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domingo, 7 de março de 2010

Promessas, leva-as o vento

Parece-me que isto está relacionado com isto.
Por sua vez, cada "megawatt verde" instalado no país destrói em média 5,28 postos de trabalho, sendo que essa destruição atinge os 8,99 empregos no caso dos investimentos na indústria fotovoltaica, 4,27 na eólica e 5,05 nas mini-hídricas.
E por cá? Continuamos cantando e rindo ou já vamos desarreganhando a taxa?

52 comentários:

Eurico Moura disse...

O automóvel também mandou para o desemprego, carroceiros, correeiros, ferradores...

Sempre gostava de saber onde foi você buscar estes números...

Eduardo Freitas disse...

Caro Eurico Moura,

Vejo que tem estado atento aos (parcos) discursos de António Mendonça.

Perdoar-me-á porém se não os tiver em grande conta.

Eurico Moura disse...

António Mendonça é um economista com um invejável percurso académico. Diz coisas como "a praia de Madrid". Não o ouvi falar das energias renováveis.
Por isso...

Mas se homens como este não servem, o melhor é levar o Rato Mickey a ministro.

RioD'oiro disse...

M:

"O automóvel também mandou para o desemprego, carroceiros, correeiros, ferradores..."

Se não foi o estado a investir no automóvel, criou mais emprego do que destruiu. É o que distingue o investimento do estado do privado.

A razão é simples. Sai mais barato (a toda a gente) optar pelo carro que pelas carroças. Caso contrário ... quantas carroças tem o Eurico? Com as "renováveis" tudo fica mais caro.

Eurico Moura disse...

Rio:
Não entendo. Se for o estado a investir não são necessários trabalhadores? Olhe para a nossa função pública. No dia em que começarem a despedir...

Se juntar ao preço dos combustíveis fosseis os custos ambientais, a energia produzida fica mais cara.
O preço da energia renovável é, ainda, político. Nos USA, esses valores estão mais próximos.
Mas com certeza que você sabe isso, só que é accionista da Galp e gosta do cheirinho a gasolina.
Bons ventos! Foi com eles que Portugal deu novos mundos ao Mundo.

RioD'oiro disse...

EM:
"Se for o estado a investir não são necessários trabalhadores?"

São. De outra forma o desemprego não subia.

"Se juntar ao preço dos combustíveis fosseis os custos ambientais, a energia produzida fica mais cara."

O CO2 produzido pela queima de combustíveis reduz a fome no mundo por tornar as culturas mais produtivas.

"O preço da energia renovável é, ainda, político."

Claro, por isso é caro. De outra forma a política não era necessária para nada.

"Mas com certeza que você sabe isso, só que é accionista da Galp e gosta do cheirinho a gasolina."

Do escape, meu caro. Gasolina é stock bloqueado.

... accionista!!! :))))))

EcoTretas disse...

Esta notícia já tem um ano! http://ecotretas.blogspot.com/2009/03/negra-realidade-dos-empregos-verdes.html
Ecotretas

Eurico Moura disse...

Rio e EcoTretas:
Mais uma vez ficam de fora desta contabilidade, os custos ambientais resultantes da produção de energia com queima de combustíveis fosseis.
Quem os paga somos todos nós, mais tarde ou mais cedo. Mas claro que, para os senhores, isso é conversa fiada de ambientalistas.
É só fazer as contas, como dizia o outro...

RioD'oiro disse...

Caro Eurico,,

"Mais uma vez ficam de fora desta contabilidade, os custos ambientais resultantes da produção de energia com queima de combustíveis fosseis."

Vejamos a coisa da seguinte forma:

Se as "alternativas" não "queimam" nada, que queimam elas para conseguirem ficar mais caras que as que "queimam"?

Aquilo que elas queimam mas não "queimam" é o quê?

Fazendo as contas aos custos ambientais totais, que queimam elas para que custem os olhos da cara? Talvez o custo a eólica mais o custo da mini-hídrica que lhe serve de dispositivo de armazenamento de energia mais o custo da térmica caso o vento falhe. Ou nada disto tem custos? Apenas a queima, que gera CO2 de que tento precisamos, conta para as "contas"?

Eurico Moura disse...

Rio:
Se as "alternativas" não "queimam" nada, que queimam elas para conseguirem ficar mais caras que as que "queimam"?

Queimam a malta do petróleo!

Quanto aos custos ambientais, e já que o Rio gosta tanto de números aqui vai;
http://www.oje.pt/noticias/economia/portugal-compra-creditos-de-carbono-a-letonia-e-estabelece-parceria-economica

RioD'oiro disse...

