista de Estado – vem da ‘bolha’ imobiliária dos EAU – propiciada pelo intervencionismo megalómano de Estado. Vira o disco e toca o mesmo.

A próxima vez que virmos os socialistas domésticos a anunciarem mais autoestradas, aeroportos e TGV's lembremo-nos da imagem abaixo...




... e lembremo-nos também que, embora os Estados não vão à falência, podem ficar perto.

26 comentários:

Sérgio Pinto disse...

Porto,

Você consegue não falhar uma.

Sem as complicações da democracia, dos sindicatos, dos direitos sociais ou dos impostos sobre o rendimento.

Muito 'socialista', de facto. Aliás, tal como os défices do Bush. No fundo, o que corre mal é necessariamente 'socialista'.

Sérgio Pinto disse...

P.S. Referência da passagem descritiva do 'socialismo' do Dubai: http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2009/11/paraiso-do-capital.html

Unknown disse...

"Sem as complicações da democracia, dos sindicatos, dos direitos sociais ou dos impostos sobre o rendimento."

Excelente descrição do (quase) extinto mundo socialista...URSS, RDA, Cuba, Checoslováquia, Polónia, RDKN, etc.

Ah, pois, já me esquecia...isso não era o "verdadeiro socialismo", porque esse é puro e bom, de intenções celestiais, e habita, incorruptível e imorredouro, na cabeça de cada utópico em missão, hermético à realidade.

Infelizmente a realidade é como o azeite....

Unknown disse...

Ah, quanto ao paraíso do capital, o capital privado vai para onde lhe cheira a lucro. O velho Adam Smith garante que em cada 100 marmelos a procurar o melhor para si, uns acertam e outros erram, uns tomam boas decisões, outros más, mas que o somatório é invariavelmente positivo.

O estado tb erra e acerta...o problema é que quando erra,é um erro de proporções bíblicas.

Todos os ovos num cesto blindado pode parecer mais seguro do que um ovo em vários cestos de palha, mas quando o cesto blindado cai, ficamos sem ovos...

Anónimo disse...

Há muito que não dava uma gargalhada tão boa como a que dei a ler a descrição tão perfeita de um estado socialista.
Sem essas complicações da democracia (burguesa), dos sindicatos do capitalismo,(os nossos são do partido), dos direitos sociais (que um dia chegarão mas vamos vivendo na pobreza)ou dos impostos sobre rendimentos (mas que rendimentos? os do povo explorado?).
Bem hajam os que conseguem encontrar estas semelhanças mesmo que involuntáriamente.

Paulo Porto disse...

@eStuPido
"Socialismo no Dubai"
Começo a pensar que o seu problema não é ileteracia; vc é mesmo retardado mental.

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Obviamente que tem razão e no Dubai se respira e transpira socialismo.


Porto,

O seu argumentário continua fantástico, mesmo ao seu nível. E olhe, o seu colega lidado já o antecedeu nessa historieta acerca da bolha do imobiliário causada pelo Estado e deu-se mal quando lhe caíram uns factos em cima. Mas você é bem capaz de ser imbecil q.b. para continuar a marrar no CRA.

(José Gonsalo, dado que ainda não me respondeu lá no outro post, convido-o a espreitar aqui a proeza dialogante e interactiva do seu colega. Jutificativo, quiçá, de um post com dedicatória...)

Eurico Moura disse...

Não entendo como continuam a deixar de fora o estado socialista mais bem sucedido de Sempre: Republica Popular da China.
Tão bem que até já anda a sustentar o paraíso do liberalismo económico.

Anónimo disse...

Deixa-se de fora o estado socialista chinês porque envergonharia qualquer capitalista da primeira revolução industrial pela brandura da exploração do homem pelo homem.
Lá os sindicatos conseguiram a proeza da média de 10 dias de férias com jorna de 12x6a 15 euros mensais.
Na decadência capitalista berra-se pela diferença de 18 x entre os mais bem remunerados e os outros e no socialismo cala-se os mais de 800.

Carmo da Rosa disse...

@ Eurico Moura: «…o estado socialista mais bem sucedido de Sempre: Republica Popular da China.»

O caso chinês é caso par dizer que o comunismo é o caminho mais longo do capitalismo até….ao capitalismo!

Eurico Moura disse...

Carmo da Rosa:
Você é mesmo ingénuo ao ponto de acreditar nisso, ou está só a argumentar?
Acha que alguma vez vai ver a China democrática? Ou que os tipos do partido vão alinhar numa economia liberal? Capitalismo só se for de estado. O capitalismo internacional não está interessado em financiar uma China livre. Sairia muitíssimo caro.

Unknown disse...

