Teste

teste

domingo, 30 de agosto de 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

É SÓ SAÚDE....


Já para evitar bocas e meias verdades sobre o tema da saúde nos EUA, em Junho deste ano dei-me ao trabalho de recolher os dados necessários para poder comparar o sistema de saúde americano com o holandês (europeu). Um trabalho filho da puta, sobretudo tendo em conta que não percebo nada do assunto, nem é tema que me aquece ou arrefece...

Deviam estar todos de férias, o caso é que tive apenas três miseráveis comentários! Volto à carga.

O actual serviço de saúde nos Estados Unidos é mais caro que o Europeu e não é melhor. Mas atenção, parece haver nos EU uma modalidade do serviço de saúde que o Ministro holandês da saúde quer copiar – porque, segundo ele, é melhor e custa menos dinheiro!!!

Quais são as principais diferenças entre o sistema de saúde holandês e o americano:

Na Holanda, e ao contrário dos EUA, ter um seguro de saúde é obrigatório. Assim é que na Holanda toda a gente tem um seguro que é custeado a partir de duas fontes. Uma parte (igual para toda a gente) é paga pelo próprio utente directamente à companhia de seguros da sua escolha. Trata-se de uma quantia de ± 1000 euros por ano. A outra parte, 6,9%, é proporcional e é descontada mensalmente do salário (ou do subsídio de desemprego) de cada cidadão.

Os tais 6,9% que todos os utentes pagam na Holanda vão parar aos cofres do Ministério da Saúde - que cá se chama Ministério da Saúde Pública, do Bem-Estar e do Desporto – que seguidamente os vai distribuir pelas várias companhias de seguros segundo um critério baseado no risco de doença das pessoas inscritas.

O critério baseia-se em três factores de risco: idade, sexo e frequência no uso de serviços de saúde no passado.

Exemplo: uma companhia cuja maioria da sua clientela se situa entre os 20 e os 40 anos de idade vai, segundo o tal critério, logicamente receber do Ministério MENOS dinheiro do que uma seguradora com clientes em que a maioria tem uma idade mais avançada (leia-se, com maior risco de uso dos serviços de saúde). Pela mesma lógica, recebe MAIS dinheiro a seguradora que apresentar uma lista em que, independentemente da idade, os seus clientes se sirvam mais frequentemente dos serviços de saúde.

A esta distribuição do risco pela inteira população chamam os holandeses RISICOVEREVENING, que quer dizer COMPENSAÇÃO ou NIVELAMENTO do RISCO. (Há uma expressão idiomática portuguesa que descreve perfeitamente este conceito: distribuir o mal pelas aldeias.)

Desta forma está resolvido o problema da ACEITAÇÃO de qualquer cliente por parte das seguradoras, que na Holanda, como já vimos, e ao contrário dos EUA, é OBRIGATÓRIA. Um individuo pode sofrer de sida, asma e ainda ser tuberculoso que a companhia de seguros não lhe pode recusar um seguro. O enorme risco que esta pessoa acarreta para a seguradora é compensado (é pago pelos mais saudáveis) pelo Ministério com base no tal critério de 'nivelamento' ou 'compensação de risco'.

As diferenças entre o sistema de saúde Americano e o Holandês são basicamente as seguintes:

No sistema Americano,

- Não há obrigatoriedade de contrair seguro de doença.
- Não há obrigatoriedade de aceitação. As seguradoras americanas têm o direito de recusar um cliente com alto risco de doença.
- Não há compensação ou nivelamento do risco.

Três modalidades do sistema americano.

HMO (Health Maintenance Organization), que tem a particularidade de reunir numa só organização saúde e seguro. Nesta modalidade o utente não tem escolha, deve cingir-se aos serviços de saúde que fazem parte da organização, da HMO. Mas tem a vantagem de ser a modalidade mais barata e também a mais eficiente, porque reúne todo o tipo de serviços numa só organização. (Parece que ultimamente já existem certas HMOs que permitem uma escolha de serviços de saúde fora do âmbito dos seus contratos – mas os seguros devem provavelmente ser mais caros).

PPO (Prefered Provider Organization). Neste caso a seguradora tem contratos com uma maior variedade de serviços de saúde do que a HMO. O que significa que os utentes têm mais escolha, mas também o seguro é mais elevado.

II (Indemnity Insurance). Nesta modalidade, e ao contrário da HMO (seguradora e serviços de saúde formam uma e a mesma organização) e da PPO (seguradora tem contratos com serviços de saúde independentes da organização), a organização apenas oferece um seguro. O utente, por seu lado, usa os serviços de saúde que bem entender e apresenta depois a conta à seguradora. É escusado dizer que este seguro é bem mais caro que os dois anteriores...

Voltando ao Ministro holandês.

Apesar de normalmente os europeus não acharem que o serviço de saúde americano é o suco da barbatana, o Ministro está impressionado com a performance de uma grande seguradora americana da Califórnia tipo HMO (Kaiser Permanent), que além de vender apólices, oferece cuidados de saúde de grande qualidade a preços bastante razoáveis.

Mas a maioria do parlamento holandês ainda não está convencida. Os críticos vêem nesta combinação – seguradoras proprietárias de hospitais – uma incompatibilidade de interesses e o assunto está a ser estudado por terceiros. O Ministro, por seu lado, insiste que o sistema holandês é pouco eficiente: os utentes recebem cuidados de saúde aos bocados que eles próprios têm que juntar. Segundo ele este sistema lembra-lhe “uma pessoa que quer comprar um carro e é obrigado a comprar o volante num sítio e os pneus noutro!”

Na Kaiser Permanent, uma seguradora com 8,6 milhões de clientes, 32 centros de saúde, milhares de médicos e enfermeiras, os doentes recebem tratamento em cadeia e não são mandados de Herodes para Pilatos como na Holanda. Num só sítio recebem todos os cuidados que necessitam. Mas não têm a liberdade de escolha que existe na Holanda. Um americano que tenha uma apólice da Kaiser é obrigado a ir a um centro de saúde da Kaiser. Se quiser ir à concorrência tem que pagar do seu bolso...

Por enquanto uma maioria no parlamento holandês tem receio de quebrar o equilíbrio existente (independência) entre pacientes, companhias de seguro e serviços de saúde. Acham que se um obtém demasiado poder os outros podem ficar a ver navios. Mas reconhecem que o sistema holandês tem INCENTIVOS PERVERSOS. Por exemplo, as companhias de seguro não têm grande interesse em investir na saúde dos seus clientes, porque não sabem se serão eles próprios a colher os frutos. Os clientes podem, de um dia para o outro, passar para a concorrência que oferece um contrato mais barato. Por esta razão as seguradoras investem muito pouco na prevenção e em bons serviços médicos. E o facto dos serviços de saúde serem pagos por cada pessoa que tratam, ajuda a manter uma mentalidadse: quantos mais doentes melhor...