Eurco,

"Queimam a malta do petróleo!"

Cheira-me que o Eurico está a tentar escapulir-se à coisa.

Mas eu explico.

Queima os recursos que acabam num gasto monumental em energia necessária à fabricação, instalação, manutenção e, finalmente, viabilidade por via da construção, nunca abertamente declarada, das mini-hídricas e das térmicas necessárias a que o projecto eólicas seja tecnicamente viável (economicamente não o é).

A tal coisa de se fazer as contas todas ... mas todas mesmo.

RioD'oiro disse...

... e os custos ambientais da semeia de espantalhos no alto das serras e, hoje em dia, tudo quanto tenha um 'cabeço', das mini-hídricas, etc, etc. Esses custos ambientais nunca contam porque são os "bons".

Eurico Moura disse...

Caro RioDoiro. Não estou a fugir com o rabo à seringa. Apenas está a faltar-me a pachorra para explicar o que para mim é óbvio.
Por exemplo, se eu tiver laranjas aqui no Algarve não vou ao supermercado comprar as da África do Sul, mesmo que sejam mais baratas.
Não é por nacionalismo e nem sequer por me saberem melhor, mas não me entra no bestunto que estando elas aqui a apodrecer no chão eu tenha de comer as que viajaram de avião com os custos associados, ambientais também e não só. Para ficarem mais baratas no Pingo Doce devem pagar a quem as cultiva uma caca e os trabalhadores dessas explorações (que bela palavra) devem andar ainda mais à mingua que os de cá.
Mesmo considerando que as laranjeiras tem custos ambientais, como qualquer agricultura, são nossas e ao compra-las estou a contribuir para diminuir o défice da nossa balança de pagamentos
Mas o que é que as laranjas tem a ver com o petróleo? Nada!

RioD'oiro disse...

"Para ficarem mais baratas no Pingo Doce devem pagar a quem as cultiva uma caca e os trabalhadores dessas explorações (que bela palavra) devem andar ainda mais à mingua que os de cá."

O chamado internacionalismo proletário. Exporta-se a fome para defender os nossos, e tudo isso sem ser nacionalismo bacoco e salazarista.

Vivemos pior porque os malandros dos que trabalham por tuta e meia não nos deixam viver melhor. A solução: matar à fome os malandros sabotadores que trabalham por uns trocos. Há sempre a hipótese alternativa: asfixiar o explorador matando todos os colaboracionistas.

Deixemos as laranjas e voltemos às eólicas. E então? O Eurico esqueceu-se de falar dos piramidais ideais pelos quais os impactos ambientais das eólicas são os bons e os outros o maus? Prefere maior impacto ambiental caseiro a menor impacto ambiental estrangeiro porque o seu é o dos seus?

Eurico Moura disse...

Caro Rio. Eu acho muito bem que eles exportem as laranjas para onde quiserem. Só que eu tenho laranjas a apodrecer por cá e só por uma lógica maluca, elas não chegam às grandes superfícies. Esse internacionalismo que refere, tem de se confrontar com esta lógica. Muitos países não produzem laranjas...
Se temos potencial eólico e hídrico ou solar, devemos aproveitá-lo em vez de importar combustíveis. Não o fazer, é o mesmo que você acelerar nas descidas só para gastar o seu querido petróleo, para, assim, salvar da fome os seus queridos emirados.
Tenha dó!

Quanto aos custos ambientais das eólicas, gostaria de saber quais são, no seu entendimento. Não me diga que são os danos que podem causar às aves, aos morcegos ou à beleza dos cabeços. Assim o meu amigo está mesmo à beira de tratamento. Está atacado de ecologismo...

RioD'oiro disse...

"Quanto aos custos ambientais das eólicas, gostaria de saber quais são, no seu entendimento."

Eu dou-lhe pistas. Quanto custa, ambientalmente, produzir um carro? Nada até que comece a ser atestado de combustível?

Eurico Moura disse...

Oh meu caro Rio! Você só pode estar a brincar comigo!
1 - Quanto custa construir uma central térmica?
2 - Quanto custa a extracção e transporte do combustível?
3 - Quanto custa um desastre ecológico com um petroleiro?
4 - Quanto custa construir um petroleiro?
5 - Quanto custa uma refinaria?
6 - Quanto custa um gasoduto?
7 - Quanto custa o porto de Sines e as unidades de armazenamento de combustível lá existentes?
8 - Quanto custam os direitos de emissão?
Como já disse: É só fazer as contas...
Se as fizer, pode chegar à conclusão que a energia obtida por queima fica mais cara.
Quem paga a diferença? NÓS!

RioD'oiro disse...

