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domingo, 20 de março de 2011

Aos pais a quem sirva a carapuça

No blog A Educação do meu Umbigo.

Tradução Eduquês -> Português:

transmissão de regras e de valores -> ensino de regras e valores

diminuindo-lhe a capacidade de desenvolver competências -> privando-os da possibilidade de aprender

apresentam dificuldades -> têm dificuldade

a perturbação de mau comportamento -> mau comportamento

síndroma de filhos socialmente mal formados (eduquês socialista) -> comportamento de filhos de papás que se deixaram convencer que quem educava era a escola

formação social (eduquês socialista) -> educação 

Mais difícil é a competência para os educar -> Mais difícil é educá-los.

Este texto pretende ser bruto e directo, já que muito se tem escrito procurando palavras politicamente correctas e nada se tem conseguido.

Educar um filho não é: fazer-lhe todas as vontades, nunca o contrariar, atafulhá-lo de brinquedos e prendinhas, dar-lhe razão quando ele não a tem….

Educar implica sempre a transmissão de regras e de valores. E isto é, em primeiríssimo lugar, função da família. Não esperem os papás e as mamãs que a escola faça o milagre de educar crianças que já há anos andam deseducadas.

Pais há (e mães, entenda-se) que lamentam a triste sina do filho a quem calhou na rifa um professor ou professora que pretende que o menino trabalhe, que aprenda a comportar-se na sala de aula e no recreio, que saiba respeitar os colegas e os adultos. Enfim, coitadinha da criança, perante tal exigência.

Há mesmo quem, para salvar os filhos de tamanha desgraça, os troque de escola, uma vez e outra… Até que surja um professor que deixe o menino fazer o que bem entenda – ainda que isto possa significar ele não fazer rigorosamente nada durante todo o dia – e que lhe dê boas notas não merecidas, aumentando-lhe a auto-estima, mas diminuindo-lhe a capacidade de desenvolver competências. Quando isto sucede, ainda que os papás fiquem muito contentes, estamos perante um sistema de educação falido.

Óbvio é que há crianças que efectivamente apresentam dificuldades, quer a nível cognitivo, quer a nível emocional. Mas, quanto a diagnósticos, as grandes epidemias que por aí se verificam são, sem dúvida, o distúrbio de má educação, a perturbação de mau comportamento e o síndroma de filhos socialmente mal formados por pais cuja formação social também deixa muito a desejar.

A possibilidade de ter filhos deveria ter algum dispositivo regulador extrabiológico, porque fornicar e fazê-los é relativamente simples. Mais difícil é a competência para os educar.

A má educação permanente caminha a passos largos para o desajuste social e a pré-delinquência. Estas crianças passam temporariamente por professores, animadores de tempos livres, técnicos, etc…, mas serão toda a vida filhos dos seus pais. E, num acesso de humor negro, apetece-me dizer: bem-feito! Porque serão os pais os que mais colherão o que tão mal semearam.

Pais há vários, mas com vocação para tal há poucos. E estes filhos, para crescerem e poderem tornar-se cidadãos responsáveis, mereciam pais melhores.

P.V.

6 comentários:

Go_dot disse...

[…] Educar implica sempre a transmissão de regras e de valores. E isto é, em primeiríssimo lugar, função da família.

[…] fazê-los é relativamente simples. Mais difícil é a competência para os educar. […]


Basicamente, educar é dar o exemplo.
Todas as regras de ouro da educação, tipo louvar o esforço acima da realização, cultivar o adiar da gratificação, limitar reprimendas, estimular a curiosidade, altruísmo, criatividade etc, etc. São inteiramente inúteis quando os educadores não tem eles próprios um comportamento exemplar.

É este o nosso capital social.

Caso para dizer, cada um tem os filhos que merece.

Carmo da Rosa disse...

Go_dot disse: "[regras de ouro da educação] São inteiramente inúteis quando os educadores não tem eles próprios um comportamento exemplar."

Então a minha Santa regra de educação não serve! Filho, faz o que te digo, mas não faças o que eu faço (mais o que andei outrora a fazer!).

Go_dot disse...

Se assim fosse. Bastava um livrinho de aforismos (socialistas claro) e estava o problema resolvido.
Felizmente, os putos têm uma antena natural, para detectar conversa de chácha.

Carmo da Rosa disse...

Go_dot disse: ”Bastava um livrinho de aforismos (socialistas claro) e estava o problema resolvido.”

E estaria resolvido, caso houvesse um pouco mais de crença na educação socialista. A melhor no género, diga-se de passagem, porque produziu excelentes resultados a curto prazo. Veja-se como exemplo a juventude soviética, aqueles corpos esbeltos, fortes, disciplinados. Jovens com uma instrução superior que se reflecte nos vários campeões de xadrez, mas além disso, estas ‘mens sana in corpore sano’ eram autênticas máquinas ganhadoras de medalhas olímpicas em quase todas as modalidades.

O Socialismo foi à vida mas os corpos esbeltos ficaram. Essa é que é essa! Toda a gente sabe, e esta é a parte que mais me interessa, que as melhores gajas continuam a ser as garinas dos países de atrás da Cortina de Ferro. As ucranianas, MEU DEUS…. É caso para dizer Viva o Socialismo – enquanto produzir gajas tão boas…

Go_dot disse...

caso houvesse um pouco mais de crença na educação socialista

LOL. Ò CdR isso é o que há mais porra. E que tal, pelo menos dois domingos por semana para curtir as ucranianas.

Carmo da Rosa disse...

@ Go_dot: dois domingos por semana para curtir as ucranianas.

Convertia-me outra vez ao Socialismo...

Por falar em Socialismo, você viu o novo documentário do belga Jan Leyers: De weg naar het Avondland ?

‘En passant’ entrevistou um neto de Estaline em Volgogrado (ex-Stalingrad): artista plástico e convencido das grandes qualidades do avô! Depois deu uma voltinha por Kiev – só gajas boas na rua, impressionante. E também impressionante a quantidade de potenciais noivos estrangeiros que aqui poisam. Consequentemente, há mais agências de casamento em Kiev do que farmácias em Lisboa – e em Lisboa há muita farmácia…