Teste

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nem mesmo depois de mortos...


... os mártires escapam às perseguições, à difamação e à calúnia...

66 comentários:

Anónimo disse...

É muito fácil confirmar se realmente Saramago tinha ou não o domicilio fiscal nos anos em que lhe são exigidos os impostos em Portugal e se tinha sido tributado cá. Se tal é correcto, e se o fez correctamente não pode haver dupla tributação, mesmo que isso desse jeito aos espanhóis devido a crise. Até se dispor desta informação só levianos podem atacar quem quer que seja.

Anónimo disse...

Vocês são tão baixiiiiiiiiiiiiiiiiinhos...
Mas não me admira nada que ao espelho se vejam como uma outra coisa qualquer.

http://phys-merger.physik.unibas.ch/~cyrill/fun/man_mirror.jpg

José Gonsalo disse...

Mais baixinhos, intelectual e moralmente, do que alguém que escreveu aquele "Caim" ridículo, ninguém o é, certamente, neste blog.
Muito menos caímos na indignidade farsante de pedirmos posteriormente desculpa pelo "excesso" de chamarmos o que, livremente e em consciência, achamos que devemos chamar, seja a Deus ou a deuses, anónimos ou outros de semelhante jaez.

Anónimo disse...

E na vossa baixeza, consideraram-se o quê? A Ira de Deus que se abate sobre os hereges?

Em vosso benefício, levemos tudo tudo à conta do ridículo pomposo.

Anónimo disse...

*consideram-se

RioD'oiro disse...

Não me digam que o dito ainda irá parar aquele maravilhoso cartaz do BE que está por aí espalhado e que diz qualquer coisa como "chegou a hora de devolverem".

Anónimo disse...

Afinal tanta massa que podia ajudar a classe explorada, os operários, os camponeses e as gloriosas forças progressistas ficou acumulada nas contas de Saramago.

Falta de respeito pela malta que trabalha e que foi explorada ao comprar os livros por preços pornográficos, contribuindo para lucros absurdos de uma classe dirigente prenhe de privilégios absurdos e que serve despudoradamente o grande capital.

Os ricos que paguem a crise!

José Gonsalo disse...

"E na vossa baixeza, consideraram-se o quê?"

Certamente que seremos vistos por V. Alteza tal como V. Alteza alcança ver-nos. A nossa perspectiva, por isso, só a nós mesmos poderá dizer alguma coisa.

Anónimo disse...

Estes escrivaezinhos não passam de uns idiotas, se não fosse assim, perante noticias tais, procuravam informar-se se de facto houve evasão fiscal e se foi cometido esse crime, se nos anos x a y saramago não declarou os seus rendimentos aqui ou em espanha, onde tinha o seu domicilio fiscal, o seu centro de rendimentos e lucros e se tal estava declarado. Mas os idiotas contam contos do capuchinho vermelho não contam nada disto de factos, porque os idiodtas querem falar de caim, mas como não tem tema pegam nos impostos, só mesmo de idiotas.

o holandês voador disse...

Para quem não sabe:
Não existe dupla tributação fiscal no espaço europeu. Os cidadãos europeus pagam impostos num só país. Tanto quanto se sabe, Saramago tinha o seu domicílio fiscal em Portugal. Se devia alguma coisa em Espanha, isso quer dizer que nesses anos (1997-2000) não pagou impostos em Portugal. É fácil de saber.
As pessoas que andam agora tão preocupadas com os impostos espanhóis nunca se preocuparam com o dinheiro que Saramago deu a ganhar à editora, às livrarias e, indirectamente, ao estado português (através dos impostos que pagou em Portugal). É fazer as contas...

RioD'oiro disse...

Este posto teve um efeito espectacular. Fez com que esquerdalhos passassem a defender o contribuinte.

Anónimo disse...

o homemzinho é que os esquerdalhos não praticam a evasão fiscal, isso é mais filosofia da vossa labia

Carmo da Rosa disse...

@ RioD’oiro: ...esquerdalhos passassem a defender o contribuinte.”

Parece-me que o ‘esquerdalho’ neste caso tem lógica naquilo que diz e merecia outro tipo de resposta – penso eu de que!

Anónimo disse...

Não penses que te cansas.

Anónimo disse...

"Certamente que seremos vistos por V. Alteza tal como V. Alteza alcança ver-nos."