O Ministro está convencido que este dilema pode mudar se as seguradoras e os serviços de saúde se fundirem numa organização. Neste caso há interesse comum em manter as pessoas o mais saudáveis possível, porque isso faz baixar os custos. E também há interesse em oferecer serviços coerentes para prevenir ou diminuir certas doenças.

Cada vez há mais gente a sofrer de doenças crónicas ligadas a obesidade e diabetes. Quase 80% dos custos da saúde pública tem a ver com este tipo de doentes crónicos. É precisamente neste grupo de doentes que o Ministro, enfatizando a prevenção, pensa conseguir poupar o mais possível.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Predadores

Vila do Conde

Hermano Saraiva refere, frequentemente, que apenas e lei da gravidade defende os monumentos nacionais.

A ser assim, há vírus que atacam a lei da gravidade: ‘brocas’.

Será possível que a EDP e a TVCabo não encontrem outra solução para instalar a rede de distribuição? Será esta a solução menos destrutiva do património? Eu não consigo perceber, por exemplo, porque se instala cablagem preta em fachadas de ruas cujos prédios são geralmente brancos.

Alguns proprietários acabam por pintar a cablagem da cor das fachadas. Dará muito trabalho às duas empresas fazerem o mesmo?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quanto mais estado ... mais chamuscado

Ouvi hoje na rádio um hoteleiro açoriano queixar-se que as camas paralelas lhes fazem concorrência desleal porque os respectivos proprietários não pagam impostos.

Dito desta forma, dá a impressão que os ‘paralelos’ arrecadam ao bolso os impostos que os hoteleiros têm que entregar ao estado. É, aliás, recorrendo esta a mesma falácia que o estado vem reclamar, sem sucesso, aos os consumidores, que peçam facturas, recibos, etc.

Estado sistematicamente, e hoteleiros neste caso, fazem de conta que não percebem a razão porque essas coisas acontecem. Aliás, se a coisa fosse assim nem se perceberia porque se queixariam os hoteleiros de terem falta de clientela. Se os clientes pagassem serviço idêntico e impostos idênticos em ambos os casos qual a razão para optarem preferencialmente pelos paralelos?

A razão é simples: os ‘paralelos’ não pagam impostos porque também não os cobram aos clientes. Sabendo-se que se vive num inferno fiscal percebe-se que a apetência em, como se diz na gíria, “não encher o cu ao estado”, é enorme. O busílis dá-se quando o interesse mais significativo no não pagamento de impostos é do cliente e não do ‘paralelo’.

O que os hoteleiros pretendem conseguir com a queixa nos moldes em que o fazem é aparecer na fotografia ao lado do estado, coisa que, num estado ávido em clientelismos lhes pode vir a proporcionar umas migalhas. Se abraçassem os clientes na reclamação apareceriam em antagonismo directo aos ditos, coisa que, evidentemente, não lhes convém.

Mas pior ainda seria se reclamassem da excessiva carga fiscal que leva ao aumento da apetência de fuga não particularmente dos ‘paralelos’ mas principalmente dos clientes. Nesse caso além de ficarem mal perante os clientes antagonizariam o estado que lhes atiçaria os besouros do Ministério das Fianças.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Da justiça portuguesa e do Zimbabwe ou histórias de pintainho

Conheço um gajo que logo após ter encostado o carro (fora da estrada) vê um motociclista esfregar-se contra o retrovisor engatando nele o guiador e estatelando-se pelo alcatrão.

O condutor do carro, percebendo que não tinha qualquer responsabilidade mas sem pachorra para se chatear arrancou direito a casa deixando a gemer o motociclista entretanto assistido pelas pessoas que se encontravam na rua.

Nem chegou a entrar em casa. O condutor do carro era esperado pela GNR que o conduziu ao calabouço onde ficou uns meses aguardando julgamento. Julgado ficou mais uns tempos arrecadado (como convinha) por ter abandonado a vítima no local do acidente.

Fiquei agora espantado por ter descoberto que, afinal, a coisa não se aplica a todos

Lá se foi a mudança

Eleições para a Presidência dos Estados Unidos da América (1980), Jimmy Carter vs Ronald Reagan


A mudança é bela e agradável até se sentir as consequências dela, pensarão certamente alguns dos Norte-Americanos que votaram em Barack Obama. Na Europa, pelo contrário, o sentimento é de que a mudança ainda não é suficiente, longe disso, sendo que algumas das mudanças (de carácter muito simbólico e pouco prático) têm sido acompanhadas por continuações dignas de um qualquer hard Republican.

No fundo, aquilo que é visível é que todos se começam a desiludir. O fenómeno é facilmente explicável, tanto mais não seja pela confusão que reina na compreensão de quem é Obama e do que é que este quer, confusão que é, aliás, promovida pelo próprio. E esta confusão não afecta apenas o comum cidadão, pois confunde também as mais proeminentes figuras do ramo da Ciência Política e das Relações Internacionais, que se dividem, que duvidam e que desconhecem as intenções e as consequências de várias medidas de Barack Obama.

O Zé Povinho é bem mais prático na avaliação e, quando lhe cheira a esturro, joga à defesa. Nos Estados Unidos começa-se a torcer o nariz à "mudança", ai povo ignorante, e Obama vem por aí abaixo nas sondagens, adivinhando eu que em 2012 o homem vai cair fora de forma clara.

Como se justifica o facto de os Republicanos estarem pela primeira vez, em muitos anos, à frente dos Democratas em assuntos como a Segurança Social e a Saúde? Como se justifica que a maioria dos Norte-Americanos seja contra o fecho de Guantánamo e que 3/4 deles revele ter medo do fecho da prisão? Como se justifica a resistência à mudança no sistema de Saúde? As principais linhas programáticas de Obama encontram-se em xeque, precisando o Presidente de recorrer às suas já famosas habilidades para que volte à mó de cima e consiga levar a sua avante.

As coisas não estão fáceis e episódios como o do polícia e do professor não ajudam nada Obama: não só pela estupidez da sua intervenção no caso como pelo facto de este ultrapassar largamente as suas competências. Não saberá Obama isto? Não estudou ele em Direito em Harvard?