Caro Eurico,

Excelente listagem.

Tente agora quantificar quanto desses recursos se queimam para construir eólicas, barragens e centrais térmicas. Não esqueça os custos ambientais da implementação, no terreno, das mesmas.

Lembre-se do banzé que os "ambientalistas" fizeram por causa da passarada da ponte Vasco da Gama.

Depois tente perceber como após tudo isso se explica que a energia das eólicas, apesar de não consumir combustível, fique muito mais cara mais cara que a energia que consome combustível.

Eurico Moura disse...

RioDoiro:
Não insista. Não ficam mais caras.
Apenas é mais fácil conhecer o preço, pois ninguém quer fazer as contas.
O mesmo argumento é usado para os carros híbridos. São mais caros. Pois são. Mas há que fazer contas à economia de combustível. Repare que já nem falo do danado do CO2.

http://www.nutramed.com/environment/carsepa.htm

Lura do Grilo disse...

As energias renováveis só existem porque são financiadas com dinheiros do contribuinte. Grabriel Calzada mostrou-o num estudo que fez e até agora ninguém desmontou objectivamente.

A comercialização de emissões é um mercado da droga moderno e deve acabar.

O desvio destas verbas só retira financiamento a outras actividades económicas. Quando se compra um litro de gasolina sabemos que tem um custo real: petroleiros, destilação, transporte, etc tudo incluído coisa que não acontece com as renováveis.

Os carroceiros, correieiros, etc foram acabando pela imposição, sem financiamento público, da indústria automóvel tal como foi substituída pacificamente a máquina fotográfica analógica pela digital, os fardos de palha pela gasolina e pelo gasóleo, a tocha pelo candeeiro a petróleo e o candeeiro a petróleo pela lâmpada incandescente e provavelmente dentro de algum tempo a lâmpada incandescente pelos LEDs.
Ninguém impôs a diskette, nem o CD, nem o DVD: ganharam espaço pela sua vantagem.

As energias renováveis estão ser impostas e vão ser uma bolha como as dotcom. E se as energias forem boas pois o Eurico que invista nelas para ver aquilo que ganha com esta "indústria": eu fiz as contas e é arrepiante. Se fosse lucrativa mais pessoas investiriam e não os poucos lorpas que vejo por aí.

Uma célula fotovoltaica que entra em funcionamento já traz o déficit de 5 anos de emissões de carbono e usa imensos recursos naturais (silício, vidro, cobre e variados metais extraídos e transportados igualmente) que são uma sucata tecnológica ao fim de 20 anos (5 anos antes de ser pago o investimento).

O único investimento realmente rentável é o painel para energia térmica solar. Ao fim de 5 anos está pago e recomendo a todos.

O resto, no estado actual da tecnologia, são histórias da carochinha para enriquecer clientelas partidárias.

As novas tecnologias não se impõem pela força mas sim pelas vantagens no mercado livre.

Eurico Moura disse...


Se fosse lucrativa mais pessoas investiriam e não os poucos lorpas que vejo por aí.


Embora eu ache que o lorpa sou eu, que estou "práqui" a gastar o meu latim com grilos (Antº Vieira foi com peixes) cá vai a extensa lista de lorpas que apostam milhões nessa treta de aproveitar o vento. Disparate pegado a que só os países tansos aderem.

http://www.portal-energia.com/downloads/ParquesJun2008.pdf

Eurico Moura disse...

Mais outro lorpa: EDP

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=647915

http://aeiou.expresso.pt/edp-renovaveis-interessada-em-comprar-parques-eolicos-concorrentes-na-polonia=f541697

http://energiasalternativas.blogs.sapo.pt/1397.html

E mais uma lista de lorpas:
http://www.portal-energia.com/recrutamento-energia-eolica/

Eurico Moura disse...

Grilo... ainda está na Lura?
Veja e medite:
http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/vento-ja-produz-13-do-consumo-energetico-nacional

Com tanto lorpa à solta como é que você não está na lista da Forbes?

RioD'oiro disse...

Lura:

"O único investimento realmente rentável é o painel para energia térmica solar. Ao fim de 5 anos está pago e recomendo a todos."

Nem mais. O resto é coisa crentes da igreja do aquecimento global.

RioD'oiro disse...

Mais ainda.

A mania que o estado tem de se meter em tudo e de abandalhar o mercado com ideias luminosas desencoraja a inovação. Quem se mete a desenvolver métodos racionais consciente que o(s) estado(s) já acha(m) racional o que é irracional? Nestas circunstâncias quantos diabos se vão soltar se algum investidor puser em causa o status-quo e quanta legislação será parida para a bloquear a proliferação da coisa rentável?