Nem tenha a menor dúvida, ao pé de vocês qualquer ser humano é um gigante. Se não nos acautelamos pisamo-vos sem querer, mal se distinguem do solo.


"e merecia outro tipo de resposta – penso eu de que!"

Não se mace. Quanto mais acossados mais enquistados.

RioD'oiro disse...

"o homemzinho é que os esquerdalhos não praticam a evasão fiscal"

Quando não podem. Em público, nunca.

RioD'oiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RioD'oiro disse...

CdR:

"merecia outro tipo de resposta – penso eu de que!"

Talvez, mas a resposta é minha.

José Gonsalo disse...

Holandês Voador:

"Para quem não sabe:
Não existe dupla tributação fiscal no espaço europeu. Os cidadãos europeus pagam impostos num só país."

Sei.

"As pessoas que andam agora tão preocupadas com os impostos espanhóis nunca se preocuparam com o dinheiro que Saramago deu a ganhar à editora, às livrarias e, indirectamente, ao estado português (através dos impostos que pagou em Portugal)."

Chama-se a isso confundir alhos com bugalhos. Uma coisa é a relação entre autor e editor, bem como o estatuto de propriedade intelectual. E aí, está TUDO mal neste país. Saramago terá tido tantas razões de queixa como qualquer outro que pretenda publicar o seu trabalho, em Portugal.
Outra coisa, é o que se passa em volta dos autores "publicáveis e promovíveis". Voltarei a este assunto, quando tiver tempo para tal (não terminei ainda o que tenho a dizer).
Outra ainda é, finalmente, a relação entre o escritor, enquanto cidadão trabalhador e contribuinte, a sociedade e o Estado. São planos que, embora interligados, são bem distintos. E é deste último que se trata, tanto mais que se encontra em aberto a questão da coerência, quer teórica quer prática e da legitimidade da proclamação de determinados princípios éticos.
Lembra-me, a propósito, aliás, uma frase de Dali, que li no seu Diário de um Génio, a propósito de Picasso, que ele tanto enaltecia: "Picasso e eu temos duas coisas em comum: ele é um génio e eu também; ele é comunista e eu também não." (Picasso, como sabe, era militante do PC francês e vivia num castelo, que comprara).
Penso ter deixado claro as razões por que me parece, portanto, que o seu comentário não se aplica ao que está em causa.

o holandês voador disse...

Gonsalo,
Não há confusão nenhuma. O escritor Saramago era, tanto quanto pude perceber, um cidadão português que pagava os seus impostos em Portugal. Foi ele que o afirmou e nunca foi desmentido. Se o estado espanhol exige agora impostos retroactivos, isso só pode significar uma das duas coisas: ou ele não pagou impostos em Portugal nos anos referidos, ou trata-se de outra matéria colectável. Qual é a confusão? E o que é que isso interessa?

Anónimo disse...

O que é que isso interessa? Interessa que para certas criaturas insinuam que ele praticou evasão fiscal,mas não provam nada, aproveitam-se de uma confusão que surgiu entre domicilio e fonte ou declaração dos rendimentos. Se analisassem a fundo a noticia, e se tivessem dado ao trabalho de pensar um bocado, perceberiam o ridiculo do seus comentarios e do seu post. O saramago era portugues, a sentença do tribunal espanhol baseava-se em que ele vivia em espanha e não podia provar que residia em portugal, acontece que podemos ter critérios para superar este problema. O domicilio fiscal ou aquele onde os rendimentos são gerados e declarados, suponho que seriam gerados através da sua editora que era em portugal, e onde ele os declarava. Se isso é correcto não ha qualquer evasão fiscal. Provem-no ou então deixem-se de historinhas do capuchinho vermelho.

Anónimo disse...

"Quando não podem. Em público, nunca."

Nem todos tem a sua ética e moral, felizmente.Mas é bom saber qual é a sua.

Anónimo disse...

"ética"

Ética? Neste blog? E desde quando um poço de bílis têm ética?

Anónimo disse...

O que ele quer dizer com "em publico", é que desde que ninguém veja vale tudo, é a filosofia deles. Coitados, tomam os outros pelos seus valores.

Carmo da Rosa disse...

@ RioD'oiro: Talvez, mas a resposta é minha.

Eu sei, está lá escrito RioD’oiro. Mas a resposta podia ter sido melhor! O comentarista Holandês Voador não insultou ninguém, a argumentação é lógica, compreensível, e ainda por cima está bem escrita… Por isso não vejo razão aparente para não responder aos seus argumentos…

Paulo Porto disse...