Na política internacional, apesar da vontade de fazer "História" e de regressar à acção concertada das Nações, acção essa que deverá ser promovida pela ONU, Obama tem-se espalhado constantemente ao comprido, acumulando erros, demonstrando indecisões, afastando amigos e demonstrando fraqueza aos inimigos.

Se, na Europa, Obama continua a merecer toda a confiança, as coisas estão bem longe de ser como o eram em Novembro último, quando foi eleito. O fechar de Guantánamo não foi nem é suficiente para animar as hostes da velha Europa, antigamente unilateral e agora acérrima defensora do multilateralismo (pela perda de preponderância e capacidade para ser unilateral). É uma questão de tempo até o anti-Americanismo voltar áquilo que era e áquilo que sempre foi e sempre será.

No tocante ao conflito Israelo-Palestiniano, apesar da vontade de Obama para fazer impôr as suas visões, o Presidente tem levado coices tanto de Netanyahu como do próprio Congresso, que recentemente aprovou mais um pacote de ajuda militar a Israel e que tem, através das mais variadas figuras, pertencentes aos quadros de ambos os partidos, visitado Israel e demonstrado compreensão pelas posições Israelitas em relação aos colonatos e a Jerusalém. Como consequência, Obama tem pedido a Mitchell para acalmar os cavalos, sendo possível agora um acordo que satisfaz muito mais os Israelitas do que os Norte-Americanos.

CONTINUAÇÃO DE DIVERSÃO...




Carmo disse: Mas aqui entre nós (esquerdistas), que ninguém nos houve, você [Sérgio] sabe tão bem como eu que a direita, com todos os defeitos que possa ter, permite mais a heterogeneidade de opiniões do que a esquerda...

ml disse: O seu humor é delicioso. Melhor do que isso só a bandeira monárquica nos Paços do Concelho. «a direita, com todos os defeitos que possa ter, permite mais a heterogeneidade de opiniões que a esquerda...» Claro, basta ler este blogue.

Sérgio Pinto disse: Carmo, em linha com o comentário da ml, nem sei o que me parece mais divertido, se a sua proclamação de esquerdismo, se essas certezas sobre a direita heterogénea e a esquerda ortodoxa e monocromática.

Caríssimos ml e Sérgio Pinto,

Para a coisa ser ainda mais divertida vai ser necessário a gente pôr-se de acordo sobre a terminologia. Quando eu disse ‘nós esquerdistas’ é verdade que estava a brincar, porque na realidade é bastante provável que a afirmação ‘ser de esquerda’ queira dizer para mim algo completamente diferente do que para vossas senhorias.

Actualmente – digo actualmente porque nem sempre assim foi, também já fui jovem – ser de esquerda significa para mim ser progressista. Progressista no sentido em que acredito que é possível implementar medidas no intuito de melhorar a qualidade de vida do maior número possível de pessoas - incluindo as mulheres claro, o que imediatamente dificulta o diálogo com uma certa esquerda (não forçosamente vocês) que, à falta de proletariado que lhe dê alguma atenção, se encontra ultimamente muito virada para Meca... A qualidade de vida é portanto a única coisa que me interessa, e a única que me serve de padrão para julgar regimes ou sistemas políticos.

E como é que o ‘julgar’ funciona?

Para um militante, para um crente, ou mesmo para um intelectual, nunca foi muito difícil demonstrar (ele há gente para tudo!) que a qualidade de vida na ex-DDR era superior a da Alemanha Federal. O contrário também era perfeitamente possível. O mesmo se verifica em relação a outros sistemas antagónicos: Cuba vs EUA; mundo islâmico vs mundo ocidental. Mas para os pobres de espírito, a única saída possível deste dilema, e é se querem ter a sua parte agradável do reino terrestre, é tentar saber para que lado as pessoas fogem... Os pobres de espírito normalmente sabem. Os crentes e os militantes vão ter que atirar borda fora a sobrecarga em certezas ideológicas e em utopias irrealistas que carregam, outros vão ter que cortar com o passado, até mesmo com a família e com os amigos. Resumindo, requer alguma coragem intelectual.

Faz também parte integrante da minha concepção de qualidade de vida, a total liberdade de expressão. Ora, mesmo sabendo que a total liberdade de expressão é difícil de atingir - por enquanto só na blogosfera, e não em todas: na muito esquerdista China isso não é possível -, sei por experiência que acerca desta temática há diferenças consideráveis entre países e regimes políticos. Mesmo entre regimes idênticos. Sei por exemplo que na Holanda a imprensa pode ir mais longe do que em Portugal. Mas também sei que na Rússia o Miguel de Sousa Tavares e o Prof. Medina Carreira há muito tempo que teriam sido assassinados. Isto só para lembrar que nem só de Guantanamo Bay vive o homem, e que a esquerda portuguesa terá, daqui para a frente, que partilhar a verdade histórica com os demais. Situação a que ainda não se conformou totalmente. Porque normalmente só conhece duas opções: permanecer na clandestinidade e ser perseguida e censurada (tempo da outra senhora), ou, caso fosse ela a mandar, perseguir e censurar ainda mais (o que felizmente não aconteceu em Portugal por um triz). Meios termos é coisa que uma exacerbada verdade moral muito próxima da fé religiosa tem dificuldade em digerir.

Precisamente porque me dou mal em seitas, e porque gosto de partilhar a verdade dos outros, é que eu, já por duas vezes propus, pela parte que me cabe, à ml, postar no Fiel Inimigo. É evidente que a proposta passa a ser extensiva ao Sérgio, e assim podem, juntos ou em separado, carregar à descrição no vermelho, tornando o blogue menos monocromático. Não é muito o que tenho para oferecer, mas é de boa vontade. De qualquer forma sempre vou um pouco mais longe do que a esquerda clássica, porque não acredito que o PCP, o BE, ou o Arrastão - todos eles muito esquerdistas mas não tão policromáticos como os ‘neocons’ do Fiel - alguma vez me dessem espaço para eu dizer o que me vai na alma...

... disparo e despois puxo o cordel para recuperar a bala ...

Tecnologia Socialista (Évora)
“O dinheiro que os portugueses enviaram no primeiro semestre para os "off-shore" chegava e sobrava para pagar o novo aeroporto de Lisboa e a terceira travessia sobre o Tejo.

