Teste

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sábado, 30 de abril de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Empreendedorismo

Ora bem. O preço dos combustíveis está de tal forma pelas ruas da amargura que já ninguém que viva a 100Km de Espanha abastece em Portugal. Os veículos pesados que fazem trajectos internacionais muito menos abastecem cá.

Este facto trás vantagens competitivas a Portugal porque, por um lado, permite baixar os custos de produção e trabalho que quem pode recorrer à referida possibilidade e, por outro, retira ao fisco receita que já não poderá gastar. Estando os gastos do estado, neste momento, entalados entre minguantes receitas fiscais  e a tenaz do FMI, as notícias não são más de todo. Pode finalmente sufocar-se o monstro até que a lepra faça o seu trabalho.

E pode ajudar-se à festa.



Imagine-se que, em qualquer ponto do país, se entregaria o carro pela manhã, de depósito vazio, a uma transportadora de automóveis, antes de se ir trabalhar. O camião, transportando uns 10-12 carros, poderia, durante o dia, deslocar-se a Espanha, onde além de se abastecer, abasteceria os carros que transportaria. Seria uma coisa excelente e deixaria o ministério das finanças ainda mais mudo face ao FMI.

Mas pode ser melhor ainda.

A construção do aeroporto em Alcochete está em águas de bacalhau. Imagine-se que se instalaria, temporariamente nos referidos terrenos uma zona franca, sob controlo de Espanha que, para não ferir susceptibilidades de (reaccionário) nacionalismo, se poderia baptizar como, Zona Franca Alberto João Jardim. Bem, seria excelente. Poder-se-ia polvilhar a área com postos de abastecimento de combustível espanhol, naturalmente a preços de Espanha, suficientes para aumentar a competitividade de todo a zona da capital num raio de 100Km, e manteria os "negociadores" de Portugal na mesa do FMI ainda em mais absoluto silêncio. O estado, certamente, evitaria aceder à aquele espaço. A quantidade de automóveis que detém é de tal forma astronómica que garantiria a defesa dos tais 150.000 postos de trabalho que, certamente em gasolineiras genuinamente lusas, Sócrates prometeu e, naturalmente, cumpriu.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Volto a chamar a atenção para o excelente trabalho do

Façam como Saramago ...

... ponham o dinheiro lá fora.

Um gajo tem que se agarrar à boia que se mantêm mais à tona ...

Nunca fui muito à bola com Paulo Portas porque, particularmente na época do Independente, me parecia ser o mais profissional mentiroso do burgo. Tudo o que ele dizia ou fazia, resultava de um calculismo de carreira política que, sem admitir, delineava para si próprio. Se necessário fosse espezinhava em quem tropeçasse.

Claro ficará que não há confusão possível entre os patamares de trafulhice entre o que foi Paulo Portas e é José Sócrates. Sócrates, nesta matéria, é a autêntica arma de destruição massiva.

Para mim Paulo Portas é hoje, relativamente a Sócrates, a borbulha na urticária. Eu não gosto de borbulhas, mas ...

Bom, há tempos o JS classificou Paulo Portas como "o único estadista que existe em Portugal". Arrepiei-me, mas fiquei a matutar.

O panorama nacional é caracterizado pelas trufas do frei Louçã, os dinossauros do PCP, as excrescências do PEV, os cabotinos do PS, os proto-tótós de Passos Coelho e ... Portas.



Eu continuo a não gostar de Paulo Portas mas, das duas uma: ou nesta entrevista ele diz, sem papas na língua, o que lhe vai na alma ou está a conseguir não lançar à câmara o seu característico olhar comprometido que acompanha tretas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Geometria

Chegar a casa e ouvir as TVs, durante 1/4 de hora, a escalpelizar a geometria linguística dos desabafos de José Lello, no Facebook, sobre o Presidente da República, dá vontade de desatar à lambada em todas as direcções.

Entrevista com Rentes de Carvalho

Em deferência ao nosso Carmo da Rosa, aqui fica o link para uma recente entrevista com Rentes de Carvalho, escritor português natural de Gaia e radicado na Holanda há mais de cinquenta anos.

A dado passo, a partir da sua perspetiva holandesa, Rentes de Carvalho compara a mentalidade portuguesa com a holandesa e resume a atitude dos portugueses ao ditado "Miguel, Miguel, não tens abelhas mas vendes mel". E em vez de “Miguel” podia ser Guterres, ou Sócrates, digo eu.

É tarde para pedir de volta os judeus portugueses expulsos para a Holanda no final do século 15 e cujo regramento prático hoje nos faz óbvia falta. Em compensação, pode ser que a Holanda aceite enviar para Portugal um contingente massivo de holandeses para desempenho exclusivo das funções de bispo, ministro, secretário de Estado, empresário, dirigente de instituições públicas, padre, jornalista e tudo e tudo, excepto treinador de futebol.

Prémio Darwin



Na passada semana foi executado na Faixa de Gaza, por militantes islâmicos, o italiano Arrigoni.
Arrigoni tem sido apresentado por uma certa imprensa como um "activista pela paz e pelos direitos dos palestinianos", designação que passa hoje por "chic-fino", nos circuitos da bempensância esquerdista europeia.
Bempensância que, de resto, através de tarolos como a deputada alemã, Inge Hoger, do Die Linke ( o "Bloco de Esquerda" alemão), não tardou a suscitar a clássica teoria da conspiração de que uma vez que Arrigoni era "anti-sionista", os judeus beneficiaram com a sua morte, logo foi a Mossad que o matou (este tipo de falácia lógica é típico do pensamento conspiracionista) .
O facto de o Hamas ter preso os suspeitos ( um deles foi já suicidado) e eles estarem ligados à Al-Qaeda, não parece fazer qualquer mossa nas imperturbáveis convicções da senhora.
E muito bem....quem está do lado certo, não se desvia do seu caminho virtuoso por uns meros factos que se lhe atravessam à frente.
Esta senhora, de resto, já o provou. Considerando-se a si mesmo feminista e defensora intransigente dos direitos das mulheres, não hesitou, quando a bordo da tristemente célebre "flotillha da liberdade", em submeter-se
à rigorosa segregação de sexos imposta pelos islamistas turcos que patrocinaram o evento, e lá seguiu, no Mavi Marmara, convenientemente "protegida " no deck das mulheres e de outros espécimes considerados de segunda categoria, pelos seus idolatrados barbudos de Alá.
O próprio Presidente italiano, o comunista Napolitano, embora menos desbocado, fez um diagnóstico igualmente brilhante: quem matou verdadeiramente o pacífico Arrigoni não foram os que lhe tiraram o pio com uns facalhões, mas sim a "falta de progresso no processo de paz", logo os israelitas, obviamemte culpados por isso.