@HV
"O escritor Saramago era, tanto quanto pude perceber, um cidadão português que pagava os seus impostos em Portugal. Foi ele que o afirmou e nunca foi desmentido. Se o estado espanhol exige agora impostos retroactivos, isso só pode significar uma das duas coisas: ou ele não pagou impostos em Portugal nos anos referidos, ou trata-se de outra matéria colectável."

Pode qerer dizer outra coisa. Pode qerer dizer que pela lei espanhola quem tem residencia e atividade profissional em Espanha deve pagar impostos em Espanha; para evitar a dupla tributação o interessado teria qe declarar em Portugal qe era tributado em Espanha.

Paulo Porto disse...

@ anonimo
"o homemzinho é que os esquerdalhos não praticam a evasão fiscal, isso é mais filosofia da vossa labia"

Claro. E outras na mesma linha de racionício:
- as noivas vestidas de branco são todas virgens;
- os padres nunca têm sexo.

José Gonsalo disse...

Holandês Voador:
Não pretendo alargar-me sobre o assunto. Mas o que eu acho inconsequente e até mesmo condenável, quanto a este assunto, na posição de José Saramago, tem a ver com o facto de ele ter elogiado, frequente e publicamente, o país em que se auto-exilou voluntariamente, o mesmo país que o acolheu de forma exemplar e a quem ele, portanto, tanto ficou a dever, recusando-se todavia a contribuir, através do pagamento de impostos em Espanha, a contribuir para o bem-estar do povo que o acarinhou. O que, aliás, condiz, a meu ver, com a personagem.
Os aspectos legais do assunto são, para mim, secundários.
Espero tê-lo esclarecido desta vez, bem como à imbecil brigada do fel que por aqui continua a esvoaçar.

Anónimo disse...

Em resumo: o capital é porreiro quando está nas mãos da esquerdalha mas quando está nas mãos de um empresário que cria uma empresa, arrisca o seu capital e cria emprego já é mau.

Imagine-se a fortuna colossal que Saramago deverá ter e nós, Portugueses de salário quase mínimo, ainda lhe pagamos uma fundação.

Consta ainda que pagava salário mínimo à empregada.

Duas coisas metem-me medo: um advogado ladrão e um comunista patrão.

RioD'oiro disse...

Caro CdR,

Esta foi a minha segunda intervenção (a primeira ainda é mais remota em relação este assunto) neste artigo antes do CdR me invectivar sobre os respectivos interstícios:

"Este posto teve um efeito espectacular. Fez com que esquerdalhos passassem a defender o contribuinte. "

Onde vê o caro CrD que ela se dirija a quem quer que seja em particular?

Entretanto, declarando o caro CdR que:

"O comentarista Holandês Voador não insultou ninguém,"

Quem coloca o HV ma mira da minha observação é o caro CdR, não eu. Se o CdR acha que ao HV fica bem a carimbadela de esquerdalho é consigo. O caro CdR poderia (ou não) ter melhor opinião sobre ele, mas a opinião é sua e não tenho por hábito pronunciar-me em público sobre assuntos caseiros.

RioD'oiro disse...

Neste assunto (post) há coisas curiosas.

Será possível que um cidadão "europeu" escolha, por livre iniciativa, o país pelo qual paga impostos directamente ao fisco?

Será possível que um cidadão "europeu" escolha, por livre iniciativa, o regime fiscal a aplicar aos produtos aos quais são aplicados impostos?

Será possível que um cidadão "europeu" escolha, por livre iniciativa, o regime (país) de impostos a aplicar aos produtos vendidos por si?

Caso a Espanha venha a apertar com os herdeiros Saramago obrigando-os a pagar impostos irá o estado português devolver os impostos recebidos?

RioD'oiro disse...

HV:

"As pessoas que andam agora tão preocupadas com os impostos espanhóis nunca se preocuparam com o dinheiro que Saramago deu a ganhar à editora, às livrarias e, indirectamente, ao estado português (através dos impostos que pagou em Portugal)."

Através dos impostos que pagou (ele, Saramago) em Portugal ou através dos impostos que elas (livrarias) pagaram em Portugal?

Em Portugal há uns malandrecos (assim coisa de somenos importância) que reclamam que se paguem aqui os impostos dos rendimentos que portugueses aqui residentes auferem no estrangeiro.

Anónimo disse...

