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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Porque hoje eu também ponho música

17 comentários:

RioD'oiro disse...

nãããã ...

José Gonsalo disse...

Compostinhas: ela, a interpretação dela e a versão musical.

Carmo da Rosa disse...

Tão bonita meu Deus! Mas quem é ela?

Paulo Porto disse...

Eh a Susana Felix.
Para os especialistas acima, como poode ver tolera-se. Deve ser tb o seu caso pq não disse q ela canta bem. Uma vez mais, o dueto passa a trio.

RioD'oiro disse...

Na minha opinião a bateria assassina qualquer hipótese de ali fluir música. É como tentar compor-se uma jarra com flores debaixo de um balancé industrial.

A cachopa não foge ao estilo muito em voga pelo qual cantar é despachar palavras já escritas como quem as atira para dentro das janelas, abertas, dos carros que passam.

[O vídeo em si é mais um exercício de realização de quem, mais em desespero que em caso de dúvida, manda sacudir muito a câmara para ver se "imprime ritmo" à coisa].

Felizmente é playback.

Gravei muita maqueta de canções concorrentes ao festival da canção que deixariam essa na posição de pré-maqueta. Gravei uma, por exemplo, que tentou tantas vezes e ao longo dos anos, que acabou por ganhar. Ganhar, em Portugal, porque lá fora foi classificada como maqueta.

RioD'oiro disse...

Ainda à volta de maquetas, e há uns bons 30 anos, José Nuno Martins teve um mesmo dissabor com o célebre vídeo da ponta do arco do violino. Apresentou-se a um festival do ramo com o a "obra" e foi parar ao caixote das maquetas.

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto disse: "....pq não disse q ela canta bem."

Esqueci-me, mas acho que ela canta bem, mas sou da opinião do Rio quando diz que "a bateria assassina qualquer hipótese de ali fluir música." Demasiadamente monótona.

Paulo Porto disse...

Pois, tá bem.
Para a proxima arranjo-vos qq coisa sem maquete (seja lá o que isso for) e sem uma daquelas baterias qe ofende a sensibilidade de V.Exas.
Vou ver se não me esqueço.

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RioD'oiro disse...

Esta história da maquete é uma boca que se atira nos meandros deste tipo de produção.

A maquete tem várias formas, a última das quais é a da câmara com pulga.

Estar frente a uma câmara não é para qualquer um e a necessidade de se esconder esse falta de naturalidade leva os realizadores/operadores de câmara a aplicarem todo o género de tropelias no sentido de não deixar que se perceba que anda por ali tótó.

Outra razão é a seguinte. Os promitentes artistas não conseguem manter uma actuação com consistência e há que gravar múltiplas vezes para se aproveitar o possível de cada recolha. O segundo problema é que os tótós não têm estaleca para manter a homogeneidade nas repetições e criam os chamados problemas de raccord (concordância entre cortes). A forma de tentar(!) que não se note é gerar problemas de raccord até enjoar chamando-se-lhe modernidade e/ou nova linguagem.

Em tudo isto a vertente musical já de si fraquita, fica afogada na tralha que lhe não diz respeito.

RioD'oiro disse...

Outra das "modernidades" e a rotação na perpendicular ao ecrã, (caindo agora em desuso) chamado plano de vómito.

Outra ainda são as lambidelas, movimentos de panorama que começam em lado nenhum e em lado nenhum acabam. Aqui a razão era "científica". Afirmava-se (ainda se afirma) que "é exactamente isso que os nossos olhos fazem quando viram de um lado para o outro". Apenas revela que não sabem como funciona a visão, que é muitíssimo mais cerebral que mecânica ou óptica.

Posso explicar melhor se necessário.

RioD'oiro disse...

Há ainda outros truques que se usam em debates políticos. Na família da "jornalista" temos a Fátima Campos Ferreira que é campeã: ajavardar o raciocínio no ponto que que ele é corolário de uma coisa que ela não quer que se diga. No aspecto técnico, cortar o plano de convidado no momento em que diz algo crítico para o subalternizar enquadrando uma imagem dele num ecrã de um televisor ou, ainda, fazer um treveling de grua por projectores entre os quais a um TV com a imagem de quem está a falar (plano 'ponto de vista das moscas').

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto,

Mas sensibilidade a mais também dá para gostar disto ”impossible drum solo by mike portnoy”:

http://www.youtube.com/watch?v=fmbayHHUPcA&feature=related

e também disto:

http://www.youtube.com/watch?v=YNmXNc95ncU&feature=related

mas também disto:

http://www.youtube.com/watch?v=2l1o6qEQxBs&feature=related

e disto:

http://www.youtube.com/watch?v=MKZFnAmqET0

e inté disto, o São Gonçalo. E este é o da Rasa, cuja sede era atrás da casa onde eu vivia em Gaia.

http://www.youtube.com/watch?v=5usL7tWbeP8&feature=related

José Gonsalo disse...

Paulo Porto:
Ouvi a seguinte história, contada pelo João de Freitas Branco:
O irmão dele, o maestro Pedro de Freitas Branco, era amigo do Ravel. Um dia, estava em Paris, soube que o Toscanini iria dirigir o Bolero, já não me lembro em que sala de concertos. Comprou duas entradas - antes que se esgotassem, dado o prestígio do Toscanini - e foi a casa do Ravel, para lhe dar a notícia e convidá-lo a que o acompanhasse.
- Não vou, respondeu o Ravel.
- Mas, Maurice, é o Toscanini, ele até ficará melindrado se não for…
- Não vou, já disse.
E por aí fora. Por fim, o Ravel lá acedeu, mas com uma condição: não fazer qualquer apreciação quando fossem cumprimentar o Toscanini ao camarim, após o concerto.
Toscanini, era um maestro temperamental, “à italiana”, a ele bastavam-lhe as notas que atacava sempre vibrante, quase furiosamente. A sua atitude quanto ao restante da vida seria, ao que parece, a mesma. E, por isso, quando o Ravel já se ia a retirar não resistiu:
- Então, e gostou?
- Não, respondeu o Ravel secamente.
- Mas porquê…? O que é que…?
- O senhor estragou tudo, o início estava demasiado rápido.
Toscanini respondeu, de imediato exaltado:
- Mas o senhor não percebe que, se o início for muito lento, aquilo se torna insuportável?!
- Boa noite, disse o Ravel. E saiu.
Durante o regresso a casa (a pé, para desanuviar) o Ravel, pára de repente e diz, ainda furioso, para o Pedro Freitas Branco:
- Mas aquele italiano d’um raio não percebe que o objectivo é mesmo esse, que aquilo se torne in-su-por-tá-vel??!!

Carmo da Rosa disse...

José Gonsalo, que história fantástica!

Unknown disse...

Muito se aprende por aqui.
Parabéns ao RD e ao JG.

Este é o tipo de histórias que vão bem com uma jantarada bem regada, no remanso de quem não tem nada de mais importante para fazer a seguir.

José Gonsalo disse...

CdR e Lidador:

Só depois de reler o que escrevi, mesmo agora, é que reparei que tinha dito um disparate: o Pedro de Freitas Branco era tio do João de Freitas Branco, irmão do seu pai, o compositor Luís de Freitas Branco, de quem os meus pais foram vizinhos por uns três ou quatro anos.
É a senilidade, é a senilidade...