"Acha que alguma vez vai ver a China democrática? "

Há dias estive a conversar com uma professora da U Nova, especialista em questões asiáticas, especialmente chinesas.
A conversa foi longa, o resumo simples:

-A China necessita de crescer sempre para vencer as espantosas forças centrífugas que se desenvolvem no seu seio. São dezenas de etnias e línguas, assimetrias espantosas entre os "capitalistas" das elites do partido e os camponeses do interior.
Para crescer necessita de vender...e só vende se o Ocidente, particularmente os EUA, comprarem.
A relação com os EUA é de natureza mutualista, na acepção biológica.

Ah, o que existe na china não é "capitalismo". Capitalismo é bastante mais do que as caricaturas do Michael Moore e do que a milenar aura sacra fames.

Vontade de lucro, ambição, acumulação, tudo isso existiu antes de existir o capitalismo.
Só quem não sabe o que é o capitalismo, enfim, só a despudorada ignorância, pode confundir as coisas.
Mas a ignorância é melhor do que a cegueira ideologica; tem cura!
Basta estudar e ler.
Para aqueles que não sabem o que é o capitalismo, apesar de viverem na parte do mundo que o capitalismo tornou rica, prospera e livre como jamais na história do homem, sugiro um pequeno livro de Max Weber: A ética protestante e o espírito do capitalismo.
MOstra bem a diferença entre o que é o capitalismo e a aura sacra fames.

Eurico Moura disse...

O-Lidador:
Caro, você podia dar-me o benefício da dúvida. Ou não lê o que eu escrevo, o que eu até compreendo, ou não quer entender.
Claro que ganância sempre existiu. Fez desmoronar impérios, desde a antiguidade. O que acha que fez cair o muro? Os muros...
É sempre a mesma questão. Sempre existiu, logo sempre vai continuar a existir. Obviamente tem razão. Quase sempre...

Sérgio Pinto disse...

Lidado,

Não quer explicar o que o levou a nunca mais falar no CRA e no 'facto' de a bolha do imobiliário nos EUA ter lá a marca do 'intervencionismo estatal' a toda a volta?

Unknown disse...

Sérgio Pinto, fiz uma tentativa séria de o trazer para um diálogo normal.
Em vão, como o seu comentário demonstra.Veja se entende uma coisa simples.
Se a 1ª palavra com que você interpela alguém, é uma tentativa de ofender ou diminuir, só lhe podem,acontecer duas coisas: se for cara a cara, provavelmente recebe de volta um tabefe; num blogue, ou o seu interlocutor desce ao mesmo nível (coisa que não tenho intenção de fazer), ou vota-o à irrelevância.

A escolha é sua.

Unknown disse...

Caro Eurico MOura, entende então que ganância é sinónimo de capitalismo?

E acha que o muro de Berlim caíu por ganância? De quem e de quê?
Seja concreto.

Anónimo disse...

Mais um pecado capital que é a conjugação de vários outros dos dez.
Esta gente não deixa de ser cristã do apocalipse.
Gananciosos todos para a fogueira.

RioDoiro disse...

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1411803&utm_source=Publico

Sérgio Pinto disse...

A sua súbita sensibilidade é enternecedora.

No entanto, não vejo onde possa sequer haver qualquer tentativa de ofensa numa pergunta, que volto a repetir: não quer explicar o que o levou a nunca mais falar no CRA e no 'facto' de a bolha do imobiliário nos EUA ter lá a marca do 'intervencionismo estatal' a toda a volta?

Unknown disse...

Ora vê, que assim se dialoga melhor?

Onde está a marca do intervencionismo estatal, pergunta você.

Em síntese, a resposta é simples e conhecida:

Nos EUA existem duas enormes empresas tuteladas pelo governo federal, a FNM e a FHLMC para trabalharem no mercado das hipotecas da habitação para famílias de poucos recursos. São entidades que relevam de uma visão socializante do Estado, evidentemente.
O CRA foi lançado pelo Carter, cuja ideologia estatizante não suscita dúvidas a ninguém. Forçou inclusivamente bancos privados a abrir balcões em certas areas e certamente não foi para as pessoas verem as montras.
No fim da década de 90, a Adminsistração Clinton pressionou duramente os bancos a concederem créditos de risco a pessoas pobres, utilizando provisões do CRA, e os bancos, obviamente, pressionaram as tais empresas a baixar os requisitos de crédito, de forma a poderem então emprestar dinheiro aos descamisados que, em condições normais, nunca acederiam ao crédito.

A corrida estava lançada e o que se seguiu foi puro jogo do mercado, que ganhou inercia própria mesmo depois de apesar de a FNM ter tentado voltar aos padrões de exigência.
Agora toda a gente queria emprestar a toda a gente, havia dinheiro a ganhar, pelos sinais "sociais" que as administrações federais davam. Clinton chegou mesmo a dizer que toda a gente tinha direito a ter a sua propriedade.

O Bush tentou regular melhor a FNM e a F. Mac, mas os democratas opuserem-se ( em 2004).O senador Barney Frank( Massachusetts), dizia mesmo que não havia nenhum problema com estas empresas.
Fora isso, Bush seguiu no mesmo caminho, de facilitar o acesso ao crédito.