Será possível que um cidadão "europeu" escolha, por livre iniciativa, o regime (país) de impostos a aplicar aos produtos vendidos por si?

Pois ...se calhar não.

Poderei eu comprar um carro no país da UE que o vende mais barato? Se calhar também não.

Anónimo disse...

Ei gentinha que coisa esquisita isto do Saramago, parece que de repente Portugal e Espanha ambos se arrogam ao direito tributário sobre o cidadão José Saramago que pagou os impostos devidos, embora haja gentinha que quer alertar logo para o espírito da evasão fiscal ou que os portugueses pagam o funcionamento da sua fundação,ou que o homem devia pagar os impostos ao pais que o acolheu tão bem, mas que bonito, mas que moralidade, mas que lições, coisas que vão nas suas cabeças ocas. Ora bem, ou o Estado Português recebeu o que não tinha direito ou o Espanhol exige o que não tem direito, por isso é que existem as convenções a impedir a dupla tributação e proceder ao desempate. Em tempos era critério de conexão básico para pagamento de impostos a territorialidade, depois devido a facilidade de deslocação e mudanças passou-se a residência fiscal, acontece que que quem fixa a residência fiscal são as leis internas de cada estado por isso um individuo pode ser considerado cidadão fiscal em mais que um estado, e para evitar a dupla tributação existem convenções. A coisa é simples e por isso os inspectores do fisco espanhol vieram há uns anos analisar as contas do escritor. Mas houvesse políticos tão honestos e escrupulosos assim.

Leiam mais.

(“O Prémio Nobel da Literatura quer continuar a pagar impostos em Portugal. Segundo fonte próxima de José Saramago, o Fisco espanhol tem pressionado o escritor de modo a que ele mude o seu domicílio fiscal para o outro lado da fronteira e assim poder arrecadar o tributo que recai sobre os direitos de autor.


O escritor já enviou para a Administração Fiscal espanhola uma certidão passada pelas Finanças portuguesas onde se comprova que o Nobel é tributado em Portugal, uma situação que acontece há mais de 20 anos. Apesar de residir na ilha espanhola de Lanzarote, José Saramago sempre teve o seu domicílio fiscal em território português, pagando os seus impostos no 4.º Bairro Fiscal de Lisboa, conforme consta na última declaração fiscal de José Saramago e Maria del Rio Sanchez. O Nobel da Literatura paga a taxa máxima de IRS aplicada aos contribuintes particulares: são 40 por cento como esta no documento sobre o total dos rendimentos auferidos, a esmagadora maioria dos quais são provenientes de direitos de autor.

A aplicação da taxa máxima à totalidade dos rendimentos impede que o Nobel da Literatura goze de qualquer benefício fiscal. Aqueles proventos sempre foram pagos através da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). No entanto, e em virtude da polémica que rodeou as eleições para a nova direcção da SPA, o escritor desvinculou-se de sócio, sendo agora a Editorial Caminho a pagar directamente. Ainda em relação à situação fiscal de José Saramago, o escritor recebeu, no passado dia 17 de Junho, um cheque, assinado pelo director-geral dos Impostos, Armindo de Sousa Ribeiro, correspondente à devolução do imposto pago a mais no ano de 2002. Entretanto, o escritor já foi notificado pelas Finanças para realizar um primeiro pagamento por conta em relação ao IRS de 2004. Esta prestação, que corresponde a uma antecipação do imposto a pagar por conta dos rendimentos auferidos este ano, tinha como data-limite de pagamento o dia 8 de Outubro, tendo sido liquidada pelo escritor no passado dia 16 de Setembro. Segundo fontes próximas do escritor, o Prémio Nobel "não tinha, até há pouco tempo, contabilista", uma vez que todas as transacções eram realizadas através da Sociedade Portuguesa de Autores. Não se conhecem investimentos imobiliários ou outras aplicações do escritor, pelo que o seu rendimento advém, maioritariamente, dos direitos de autor que lhe são pagos pela Editorial Caminho”)

o holandês voador disse...

Gonsalo,
O Saramago nunca renunciou à sua nacionalidade e, em concordância, manteve-se sempre ligado a Portugal. Também através do pagamento de impostos, que era feito através da SPA (ver comentário do anónimo das 09.45). Com o que ele (Saramago) não concordava, era com o governo que o censurou e, por isso, se auto-exilou. Da mesma forma que eu me exilei na Holanda por não concordar com o governo fascista de Salazar, ainda que não tenha deixado de ser português por causa disso. Qual é a contradição?

