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domingo, 13 de dezembro de 2009

Verdes

A cor é o verde.

Em Copenhaga milhares de verdes e violentos tontos, activistas, políticos, cientistas mafiosos, e celebridades do showbusiness, berram em êxtases religiosos, que o aquecimento global é provocado pelo homem, é a maior ameaça que o mundo enfrenta, choram que querem salvar a Terra e parecem coincidir na solução: suicidar-se economicamente, sacando biliões de dólares às pessoas que vivem nas democracias liberais, para os entregar a dezenas de nababos terceiro-mundistas, evitando assim a morte do planeta.

O facto de eu não perceber como é que se evita a morte do planeta dando o meu dinheiro aos ditadores do 3º mundo, deve-se provavelmente a algum defeito raciocínico meu.

Apesar da na semana passada ter sido posta a nu uma gigantesca fraude no âmago da investigação que sustenta o alarmismo do IPCC, os nossos líderes permanecem determinados a aplicar cada vez mais impostos aos seus cidadãos, em ordem a fazerem regredir as economias à era pré-industrial, para mostrar que estão a fazer algo para resolver um problema que pode nem sequer existir.

E mesmo que existisse, continua a não se ver muito bem como é que as medidas idiotas que se discutem no manicómio de Copenhaga, o resolveriam, atendendo a que a generalidade dos países que não do Ocidente, se estão positivamente nas tintas para o assunto e apenas se interessam porque vêm nisto uma imensa mama, à conta da imbecilidade ocidental.

Apesar da inescapável futilidade do plano, os loucos à solta em Copenhaga continuam fanaticamente apostados numa revolução no nosso modo de vida, apresentando-nos, a habitual utopia revolucionária de um futuro de leite e mel, onde todos seremos felizes e saudáveis, teremos hálito a menta, seremos tu cá tu lá com “o ambiente” e andaremos de túnica a tocar lira, num mundo verde e sustentável.

Em Teerão, o verde é outro, com milhares de manifestantes a berrarem “morte aos aiatolas” e a exigiram liberdade.

A diferença entre Teerão e Copenhaga, é que não há grandes dúvidas de que o Irão constitui um perigo imediato para a paz mundial, se logra completar o seu programa de armas nucleares.

Mas curiosamente, a multitude de Copenhaga prefere peregrinar e manifestar-se pelos ursos polares do que pelos seus semelhantes que aspiram a ser livres.

Os jovens que se manifestam “pelo planeta”, em vários pontos do mundo, em procissões de tipo religioso, estão-se nas tintas para um específico local do planeta, onde os seus pares lutam pela liberdade.

A razão deste no sense é a ditadura da correcção politica, o espírito de manada, a necessidade de estar do “lado certo”, a compulsão de aderir e declamar dogmas de fé

A histeria climática nasce apenas do complexo de culpa do Ocidente e ninguém espera verdadeiramente que o resto do mundo faça alguma coisa.

Só os ocidentais são chamados a pagar, a mudar o seu modo de vida, a expiar pecados reais e imaginários, seus ou dos seus ancestrais. É esta necessidade religiosa de expiação, que leva à histeria suicida de Copenhaga e redunda sempre no mesmo: na transferência de dinheiro para os “pobres”.

Esta “solução”, é recorrente e aplica-se a todos os problemas do mundo.

É preciso resolver o problema da fome?

Temos de dar dinheiro.

A globalização tem de ser “justa”?

É preciso dar dinheiro.

O comércio justo?

Dinheiro

A herança do colonialismo?

Dinheiro?

A expulsão dos mouros?

Dinheiro.

A escravatura?

Dinheiro.

Em pequeno recordo-me vagamente de ler umas revistas missionárias que davam pelo nome de “Cruzada” e “Audácia”. Tenho uma vaga ideia de que gostava mais da segunda, porque tinha desenhos, historias e anedotas, mas o seu objectivo era o mesmo: ajudar os “pretinhos” de África. E as pessoas, pobres como Job, davam, coitados dos pretinhos, estão piores do que nós, vamos lá ajudar a resolver o problema

Hoje há “Cruzadas” e “Audácias” de gigantesca dimensão, como as Agências da ONU, ONG, os U2, os artistas de Hollywood, os Fóruns Sociais, etc.. Toda esta gente anda há anos atarefada a “resolver o problema” e a “ajudar”, pedindo o nosso dinheiro.