Adiante que isto já é habitual.
Acontece que Arrigoni só era um "activista da paz", no universo orwelliano , onde as palavras significam exactamente o contrário. No mundo real, e no lado de cá da linguagem, o rapaz era basicamente o típico mentecapto da esquerda pós- moderna, anti-semita até a medula ( na sua página do Facebook é facil encontrar os clássicos libelos anti-semitas) e não hesitava sequer em chamar ratos aos judeus que o criticavam, recuperando, sem o saber, uma tradicional adjectivação típica da tolerância muçulmana.
E era, é claro, como Miguel Portas e outros camaradas da luta, um desavergonhado aliado do movimento terrorista Hamas, tendo inclusivamente participado, cheio de entusiasmo revolucionário, em acções de apoio material a este movimento, para além do claro apoio ideológico e político.
Fazia parte, obviamente, de uma dessas ONG que encontraram na "causa palestiniana", uma maneira insuspeita de exprimirem o profundo ódio aos judeus.
Mas como Deus escreve direito por linhas tortas, acabou por ganhar um Prémio Darwin, sendo morto por aqueles a quem chamava compinchas.
A espécie, essa ganhou. Arrigoni morreu porque era estúpido ao ponto de não ser capaz de perceber quem eram os seus amigos e os seus inimigos. Não irá reproduzir-se mais, livrando assim a espécie de um um cocktail genético de fraca qualidade.
Ficámos todos a ganhar.

Byby IPv4, hello IPv6?

Aqui:
Now that we're officially out of IPv4 addresses, a new marketplace has sprung up to buy and sell them (or rather, to broker transfers from one organization to another with dollar figures attached). Sites like www.depository.net, www.addrex.net and www.tradeipv4.com look like they'll be with us for a while.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

And now, something completely different:

Tips and Techniques for Crosswind Landing

Intendência

Foi adicionada a opção tradução. Ainda em teste.

À guisa de Juliano Mer-Khamis

No Portugal e outras touradas
Escrevi “resistência” palestina entre aspas porque a resistência palestina não é meramente, ou seja, integralmente, um movimento de resistência. Na verdade, ela só se tornou resistência porque fracassou em ser agressão.

Marinho e Carlinhos...



Do Porto um amigo de infância enviou-me mais uma vez um vídeo do inefável Marinho Pinto. Não tem muito a ver com o assunto, tanto melhor, mas vejam lá que ambos (eu e o meu amigo) ainda chegamos a ver ao vivo o Carlinhos da Sé (que Deus tem) a pavonear-se na Invicta entre a rua Escura e a rua da Banharia. O leitor que conheça bem o Porto, pergunta-se imediatamente - o que andariam a fazer dois jovens de Gaia com 13 anos de idade nestas vielas do pecado? Bem, não têm nada a ver com isso…

Para os que não conhecem o Porto (é triste mas acontece a muito boa gente) aqui vai uma curta descrição do Carlinhos, a referência por mim utilizada para situar a amizade no tempo: É preciso compreender que o personagem nos anos 60 era de longe mais famoso que o Pinto da Costa, tendo sido talvez a primeira grande bichona assumida da cidade do Porto, contribuindo à sua maneira para uma maior aceitação dos homossexuais na região do Porto.

Era vendedor ambulante de sutiãs e roupa interior e vestia normalmente um avental por cima de calças de terylene pretas muito justas à sua enorme peida de hermafrodita. Gabava-se publicamente de responder torto à autoridade quando a situação assim o exigia. (Hoje em dia o trivialzinho, mas em plena noite fascista um acto corajoso de resistência comparável às actuais descomposturas do advogado Marinho Pinto). Aos agentes da PSP que se atrevessem a cumprimentá-lo de forma demasiadamente informal, com um “Olá Dona Carlota”, imediatamente da sua garganta destemida mas cansada de tanto apregoar na praça e gasta pela passagem de muitos litros de bagaço, se ouvia uma voz rouca e inconfundível exclamar: “Boa tarde seu Caralho”. Em terra de mouros esta resposta pode parecer indecorosa, mas fiquem sabendo que nas imediações da Sé do Porto isto é perfeitamente aceitável…


Voltemos aos vivos, ao Marinho Pinto. Depois de ter visto este ultimo vídeo do advogado Marinho Pinto, enviei através de mail o seguinte comentário ao meu amigo: "O Marinho é um poeta ou um crente, que julga que corpo e alma são duas coisas inseparáveis, mas não são - dito por outras palavras, a classe política é o perfeito reflexo de nós todos".

A resposta do meu amigo Rui Rufino é contundente e mais precisa:

Estou absolutamente de acordo contigo. A classe política é de facto e apenas o reflexo de todos nós. No entanto, gajos como este, podem dar um abanão nas consciências, por muito pequeno que seja. Neste caso particular do Marinho Pinto, julgo que há uma situação original, ou seja: tens um tipo, detentor de um cargo não político de enorme visibilidade (bastonário da Ordem do Advogados, 2º mandato), que trata os bois pelos nomes, berra que o rei vai nu, casca nos juízes, "you name it".