Segundo o relatório de Agosto do Banco de Portugal, a verba aplicada em produtos sedeados em "off-shores" superou em Junho os seis mil milhões de euros, mais do que os cinco mil milhões orçamentados para estas duas obras.”
Ai, não digas … mas não pode ser verdade … e, então, e a redistribuição? … mas, então, porque não investiram eles em renováveis em vez de porem a graveto ao fresco? … mas porque põem eles o graveto ao fresco se a nossa simplex economia é tão competitiva? … e o magalhães (ámen), não conseguiu estancar a saída de capitais? … e o anúncio do 12º ano obrigatório também não? … nem as inaugurações de 1º pedra? … nem as de 2ª? … chiiiiii … pois é, ninguém percebeu as boas intenções do nosso socialismo … foi o que? …. falta de informação? … ahhh talvez … os malandros dos blogs …. pois … falta de paradigma? … ahhh estou a perceber … pois, é verdade, os venezuelanos têm Bolívar … mas, e então, nós não podemos invocar Cunhal? … não … pois … e Viriato? … pois é, não dá … e o Zé do Tenhado? … ah bom, ainda bem que já estão a trabalhar nessa possibilidade … um porta aviões brasileiro? … e tem aviões? … não tem. … mas o Chavez não empresta? ahhh, sim, só falta saberem onde estão as off-shores … pois … acabar com esses paraísos para que o nosso desponte … tá bem ... olha lá, e quando eu sair é preciso apagar a luz? … ahh, pois, nessa altura ela já terá faltado, tens razão … mas isso tava previsto?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Diamantes de sangue

Ouvi hoje na TSF que o governo de Angola, em luta contra os “diamantes de sangue”, tinha “libertado” vastas áreas de Angola do garimpo de diamantes.

“Diamantes de sangue” é o nome dado ao conjunto de operações que resulta da compra de armamento com verbas provenientes da venda de diamantes.

As grandes organizações que se dedicam à lapidação e venda de diamantes vêm-se recorrentemente acusadas de comprarem diamantes, para lapidação e comercialização, a organizações que usam os proventos do garimpo e venda para financiar guerras ou guerrilha.

Em Angola, ninguém tem hipótese de garimpar sem estar de alguma forma ‘enquadrado’ em organizações-gang habitualmente controladas pelos comandos militares ou policiais das respectivas zonas. Quando alguém o faz, em dupla clandestinidade, será muito rápida e sumariamente abatido pelas autoridades-capanga de controlam o processo de garimpo.

… de maneira que este tipo de notícia que segundo a TSF abrangia 30.000 garimpeiros, a ser verdade, esconderá, muito provavelmente, uma outra qualquer dura realidade. Execuções massivas de garimpeiros que escapavam aos gangs ‘oficiais’? Reorganização do garimpo resultante de lutas inter-gang?

Tudo pode ter acontecido. O que é difícil de engolir é que haja alguma espécie de preocupação das autoridades angolanas com coisas floribélicas como “diamantes de sangue”.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Não há o ensino do raciocínio lógico


D. Duarte Pio

“Nos países que prezam a sua históricas […] as bandeiras históricas são todas consideradas como tendo a mesma dignidade e são colocadas, muitas vezes, em conjunto […]”

“ […] estamos a dar uma importância excessiva a pequenas minorias muito militantes […]”

“Não há o ensino do raciocínio lógico.”

“Nós estamos a endividar os nossos netos, que vão ter de pagar os desperdícios e disparates que estamos a fazer hoje.”

“Os deputados fizeram uma legislação que torna muito difícil a aplicação da justiça, por causa dos procedimentos, recursos e picuinhices que empatam a justiça e dificultam o seu exercício. E depois não funciona para ninguém. Nem nos grandes casos nem nos pequenos.”
Entrevista completa, suspeito que mal transcrita, aqui.

Calças despidas


Sobre as repurcussões do artigo publicado no jornal Sueco Aftonbladet, artigo esse que acusa as IDF de ter morto Palestinianos com o intuito de traficar os seus órgãos, é conveniente ler este pequeno artigo de Zvi Mazel, antigo Embaixador de Israel na Suécia (entre 2002 e 2004).


O artigo do Aftonbladet, vindo de onde vem, acaba por não surpreender: os países Nórdicos têm-nos habituado, nos últimos anos, a posições Governamentais, artigos de jornais e manifestações de rua bastante peculiares. Se o fenómeno se cingisse, no continente Europeu, a esta região, as coisas até nem seriam assim tão más; porém, observam-se situações semelhantes um pouco por toda a Europa sem que, no entanto, se chegue ao patamar da situação observada no países Nórdicos, países sobejamente adorados e venerados um pouco por toda a Europa pelo seu grande desenvolvimento, pela forma como a Sociedade está organizada, pela política económica, etc.

No meu entender não se pode dissociar as posições dos países Nórdicos a nível internacional, caracterizados por uma política mole e surpreendente em relação aos países Muçulmanos e aos de influência Comunista e por uma dura crítica ao capitalismo Norte-Americano, ao conservadorismo social deste último país e às actuações deste na política internacional, da forma como a sociedade está montada na Escandinávia. É inútil avançar com os pontos, a coisa percebe-se perfeitamente, só não vê quem não quer.

A adoração do resto da Europa pela Suécia pode levar a políticas de aproximação da União Europeia a posições levadas a cabo por esse mesmo país e pelos países Nórdicos, tendência essa que já existe de forma natural em muitos países da Europa, tanto pelas conquistas sociais da Suécia (adoração na Península Ibérica), quer pelo anti-Americanismo (tradicionalmente Francês), quer pelo anti-Semitismo (presente em muitos países do Leste Europeu), quer pela Islamização (a acontecer na Holanda e na Bélgica), quer pela necessidade de ver as coisas por outro prisma, prisma esse que não pode nem deve ser Americano.

A Europa baixa as calças porque ela mesmo quer; há quem se insurja, como Wilders na Holanda, mas, se este conseguir alguma coisa, todos se uniram facilmente contra ele. Nos Estados Unidos a Sociedade mantém-se alerta e em cima do Presidente (ver queda acentuada e generalizada de Barack Obama nas sondagens), não vá este subitamente querer baixas as calças também.

Em Israel o artigo foi recebido com alvoroço. Netanyahu exigiu que o Governo Sueco se demarcasse da posição do jornal (algo que a Dinamarca fez aquando das publicações das caricaturas de Maomé, quando os países Muçulmanos pediam um pedido de desculpa formal) e circulam pedidos de boicotes ao IKEA pela internet. Não, não se queimou a Embaixada da Suécia, não se declarou guerra à Social-Democracia Sueca nem se ameaçou o autor do artigo de morte...

A Suécia, depois do incidente do armamento apanhado com as FARC e dos incidentes da Taça Davis, volta a dar outra vez que falar.