RdO;
Os cidadãos europeus podem viver num país e exercerem a sua actividade profissional noutro. É aí que devem pagar impostos. Só têm de informar os respectivos serviços que, de resto, podem cruzar os dados fornecidos e controlarem as informações. Não há contradição nenhuma nisso.
Do que li, Saramago sempre quis pagar os seus impostos em Portugal e estava no seu direito. É assim tão difícil de perceber?
Porque é que não dizem expressamente que não gostam de Saramago e tudo aproveitam para o denegrir? Ao menos, assumam-se.

José Gonsalo disse...

"ou que o homem devia pagar os impostos ao pais que o acolheu tão bem, mas que bonito, mas que moralidade, mas que lições, coisas que vão nas suas cabeças ocas"

Meu caro, o perigo maior nem é ter a cabeça oca, é ter a cabeça cheia, porque deixa de haver espaço para as ideias se mexerem e, assim, entrarem em contacto umas com as outras. Ou, naturalmente, para receber ideias novas - que o mundo e a existência não param, estão nesse constante "mudar-se cada dia" do Camões.
Uma ideia, além disso, só poderá saber se combina com as restantes ou até se alguma (como as notas)é falsa, se entrar em contacto com elas. E o que não mexe, estagna e acaba mesmo por decompor-se.
Ná, amigo, eu prefiro mesmo ter uma cabeça algo oca. O que é que quer, sinto-me mais eu...!

Anónimo disse...

A cabeça oca deu-se ao trabalho de não dizer nada, sobre alguém que demonstra mais patriotismo do que muitos que se dizem patriotas mas tem as contas forradas noutras paragens e estão a contas com a justiça, mas devia pagar aos espanhois porque não? Temos Ca os zeladores dos interesses dos espanhóis agora em nova versão

José Gonsalo disse...

Holandês Voador:
O meu amigo, que se auto-exilou, paga os impostos que são devidos ao funcionamento do Estado em que a sua existência passou a decorrer. Parece-me ser correcto, do ponto de vista ético, que contribua, através deles e não só,para o bom funcionamento da comunidade que o acolheu para o proteger do estado de coisas e do perigo a que quis fugir. Parece-me ser correcto que contribua para a manutenção da democracia holandesa, que elevou a sua condição e o seu estatuto de cidadão, e não para o Portugal de Salazar e Caetano - e de Sócrates e afins - que o degradam e aviltam. Não o fazer significaria, a meu ver, que o HV não mereceria que o tivessem ajudado. Se alguém me acolhesse em sua casa por eu haver sido expulso da minha por um qualquer energúmeno, não tenho dúvida de que acharia meu dever contribuir para o bom funcionamento da minha nova casa, e de não contribuir para a permanência de quem usurpou a minha.
Saramago auto-exilou-se por, achou ele, ser perseguido por um poder ditatorial de outro tipo, talvez, até, de um tipo idêntico ao anterior, mas atenuado e com um fina camada de verniz de cor diferente. Esteve no seu direito. Mas então e a comunidade em que decidiu passar o resto dos seus dias (e ainda foram muitos), a qual não se limitou a acolhê-lo, mas que tanto o acarinhou e ajudou à sua promoção internacional? Saramago terá achado que já lhes fazia honra bastante em residir entre eles? Preferiu manter o auxílio por meios fiscais a algo com que ele desejaria acabar? Porquê?
Não vou, embora pudesse fazê-lo, especular sobre os motivos que o levaram a isso, invocando factos conhecidos publicamente conhecidos, entre relatos de amigos e inimigos. Limito-me a deixar a interrogação.
Esperando, entretanto, ter respondido à sua pergunta.

José Gonsalo disse...

"A cabeça oca deu-se ao trabalho de não dizer nada"

A cabeça oca disse-lhe tudo, mas você não consegue sair de duas ou três ideias que não têm nada a ver com o que eu quis destacar e, portanto, comenta permanentemente "ao lado". É o perigo de se ter a cabeça cheia...
E agora vou almoçar, que os tipos como eu, lacaios do capitalismo, com contas no estrangeiro, que fogem aos impostos e por aí fora, almoçam que se fartam.

Anónimo disse...