Está na hora (já há muito tempo) dos intelectuais saírem do "Olimpo" do saber de onde só sabem criticar a ignorância das massas que de facto os justificam (a eles intelectuais), masturbando-se (é o termo) uns com os outros em mesas redondas televisivas, não fazendo uma piça para agitar e elucidar as massas de forma contundente, de forma clara e directa como a situação assim o exige. A generalidade dos detentores do saber faz lembrar os grandes escritores do século dezanove: o povo com as suas misérias dava-lhes a inspiração; no entanto escreviam uns para os outros; escreviam para as elites intelectuais. Se calhar é uma grande asneira o que disse atrás mas, é por estas e por outras que aprecio o Marinho Pinto.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

... mas também cá ...

O blog A ciência não é neutra, tem publicado excelentes artigos sobre energia em geral, nuclear em particular e tem abordado o acidente de Fukushima.

Ultimas sobre Fukushima: WNN, MIT NSE Nuclear Information Hub, BNC, WNA, IAEA, ACNEN

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Foi Bonita a Festa, Pá, Mas Acho Mal, Desta Vez Foi Só o Porto a Apagar a Catedral


Em mais um grandioso evento na “Luz – Salão de Festas”, desta vez os responsáveis do 1º clube (da 2ª circular) esqueceram-se de apagar a luz para dar um toque mais sofisticado às comemorações dos convivas. Para compensar, espera-se que este bombo não desiluda e dê novamente um ar da sua desgraça.

COMPARAR SISTEMAS


Troca privada de impressões com um amigo de esquerda. Como a temática é bastante actual e do interesse geral, tomei a liberdade de tornar a coisa pública. O texto a vermelho é indiscutivelmente do meu amigo de esquerda e o meu, como de costume, a preto…

Tento ver as coisas em perspectiva e em movimento (a tal dialéctica de que falava o Hegel). Não sou positivista e não analiso os fenómenos sociais isolados do seu contexto. Já referi, mais do que uma vez, que não podemos (se queremos ser honestos intelectualmente) isolar os factos e tentar explicar a realidade através de uma fotografia. Eu não sou fotógrafo. Quanto muito cinéfilo. Para mim, uma estória (a História) deve ser contada em imagens (24 por segundo, de acordo com o Godard). Ou seja, não vale de nada dizer que o sistema X é melhor ou pior do que o sistema Y, porque todos os sistemas têm vantagens e desvantagens e a História da Humanidade não é apenas o presente (tem, pelo menos, a idade da escrita) e vai continuar por muitos milhares de anos...

Desde quando e porque carga de água é que não se pode comparar sistemas? Foi Deus que disse? Que fazer quando o sistema X tem só vantagens e o sistema Y só desvantagens? Não abordar o assunto, porque é feio fazer comparações?

O capitalismo de que tu falas (e que eu conheço tão bem como tu) tem na sua origem dois factores essenciais:

1. A ajuda do plano Marshall, que possibilitou aos países do centro da Europa reconstruir as suas economias e criar, durante o “boom” económico dos anos 50 e 60, um estado de protecção social avançado para a época (lembro que foi o PVDA com Drees, o responsável pelas primeiras leis sociais holandesas em pacote, WW, WWV, AOW, WAO e WWF, ainda nos anos 50).

2. A necessidade de impedir o crescimento dos partidos comunistas e socialistas na Europa, após a 2ª guerra mundial (lembro que a URSS era, já à época, a 2º maior potência mundial e que a sua influência junto da esquerda europeia nos anos cinquenta era enorme). Portanto, a criação do “estado social” europeu foi, também, uma resposta às reivindicações dos partidos e sindicatos de esquerda.

O Plano Marshall é, por excelência, um excelente exemplo das vantagens do sistema X sobre o sistema Y. Os americanos (sistema X) implementaram-no e isso realmente “possibilitou aos países do centro da Europa reconstruir as suas economias”, mas passados 4 semanas foram-se embora porque a reconstrução estava bem encaminhada, a democracia funcionava e o dinheiro era bem empregue.

E o que fez o sistema Y, a segunda potência mundial, ou seja, os russos?

Instauraram ditaduras, construíram um muro (precisamente para as pessoas não poder comparar sistemas) e ocuparam países independentes durante 40 anos… É verdade que no Ocidente os partidos e sindicatos de esquerda (sobretudo os de filiação comunista) apoiavam todo o tipo de reivindicações, mas apenas com o intuito de sabotar o sistema X, a única coisa em que estavam interessados. A gente na altura, burros como cepos, é que julgávamos que a intenção dos tais partidos e sindicatos era realmente fazer com que os trabalhadores ocidentais trabalhassem apenas de manhã e à tarde fossem à pesca! Mas não, andaram a enganar-nos durante toda a nossa juventude e a prova é que eles nunca se preocuparam com as muito mais justas reivindicações dos camaradas do outro lado do muro, do sistema Y, que passavam fome e não podiam abrir a boca…

Dito isto, devo acrescentar que o exemplo de capitalismo que tu apresentas, é apenas um exemplo de capitalismo. Ou seja, existem vários capitalismos e, infelizmente, o estado social europeu está reduzido a uma dúzia de países.

Pelo menos tenho o mérito de apresentar um sistema que representa 12 países que existem realmente: não são utopias, quimeras, ou amanhãs que cantam!

Mas, mesmo nesses países, onde o estado social é mais forte, enfrentam diversos problemas. O regabofe de que tu falas, só foi possível porque a economia crescia a 4 e 5% ao ano. Isso acabou. A Europa foi ultrapassada pelos EUA e pela Ásia e hoje a UE cresce em média 1% (o chamado “crescimento negativo”).

