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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Onanismo Eurocrático


O programa da presidência belga do Conselho Europeu, em que tropecei recentemente, é daquelas peças de prosa medonha escrita em europolitiquês demonstrativas do grau de perfeição que a eurocracia atingiu no que respeita ao débito em papel de objetivos e propósito e princípios euro-eloquentes, em que a aderência à realidade ou a exequibilidade tem a probabilidade de um bilhete de lotaria.

É interessante a análise da frequência de algumas palavras em menos de 50 páginas A4; então:
- "Implement" (e derivados): 54
- "Lisbon Treaty" – 25
- "Programme" (e derivados, sem contar com títulos) - 25
- "Climate Chabge" – 12
- "Green" (do jargão eco-trêtico) – 11
- "Europe 2020 Strategy" (versão e vinte anos de um programa semestral) - 11

Mas entre tanto “implement” e “Lisbon Treaty”, quantas vezes aparece a palavra democracia? A palavra “democracy” (ou qualquer outra derivada de democracia) aparece apenas 1 (uma) vez. Mas tranquilizem-se os mais euro-crentes, a palavra é usada numa referência a países “frágeis”; a "democracia" não está nos "programmes" da UE.
Assim se implementa e programa e estabelece na URSE. do Tratado de Lisboa.

Por fim, deixo-vos um extrato do programa demonstrativo do onanismo político europeu:

On the basis of the Commission communication concerning the plan for research and innovation, the Belgian Presidency will favour an integrated approach covering multiple facets of innovationtechnological, non-technological, and social – which promote its distribution throughout the economic fabric and which respond to the current challenges and the needs of businesses, particularly SMEs.
In the context of the knowledge triangle, the role of clusters and the relationship between research centres, training and business will be examined. In light of the development of the 8th Framework Programme, under the Belgian Presidency, the Council will conduct work relating to the simplification of administrative procedures and financial controls from the 7th Framework Programme for Research and Development.”


Nota: Atualmente a Bélgica tem um governo de gestão já que os belgas não se entendem quanto à formação de um governo nacional (na perspetiva dos valões) ou supra-nacional (na perspetiva dos flamengos). O facto de o governo belga não governar o seu próprio país e ir presidir ao Conselho europeu não debilita em nada a sua capacidade de exercer tal presidência. Bem vistas as coisas é a inversa que é verdadeira. Na verdade trata-se de gente habituada a dizer que vai fazer coisas que eles próprios não estão interessados em saber se vão ser feitas, até porque essa é a melhor maneira dizerem que fazem muita falta.

2 comentários:

RioD'oiro disse...

"eco-trêtico"

Boa.

Quanto ao extracto, lembra a definição de pá, pela ONU, segundo Monckton:

http://www.youtube.com/watch?v=SWzVqM_i9oo

.

Furão disse...

E pá não critiques a Europa.

Se não gosta estar aqui vai para a Judeia, para Gaza ou para o raio que te parta!