O problema com estas empresas,é que os mercados acreditam, com ou sem razão, que o estado virá sempre em seu socorro, pelo que se correm riscos que de outro modo ninguém correria. O Sr VernonSmith, NObel da Econmia, chamou-lhes mesmo "agencias implicitamente suportada pelos contribuintes"

Alan Greenspan disse que o problema da FNM e da outra, resultavam de os mercados acreditarem que o governo federal nunca aceitaria a sua falencia.

Tinham razão...

ml disse...

Ora vê, que assim se dialoga melhor?

Ó estimado prezado, sente-se bem? A sério?
Estou fartinha de me rir com o post em geral, mas olhe que o bla bla não vale nada ao pé do seu bem-estar. Se vir que esta súbita respeitabilidade começa a causar-lhe qq sintoma desagradável, acho que o Sérgio abdicará do novo estatuto em prol da saúde pública.

Não é, Sérgio? Fora deste blogue o mundo é mais cinzento, temos que preservar aqui um microclima carregadinho de CO2.

Carmo da Rosa disse...

@ eurico moura: «Você é mesmo ingénuo ao ponto de acreditar nisso, ou está só a argumentar?»

Caro Eurico Moura,
também é possível ser ingénuo e não argumentar! Mas também é perfeitamente possível argumentar sem ser de maneira nenhuma ingénuo!

Quer dizer, anda vossemecê a gastar dinheiro em caríssimos livros de filosofia, deve perder um tempo colossal a lê-los porque os cita amiúde - tempo esse que poderia ser utilizado em coisas bem mais agradáveis, como ouvir as palestras do Pat Condell, jantaradas bem regadas com os amigos, umas quecas nas vizinhas mais boas ou ver ténis na TV – e espeta-me com uma frase deste tipo, descabida de qualquer lógica!

@ eurico moura: «Acha que alguma vez vai ver a China democrática?»

Não costumo ir à bruxa e que eu saiba ainda não há programas de computador que prevêem o futuro! Para ser mais preciso, pelo menos sei que ainda não há para Mac…

@ eurico moura: «Capitalismo só se for de estado.»

O Lidador é que adora estas caricaturas ou malabarismos com conceitos diametralmente opostos!

@ eurico moura: «O capitalismo internacional não está interessado em financiar uma China livre. Sairia muitíssimo caro.»

Eu acho que esta afirmação precisa de mais umas coisitas! Saber primeiro quem é o “capitalismo internacional”, onde mora, se tem endereço-electrónico e se está registado na bolsa. Para depois passarmos à fase seguinte: saber se está realmente interessado em financiar a China e quanto é que isso custa. Que é para depois vermos se é realmente “muitíssimo caro”, como você afirma…

Unknown disse...

"No fim da década de 90, a Adminsistração Clinton pressionou duramente os bancos a concederem créditos de risco a pessoas pobres, utilizando provisões do CRA, e os bancos, obviamente, pressionaram as tais empresas a baixar os requisitos de crédito, de forma a poderem então emprestar dinheiro aos descamisados que, em condições normais, nunca acederiam ao crédito."


Qualquer semelhança com esta
ideia de Hugo Chavez, não é pura coincidência.

"Walker Simon – Sun Nov 29, 6:43 pm ET
CARACAS (Reuters) – Venezuelan President Hugo Chavez said on Sunday he could nationalize private banks unless they comply with the law, adding he had "no problem with that because the banks don't want to extend credit to the poor."

RioDoiro disse...

""no problem with that because the banks don't want to extend credit to the poor."

Essa cantiga não rima bem com o que defende o Bloco de Esquerda?

Eurico Moura disse...

Carmo da Rosa:
"Quer dizer, anda vossemecê a gastar dinheiro em caríssimos livros de filosofia, deve perder um tempo colossal a lê-los porque os cita amiúde - tempo esse que poderia ser utilizado em coisas bem mais agradáveis, como ouvir as palestras do Pat Condell, jantaradas bem regadas com os amigos, umas quecas nas vizinhas mais boas ou ver ténis na TV – e espeta-me com uma frase deste tipo, descabida de qualquer lógica!"

Amigo. Você está um bocado baralhado. Não sei se por ouvir Condell, se pelas visitas das vizinhas ou pelo efeito da rega do último jantar.
Quem cita as obras dispendiosas de autores mortos são os seus companheiros eruditos O-Lidador e Gonsalo. Eu sou aquele pateta da WIKI!
Quanto aos outros temas fica para mais tarde, que agora estou ceguinho e você não me parece homem para bater num.

Eurico Moura disse...

Carmo da Rosa, O-Lidador, RoD
Quem estiver interessado em saber quais as minhas respostas a algumas perguntas:
http://portudo-e-pornada.blogspot.com/2009/12/utopias.html