RioD'oiro disse...

Eurico,

Defende que tudo quanto seja 'mundo de equipamentos, instalação, armazenamento e salvaguarda de geração de energia renovável' seja alimentado apenas a energia das eólicas?

E quanto a custos? Irá ser tendencialmente zero ou atingir a órbita de Plutão?

Eurico Moura disse...

RioDoiro:
Defende que tudo quanto seja 'mundo de equipamentos, instalação, armazenamento e salvaguarda de geração de energia renovável' seja alimentado apenas a energia das eólicas?

Claro que não. Mas não aproveitar as fontes energéticas disponíveis, principalmente sol e vento é uma estupidez atroz. Concordo que há políticas proteccionistas dispendiosas que, dentro de algum tempo deixarão de existir, mas não é só cá. Doutro modo os investidores não aderiam, mas isso faz parte da lógica capitalista que você defende. Por mim, a produção de energia estava nacionalizada.
Como já disse, não aproveitar esses recursos, é um erro estratégico e económico que se pagará caro. Já fizemos o mesmo com as pescas e a agricultura em nome da desastrosa PAC. Quantos dos desempregados de hoje, outrora trabalhadores agrícolas ou pescadores, estariam hoje activos e quando do valor dessas actividades estariam a equilibrar o nosso défice externo?
Não se trata de religião, mas de estratégia económica. Em matéria de fé vejo-o com mais crenças do que eu.
Não acelere nas descidas, que lhe sai mais caro.

Relembro um documentado texto que em tempos escrevi:
http://portudo-e-pornada.blogspot.com/2009/07/um-electrico-chamado-desejo.html

Luís Oliveira disse...

Solar Industry Learns Lessons in Spanish Sun

Lura do Grilo disse...

Caro Eurico:

Já fez as contas? Experimente, homem. Experimente!

Sabe por exemplo quantos kg de baterias deve ter na cave para uma autonomia de 7 dias a 10kWh/dia? 800Kg. Sabe quantos milhares de Euros lhe custam? Sabe que ao fim de 10 anos tem que trocar tudo.

Invista homem! Salve o Mundo.

Sites a fazer propaganda há muitos: é como os chapéus. Mas a enfiar o barrete também há alguns tansos.

O Padre António Vieira pregou aos peixes pois os homens eram duros de entendimento.

RioD'oiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RioD'oiro disse...

"Doutro modo os investidores não aderiam, mas isso faz parte da lógica capitalista que você defende."

Essa é boa! Os investidores não aderiam e fariam muito bem. Os investidores não aderem a negócios ruinosos, apenas os estados o fazem porque gostam de gastar o dinheiro alheio.

"Por mim, a produção de energia estava nacionalizada."

Claro. Seria óptimo para vender a metade do preço como vai agora a acontecer a outras coisas "nacionais" que por se terem acabado os anéis.

"Como já disse, não aproveitar esses recursos, é um erro estratégico e económico que se pagará caro."

Que se pagará? Que está a ser pago com língua de palmo e venda de bens.

"Não se trata de religião, mas de estratégia económica."

Não há estratégia nenhuma. Trata-se apenas de uma crença pela qual o simples acto de gastar "fará" com que a economia dispare ... disparou para o abismo.

"Não acelere nas descidas, que lhe sai mais caro."

Eu? desligo o motor e consigo gastar menos 2 a 4 litros (aos 100) que um híbrido. Faz algum sentido carregar baterias gastando gasolina para depois gastar das baterias?


Lura:

"10kWh/dia"

Para quem não saiba, corresponde (aprox.)a deixar ligado um aparelho que consuma 500Watt.

Um plasma consome entre 200 a 400W. Um frigorífico 100 a 250W. Um microondas 1000W. Um máquina de lavar, em aquecimento, 2000W. Um secador de roupa, 2000W (todos estes de forma intermitente, consoante os casos).

Eurico Moura disse...

Lura:
Eu vivi 6 anos num veleiro em que a fonte de energia eram dois paneis solares, duas baterias de 110Amp e um pequeno gerador que gastava 3L em 7H.
Tinha televisão, frigorífico, computador, muitos livros e um quintal do tamanho do Atlântico.
Não sei se isto lhe responde?

Há 25 anos eu trabalhava com um PC Olivetti com 20 Mb de disco e à época, uma coisa a fazer o mesmo que o PC que você usa para escrever essas pérolas, ocupava um piso da minha empresa.
Se tiver tempo espere para ver o FUTURO, aquilo que realmente se eterniza.

Eurico Moura disse...