Esta é boa, uma pessoa agora devia pagar impostos por gratidão, e não pelo trabalho que desenvolve e onde o desenvolve.Ainda ha outra versão mais caricata em que dizem que ele escrevia em lanzarote e portanto gerava ai o seu trabalho, mas a verdade é que ele escrevia em lanzarote em viagens onde quer que estivesse então teria que pagar impostos em todos os paises onde escreveu, continuou a escrever, adquiriu as ideias e as materializou enfim por este prisma era bonito era, mas ja se ve cada uma.

Anónimo disse...

é so ideais ocas, va almoçar que isso passa penso eu.

RioD'oiro disse...

HV:

"Do que li, Saramago sempre quis pagar os seus impostos em Portugal e estava no seu direito. É assim tão difícil de perceber?"

Nada. Nada, nem o HV tem qualquer base para afirmar tal coisa. Apenas formulei alguns cenários que deixei no ar.

A ser como o HV afirma (não afirmo que é ou deixa de ser, apenas deixo no ar a hipótese) faz sentido o que escrevi e que o HV podia ter tido a amabilidade de comentar porque (digo eu que sou bushista e gosto de implicar com a Ana Gomes e os seus acorrentados), dizia eu ...

Em Portugal há uns malandrecos (assim coisa de somenos importância) que reclamam que se paguem aqui os impostos dos rendimentos que portugueses aqui residentes auferem no estrangeiro.

Completanto o que afirmo, não se percebo porque se reclama que tanta gente tem rendimentos de aplicações em off-shores que, de acordo com o HV,

"Os cidadãos europeus podem viver num país e exercerem a sua actividade profissional noutro. É aí que devem pagar impostos."

... a ser assim porquê tanto sururu por causa dos rendimentos que brotam em off-shores (mesmo eventualmente sobre aplicações em países a meio mundo de distância)?

José Gonsalo disse...

"Esta é boa, uma pessoa agora devia pagar impostos por gratidão"

A ideia é-lhe estranha? Parece-lhe bizarra? Então medite um pouco sobre em que conceito assenta a ideia geral referente à necessidade de pagar impostos.
O resto que diz só fará, ou não, sentido, mediante a conclusão a que chegar.
Se quiser, dê-me conta daquilo que concluiu e depois falamos.

Carmo da Rosa disse...

@ RioD’Oiro: “antes do CdR me invectivar….”

Invectivar é um enorme exagero, discordo apenas de uma resposta, na minha opinião assaz rude, em relação a um comentador que faz apenas uso de argumentos perfeitamente on-topic para defender o seu ponto de vista… Quem dera que assim fossem todos os outros!

@ RioD’Oiro: "Este posto teve um efeito espectacular. Fez com que esquerdalhos passassem a defender o contribuinte.” Onde vê o caro CrD que ela se dirija a quem quer que seja em particular?”

É verdade que formalmente você tem razão, o seu comentário não se dirige a ninguém em particular, mas o meu olho de lince diz-me que a encomenda – a carimbadela de esquerdalho – ia direitinha para ele, Holandês Voador.

@ RioD’Oiro: “O caro CdR poderia (ou não) ter melhor opinião sobre ele, mas a opinião é sua e não tenho por hábito pronunciar-me em público sobre assuntos caseiros.”

Eu, que adoro pronunciar-me em público sobre assuntos caseiros – e aproveito para dizer que é uma pena o resto da redacção não ser da mesma opinião, o que, na minha maneira de ver, tornaria o Fiel imediatamente mais interessante e duplicaria imediatamente o número de leitores, fazendo com que desta maneira pudesse-mos pedir dinheiro de entrada – tenho sobre o Holandês Voador, ideologicamente falando, uma péssima opinião! Neste aspecto é um gajo mesmo muito chato, mas fora da doutrina, ou seja, como pessoa, é uma jóia…

Além disso, como já deve ter notado, ele é bastante crítico (melhor seria dizer do contra!) e só por isso estou-lhe inteiramente grato, porque me mantém acordado, de outra forma, tudo a dizer amém, já me tinha dedicado à pesca, o que significa – segundo a filosofia do pai de um nosso amigo comum alentejano - aos copos! Mas só Borba tinto. A si este último aparte não lhe dirá grande coisa, é realmente caseiro a mais, mas ele sabe perfeitamente a quem eu me refiro…

Um abraço e vou beber um copo à sua saúde, mas como você não bebe (não estarei a ser demasiadamente caseiro?) bebo eu por si, ou seja, bebo dois copos à sua saúde…

o holandês voador disse...