Despeçam-se dos leixões


Vão guardando estas imagens. A obsessão securitista do nanny-state encarregar-se-á de os destruir mais tarde ou mais cedo.

Em breve também irão acabar as curvas nas estradas. É que apesar dos sinais de perigo, as pessoas insistem em ter acidentes.

sábado, 22 de agosto de 2009

Das crendices

... já se sabe que eu adoro esborrachar a maralha do aquecimento global que fica particularmente irritadiça perante a linguagem caceteira que emprego.

Vamos, portanto, a mai uma cabazada.

É este o gráfico que os faz salivar. O malandro e imperfeito bicho homem, predador do sistema solar, pelo "excesso" de CO2 que as suas bushistas indústrias produzem (já para não falar na mania de andarem de carro) vai tornar a terra mais quente que o sol matando todas as libelinhas, joaninhas e até o Bambi.

Há outro gráfico que ilustra bem a magnitude da masturbação aquecimentista.


A coluna da esquerda diz respeito ao efeito de estufa produzido pelo ... vapor de água.

Para os mais militantemente desinformados, reafirma-se que este vapor de água que provoca efeito de estufa é o mesmo que o outro o vapor de água que brota das panelas quando fervem. Não é aquele fumo branco que brota das panelas, é outro, que não se vê.

O fumo franco que brota das panelas é água mas já no estado líquido. É a mesma 'coisa' branca que se vê quando se olha para as nuvens e exactamente o mesmo que aparece nos filmes onde se mostram chaminés de indústrias a vomitar "CO2". Pois. Esse fumo branco mostrado nesses filmes não é CO2, é, quase sempre, água em minúsculas gotículas (como nas nuvens). Já agora, o CO2, como o vapor de água (estado gasoso) é invisível, transparente. Não se vê. Claro que filmar uma chaminé em que nada se vê a saír não fica bem no boneco. Al Gore sabe bem isso.

Mas, no segundo gráfico, a barra do vapor de água é ainda directamente proporcional a outra coisa: ao grau de cretinice dos aquecimentistas - aqueles que sabem do que falam mas fazem de conta que não. Em relação aos restantes aquecimentistas, é proporcional ao grau de crendice. Estou a falar do mundo das beatas tontas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

E não se pode exterminá-los?


É extraordinária a quantidade de EMs que desconhece que as plantas, pela clorofila e pela fotossíntese, são o veículo praticamente único pelo qual a atmosfera do planeta terra é fornecido do oxigénio que respiramos e que esse oxigénio é proveniente do CO2, o tal "poluente" que a esquerdalha verdelhunga quer banir.

========

Actualização (2009.09.01)

Este artigo do Eco-Tretas aponta dois sites importantes sobre o assunto, nomeadamente sobre como se gera CO2 para incrementar o ritmo de crescimento das plantas.

Carbon Dioxide in Greenhouses (Ministry of Agriculture, Food and Rural Affairs - Ontario)

CO2 Science

.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mais uma cavilha no "aquecimento global"

...

Entretanto ...

.

Apaziguar o islamismo.


John Brennan é o assessor especial de Barack Obama para as questões relativas ao terrorismo.

Na sua longa carreira ligada às informações (NSA, CIA, etc) salienta-se um curso frequentado na Universidade Americana do Cairo, indicação importante, face ao que se segue.

John Brennan é a eminência parda responsável pelas linhas gerais que irão enformar a política americana nos próximos tempos, relativamente à segurança interna. O documento foi dado à estampa em 6 de Agosto, tem por título "A New Approach for Safeguading Americans", e foi apresentado num longo discurso que Brennan fez no Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais.

Algo que salta logo à vista quando se lê o discurso, é a constante e embevecida referência ao Escolhido, que remete para um perturbador culto da personalidade.

Mas ainda mais perturbador é o conteúdo.

Da actual administração americana já sabemos que renomeou a luta contra o terrorismo islâmico para "Contigency Operations Abroad", e que um atentado terrorista passa agora a chamar-se "man made disaster".

Neste discurso, Brennan aplica aquilo que terá aprendido no Cairo e toca a música que o Escolhido gosta de ouvir.

O suco da barbatana, o conceito estratégico contido no documento é redutível a 3 palavras:

-Apaziguar os islamistas!

A dada altura Brennan avança o típico argumento da esquerda tonta:

"Condenamos as tácticas ilegítimas usadas pelos terroristas, mas temos de compreender e tentar solucionar as legítimas necessidades e razões das pessoas que os terroristas dizem representar"

Infelizmente Brennan fica-se pelo slogan e não explica quais são as "legítimas razões" que a Al-Qaeda reclama. Na verdade, nem Brennan nem nenhum dos Chamberlains que por esse mundo fora declamam o mesmo versículo.

No Cairo, Brennan deve ter aprendido que é necessário distinguir entre "extremismo violento" e Islão. Explica tranquilamente que não devemos usar o termo "jihad" para designar a violência islâmica.

O facto de os "extremistas violentos" estarem, nas suas próprias palavras a levar a cabo uma "jihad", sustentando-a nas prescrições do Corão, é irrelevante para Brennan que acha que chamar as coisas pelo nome " reforça a ideia de que os EUA estão em guerra com o Islão".

Esta ideia peregrina não é de Brennan, valha a verdade. Os seus autores são justamente os islamistas radicais da Irmandade Muçulmana, no âmbito de uma campanha de acção psicológica e desinformação, como explica muito bem o Cor Meyrs, do Air Comand and Staff College

Campanha de tal modo bem sucedida que é agora a base da política americana, com a bênção do Escolhido.

No discurso, Brennan confidencia-nos também que o Escolhido reconhece que a maior ameaça para a segurança global é uma arma nuclear nas mãos de terroristas. E para fazer face a tal ameaça, há que recorrer a todos os meios.

Quais?

"Liderar esforços para reforçar o regime de não-proliferação, lançar esforços para garantir a segurança dos materiais nucleares e promover uma cimeira global sobre o nuclear"

Os terroristas gemem de medo perante tão pavorosas medidas, Amadinejad nem sai da toca e o Querido Líder treme que nem varas verdes.

Nem se está a ver muito bem como é que esta gente tão assustada pela magnitude das medidas, se atreverá a ir à "cimeira global".

A cereja no topo do bolo é a ideologia naive que Brennan faz questão de exibir, sem qualquer pudor. A dada altura diz que " nem a pobreza nem a educação causam o terrorismo, mas é inegável que se os governos não providenciarem tais bens aos seus povos, as pessoas tornam-se mais susceptíveis às ideologias que desembocam na violência"

Sintetizando, a pobreza não causa o terrorismo, mas pode causar o terrorismo. A distinção é de tal modo capciosa que só Brennan e o Escolhido devem encontrar alguma lógica num raciocínio completamente deserdado dela.