RioDoiro:

Os investidores não aderem a negócios ruinosos, apenas os estados o fazem porque gostam de gastar o dinheiro alheio.

A maior aventura cientifica e tecnológica que o homem já, alguma vez, levou a cabo (a conquista do espaço) foi de patrocínio ESTATAL (USA e URSS) e, no caso da URSS de execução também ESTATAL.
Dispenso-me de enumerar as consequências desses projectos na civilização, pois até um aborígene conhece e usufrui de algumas.

Diga-me, ASAP, que rejeita os benefícios de tão ruinoso e dispendioso projecto e eu calar-me-ei para sempre, nesta matéria.

RioD'oiro disse...

Eurico,

"3L em 7H."

3 euros em 7 horas, aprox 50 cent por hora. O suficiente para gerar, a preços EDP, durante 7 horas ao ritmo de 5Kw (quer dizer 5KW/Hora mantidos durante 7 horas).

É capaz de ter a gentileza de referir a energia que o gerador, efectivamente gerava?

As baterias de 110A, presumivelmente de 12V, geravam um conjunto de 2,64KW/H, o que, durante 7 horas, significaria poder manter apenas cargas de 370W, o é suficiente para um frigorífico.

Presumo que o Eurico continue a lavar a roupa à mão, a não usar aquecimento nem ar-condicionado, etc, porque a esse 'excepcional' consumo do gerador, mantido 24 horas durante 1 mês, gastaria, para manter o frigorífico (ritmo de descarga de baterias), 30 Euros só para o frigorífico. Em minha casa gasto 20 por mês com máquina de lavar, de secar, micro-ondas, calorífero de 1400W que de noite me aquece o quarto, sem ar condicionado e sem TV de plasma.

Já vi que o Eurico e os negócios andam de mão dada. Claro, pode sempre dizer que negócios é coisa para capitalistas, o que explica a mania que tem de querer que o estado desbarate o dinheiro dos outros.

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Dispenso-me de enumerar as consequências desses projectos na civilização, pois até um aborígene conhece e usufrui de algumas."

Até aí se engana.

A NASA é subsidiada mas esfarrapa tudo e todos para conseguir os melhores preços para o que compra num país onde a concorrência no sector aeronáutico é a maior que pode encontrar.

A diferença é a seguinte: a NASA está entalada entre o estado e as empresas a quem compra. Em Portugal o estado adjudica directamente a empresas "seleccionadas". Em Portugal, para não dar demasiado nas vistas, fazem-se e desfazem-se fundações, agências, altas autoridades, etc, à justa medida dos "projectos" estatais. Depois parece que há problemas com a corrupção. ... mas há que continuara gastar para "dinamizar" a economia.

Quanto às consequências presumivelmente positivas da coisa espacial, talvez o Eurico deva repensar a coisa porque o profeta dos profetas da "Europa moderna" (velha europa na linguagem da cimeira das Lages, de Busssh, Asnar, Blair e do - pelas palavras do candidato da cidadania - invertebrado Barroso), buraco Obama acaba de dar uma machadada ao orçamento da NASA.

Claro que pode sempre dizer que a NASA se preparava para gastar com tecnologia de suporte à vida de humanos na Lua, coisa bushista, porque qualquer visionário pós moderno percebe que o humano e dispensável. O futuro é dos robots, andróides, seres de células humanas sintéticas até talvez.

Eurico Moura disse...

RioDoiro:
Contas mal feitas! Você está a ver um frigorífico de 250L. A bordo existe uma coisa bem mais pequena e com uma tecnologia que permite muito mais eficiência. Lavar roupa é para as lavandarias. Secar roupa, seca-se ao sol. Sol, aquela fonte inesgotável de energia. Navegar é com vento, com a esporádica ajuda, confesso, de um motor diesel. Aquecimento só durante a noite usando uma companhia bem quentinha. Arrefecimento, no mar dispensa-se. Ar condicionado pela brisa.
O gerador (1000W) só se liga ao serão para ver tv, computar e ajudar as baterias.
Um gerador eólico podia ajudar mas é muito ruidoso durante a noite.
Sai mais caro? Pois sai porque o preço que você paga não inclui custos ambientais. Como parte dos seus impostos vão para subsidiar a energia, você paga mas não sabe. Ou melhor, você sabe, mas não quer pagar. Pago eu que não consumo EDP quando estou a bordo.
It's a injustice, it is!

Mas este tipo de abordagem energética pode e deve ser aplicado a uma casa. Tive um projecto de construção de uma casa em que a EDP não entrava. Usava o sol e e o vento como fontes de energia e só recorria a um gerador para usos pontuais: máquina de lavar e outros consumos de curta duração mas de elevada carga. Apostava, fortemente, na eficiência energética.