Os resultados? Menos dinheiro no nosso bolso e mais no bolso do Bono, dos profissionais da ajuda e dos ditadores do planeta.

O único problema que foi resolvido foi o dos activistas da ajuda, que cresceram e têm hoje uma estrutura paquidérmica, com milhares de pessoas a viverem da própria estrutura.

Como religião que é, a mudança climática tem os seus rituais (peregrinações, procissões, salmos, etc.), e os seus demónios (a industrialização e o capitalismo). O seu Deus é a Natureza (da qual o homem não faz parte) e os seus profetas (Al Gore, IPCC, Leonard di Caprio etc ) ameaçam com o calor do inferno e a condenação eterna os pecadores que não se arrependam e mudem o seu modo de vida. Os pecadores são os heréticos, os cépticos, os incréus, os que duvidam e blasfemam que se calhar a temperatura global tem baixado de há 10 anos a esta parte e que os factos científicos não são determinados por votos, nem resultam de profecias em torno de bolas de cristal.

O que nos leva de volta ao verde de Teerão. É que os manifestantes de Teerão lutam contra um regime de que, no fundo, os manifestantes de Copenhaga gostaram de gostar, porque não tem papas na língua e ataca também o Ocidente pecaminoso, especialmente Israel, outro dos demónios da marabunta que parte escaparates pelas ruas de Copenhaga.

Os verdes de Teerão e o Climategate, ser reconhecidos, provocariam uma crise na fé, forçariam os verdes de Copenhaga a reconhecer por inerência a inconveniente verdade de que nem todo o mal do mundo resulta da indústria, do capitalismo, do Ocidente, da conspiração judaico-maçónica.

É por isso que são ignorados. Os clérigos da histeria climática e a sua congregação nada dizem sobre os verdes iranianos e nada dizem sobre a macacada científica que parece estar por detrás do alarme climático.

E só a loucura dos tempos explica que tantas pessoas exijam em êxtase a destruição do seu próprio modo de vida, para evitar uma crise imaginária.

17 comentários:

Renato Bento disse...

O Lidador deve experimentar ler "O fim da pobreza", livro do economista Jeffrey Sachs e cujo prefácio é, curiosamente, do Bono.

Lembrei-me imediatamente do livro quando li este artigo. Fantástico!

Anónimo disse...

Bom post, a excelência é o apanágio do o-lidador.

Uma pergunta, quando era jovem tinha medo do mundo?

È a que estupidez dos dias de hoje assusta-me muito! Será normal? Será por ser jovem? Ou estamos perante um novo nível de estupidez mundial?

Bob

EJSantos disse...

CAro Bob, a pergunta foi para o Lidador, mas mesmo assim gostaria de dizer o seguinte: a estupidez é uma arma de destruição maciça. Infelizmente, auto-destruição.
Se o Darwnismo funcionar, em principio, estes estupidos podiam auto-destruir se sozinhos. Infelizmente eles querem arrastar toda a sociedade.
Qaunto às ajudas ao terceiro mundo, so faço uma observação: quase toda a ajuda para os paises pobres é desviada pelos ditadores e corruptos desses paises. As pessoas verdadeiramente necessitadas muito raramente tm ajuda. Este embuste de Copenhaga é mais um pretexto para arrancar dinheiro aos paises industrializados, dinheiro que é retirado aos contribuintes desses paises. Dinheiro esse que vai enriquecer os corruptos que tomaram o poder nos paises pobres.

Carmo da Rosa disse...

@ lidador: «Mas curiosamente, a multitude de Copenhaga prefere peregrinar e manifestar-se pelos ursos polares do que pelos seus semelhantes que aspiram a ser livres.»

Muito bem visto.

Para os verdes de Copenhaga só interessaria os problemas dos verdes de Teerão caso levassem nos cornos dos americanos ou dos israelitas. Como não é o caso, não estão muito interessados, acham isso questões entre gentalha inferior - corja de racistas.

Anónimo disse...

Ao mesmo tempo não estão a parar o desenvolvimento dos países de 3o mundo e a perpetuar uma dependência?

Boa maneira de os manter sobre controlo, a curto-prazo...

Bob

Anónimo disse...

Ah e obrigado pela resposta ejsantos :)

Nausícaa, São Paulo, Brasil disse...