O facto de quem está na base do terrorismo islâmico não ser gente pobre e sem educação, pouco importa na salganhada ideológica que sustenta doravante a política de segurança dos EUA.

Os terroristas podem ser milionários, engenheiros, médicos, doutores, como de facto são, podem ter à disposição quantidades astronómicas de petrodólares, como de facto têm, que isso pouco importa a quem tem um versículo ideológico a declamar.

E aquela ideia de que são os governos que devem prover os bens, diz muito do que vai na cabeça dos responsáveis desta administração e faz juz ao cartaz do joker que um teenager fez.

Oxalá me engane, mas por este andar, Dhimmy Carter ainda vai parecer um falcão aos olhos dos americanos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Paralelos Quase-Bombásticos

A III República está cada vez mais parecida com a Monarquia Constitucional.

Primeiro foi o arrivismo.
Depois foi o rotativismo em que os instalados (os filhos dos arrivistas) se engalfinhavam pela repartição das benesses do Estado.
Depois foi o achicalhar do chefe de Estado por 'dá cá aquela palha'.

Tudo isto aconteceu há cem anos e está a repetir-se nos últimos 30 de forma cada vez mais acentuada. Nem sequer falta o descalabro orçamental.

O que falta mesmo é quem ache que o país só se livra desta gente à bomba.

Professor Bob Carter and the "global warming"


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os posts são como as cerejas


Professor Richard A. Muller
Physics 10: Physics for Future Presidents, Spring 2006.

Quem tiver dificuldade em perceber o vídeo acima pode começar por estes outros: Radioactvity, Radioactivity-II.

A bomba iraniana

No Irão o poder pende cada vez mais para o lado dos Guardas Revolucionários, em detrimento dos clérigos que, na arquitectura política iraniana, detém formalmente o poder absoluto.

Mas em matéria de facto, a relação entre Ahmadinejad e Khamenei pode comparar-se à que existe na Rússia entre Putin e Medvedev, ou seja, o detentor do poder formal, não coincide com o detentor do poder factual.

A situação iraniana é paradoxal, porque a hierarquia dos Guardas da Revolução é, em questões de ortodoxia, muito mais radical que a maioria dos aiatolas.

Khamenei, um Líder Supremo a quem outros clérigos não reconhecem suficiente estatura intelectual, está hoje refém dos Guardas Revolucionários e da sua hierarquia extremista.

Nas semanas que se seguiram às eleições os campos clarificaram-se, as personalidades foram identificadas e os Guardas da Revolução completaram com êxito uma campanha repressiva que consolidou o seu poder.

A nível externo é também claro que a hierarquia dos Pasdaran respira confiança face à debilidade que, em matéria de política internacional, diagnosticaram em Barack Obama. As declarações dos responsáveis indicam-no claramente.

É nesta conjuntura politicamente favorável que um reporte dos serviços de informações ingleses, dá conta de progressos técnicos definidores, no programa nuclear iraniano, nomeadamente um sistema de iniciadores que permitirá detonar um engenho nuclear, assim que Khamenei dê luz verde.

Resolvida esta questão técnica, os analistas pensam que só faltam 30 kg de urânio enriquecido, para ter uma bomba pronta.

Segundo as fontes, o plano para um ensaio nuclear já foi apresentado a Khamenei e os ingleses não têm dúvidas que assim que o Guia Supremo der a ordem (e é praticamente certo que a dará, dada a actual relação de poder), a Central de Natanz poderá, em 6 meses, enriquecer o urânio necessário.

É este o tempo que falta para que se soltem os demónios.

A partir daqui os floreados retóricos, os discursos floribélicos de Obama e da União Europeia, as tímidas ameaças de sanções que ninguém cumpre, e a valsa da diplomacia, passarão automaticamente à categoria de jogos de salão.

E perante a naive e vacilante política externa americana só uma acção israelita sobre Nataz e Arak pode fazer atrasar o relógio, pelo menos mais 3 anos.

Infelizmente não é uma opção tão fácil e limpa como a destruição das estruturas nucleares iraquiana e síria, que os israelitas a seu tempo levaram a cabo.

Os custos humanos e materiais serão certamente elevados.

Mas os custos de nada fazer poderão sê-lo infinitamente mais.

Israel está numa encruzilhada na qual os seus dirigentes se vêm obrigados a fazer uma opção política existencial, entre o mau e o péssimo.

Os Estados Unidos podem dar-se ao luxo de ignorar ou relativizar o avanço iraniano, e racionalizar um Irão nuclear com os instrumentos conceptuais da Guerra Fria. E provavelmente fá-lo-ão, embora sejam facilmente discerníveis as diferenças entre um poder soviético mais ou menos racional e um poder iraniano incendiado pelo fanatismo religioso. A prazo desencadear-se-á uma corrida nuclear na região e é praticamente certo que os movimentos terroristas armados e financiados pelo Irão ficarão na posse, senão os instrumentos do apocalipse, pelo menos da capacidade de ameaçar psicologicamente qualquer país ocidental, pela simples sugestão do uso terrorista do poder nuclear.

A catástrofe, essa é apenas uma questão de tempo.

Israel, pelo contrário, não pode ignorar o avanço iraniano. A bomba nuclear iraniana tem um objectivo, explícita e inequivocamente reafirmado por todos os responsáveis iranianos, desde os mais “moderados” aos mais radicais: a destruição pura e simples do estado judeu!

O Imã Khomeiny disse que a entidade sionista devia ser eliminada da face da terra. Ainda não pudemos concretizar esse objectivo. Mas devemos executar sem tardar esta vontade do Imã.”

(Gen Jaffari, Comandante dos Pasdaran, 13 de Agosto de 2005)

E basta uma bomba para isso.

Uma bomba atómica será suficiente para destruir o regime sionista, ao passo que a resposta sionista apenas causará danos "

( Rafsandjani (moderado), 14 de Dezembro de 2001)

Israel não deverá deixar-se aniquilar sem lutar. Há mais de 60 anos que o faz.

Os europeus protestarão, como é da praxe, mas não podem deixar de reconhecer que Telaviv não é noutra galáxia e que qualquer capital europeia estará, se nada se fizer, tão vulnerável como Israel.

Aproxima-se um tempo de decisões. Este Inverno deverá trazer com ele algo mais do que os grandes frios.