Quanto à NASA (o meu amigo nem quer falar da URSS, credo!) não entendi a sua argumentação. Você passa do geral ao particular, usando o paupérrimo exemplo português, que cheira a podre à distancia, para condenar uma filosofia económica que tantos benefícios trouxe a todo o mundo.
Só com a iniciativa privada a humanidade ainda estaria na idade da pedra. Veja a história. Acha que os descobrimentos portugueses se teriam realizado sem a vontade do estado? Claro que se apoiaram nos interesses privados mas teve de haver vontade e apoio do reino.
Cito este exemplo, mas estaria aqui todo o dia a citar mais. Sem grandes homens de estado nada se teria feito.

Quanto ao BUSH e a LUA...parece que o tipo andava sempre lá...
O espantoso é que quando foi o BUSH a gastar a massa dos camones para esses e outros gastos, você gostou.

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Contas mal feitas! Você está a ver um frigorífico de 250L. A bordo existe uma coisa bem mais pequena e com uma tecnologia que permite muito mais eficiência."

Ainda por cima! Afinal nem é bem um frigorífico. Mais eficiente? Pequeno e mais eficiente? Explique lá que eu gosto de perceber essas coisas.

"Pois sai porque o preço que você paga não inclui custos ambientais."

E o seu, o tal muito eficiente, inclui os custos ambientais. Deixe-me adivinhar. O gerador consome agua-benta.

"Como parte dos seus impostos vão para subsidiar a energia, você paga mas não sabe."

Eu sei. Mas não é para subsidiar o petróleo. É dos impostos sobre o petróleo que o estado financia a hecatombe que depois terei que pagar a dobrar, triplicar, quadruplicar, na conta de electricidade.

"Pago eu que não consumo EDP quando estou a bordo.
It's a injustice, it is!"

Já percebi. Você consome gasóleo de pescas, subsidiado. Ou gasóleo agrícola subsidiado.

"Só com a iniciativa privada a humanidade ainda estaria na idade da pedra. "

Eurico. Acorde. Por regra é a iniciativa privada que gera progresso e o estado (quando pensa ser mais competente) que o destrói. Onde a iniciativa privada é posta em causa estabelece-se a hecatombe, o genocídio, a fome.

Há casos onde excepcionalmente o estado pode dinamizar, mas são excepções necessariamente curtas, no tempo. A pesquisa espacial é uma excepção à excepção mas até aí o Eurico pode comparar. Na União Soviética não se aguentou face aos Estados Unidos. Nos EU a iniciativa estatal ficava pela iniciativa e pelo pagamento. Na URSS tudo era estatal.

Eurico Moura disse...

Rio:
E o seu, o tal muito eficiente, inclui os custos ambientais. Deixe-me adivinhar. O gerador consome agua-benta.

Claro que pago custos ambientais. No pesado imposto sobre combustíveis.

Eu sei. Mas não é para subsidiar o petróleo. É dos impostos sobre o petróleo que o estado financia a hecatombe que depois terei que pagar a dobrar, triplicar, quadruplicar, na conta de electricidade.

Mal, again.

Na conta da EDP paga menos porque não inclui custos ambientais. Esses são pagos nos impostos, como no caso dos combustíveis.
Não posso usar gasóleo das pescas. E dizer que é subsidiado é errado. Paga é menos imposto.

Você é um homem de ciência e proponho-lhe um exercício.

Se tiver um gerador com um motor de explosão (qq combustível) a energia sai-lhe mais cara que a da rede. Isto apesar de não ter perdas de transporte, de transformação, não ter encargos de REN, EDP, etc. etc.
Imagine agora que a energia da rede era apenas proveniente de centrais térmicas. Ou seja, produzida por geradores iguais ao seu, apenas muito maiores.
É como estar a tirar água dum poço em vez da torneira.
Como explica essa diferença de preço?

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Na conta da EDP paga menos porque não inclui custos ambientais. Esses são pagos nos impostos, como no caso dos combustíveis. "

Já me esquecia. Os custos ambientais estão todos nas eólicas, daí saírem tão caro.

"Não posso usar gasóleo das pescas. E dizer que é subsidiado é errado. Paga é menos imposto."

Sócrates diz o mesmo em relação às deduções fiscais. Os impostos não aumentam.

"Como explica essa diferença de preço? "

Na escala. Por isso lhe perguntei que frigorífico pequeno especial era o seu.