RdO,
Tanto quanto sei, os portugueses que põem os seus rendimentos em "off-shores" fazem-no para fugir ao fisco. Ou seja, trabalham e ganham em Portugal, mas colocam os seus rendimentos fora do país para não pagarem impostos.
Como se sabe, o exemplo do Saramago não tem nada a ver com esta prática. Ele não fugia ao fisco, mas preferia ser tributado no seu próprio país. Eu diria que ele era um patriota. Por outro lado, os espanhóis, gostariam de tributá-lo em Espanha. Pudera, com tantos livros vendidos em castelhano...

Anónimo disse...

("Esta é boa, uma pessoa agora devia pagar impostos por gratidão"

A ideia é-lhe estranha? Parece-lhe bizarra? Então medite um pouco sobre em que conceito assenta a ideia geral referente à necessidade de pagar impostos.”)

O homenzinho, a idéia de pagar impostos assenta numa idéia de solidariedade social, em direito não há obrigações morais ou de gratidão, há obrigações legais.

Se você é acolhido por um pais, esse pais vai lhe exigir em troca do que lá faça e dos rendimentos que de lá retire um pagamento fiscal, se você beneficia de serviços que esse pais tem, também tem que contribuir para eles, tem que ser solidário enquanto lá viver e exercer uma profissão. A incidência não é a gratidão nem a moral é o direito são obrigações a que o senhor não pode escapar mesmo que tivesse gratidão por mais países ou outro pais, Os rendimentos é onde eles se geram. Se calhar os espanhóis deviam-se preocupar mais com artistas e desportistas que lá fazem vida em Espanha e pagam impostos noutros lados, onde esta a gratidão e patriotismo deles?

Mas a sua idéia é engraçada, se eu tivesse gratidão em relação a um pais que me acolheu devia lá pagar os meus impostos, e os “impostos reais” derivados de bens imóveis ou transacções que não se podem mudar, por exemplo falou-se aqui do Salazar, quem não gostasse do regime e tivesse emigrado também teria direito a pedir que as sisas as contribuições prediais fossem pagas ao pais de “gratidão”? Era boa era.

Pense um bocado nas ideais ocas e na suposta moralidade da sua visão, e se fala em ética sabe o que isso è nesta matéria? é declarar o que se ganha sem ocultar nada ou transferir o dinheiro daqui para supostas contas de familiares emigrantes com profissões modestas mas com milhões nas suas contas nesses países. Esta é a moralidade e ética que o devia preocupar .

Valha-me deus , fique em paz

RioD'oiro disse...

HV:

"Tanto quanto sei, os portugueses que põem os seus rendimentos em "off-shores" fazem-no para fugir ao fisco. Ou seja, trabalham e ganham em Portugal, mas colocam os seus rendimentos fora do país para não pagarem impostos."

Ora bem. Enquanto têm por cá o dinheiro não podem fugir porque os bancos, a esse respeito, estão ao serviço do fisco. É a informática que trata do assunto.

Quando o põem lá fora usam o seu capital e fazem-no render lá fora. Que tem o fisco a ver com isso? Não era isso, justamente, que fazia Saramago, entregando as suas obras a uma distribuidora portuguesa, pagando cá impostos e deixando os espanhóis a chuchar o dedo?

Se Saramago entregasse a distribuição das suas obras a uma editora e distribuidora em Jersey, que haveria a apontar?

RioD'oiro disse...

CdR:

"aproveito para dizer que é uma pena o resto da redacção não ser da mesma opinião, o que, na minha maneira de ver, tornaria o Fiel imediatamente mais interessante"

Talvez duplicasse, talvez não. Mas o tipo de assuntos em causa são caseiros porque abordam questões de forma e não de conteúdo.

RioD'oiro disse...

CdR:

"mas o meu olho de lince"

Desta vez falhou. Eu tinha apenas lido em diagonal e nem me tinha apercebido de quem se tratava. Repare que o comentário vai nessa toada.

Evidentemente que é uma provocação e, nessa perspectiva, foi frutuosa. Vou fazer um post sobre o respectivo sumo.

José Gonsalo disse...

"O homenzinho", "ideais ocas"...
Reparou, certamente, que eu não utilizei, em momento algum, uma linguagem deste tipo quando me dirigi a si.
Respondo-lhe, portanto, em primeiro lugar, que é malcriado - e essa é uma afirmação justificada, sem mais, pelas suas expressões que usou. Em segundo lugar, que as suas ideias não são mais do que uma mera síncrese de conceitos, a qual, porém, me escuso a analisar por ter deixado de encontrar qualquer interesse em falar consigo.