É claro que todos os países têm problemas – conheces algum país sem problemas? Mais uma vez, refiro-me a países existentes e não a paraísos mitológicos que só existem na fantasia de ideólogos de esquerda! Eu não percebo a ponta dum corno de economia, mas uma coisa sei: sei que é absurdo comparar as percentagens de crescimento económico da China, Brasil e Índia (onde há tudo por fazer), com o da Holanda e Dinamarca (em que quase tudo está feito)… Mesmo com o tal “crescimento negativo”, estes dois últimos países são ainda de longe superiores ao resto, e por enquanto é para lá que toda a gente quer fugir, e não para os BRIC’s…

“Isso acabou. A Europa foi ultrapassada pelos EUA e pela Ásia e hoje a UE cresce em média 1%”, dizes tu! Aquilo que já disse sobre as comparações assimétricas de crescimento económico, gostaria de acrescentar que não entendo em que baseias o teu fatalismo acerca da Europa? O que é que impede a Europa (ou pelo menos os tais 12 países) de ter amanhã outra vez um crescimento económico de 4 ou 5%? E também não entendo em que é que os EUA ultrapassaram a Europa? Na dívida? Sim, neste caso até já ultrapassaram Portugal…

É por isso que, desde os anos oitenta, o estado social europeu deixou de ser tão generoso e passou a haver muito mais controlo e cortes nas despesas sociais. Sem crescimento económico significativo (3 a 4%) não há criação de emprego e sem criação de emprego, é difícil criar riqueza.

O Estado Social na Holanda continua a ser bastante generoso! O que acabou (mas só recentemente e com este governo) foi o regabofe. Não sei por quanto tempo ainda, mas mesmo um país como Portugal tem um Estado Social mais generoso do que o Brasil, Rússia, Índia e China (os famosos BRIC’s). E nos tais doze países da Europa continua haver crescimento económico, criação de emprego e de riqueza -- nuns mais do que noutros claro, mas em todo o caso ninguém morre de fome…

Logo, a única forma de manter os apoios sociais existentes, é aumentar os impostos e estes não podem ser aumentados infinitamente. Não podes exigir aos cidadãos de um país que paguem 50% dos seus rendimentos, a menos que a maioria da população ganhe ordenados acima da média, o que não é o caso. Portanto, a escolha é entre aumentar os impostos e perder os eleitores, ou cortar nos apoios e aumentar as diferenças sociais, com o risco de maiores convulsões sociais (veja-se os protestos em França. Itália ou Inglaterra, para citar 3 exemplos recentes).

Creio que há ainda muita margem de corte nos apoios sociais nos países capitalistas do norte da Europa, mas deixo isso para os entendidos. Uma coisa é certa, se aumentar os impostos faz perder eleitores, como tu dizes, isso significa que os votos vão automaticamente para partidos que não querem aumentar os impostos - os votos não se evaporam... A democracia não deixa de funcionar!

Não compreendo a tua insistência em esboçar cenários catastróficos para determinados países - certamente aqueles que pessoalmente não vais muito à bola, penso eu? Mas pronto, é verdade que em França, Itália e Inglaterra há diferenças sociais, mas por enquanto são muito menores do que nos BRIC’s, os países em que pelos vistos te apoias como o exemplo a seguir. E se realmente existem riscos de convulsões, não são tanto de ordem social, mas mais de ordem cultural. Mas quem é que nos pode garantir que não existam actualmente convulsões, ou coisas ainda mais chatas, no Brasil, Rússia, Índia e China?

Resta acrescentar que o envelhecimento da população europeia é uma das razões porque há menos pessoas a descontar e, portanto, menos dinheiro nos orçamentos de estado para as prestações sociais. Dizes que esse é um problema menor. Mas, isso já foi tentado (durante os anos de crescimento económico) com a importação de mão de obra barata e dócil dos países periféricos e agora a Europa está a braços com o problema da integração das comunidades islâmicas. Não é tão fácil assim, até porque essas comunidades vão ficar aí.

Se disse que “o envelhecimento da população europeia” é um problema menor, errei, porque, no que diz respeito à Holanda, é realmente um problema grave que é debatido regularmente no parlamento e todas as soluções apontam para adiar o mais possível a idade da reforma. Mas isto não é nada que não tenha solução e tão pouco significa que os outros SISTEMAS não tenham outros problemas ainda mais graves, como por exemplo a China, com a política de uma só criança…

Não houve importação de mão de obra barata. Houve sim uma necessidade mútua: os países industrializados precisavam de mão-de-obra e os trabalhadores dos países periféricos de trabalho. Vieram de livre vontade e eram pagos segundo contratos colectivos de trabalho com base nas suas aptidões profissionais. E vieram porque os salários praticados nos países do norte da Europa eram (e continuam a ser) significativamente superiores aos que eles estavam habituados a receber nos seus países, de outra forma teriam ficado em casa a ver a bola.

O problema da integração da (muito pouco dócil) comunidade islâmica está apenas relacionado com a comunidade islâmica e só com ela. Nada tem a ver com a comunidade portuguesa, polaca ou chinesa. É um problema específico sem qualquer relação com crescimento económico, prestações sociais ou reformas… Se a comunidade islâmica pensa cá ficar não sei? Sei que o melhor para todos seria que os menos dóceis decidissem reimigrar para os seus países, ou então para a Arábia Saudita, onde podem usufruir de um salário razoável e gozar de todos os privilégios que oferece a religião da paz...