Caro Lidador,

No domingo pp., assistimos na tv aberta, enfim, um debatezinho sobre Copenhague.

Uma parte da primeira entrevista está acessível no endereço da band.com.br/canallivre, dividida ali em duas partes. O meteorologista faz coro com o vosso ponto de vista: trata-se de negó$$io$, por ex., "buraco da camada de ozônio", em que vários países assinaram o "Tratado de Montreal" comprometendo-se a substituir o gás de geladeiras, condicionadores de ar, aerosóis, por outro fabricado por cinco empresas que faturam altos lucros e royalties até hoje, e depois a NASA provou que era mentira. Mas já era tarde para nossos pobres bolsos pobres.

Carmo da Rosa disse...

@ bob: «...estão a parar o desenvolvimento dos países de 3o mundo e a perpetuar uma dependência»

Precisamente. Não digo eu que são uma corja de racistas...

Anónimo disse...

Cara Nausícaa,

fiquei curioso com o seu comentário e tentei pesquisar mais informação, mas sem sucesso.

Podia ser mais específica por favor?

bob

Unknown disse...

Meus caros, o que se passa em Copenhaga, para além da farsa,é mais um capítulo da luta pelo socialismo global, ou seja a maneira de redistribuir a riqueza, tirando- a a nós , os "ricos", e dando-a ao Tio Mugabe, o "pobre".
Se repararem, estes verdes são os qe há 20 anos eram vermelhos.
São os mesmos que berravam há 3 anos contra a "globalização"
Os mesmos que há 10 exigiam o "perdão da dívida" e o "comércio justo".
Os mesmos que há 30 anos berravam que "antes vermelhos que mortos".
São sempre os mesmos tontos.

Acabado o socialismo como ideologia internacionalista ( tirando as doidices do Chavez), a bóia de salvação dos complexados da culpa, passou a ser o ambientalismo.
A questão climática foi imediatamente ligada ao capitalismo, à indústria, ao Ocidente, ao "homem branco".
Francis Fannon, versão sec XXI.
Sartre, se vivesse agora, escreveria facilmente que todo o céptico que nega esta nova crença é um cão.

Sérgio Pinto disse...

Se repararem, estes verdes são os qe há 20 anos eram vermelhos.
(...)
Os mesmos que há 10 exigiam o "perdão da dívida" e o "comércio justo".


Assim muito de repente (continuo com pouco tempo), mas muito simpaticamente, devido ao seu novo revestimento de pessoa sensível (que substituiu temporariamente a versão "mama sumae" que insultava pavlovianamente), relembro-o que o Stiglitz tem um livro sobre comércio justo (confesso que ainda não o li) e que o Krugman tem sido frequentemente favorável à adopção de políticas 'preventivas' face ao aquecimento global.
Podíamos também falar do Al Gore ou de inúmeros cientistas.
Estranhamente, não se enquadram no seu imaginário de 'vermelhos reciclados' ou de 'partidores de montras de McDonald's' reconvertidos.

Mas claro, é sempre mais fácil (e também preguiçoso e idiota) assumir que a posição do adversário pode ser descrita de forma exacta através de uma caricatura e atacá-la a partir daí.

RioDoiro disse...

SP:

"e que o Krugman tem sido frequentemente favorável à adopção de políticas 'preventivas' face ao aquecimento global. "

Até cerca do ano 2000 até eu acreditava.

Depois comecei a desconfiar quando comecei a topar a fauna que começava a aparece a defender a coisa.

Em 2004 (aprox) percebi que a marosca estava instalada.

RioDoiro disse...

"Mas claro, é sempre mais fácil (e também preguiçoso e idiota) assumir que a posição do adversário pode ser descrita de forma exacta através de uma caricatura e atacá-la a partir daí."

Mais fácil e absolutamente aplicável. Portanto, poupador de energias.

Sérgio Pinto disse...

Resumindo, vocâ acharia lógico e "absolutamente aplicável" que eu considerasse o Pinochet como representativo da direita. Sim, faz sentido. Além de ser uma posição absolutamente honesta, claro...

Carmo da Rosa disse...

Sérgio Pinto, o que é que o Pinochet vem fazer nesta história de verdes vs verdes?

Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Desculpe, mas você leu a sequência toda de comentários?

日月神教-向左使 disse...
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