Anónimo disse...

"síncrese de conceitos"

Com toda a razão conceitos fiscais.
não ideais de gratificação, não estamos na catequese, homenzinho.

Carmo da Rosa disse...

@ José Gonsalo: Respondo-lhe, portanto, em primeiro lugar, que é malcriado

Porque razão é (anonimamente) malcriado em relação a quem tem apenas uma opinião diferente?

Que diabo, os outros não têm culpa de que a mulher deste último anónimo não o deixe jogar bilhar com os amigos ao domingo à noite, nem que o patrão dele o trate abaixo de cão!

E diz ele que não estamos na catequese! Sim estamos em plena catequese que, como dizia a Ramalhal figura, nos quebrou a espinha dorsal com a casuística, e é por isso que há gente sem dignidade que atira pedras e depois se esconde debaixo da sotaina de algum padre…

Anónimo disse...

Esta rosa faz parte da geração dos lobotomizados, tenta perceber.

Carmo da Rosa disse...

Lobotomizado é a grande puta que o pariu...

Anónimo disse...

Estas mesmo lobotomizado, não são precisas mais povas

José Gonsalo disse...

CdR:
"nem que o patrão dele o trate abaixo de cão!"

Bem, pela amostra, se o fizesse, também não seria de admirar... Ou a família dele... O homem é mais malcriado do que Sto. António é santo... E nem santo tem paciência para um imbecil deste calibre :P
Gostava de saber o que os colegas pensam da competência profissional dele, em proporção ao grau de reinvindicação salarial, do espírito de camaradagem que demonstra e das condições de trabalho que exige...
Deve ser... o costume...
Mas, olhe, faça como eu e feche a "conversa". É que não vale mesmo a pena.

Carmo da Rosa disse...

Gonsalo, vale sempre a pena quando as almas são tão pequenas, tão pequenas, que até mete dó...

Anónimo disse...

Juntou-se outro lobotomizado a malcriação deste ultimo ja eu a conheço, não é preciso fazer-se de lorpa.

Carmo da Rosa disse...

José Gonsalo, começo a notar na caixa de comentários as análises que o prof. Henrique Medina Carreira e Nuno Crato regularmente fazem no Plano Inclinado acerca do lamentável nível a que se encontra o nosso ensino.

É que já nem sequer conseguem insultar de forma que se perceba! Nem isso caneco! Não se sabe quem é o visado, nem tão pouco o que dizem, e além disso há uma total discrepância entre o texto insultuoso e os comentários dos potenciais insultados…

Se não fosse trágico dava para rir, como nos rimos quando vemos crianças a brincar num jardim… à beira-mar plantado!

Anónimo disse...

Com lobotomizados a coisa é trágica,já nem se distinguem.

José Gonsalo disse...

CdR:
Este, por exemplo, tirou o doutoramento nas Novas Oportunidades, tendo-lhe, para isso, bastado repetir a a palavra "lobotomizados". É, aliás, isso, que as Novas Oportunidades formam: papagaios em formato simplex. :P

Carmo da Rosa disse...

Papagaio!

José Gonsalo, alguns deles poderiam perfeitamente fazer parte dos casos patológicos de autismo galopante que o doutor Oliver Sax apresenta de vez em quando em documentários na TV.

Conhece?

Anónimo disse...

como lobotomizadas tem direito a tratamento especial, eu pedia-o pois são considerados inaptos.

Anónimo disse...

Não tenham pena, ouve pessoas importantes que mandavam lobotomizar os filhos assim não se metiam em problemas, será que eles entendem

José Gonsalo disse...

CdR:
Não, não conheço.
Mas, se estivéssemos em Esparta, estes tipos tinham ocupação garantida. É que os espartanos, para afastarem os cidadãos do vício do álcool, obrigavam os do povo que haviam submetido a embriagarem-se, para os jovens educandos se darem conta das figuras tristes que faz quem bebe até cair.
Ora, estes tristes só podem estar bêbados, não acertam nem a simples concordância entre sujeito e predicado! Tanto em género como em número!! É mais do que analfabetismo, é bebedeira!!! O que os espartanos perderam! :P

Anónimo disse...

Vale mais bebado que lobotomizado, safa. A bebedeira pelo menos passa, é uma questão de horas.