Por hoje é tudo porque quero ver na TV com uma cervejinha à mão de semear a COPA del REY (Real Madrid vs Barcelona) em directo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O fracasso


Da dança das bruxas zarolhas

Aposto que esta vai passar ao lado da comunicação social:
"By bringing the reactors and spent fuel pools to a stable cooling condition and mitigating the release of radioactive materials, we will make every effort to enable evacuees to return to their homes and for all citizens to be able to secure a sound life."
Ultimas sobre Fukushima: WNN, MIT NSE Nuclear Information Hub, BNC, WNA, IAEA, ACNEN

OS VERDADEIROS FINLANDESES



Os eurocépticos têm cada vez mais razão e são cada vez mais numerosos. E os nababos do Parlamento Europeu, a começar por Durão Barroso e pelo belga Van Rompuy, continuam, como se nada fosse, a chatear a Europa inteira com leis absurdas e picuinhas, demonstrando uma arrogância repugnante…

Ontem, na Finlândia, o partido mais eurocéptico (Os Verdadeiros Finlandeses) viu a sua representação no parlamento finlandês aumentar cinco vezes e passou a ser o terceiro partido do país. O seu líder, Timo Soini, afirmou que “não cabe ao contribuinte finlandês pagar a má gestão económica de outros países membros” (não mencionou nomes mas toda a gente sabe de quem se trata). “Não sou antieuropeu, mas sou contra a política federativa levada a cabo ultimamente pela UE”, acrescentou Timo Soini.

Sobre este assunto li no blogue holandês DDS este comentário muito giro:

Temos que abandonar o mais depressa possível a UE e, com os finlandeses, dinamarqueses, suíços, austríacos, alemães, flamengos, checos, polacos e países bálticos, criar de novo a liga hanseática com uma moeda única: o Hanse. Mais tarde poderiam eventualmente juntar-se a Islândia, a Irlanda, possivelmente a Noruega (se disserem adeus às ideias multiculturalistas). Para suecos e ingleses as fronteiras fechadas: estes dois países já não têm remédio. Seguidamente, continuação de fronteiras fechadas e desenvolver uma política activa de reemigração.

Se um país virar as costas à Europa, o resto segue automaticamente. Esperemos que em breve a Espanha entre em crise, porque isso pura e simplesmente não vamos poder pagar.

A corrupta elite que nos enfiou a UE pela goela abaixo será processada por uma nova geração de magistrados que ainda não foi contaminada pelo vírus do auto-ódio.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desde quando se combate, em guerras boas, com munições?

Nem com munições, nem com aviões, nem com soldados. Apenas andorinhas e assistentes sociais. Sim, assistentes sociais porque todos são vítimas dos "poderosos" e dos "interesses".
Less than a month into the Libyan conflict, NATO is running short of precision bombs, highlighting the limitations of Britain, France and other European countries in sustaining even a relatively small military action over an extended period of time, according to senior NATO and U.S. officials.

Via O Insurgente.

"Os" belgas são racistas?

Em Educação do meu Umbigo
Num tribunal de primeira instância de Bruxelas serão hoje decididas as datas para o julgamento do caso “Tintin no Congo”, cujo teor é considerado racista por um cidadão congolês residente na capital belga.

Helicopters, tall stories and fantasy journalism at Crikey.com.au

Ultimas sobre Fukushima: WNN, MIT NSE Nuclear Information Hub, BNC, WNA
....

 [Daqui].

Guest Post by Geoff RussellGeoff is a mathematician and computer programmer and is a member of Animal Liberation SA. His recently published book is CSIRO Perfidy. His previous post on BNC was: Chernobyl and Fukushima – measuring our monsters in the midday sun.

The biggest problem for people who support nuclear power as a vital part of avoiding dangerous climate events is the general public’s fear of things they don’t understand. This is particularly true when that fear is fanned by journalists who combine fear with ignorance and influence. Long time British anti-nuclear campaigner, journalist and environmentalist George Monbiot has finally worked out that official sources are more reliable than Helen Caldicott. His subsequent devastating hatchet jobs on her in the UK Guardian (also on his website hereherehere and here) should be read by all who have one or more books by Dr Caldicott that need recycling into something useful.
Even less trustworthy than Helen or a hyena is Crikey journalist Guy Rundle. Here he is going ape over Fukushima on 18th of March.
As I write, the Japanese are conducting direct overflies to try and control the continuing damage — most likely a suicide mission for the pilots and crew. The Soviets resorted to this earlier, during the Chernobyl crisis by the simple expedient of ordering airforce crews to do it. No one knows how many died, but they died outside of the glare of publicity. The Japanese crews will slough their skin and muscles, and bleed out internally under the full glare of the world’s media. It may well be the reason why this step in dealing with the crisis was delayed for so long — because it would demonstrate that dealing with nuclear accidents will frequently involve the painful certain death of emergency workers.
Has anybody seen Japanese helicopter crews sloughing skin and muscles? Two workers with burned feet graced every TV channel in the known universe but how did those air crews escape the paparazzi after their suicide mission? Where are the wikileaks tapes?

This is sheer drivel, fantasy, fiction, balderdash, ignorance and sloppy, unprofessional, incompetent journalism.

Rundle’s ignorant ranting is all the more effective because he’s generally reliable. This is a potent and dangerous mix.

First, we need some basic scientific background that will make the truth about the Chernobyl helicopter pilots unremarkable. When you water bomb a forest fire you fly through a haze of carcinogenic and generally toxic compounds but you will have no idea of how much you are breathing in. Likewise when you watch some firefighters at a local house fire or when you sit before a romantic log fire in a Swiss Chalet sipping your favourite poison. You may see some of the smoke but measuring its toxicity is tough.
Radiation is different. You can’t see it, but you do much, much, better … you can measure it! People can measure it and measure it with astonishing accuracy. A banana is radioactive and will generate about 15 particle emissions per second. When people can’t measure radiation because of broken or missing instruments, they can usually calculate it with pretty good accuracy. And when people have been subjected to unknown doses, you can look at cellular effects in their bodies to determine the dose with reasonable accuracy. A piece of Guatemala green marble on a benchtop in that Swiss chalet might pulse at over a thousand radioactive decay emissions per second per kilogram of marble.
 
As it happens, the international scientific community was heavily involved in the Chernobyl aftermath. US expert Dr Robert Gale coordinated medical relief at the request of the Soviets and was just one of many specialists from around the world who got involved. The stream of United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation (UNSCEAR) reports is extensive. UNSCEAR knows exactly how many pilots died dealing with Chernobyl … none (see the 2000 report for details). No pilots died, none sloughed their skin. Zip. Zero. The null set.