Dos socialismos d'aquém e d'além mar


A homilia do grande educador da classe operária venezuelana rumo ao homem novo (desta vez vai mesmo dar certo).

Via Portugal e outras Touradas.

domingo, 16 de agosto de 2009

Utilizador duplo, triplo, quádruplo ... ... pagador


Da infinita cobrança de impostos.

Em relação a este post do Tarzan, há outra coisa que me revirar as bushistas tripas.

No preço do pitrol, 40.6% são para o medonho líquido, 59.3% são para derreter em impostos.

... E a esquerdalha não protesta. Sempre disposta a defender o abaixamento do juro cobrado pela coisa medonha onde o estado se enterra até ao pescoço para dar resposta (entre outras) às exigências de "redistribuição", a esquerdalha não protesta pela estupidamente elevada carga fiscal.

Já que a carga fiscal é medonha e as portagens das auto-estradas caríssimas ("utlizador pagador"), porque não se desvia o valor de impostos de gasolina cobrados nos percursos em auto-estrada para seu financiamento?

Luz de Caetano

Do multiculturalismo iluminado


Segundo o PÚBLICO de hoje, a ministra francesa da Reabilitação Urbana, Fadela Amara, de ascendência argelina, afirmou, numa entrevista ao Financial Times, que a proibição da burqa, em França, ajudaria a impedir a progressão do "cancro" do Islão radical no país. Para a ministra, a burqa simboliza "a opressão das mulheres, a sua escravidão, a sua dominação".
Ainda segundo ela, a França, até há pouco tempo ponto de encontro por excelência do Islão sério com a modernidade, precisa agora de lutar contra "a gangrena, o cancro do Islão radical que distorce completamente a mensagem do Islão". E acrescenta: "a grande maioria dos muçulmanos é contra a burqa. É fácil perceber porquê. Os que lutaram pelos direitos das mulheres nos seus países de origem - estou a pensar especialmente na Argélia - sabem o que representa e que projecto político obscurantista está por trás: confiscar as liberdades mais fundamentais" (sublinhado meu).
Espera-se agora a reacção dos insossos palermas esclarecidos do costume.

sábado, 15 de agosto de 2009

Jornalismo à base de "bom senso"


Nicolau Santos, director do Expresso, é um tipo que me irrita. Não só porque não partilha da minha visão liberal da sociedade (mas não seria por aí...) mas também por ser um indisfarçado admirador das ideias emanadas pelo aparelho socialista e por, sendo economista, emitir opiniões nesta área que mais parecem saídas da cabeça de um taberneiro com o liceu terminado em 1962.

No seu editorial do caderno económico do Expresso de hoje, dá mais um ar da sua graça a propósito dos preços dos combustíveis e a sua correlação com o preço do crude. O chorrilho de patacuadas e lugares comuns resume-se neste par de frases:

«O foco foi colocado no mau funcionamento do mercado e a crítica dirigida à Autoridade da Concorrência (AdC), que estuda muito mas actua pouco. [...] Em qualquer caso, os custos fixos e a paridade euro/dólar justificam que contra a descida de 45%, os combustíveis nas bombas só tenham descido 6% a 10%?»

Não só Nicolau Santos não deveria - tivesse ele estudado um mínimo sobre o sector ou bastando ler o último relatório da Autoridade da Concorrência com atenção - estar espantado pelo diferencial entre taxas de crescimento entre crude e combustíveis nem com a conclusão do referido relatório.

As contas são simples para um comum mortal quanto mais para um economista que tem a obrigação de estar familiarizado com o conceito de elasticidade. Elasticidade entre duas variáveis que se correlacionam indica quanto é que uma varia percentualmente em virtude da variação de 1% da outra. A fórmula é simples

E_{x,y} = \left|\frac{% \Delta x}{% \Delta y}\right|,

que pode ser escrito como E_{x,y} = \left|\frac{\partial \ln x}{\partial \ln y}\right| = \left|\frac{\partial x}{\partial y}\cdot\frac{y}{x}\right|


Se assumirmos que X é o preço da gasolina e Y é o preço do rude, a elasticidade diz-nos qual a percentagem de variação do preço da gasolina em função da variação de cada 1% no preço do crude.

Olhando para o relatório da AdC no que respeita à gasolina IO95 pode ler-se que


preços em Euros/litro

Ou seja, Preço Crude = (Preço Petróleo + Act. Refinação + Armazenamento + Act. Retalhista + ISP)*(1+ Taxa IVA).

Fazendo as contas (se quiserem as contas detalhadas eu escrevo na caixa de comentários ou envio por e-mail) com base nos dados médios para 2008, e assumindo todos os itens como fixos à excepção do preço do crude, chega-se ao valor :

Elasticidade = Preço Crude / (Preço Crude + Parcela Fixa) = 0,42/(0,42+0,724) = 0,37

Ou seja, que por cada 1% na variação do preço do crude, o preço da gasolina varia 0,37%. Assim, uma variação de 45% no preço do crude implicaria uma variação da gasolina, em 2008, em torno dos 17%. Atenção que isto se baseia em valores médios. Se considerarmos valores iniciais mais baixos para o crude, o impacto no preço da gasolina é menor e vice-versa. Para chegar a esta conclusão bastava olhar para o quadro e ter em atenção que o preço do crude apenas representou, em 2008, 30% do preço da gasolina na bomba.

Fazendo um boneco:

(Para uma análise de longo prazo sobre este assunto, procurem os posts "Volatilidades" na Caldeirada de Neutrões)

Além destas lições de Introdução à Economia, Nicolau Santos esqueceu-se que a Autoridade é da Concorrência e não da Regulação. Espera-se que uma autoridade estude os assuntos que lhe competem e que ajam em coerência com os resultados desses estudos. É isso que acontece. Por mais que isso contrarie o "bom senso" de Nicolau Santos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Schwarzenegger Está de Volta e os Ricos Não Pagam a Crise

Durante anos o Governador da Califórnia foi aumentando a despesa pública em programas que lhe valeriam popularidade e uma reeleição. Em consequência, foram-se agravando as aflições orçamentais e a Califórnia empobreceu.

Como a coisa correu mal, Arnold Schwarzenegger trata agora de arrepiar caminho e tenta o reequilíbrio fiscal do Estado.

Para aqueles que, a respeito de fiscalidade, continuam no ‘ir’, talvez seja boa ideia prestar atenção a quem 'foi e está de volta'.


