Teste

teste

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

As "renováveis" e a escravatura

É evidente que o estado gasta mais energia do que deve, por exemplo com a iluminação pública. Não só e excessiva em inúmeros casos como atira a luz para as nuvens onde, à excepção de uns quantos estratosféricos queridos lideres ninguém vive.

É verdade que as zenatais e ruinosas políticas verdalhas nos vão ainda obrigar a pagar a instalação de sistemas de geração energia de rentabilidade abaixo de cão: eólicas, co-geração, mini-hídricas, fotovoltaicas, etc, etc.

É verdade que para que esses sistemas fossem profusamente instalados e sem bronca imediata na factura de energia eléctrica, as empresas, por instrução governamental e em arrepio da reguladora, não fizeram repercutir na factura os custos associados às socretinas energias deixando o calote para ser pago (com juros a condizer) quando toda a tralha estivesse instalada.

As sociais políticas estão a dar "frutos". Para cobrir os sobre-custos do disparate já pagamos a energia ao dobro do preço normal. Entretanto, estes e uma gigantesca colecção de outros disparates (também a nível da "comunidade europeia"), irão fazer saltar o IVA para o dobro. Logo depois virá um agravamento de (apenas) 10% no custo da electricidade porque também este governo travou a subida que a realidade impõe, lançando mais juros sobre o futuro dos portugueses.

Virá agora a campanha da poupança. O cinto apertará tanto que as pessoas não terão outro remédio que poupar na espessura das cascas de batata e no consumo de electricidade.

O problema é que isso de pouco valerá porque os encargos fixos das EDP com as renováveis são de tal ordem que à medida que o consumo baixar os preços terão que subir. De facto, e a não ser que o governo venha a poder mandar às urtigas a obrigatoriedade da EDP comprar toda a energia que os produtores de energia "renovável" produzem (e atenção que também um ramo da EDP está no negócio), a cada abaixamento de consumo corresponderá um aumento de preços da energia.

Em economia deve haver um nome feio para toda esta parvoeira em que a verdalhada e dirigentes coniventes nos meteram, mas, o único que me ocorre, é o de termos sido vítimas de um gang de vigaristas que aplicaram uma política que resultou, como sempre foi óbvio, num cenário em que a generalidade dos portugueses, já de cinto apertado, tivessem que arcar com a luxuosa vida de uma quantos boys que, naturalmente, defendem de dentes afiados a manutenção da mordomia ... uma pós-moderna forma de escravatura.

9 comentários:

john disse...

Fiz link para o ProfBlog. Um texto que merece leitura atenta. Boa malha nos ecofundamentalistas.

SV disse...

Um bom texto, embora discorde em grande parte. Primeiro, o ponto de concordância, os excessos de iluminação pública. Em relação a isto acrescento uma ideia. Depois de determinada hora, por cada três ou quatro lâmpadas, só uma ficaria acesa. É inútil fazer da noite, dia, a toda hora. O quase vazio baú das autarquias agradecia.
Os pontos em que discordo, como sabe, é a imputação da crise por que passamos à exploração das energias renováveis. Estará, caro "Fiel Inimigo", a esquecer-se do preço proibitivo do preço do petróleo? Ele aí está e parece-me que vai continuar a sua senda para níveis estratosféricos. A razão é que já não é o Ocidente que controla o seu preço, mas sim as economias emergentes, tais como a China, a Índia e alguns outros. Concordará que a nossa economia é muito dependente desta matéria-prima, nomeadamente nos transportes.
SV

RioD'oiro disse...

Caro VS,

Nunca afirmei que a crise se deve exclusivamente às eólicas. Mas deve-se em boa parte e bem superior a meia dúzia de Madeiras.

"Estará, caro "Fiel Inimigo", a esquecer-se do preço proibitivo do preço do petróleo?"

Mas qual preço proibitivo? As energia das eólicas é mais de meia dúzia de vezes mais cara que a energia fóssil. Aqui e em todo o mundo. A única competitiva com a fóssil (derivados do petróleo e carvão) é a hídrica e a nuclear. O resto são tretas. A fotovoltaica é mais de 20x mais cara.

Não confunda o preço do petróleo com o que pagamos por ele em impostos.

E, atenção, que há ainda que perceber exactamente quanto das mini hídricas é imputada às eólicas. Deve haver aqui contas em escapadela. A maioria das mini-hídricas foram construidas para evitar ter que oferecer energia ao estrangeiro (sim, oferecer). As eólicas têm a mania de funcionar melhor, porque há vento, durante a noite quando não há consumo. A EDP é OBRIGADA a comprar essa energia e não tem o que fazer com ela. Vai daí, ou a deita fora, despejando de dia as mini-hídricas que enche de noite, ou a oferece ao estrangeiro.

