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quinta-feira, 23 de junho de 2011

E agora?

Quando começou, aqui mesmo escrevi que tinha sido uma precipitação e uma aposta perigosa num cavalo duvidoso.
Mas alguns líderes europeus, acreditando que Kadafi ia repetir o guião de Mubarak e Ali, venderam o porco antes de o terem morto.
Quando Kadafi se recusou a fazer de morto, os franceses resolveram intervir de modo a apressar o desenlace.
Atrás dos franceses vieram os americanos, ingleses, etc. O ideia era boa. Uma vez feita a aposta, nada mais se pode fazer do que puxar pelo cavalo e, se possível, armadilhar os outros cavalos.

O problema é que, como consta em todos os manuais de estratégia, quando se decide ir à guerra, tem de se usar a força necessária para neutralizar o inimigo. É como numa luta de rua: o ideal é dar o primeiro golpe de tal modo que o adversário fique logo fora do combate. Um conflito em que se começa por trocas de mimos, insultos, empurrões,ora aora bate tu, ora agora bato eu, tende a subir aos extremos e a deixar marcas em ambos os contendores.

Na Líbia, esta troca de galhardetes já leva mais de três meses e os líderes europeus que iniciaram esta guerra às pinguinhas, para "proteger civis" e outras banalidades politicamente correctas, descobrem que lhes falta estômago para guerrear a sério.
Estavam convencidos que uma bomba aqui e uma bomba ali eram suficientes.
É assim que as guerras se perdem: quando os decisores mandam às malvas o principio da massa.

Ou seja, avançou-se para a Líbia sem objectivos claros, a meio gás e sem ter sequer uma ideia de quem ficaria no poder mesmo que Kadafi caísse. O facto de estarmos a apoiar uma nebulosa que inclui jihadistas e islamistas, devia ter instilado alguma prudência.


E agora, passados três meses, descobre-se que Kadafi se mantém impassível e não arreda.
É óbvio que não se vai render nem fugir. Como não é tonto e sabe quais os tabus prevalecentes nas nossas sociedades, trata agora de fazer o que fazem, por exemplo, Hamas, Hezbolah, etc: coloca os seus meios militares no meio da população civil.
E agora?
Pois é.
Agora os líderes europeus, que tanto criticam as respostas "desproporcionadas" dos israelitas aos ataques dos árabes, descobrem que cuspiram para o ar e que, por vezes, isso implica que a lostra lhe cai na própria testa.

Que fazer?

4 comentários:

José Gonsalo disse...

Que fazer?!Continuar a malhar na judiaria, ora essa! Não lhes resta outra saída para não perderem o crédito ou qualquer coisa parecida que ainda possam ter.

LGF Lizard disse...

Mas os europeus metem-se em guerras porquê? Já não têm a capacidade para tal. Nem militar, nem económica, nem política. E muito menos têm a vontade para mudar o estado de coisas.

Actualmente, os europeus precisam dos americanos para fazer a guerra. Isto porque os americanos sempre entenderam que o seu status como superpotência obriga-os a fazer a guerra e a ter a capacidade e a vontade para tal. A Europa, abrigada atrás do escudo americano, pensou que poderia desarmar-se. A diplomacia resolveria tudo.

Confrontada com gente como Kadhafi, a Europa descobre que afinal, os americanos tinham razão. A diplomacia não resolve tudo. E se é para ir para a guerra, é para ganhar e não para fazer festinhas ao adversário.

Além de ter sido uma estupidez intervir na Líbia, a maneira como se interveio é completamente inadequada.

Para os europeus fazerem esta figura ridícula, mais valia estarem quietos.

Diogo disse...

Sobre as respostas "desproporcionadas" dos israelitas aos ataques dos árabes

Unknown disse...

Ilan Pappe é comunista. Não é para levar a sério.