Recentemente Schwarzenegger deu uma entrevista à Fox. Um dos temas foi a estrutura fiscal socialista da Califórnia. Pode ler-se:
Schwarzenegger: “[W]e also have an outdated tax system that relies on 1 percent of the rich people paying 50 percent of the taxes. It's always very popular to pile on the rich and to say, you know, the rich should pay more taxes. But in fact, it backfires then when you have downturn economically because when the rich people invest in Wall Street, and then all of a sudden, you take a major hit when Wall Street takes a major hit. So this is why we have had the loss of revenues of 20 percent last year and 22 percent now, so it's 42 percent altogether. So that's huge.”

Mas será só porque Wall Street cai que há problemas com os impostos elevados cobrados aos ricos? Não pode ser, é uma fraca explicação.

Muitos pensam que os desequilíbrios orçamentais devem ser resolvidos aumentando uma e outra vez as taxas para os escalões de rendimento mais elevados. Este é um raciocínio conceptualmente falacioso, por mais que satisfaça as boas intenções ou simplesmente a inveja humana. Na prática tem consequências contrárias às imaginadas, como se exemplifica na entrevista:
S.: “… you see a lot of rich people moving out of the state and taking their money out of the state.”

Já está melhor. Mas ainda assim parece que falta qualquer coisa.

Uma parte demasiado grande das pessoas imagina que o dinheiro que o Governo gasta nasce espontaneamente nos cofres do Banco de Portugal; depois só tem de haver o trabalho de o distribuir “bem”. E que tal generalizar o pagamento de impostos a TODOS? É que, se assim fosse, depressa TODOS perceberiam quando o Estado gasta “bem”, ou quando gasta em excesso, ou quando está simplesmente a cometer abusos fiscais. Lá se ia a visão fiscal-socialista de muito boa gente.

Descubra as semelhanças

Não sei porquê, mas quando vi este cartaz pela primeira vez

lembrei-me deste outro, um pouco mais antigo.


Esta ideia de embevecimento ante o líder (ou ante os políticos em geral) é uma coisa que me causa alguma repugnância.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os pilha-galinhas



110 autarquias com menos de 10.000 habitantes.

O crescimento à custa do endividamento externo.

A única coisa em que os partidos se entenderam foi pela distribuição do dinheiro.

Se os chefes partidários não têm maioria absoluta são abafados por aquela gente lá de dentro.

Cada português tem às costas outro português, pendura do estado.

A política do Engº Sócrates faz Espanha crescer.

Esta gente é superficial porque não conhece a vida.

#RoD, Medina Carreira


A tão falada recuperação económica (2)


Taxas de variação homóloga

A tão falada recuperação económica



Aí está! Foi a "recuperação" económica que se conseguiu arranjar para as eleições. Os media defecaram a nota de imprensa do INE sem sequer a digerirem. O Diário Económico conseguiu a proeza de dizer que o PIB no 2º trimestre cresceu e caiu na mesma notícia.

Facto: estamos a níveis de 2005. Recuámos 4 anos.

Os dados não permitem que se conclua sequer que já batemos no fundo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Os amigos de Chavez

Chavez continua na senda das "mais amplas liberdades democráticas". Como o PCP. Aposto que a esquerdalha chavistas estará presente na festa do Avante, com as FARC e até talvez a ETA, o Hezzbollah e o Hamaz, sabe-se lá.

Ó faxavôr!


«Traga-me uma cesta de pão e o saleiro!»

Eu diria que um sinal de que o Portugal Legal Parlamento já não tem mais nada que fazer é quando decide legislar sobre essa grande, oportuna e urgente questão da quantidade de sal no pão. É tempo de ir pensando em ir desmantelando esta máquina paternalista, inútil e sorvedora de recursos e liberdade.

Acto de guerra, ver para não crer, verificar verificar verificar, mau trabalho



Pacheco Pereira - Ponto/Contraponto

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Viva o Rei


Visitem o 31 da Armada.

O Arrastão está, entretanto, em estado de choque.

Chico da Tasca, leitor do Arrastão, comenta:
Pois mas o 31 da Armada não invadiu nem destruiu propriedade privada.
Daniel Oliveira, contornando a palavra "destruiu" responde:
Chico da Tasca, merece a propriedade pública menor respeito que a privada?
Enfim, Pavlov.

----
Actualização:

Visionamento complemenar.

Propaganda

Repare-se como o jornalismo de causas, salvador de radiosos socialismos, executa propaganda em moldes que concorrem com o que se fazia no tempo da PIDE.

No Abrupto,
Não sei se reparou na notícia principal do último Expresso. O título (em letras grandes, naturalmente) é «Marques Mendes abre guerra a Manuela». Vai-se ver qual é a notícia em questão e, ainda na capa, vem que Marques Mendes «lastima *falta de «liderança forte»*» (o que represento aqui entre asteriscos está a negrito no original). Aqui há algo que é de molde a levantar suspeitas: porque é que só «liderança forte» está entre aspas? Além disso, de que é que está a falar Marques Mendes? Se se for ver o artigo em questão, na página 6, este tem por título «Listas de Manuela incendeiam PSD», pelo que é natural que se pense que o ex-líder está a falar das listas para deputados. Mas não! Se se for ver a notícia, constata-se que o que ele disse foi «Nestas matérias de fractura, haver uma liderança forte é muito importante.» só que ele estava a falar da lei de inibição de candidaturas de cidadãos com processos judiciais. E assim se cria a impressão de que Marques Mendes estava a criticar as listas para deputados.

(José Carlos Santos)

domingo, 9 de agosto de 2009

Ventoinhas mortais

Uma das batalhas da verdelhada é a da passarada. Não há ponte ou estrada que seja construída que não provoque a ira dos verdes. Se não for pelas aves será pelos ratos, pelos sapos, etc.

Construídas as estradas ou pontes, caso da Vasco da Gama, é ver a passarada a curtir poisada nas bermas da ponte ou a voar aproveitando o efeito que ela tem sobre o vento.

Mas as abençoadas eólias estão fora dessa defesa da coisa natural. Podem dizimar a torto e a direito todo o tipo de aves que nada de mal vêm na coisa nem os "subsídios" sacados à Caixa Geral de Depósitos hão de servir alguma vez para estudar estas coisas.

Já é sabido que o único bicho que os verdes não apoiam é o bicho-homem.

Voltemos ao caso da Vasco da Gama.



Esta ponte, objecto das doutas preocupações dos eco-terroristas por causa da bicharada, foi construída imediatamente a sul do Trancão. A subida do nível das águas a montante da ponte provoca a inundação das zonas ribeirinhas não só do Tejo como do Trancão.