O projecto é completa e absolutamente ruinoso.

RioD'oiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RioD'oiro disse...

Caro SV,

O caro tem a noção que está a pagar 100% das eólicas por 30% da potência instalada, e que desses 30% uma parte significativa se perde em energia oferecida ao estrangeiro ou em percas em incha-desincha de mini-hídricas?

Se der um saltinho aqui:
http://www.centrodeinformacao.ren.pt/EN/InformacaoExploracao/Pages/DiagramadeProdu%c3%a7%c3%a3oE%c3%b3lica.aspx

... verifica que hoje, a energia gerada pelas eólicas foi pouco mais que 10% da potência instalada. Você acha que quem as instalou não sabia que isto ia acontecer e que a totalidade do sistema não irá ser paga com o cobrado pelos resquícios que produz?

SV disse...

Caro RioDóiro

Vou fazer um pequeno apontamento muito rápido acerca do que escreveu porque ando à volta da avaliação dos meus colegas. Sendo pessoas com quem lido e mantenho relações de amizade que quero manter, repare na minha dificuldade.
Estou de acordo que as eólicas correspondem a custos elevados e além disso poderão ter uma eficiência baixa, isto é, a potência que dispõem na rede esteja abaixo da potência instalada. No entanto, fica à sua consideração o facto de aqui a matéria prima ser grátis.
Em relação ao gráfico constante no link que disponibilizou que de facto prova a sua afirmação, diga-me de que domínio se trata. Isto é, será na nível nacional, distrital ou outro.
SV

RioD'oiro disse...

SV:

"fica à sua consideração o facto de aqui a matéria prima ser grátis."

É exactamente assim com toda e qualquer matéria prima. Toda ela é grátis. O petróleo é grátis, a chuva é grátis, o urânio é grátis ... o problema é comprar os equipamentos de recolha e processamento, processá-la, pagar custos políticos se for o caso (países árabes) e entregá-la ao cliente.

"Em relação ao gráfico"

Tanto quanto sei é nacional, para aquele dia, para aquele tipo de fonte.

Há ainda uns dados habitualmente reputados como fidedignos (os dados mas não as conclusões mas, havendo dados, pode haver discussão fundamentada), publicados pela REN (sal erro), que atestam que o rendimento médio do sistema eólico não ultrapassa os 30%. Portugal tem pouco vento.

Quem tem tudo muito organizadinho (até irrita) é o Eco-Tretas. Se passar por lá e vasculhar, é uma Babilónia.

Unknown disse...

O SV é interessante porque, não sendo um especialista, argumenta exactamente com aquilo que à generalidade dos leigos, parece evidente de per si: se o vento é grátis e inesgotável, se o sol é grátis e inesgotável, então é óbvio que esta energia é vantajosa.

Tenho amigos que pensam exactamente assim e a quem é extremamente dificil provar que o custo da electricidade obtida por estes meios é elevadíssimo, comparando com as centrais térmicas, por exemplo.

O racional das renováveis é simples: os combustíveis fósseis estão a acabar e portanto o futuro irá dar razão aos visionários que se lançaram nas renováveis.
este belo raciocínio assenta em várias falácias a saber:

1- Que os combustíveis fósseis estão a acabar. Parece ser falso. E dificilmente acabarão. Tornar-se-ão mais caros à medida que se especula sobre a sua escassez e enquanto não for introduzido um novo paradigma que valha por si, sem as ajudas dos estados. Basta ver que o carvão,a energia do séc XIX, ainda aí está em grande, apesar do petróleo, do gás, do nuclear e das renováveis.

2- O elevado investimento nas estruturas que aproveitam o vento e o sol, é, só por si, desproporcionado face ao retorno, pelo que só se faz porque o estado subsidia. Sem isso, ninguém,no seu perfeito juízo, nas actuais condições do mercado, investiria um cêntimo.

3-A aposta socratina fundou-se pois na especulação de que por esta altura o petróleo estaria já acima dos 150 dólares/barril, e na ideia, tb ela peregrina, de que o comércio artificial do carbono, iria fazer disparar os custos da energia fóssil.
Nada disto se verificou e nada disto se vai verificar, porque os castelos na areia são sempre levados pelas ondas da realidade.
O que fica: uma dívida brutal, os portugueses a pagarem a energia a preços escandalosos, e os outros a rirem-se de nós e a dizerem para eles mesmos: ufa, ainda bem que não fomos nós as cobaias!

RioD'oiro disse...

SV;

http://ecotretas.blogspot.com/2011/09/ferros-na-apren.html