There were 1,125 helicopter pilots involved in 1,800 flights over the Chernobyl reactor over some months. The first flights hovered over the damaged reactor to drop material on the core, but this was soon discontinued because measured radiation levels were too high. Sound familiar? Subsequent material drops were done in passing rather than while hovering and were consequently less accurate but less risky. Had the evil Soviet empire wanted suicide missions it would have ordered pilots to hover. As it was, much of the material intended to blanket the core missed … precisely because no-one wanted to kill pilots and nobody did. Pilots involved in the early flights received on average 260 milli Sieverts of radiation which definitely elevates their cancer risk, not as much as in the people puffing near fire-escapes on city offices these days, but still a significant increase. Pilots flying later in the cleanup received a dose of about half this and none suffered acute radiation sickness.

Over the past 25 years since Chernobyl, about 12 million Russians have been diagnosed with cancer and that doesn’t even include Ukraine and Belarus. As of the 2000 UNSCEAR report, the Chernobyl helicopter pilots were still doing whatever they were doing … there wasn’t any report of “certain painful death” as described by Cold War Warrior Rundle. Gale has published the details (free pdf) on treatment and outcomes of the more seriously affected of the 500 people who were hospitalised, including the 35 with huge radiation doses, 13 of whom had bone marrow transplants and 6 of whom had fetal liver cell transplants. Why would he cover-up what happened to the helicopter pilots? … He didn’t because it didn’t happen.
 
The contrasts between Rundle and Caldicott and real nuclear radiation experts were shown to good effect when Gale visited to Fukushima. Gale is a real expert with a hand in 800 scientific papers and 20 books.

When he visited Fukushima in March, he wandered around the plant with no protective clothing and no radiation dosimeter. This is precisely because he is an expert, a real one who bases actions on a clear understanding of what radiation measurements mean and not on fantasy journalism. Gale’s also a marathon runner with a healthy interest in staying fit. He’s been face to face with the worst that Chernobyl dished up and knows exactly when care is and isn’t needed.

Dr Caldicott has, as far as I can ascertain, not a single scientific research paper to her name. She qualified as a doctor in 1961, practiced medicine and taught pediatrics briefly at Harvard in the late 1970s and then gave it up to write books which have scared the living daylights out of many who have read them.

Chernobyl demonstrated what engineers already knew. That building nuclear reactors without containment buildings was unbelievably stupid. Three Mile Island demonstrated that containment buildings work, even in the face of serious equipment malfunction. Fukushima Daiichi showed that they work pretty well, but not perfectly, even when you hit them with a huge earthquake and massive tsunami. Had Fukushima Daiichi had a modern cooling system, backup power wouldn’t have been necessary and its loss wouldn’t have caused a problem, and there would have been a zero radiation leak to go with the zero death toll.

The latest polls on public approval of nuclear power reflect what the public has been told. I don’t expect everybody to read the UNSCEAR reports, but is it asking too much of a professional journalist that they do their bloody homework? The polls are a reflection of the ignorance and sloppiness that has graced the Australian media on the issue over the past few decades. Rundle has had plenty of company over the years.
Anti-nuclear campaigners are clearly delighted at the latest polls. Public support for nuclear power has indeed taken a hit following the events at Fukushima and I’d put it down to large chunks of fantasy journalism like Rundle’s. In my first article on Fukushima, at the end of March, I pointed out that the death toll due to the problems at the reactor was zero. During the following weeks, this toll hasn’t budged.

Similarly, the number of cancers that might result from worker exposure during the next 3 decades is also most likely zero. Fortunately for the surrounding human communities, a significant chunk of the radiation leak has gone into the ocean where it will cause infinitely less pain and suffering than the millions of Japanese who eat octopus, squid, …, eel, salmon or tuna, let alone the tiny minority of Japanese with a penchant for hacking marine mammals to death or sticking them with exploding harpoons. And if your only concern for the oceans is via risks to people who slowly suffocate and eat its wildlife, what is their risk? The radiation dose for people eating fish from these contaminated waters every day for a year is calculated at? … 0.6 milli Sieverts. What the hell is that? About 1/5 of the 3 milli Sieverts received in a screening mammogram.

During the next 3 decades, cancer deaths from the striken reactors at Fukushima Daiichi will be zero or few, nevertheless 18 million Japanese will still get cancer, mostly from things that don’t frighten Guy Rundle or his readers.

sábado, 16 de abril de 2011

Da velha Europa

A coisa começou com um entendimento de que havia maus e bons. A França, tratou logo de reconhecer os "rebeldes" como os legítimos representantes da Líbia.

Depois começaram a perceber que os mesmos combatentes tão depressa apareciam de um lado como do outro. No terreno, geograficamente, os "bons" esperavam que a NATO fizesse o trabalho todo o que, aliás, teria que ser, porque os ditos "legítimos" não tinham homogeneidade nem força significativa.

No meio da confusão aperceberam-se que a coisa não se resolvia declarando isto e mais aquilo ou reconhecendo isto e negando aqueloutro: perceberam que precisariam de empregar 'hardware', mesmo daquele pesado e caro o que, ainda por cima, implicaria riscos, por mínimos que fosse. A coisa começou a tornar-se patética e reclamaram da NATO, como se a nato fosse uma entidade com existência per se no mundo das forças armadas com autonomia, que se empenhasse mais.

Não valerá a pena esperar sentado porque dentro em pouco já ninguém saberá, sequer, de que lado está, mesmo pela bitola dos multilateralistas, agora perante si próprios e com o 'bébé' nas mãos.

Enfim, coisas da velha Europa, agora com uma lança nos Estados Unidos.