Meu caro, já andei e ainda ando pelas 'energias' não convencionais (como prefiro chamar-lhes). Sei bem da dificuldade em construir sistemas pequenos e rentáveis. Coisa que funcione, por exemplo, por 20 aos sem dar problemas. Mesmo tentando tirar partido da ausência de custos de distribuição não é pêra doce. Mas há mais. No dia em que isso for possível (e eu ainda não perdi a esperança de conseguir), não se podendo prescindir da EDP (no mínimo extremamente difícil), o custo da "disponibililização" da energia irá subir. Ou você acha que a EDP espalha transformadores para que não sejam pagos?

É tudo muito giro, muito pós moderno, mas a física básica é madrasta. A electrónica resolve muita coisa a baixo custo. Mas a mecânica barata, segura, fiável, fácil de instalar e de manter é o diabo.

E quanto ao problema do vandalismo? Você sabe que quando os instaladores de eólicas instalam os cabos têm que deixar, de um dia para o outro, as bobinas enterradas a mais de 5 metros com o bulldozer em cima para evitar que elas sejam roubadas?

O aquecimento de águas é rentável se não muito complicado. O resto está para lá do horizonte.

Eurico Moura disse...

Não Rio. Não é um problema só de escala. As centrais térmicas queimam combustível muito mais barato do que aquele a que temos acesso. Carvão, fuel-oil ou gás. Com as modernas centrais de ciclo combinado a gás o consumo é mais reduzido ainda.
Se puser um gerador a funcionar a biodiesel com recuperação de óleo de fritar, fica quase de borla e é um cheirinho a batata frita que é um consolo. :o)

Quanto aos roubos de metais, principalmente o cobre, nem me diga nada. Quando tinha reparações nos geradores tinha que pôr tudo o que era material, em cima da placa de cobertura das instalações.
Desapareceram peças de tonelada.
Mas esse mal também a REN tem, e muito.

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Não Rio. Não é um problema só de escala."

Mas é o maior, claramente (para além de problemas políticos).

Imagine que eu consigo uma configuração qualquer que consegue, a 5 anos, pagar-se face aos custos EDP.

A meu favor tenho a inflação que as eólicas provocam nas tarifas EDP.

Contra mim tenho a EDP e o Estado inteiro, todas as empresas que estão penduradas nos subsídios estatais e suas ramificações, os ambientalistas que vivem à custa dos "financiamentos para projectos" da CGD e, finalmente, se eu insistir, são-me atiçados os mastins das DGCI e, mesmo que nada encontrem para me catrafilar, surgirá legislação "apropriada" para declarar que o meu sistema só poderá ser comercializado se aprovado por uma "comissão de sábios" que nunca será formada.

Soluções? Desenvolver a coisa e migrar para uma economia emergente que importe tecnologia da Alemanha ou vender a ideia. Nesse hipotético país poderei vender para Portugal porque o estado não se atreve a bloquear a importação de tralha desse país ou levará com os alemães.

Eurico Moura disse...

Rio:
Nada o impedirá de usar o sistema de geração que quiser, para abastecer a sua casa ou a sua empresa, desde que seja térmico, solar ou eólico. Só os sistemas mini hídricos tem constrangimentos da autoridade que rege esses recursos.

Eurico Moura disse...

Nem de propósito:
http://portudo-e-pornada.blogspot.com/2010/03/combustivel-agua.html

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Nada o impedirá de usar o sistema de geração que quiser, para abastecer a sua casa ou a sua empresa,"

Tudo me poderá impedir se o quiser comprar.

Se eu o fabricar e o quiser distribuir terei que passar pelo crivo de um batatal de legislação existente alguma da qual é feita à medida para proteger os boys.

Por exemplo, se você for detentor de uma empresa de distribuição de TV por cabo, sabe que tem que obter licença (nem que seja por passividade) do estado para, caso a caso, injectar um canal de TV nesse cabo? Não estou a falar de pornografia, terrorismo, etc.

Se o Eurico resolver montar uma estação de TV de emissão por cabo dedicada ás 'donas de casa' e quiser pagar uma 'fatia' de cabo uma distribuidora de TV por cabo, o Eurico sabe que o estado tem que debitar a sua bosta sobre o assunto? E não estou a falar na hipotética presença do estado no conselho de administração. Há legislação (que pode ou não ser desenterrada) feita à medida para o estado tenha uma palavra a dizer e essa palavra, devidamente tijoladinha, pode conduzir a que você nem um fotograma consiga despachar para o tal cabo.

RioD'oiro disse...

""Nada o impedirá de usar o sistema de geração que quiser, para abastecer a sua casa ou a sua empresa,"

O primeiro passo da via-sacra é o das "homologações".

Mesmo que você o construa, se um vizinho resolver dizer que você tem ali uma coisa perigosa, o Eurico está feito. Nunca mais dali sairá. Descobrir-se-há que não há regulamentação que permita a existência de uma coisa daquelas (contrariamente à habitual jurisprudência que permite tudo o que não está regulado) e o Eurico está feito. Aparece-lhe a GNR ou a Polícia, sela-lhe a coisa para averiguação e o processo ficará a apodrecer na gaveta.

Coisas da "Europa" em geral neo-sicoalista e no nosso neo-e-exactamente-socialista governo.

Imagine o armagedão de Carmo e Trindade que se daria no mundo do politicamente correcto europeu (esquerdalha em particular) se um congressista Norte-Americano fosse multado por ter declarado que o seu presidente tem o carisma de uma esfregona. Lembre-se daquilo que na Europa os "nossos" parlamentares disseram de Bush. Isto dá a medida do nível de cretinisse em que estamos mergulhados.

Eurico Moura disse...

Rio: Eu não estava a falar em inventar nada. Referia-me ao equipamento que há no mercado. Os geradores a diesel podem perfeitamente trabalhar a biodiesel caseiro que ninguém me chateia. Também existem no mercado unidades de geração que usa a biomassa. Se tiver uma exploração pecuária pode tirar partido dessa fonte mal cheirosa de energia.

Quanto às questiúnculas do parlamento inglês não são nada comparadas com as de Taiwan.
http://www.youtube.com/watch?v=ht9WEpdi5JY

RioD'oiro disse...

Eurico:

"Os geradores a diesel podem perfeitamente trabalhar a biodiesel caseiro que ninguém me chateia."

Que a DGCI não saiba.

Não conhece a história do biodiesel da Câmara da Ericeira?

http://www.publico.pt/Sociedade/ericeira-multada-pelo-estado-por-utilizar-oleos-reciclados-em-carros-do-lixo_1327056

Nem dá para acreditar.

Eurico Moura disse...

Rio:
Conheço bem o caso mas aí trata-se de veículos automóveis que são objecto de furiosas acções da GNR.
Em casa é outra história.

RioD'oiro disse...

Eurico,

"Em casa é outra história."

Acha que sim?

Suponha que você tem um gerador diesel e lhe coloca o chocolate das batatas fritas. Suponha que um vizinho (uma denúncia) telefona à GNR e lhe diz que você está a gerar energia à revelia ... da mesma coisa que catrafilou a C. M. Ericeira.

Acha que se safa?

Eu acho que não. Safar-se-á sempre se ninguém souber, evidentemente. Mas tem a certeza que é legal?

Lura do Grilo disse...

"Há 25 anos eu trabalhava com um PC Olivetti com 20 Mb de disco e à época, uma coisa a fazer o mesmo que o PC que você usa para escrever essas pérolas, ocupava um piso da minha empresa."

Caro Eurico: você era um homem abastado. Na altura eu andava à boleia e a pé para tirar o meu curso e tinha um ZX-Spectrum. Quanto às pérolas meu caro elas vêem todas de si. Suponho que essa ciência palustre que aqui debita está afectada de alucinações ou miragens de alto-mar.Mas não quero que morra na ignorância:

Em vez de visitar sites do Professor Karamba, e caso fale um bocadinho de francês, use este site para fazer as contas de um investimento solar que você afinal não quer fazer. Ah .. não ponha a subvenção a 100%: experimente 0% ou 10% ou 20% ou até 40% e não ponha 0.6Euro por kWh mas apenas 0.12Euro. Pode melhorar tudo se carregar o parque solar às costas ou no barquito e correr para ocidente a 28Km/minuto.

http://ines.solaire.free.fr/pvreseau_1.php

ou use este para confirmar

http://www.pvsyst.com/5.0/purchase.php

Ou faça você mesmo como eu fiz para ter a certeza.


Arrisque! Invista!

Abraço

Eurico Moura disse...

Lura:

Agradeço a informação que me enviou.
Sei que os painéis solares são caros.
O seu preço desceu para metade em 10 anos. Se a procura continuar a aumentar...
Como o software não permite entrar com a variável preço...
Também tenho em conta que há noite não funciona. Sempre se considerou uma fonte de energia alternativa e complementar.
Dou-lhe o mesmo palpite que dei ao Rio: não acelere nas descidas. Aproveite a força da gravidade.

Eurico Moura disse...

RioDoiro:
Acha que se safa?
Sinceramente, acho...
Se é ilegal é uma discussão para advogados:http://www.novaenergia.net/forum/viewtopic.php?f=30&t=3962&p=66019