Ainda a propósito do massacre numa escola do Rio de Janeiro


sexta-feira, 15 de abril de 2011

De velhaco

Imagem rapinada daqui.
Uma insuportável figura ministerial afirma que ...
Os bons dados da execução orçamental nos três primeiros meses do ano asseguram os pagamentos dos funcionários do Estado nos próximos meses, disse esta sexta-feira, em entrevista à RTP, o ministro da Presidência, Silva Pereira. Entre Janeiro e Março, o Estado apresenta um saldo positivo de 430 milhões de euros, que contrasta com o défice de 1.311 milhões registado um ano antes.
Porra. Agora é que vamos deixar o FMI e os especuladores de rastos. Vamos pagar a dívida e deixa-los fodiiiiidos.

Vão levar na biiiiiiii ....
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Nuclear Clean Air Energy

Aqui.

Ultimas sobre Fukushima: WNN, MIT NSE Nuclear Information Hub, BNC, WNA

Entretanto, Operadora da usina de Fukushima promete gerar mais eletricidade

Astronomia

A maldição de Saturno
"Portugal vive hoje os dias do fim do chamado socialismo democrático. Ou seja dessa espécie de compromisso entre as liberdades dos cidadãos e um Estado que se vê como um grande cobrador de impostos e distribuidor da riqueza."

"Tudo e todos presos a essa cadeia de repartição de serviços e bens a que doutro modo, segundo o socialismo vigente, os portugueses não teriam acesso."
No blog (ir)responsáveis (revisto):
"Em termos simplistas, poderemos concluir que os objectivos (ideológicos) socialistas de distribuição equitativa da riqueza, ao nível local e regional, nos países desenvolvidos, revelam-se insustentáveis, perante um processo que assegurará esses mesmos objectivos, à escala global.

Neste processo, e porque o planeta não cresce, haverá, forçosamente, um win-lose final em que a estabilidade acontecerá bem abaixo do actual nível de vida nos países desenvolvidos e algo acima daquele que actualmente a população média nos países em desenvolvimento usufrui."

A esquerda combateu a pobreza e a pobreza ganhou.

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I Pentiti

Efeitos da Quaresma, dois mil anos depois de Cristo ter sido crucificado entre dois ladrões, o arrependido e o outro:

- O camarada Otelo Pá está arrependido de ter feito o 25 A;

- O juiz sul-africano Richard Goldstone, responsável pelo relatório da ONU sobre a guerra contra o Hamas em Gaza em Janeiro de 2009, está arrependido de ter acusado Israel de crimes de guerra;

- O indizível Teixeira dos Santos, não está arrependido de ter aumentado irresponsavelmente em quase 3% a massa salarial da função pública em 2009 apenas para ganhar as eleições desse ano, para, dois anos depois, decretar cortes permanentes de 10%.

Só Maomé pode fazer justiça infinita. Bussssh, não.

Da igreja dos apóstolos das pás:
Deixou de ser apenas idiota. Passou a ser útil.
Actualização: 

Muito útil mesmo.

O Hamas acusa agora a Al Qaeda de o ter assassinado e, aposto, que a Al Qaeda vai acusar a Fatah.

Miguel Portas: olha para o que digo, não por onde viajo.
 Miguel Portas vai dinamizar uma vigília à porta da embaixada de Israel.

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Agarrem-me ou ainda me desgraço

Tem muita graça ver os europeus e o Santo Buraco Obama reclamar "à NATO" por ... mais envolvência na Líbia. Líbia, que faz lembrar a guerra de 1908 de Raul Solnado.

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Credores a penantes

Teve graça ver os marmelos do FMI apresentarem-se no Ministério das Finanças a penantes.

O devedor chegou em carro de luxo. O credor, apresentou-se a pé.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Da "Europa" e do hino ao calote

A Finlândia põe em causa a construção europeia quando bloqueia a continuação do financiamento a membros caloteiros que insistem não só em não pagar mas também a pedir mais.

A luminária não esclareceu se haveria uma alter-modalidade de construção europeia em que as dívidas seriam para pagar.

OS CALOTEIROS DESTE MUNDO




Vinha hoje em primeira página do meu jornal: A Dívida dos Estados Unidos já é superior a de Portugal, um dos países problemáticos da Europa. Com previsões do FMI até 2016.

E as dívidas expostas desta forma toda a gente percebe, até eu...

Terror islâmico no Brasil


A ler, aqui.

Otelo, o corporativista

"Otelo Saraiva de Carvalho lembrou que o movimento dos capitães iniciou-se precisamente por «razões corporativistas»,"


O Lidador sempre tem insistido nesta tese.

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Caro Passos Coelho

É certo que as pessoas são pessoas, têm qualidades e limitações, umas mais que outras.

Uma das qualidades que se espera de uma pessoa da política é que tenha capacidade para lidar com os trafulhas, os vigaristas, no sentido de resistir à sua ciência, preferencialmente ser-lhes imune. Há até quem diga que essa imunidade estará relacionada ao conhecimento, pelo interior, das referidas prerrogativas que têm vindo a ser entendidas, veja bem, como "manifestações de multiculturalidade".

Quando V. Exa se entendeu com Fernando Nobre, pensei estar perante um golpe de génio porque uma das qualidades amplamente reconhecidas ao timoneiro, querido líder, é a de mentiroso compulsivo ... explicando sem preciosismo, alguém que mente mesmo quando não há qualquer vantagem para o próprio ou para a intrínseca tribo ao exercer tal comportamento.

De facto, Fernando Nobre é seringueiro encartado, alguém capaz de aplicar sofisticados antídotos mesmo a quem não morando na Av do Brasil, lá deveria morar.

Mas, caro Passos Coelho, perante as últimas notícias estou em crer que V. Exa apenas fez figura de tótó.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Para que não se diga que ninguém sabia

Em Dezembro de 2009, escrevi isto, neste mesmo blogue.

Transcrevo porque andam para ai uns caramelos a dizer que a culpa é da "crise política", fazendo-se de novos e tentando atirar areia para os olhos dos portugueses:


"Ontem assisti a uma conferência (SEDES/IDN) com os professores Daniel Bessa, João Salgueiro e Campos Cunha.

O tom geral foi de pessimismo e urgência.

A Grécia pode cessar pagamentos a todo o momento, a Irlanda já encerrou escolas e hospitais e baixou salários, a Espanha ainda arrasta os pés, mas já cancelou 3 troços do TGV e prepara-se para uma subida de impostos.

A ideia dos 3 economistas é que, se a Grécia cair, Portugal terá cada vez maior dificuldade de acesso ao crédito, pelo que, a todo o momento, pode também abrir falência.
O país precisa de pedir emprestados, 2 milhões de euros por hora. Quem empresta é o Deutsch Bank, o ABN e pouco mais.
Crédito difícil, implica juros mais elevados. Juros mais elevados implicam uma cada vez maior parte do orçamento cativado.

A seguir por este caminho, chegará inexoravelmente o momento em que não haverá mais quem nos empreste.
É como em casa.
Se ganhamos 20 e gastamos 22, temos de pedir 2 emprestados.
Quando ninguém nos emprestar esses 2, teremos de gastar menos 2, ou ganhar mais 2.
Tão simples quanto isso.
Daniel Bessa explicou que a "solução de esquerda", é aumentar os impostos. Resolve o problema de imediato, evita grandes perturbações sociais, mas é péssima para o futuro do país, levará à fuga , ao desinvestimento e ao progressivo empobrecimento.
As outras soluções são cortar despesa à bruta. Salários, 13º mês, privatizar escolas, hospitais, etc.
Ou um mix disto tudo.

Para os 3 economistas ( e para o Engº Belmiro de Azevedo, que também lá estava), o TGV é uma desastrosa fuga para a frente. Não nos liga à "Europa"(não há TGV Madrid Paris), não trará dinâmicas económicas significativas, a contratação será sobretudo a empresas estrangeiras, o emprego será maioritariamente de imigrantes, aumentará o déficite e, cereja no topo do bolo, a sua exploração será sempre deficitária, pelo que nos próximos 30 anos, mais uma fatia do orçamento de estado ficará cativada.
A juntar a outra para o os ditadores africanos, se a maluqueira de Copenhaga produzir um acordo.

Aproximam-se nuvens muito negras. Se tudo correr pelo pior, e o governo parece estar empenhado em que assim seja, daqui a alguns meses, ou mesmo semanas, estaremos a pão e água, ou sob protectorado alemão.
Rezemos para que a Grécia não caia e para que Sócrates sofra um acidente e saia do cockpit."


Do enfartado socialista


Liberdade só para encher a boca



O que vem comprovar que o homem sempre se esteve a cagar para a liberdade.

A velha esquerda e a nova direita

O feroz animal que nos (des) governa, garante agora, com a forte convicção com que há dias o negava, que está pronto a governar com as exigências da ajuda externa.

Estou certo que sim. Agora, quando todos os socialistas que lobrigam um microfone nas imediações, correm desalmadamente para debitarem a cassete de que “a culpa é do PSD”, preocupados sobretudo com a possível perda da gamela, o duvidoso engenheiro garante que aplicará as reformas que até agora recusou, a contragosto, arrastando os pés, e preparando-se para mais manigâncias na quixotesca convicção de que está a “defender Portugal”, sem perceber que Portugal estaria bem melhor sem os seus esforços “defensivos”.

O beiçudo Ministro das Finanças, escolhido no refugo, depois de Campos e Cunha ter batido com a porta quando percebeu que estava rodeando de bandidos, vem à TV e “alerta”, com a mais inefável candura, que já só há dinheiro até Maio, dando até lições de moral sobre o andarmos a viver acima das nossas possibilidades e outras interessantes máximas. Como se não fosse ele quem tem a mão na carteira desde há 6 anos.

À esquerda destes moinantes, não há nada, apenas loucos da “luta” ou doentes com a síndroma de Peter Pan.

A esperança está à direita.

Acredito que aqui há gente disposta a fazer as reformas necessárias, porque tem de ser e porque elas estão de acordo com os princípios ideológicos que caracterizam a direita moderna.

Gente finalmente liberta do complexo socialista que nos tem afogado e determinada a cortar à faca a gordura do Estado a que isto chegou, a meter mão nos cambalachos das Fundações, Agências, Observatórios, Comissões, empresas públicas, etc., que floresceram como cogumelos na longa noite socialista das vacas gordas, regados pela viçosa humidade do orçamento e dos impostos.

Gente capaz de meter na ordem os sindicatos, reaccionárias correias de transmissão da esquerda, as clientelas, os corporativismos, etc.

Gente que acredite na vitalidade do mercado e que ponha fim à densa malha de regulações e normas, o que impede os negócios e dissuade os investimentos.

O que està em causa não é apenas a diferença entre umas contas claras e bem escrituradas e outras marteladas e mentirosas, mas sim a diferença entre quem acredita num sistema baseado na liberdade e quem continua a olhar o mundo com o velho filtro da “igualdade” socialista, em que todos são igualmente pobres, mas há uns menos iguais que outros , (os boys e as girls que enxameiam a burocracia.)

Não bastam o fim dos orçamentos “criativos”, das estatísticas manipuladas, dos cenários macroeconómicos mentirosos, do spin primário e manipulador, das cortinas de ilusão que de vitória em vitória, nos conduziram à derrota final.

O novo governo terá de ser capaz de explicar aos portugueses a crua realidade, não para os deprimir, mas para os mobilizar, porque o vale de lágrimas que vamos atravessar é longo e terá de haver uma forte motivação para chegarmos ao outro lado.

Temos de perceber que vamos ter de mudar radicalmente a maneira como este Estado está organizado, e desta vez não temos escapatória.

Será esta direita capaz?

Se não for, tempos perigosos nos aguardam.