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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Caroços de azeitona

Vamos imaginar que,  por um agradável dia de Primavera, o Carmo da Rosa  convidava para almoçar, a mim e, digamos, ao conviva Fulano.
Durante a refeição, Fulano começa a atirar-me caroços de azeitona. O dono da casa, ou não repara, ou não faz caso.
As opções que se me deparam são:
- Fazer de conta que não estou a ser alvejado com caroços de azeitona.
-Responder com caroços de azeitona.
-Rir-me, como se estivesse a achar muita graça.
-Agarrar nos caroços e colocá-los no caixote do lixo

Digamos que optei pela última modalidade de acção, porque não tenho temperamento para ignorar, porque não acho graça e porque não quero responder no  mesmo tom, transformando a casa do Carmo da Rosa num chiqueiro.
O Carmo da Rosa, até aí impávido, ou talvez secretamente satisfeito por ver a minha testa ser alvejada com caroços, indigna-se pela minha atitude. Vêm ao de cima telúricas noções territoriais e ele sente que eu não tenho o direito ou, no mínimo, é inconveniente, que eu disponha dos seus caroços, na sua mesa, e vá pela sua casa, livremente, colocá-los no caixote do lixo.

Compreendo a reacção do Carmo da Rosa. O que eu fiz foi, de algum modo, mexer com o seu conceito de propriedade, algo realmente muito forte, no ser humano.

Face a isto, só me resta uma atitude: agradecer o convite, pedir desculpas por ter posto os caroços no caixote do lixo e  abandonar de imediato o almoço.

25 comentários:

Carmo da Rosa disse...

Lidador,

O Carmo da Rosa, até aí impávido, ou talvez secretamente satisfeito por ver a minha testa ser alvejada com caroços, indigna-se pela minha atitude

e a certo momento exclama:

Eh pá, nem pareces ser da família, então tu não viste que ela estava a tentar seduzir-te com os caroços das azeitonas!!! Eu bem fazia sinais mas tu nada…

ml disse...

Bá lá, Carmo da Rosa, tanbein naun izajeremux...

Carmo da Rosa disse...

ML,

como a minha amiga alentejana, está a imitar o meu sotaque do Porto! Isso para gozar comigo ou para me engatar?

Acho que já chegamos a uma fase da história das relações homem/mulher em que se pode perguntar estas coisas abertamente, não acha?

Por falar em engates, acabei agora mesmo de ler um artigo sobre um tipo que passou dez anos a escrever: The Origins of Sex - A History of the First Sexual Revolution.

Chama-se (tenho que soletrar!) Faramerz Dabhoiwala e é professor de história em Oxford. Alguém conhece este bacano? Sabe em que período é que ele coloca a primeira revolução sexual? Fiquei espantadíssimo, na segunda metade do século 17!

Segundo ele, dois factores importantes contribuíram (na altura) para a liberdade sexual que hoje em dia conhecemos no ocidente: tolerância religiosa e a formação de cidades.

Unknown disse...

CdR, como já lhe expliquei, não irei mais comentar os seus postes.
Não por si, obviamente, mas pelos comentários chocarreiros de trols que não pretendem trocar ideias, mas sim tentar ofender.

E aproveito pois para lhe responder aqui, na minha casa, que concordo consigo e tb acho, sempre achei, que diferença de opinião não é insulto. Pelo contrário, é o estímulo que nos leva a pensar e a sistematizar ideias.

E, como é óbvio, não foi, não é, a diferença de opinião que me leva a sair da sua casa.

Imagine que eu digo:

-"Esta cadeira é vermelha!"

Diferença de opinião pode ser:
-"Eu acho que é verde, por isto e por aquilo"

Insulto é:

-Seu idiota, não vês que é verde? Tens a mania que é tudo vermelho, já te conheço, etc, etc."

Pois é a este tipo de caroços que me refiro.

E como não gosto de levar com eles na testa, nem estou para descer ao mesmo nível, prefiro deixar de frequentar a sua casa.

Espero que compreenda.

ml disse...

Nunca tinha ouvido falar nesse Faramerz Dabhoiwala nem especificamente na revolução do séc. XVII ... Estas coisas vão-se desenvolvendo em surdina durante muito tempo até que um dia encontram as condições ideias para se imporem como comportamento-padrão.

Não estaba a gozar com a sua pronúncia, já lhe disse que tamém sou do norte e que a troca dos /v/ pelos /b/ faz parte da fala local. Cada vez menos, é verdade, mas agora há um movimento contrário, ainda que não muito a sério, de usar esse detalhe como identitário.

ml disse...

A tolerância religiosa no séc. XVII na Europa não era lá muita, a Inquisição ainda funcionava em pleno e na Inglaterra a guerra entre católicos e protestantes estava no auge. De fora ficavam poucos países, mas talvez tivesse sido nesses que o movimento começou, não sei...

Carmo da Rosa disse...

Lidador: ” -Seu idiota, não vês que é verde? Tens a mania que é tudo vermelho, já te conheço, etc, etc."

Como sabe, já tive bastantes diferenças de opinião com a ML. Na realidade estamos mais vezes em desacordo do que em acordo, e apesar disso não é essa a minha percepção da ‘relação’. Mas a sua é que conta, evidentemente.

Tenho pena que não comente, assim a coisa vai ficar ainda mais triste do que já é. Mas acha que posso comentar nos seus postes e obter resposta?

Unknown disse...

"mas acha que posso comentar nos seus postes e obter resposta"

Na minha casa será sempre tratado com civilidade e educação.
E é livre de, se for interpelado de forma chocarreira e insultuosa, enviar as lostras para o caixote do lixo.
De resto, é exactamente isso que eu farei, logo que me aperceba, seja quem for o alvo.

Como compreende, não é possível manter um ambiente agradável, se um dos interlocutores passa a vida a atacá-lo a si, como pessoa.

Unknown disse...

"A chinesa Wang Junxia, a detentora do record mundial (29 minutos e 31 segundos) é só 1 minuto mais lenta que o nosso melhor atleta do momento, José Rocha (28 minutos e 37 segundos)"

Uma coisa que noto na sua argumentação é o recurso sistemático a um tipo de falácia conhecida como "Inversão do Acidente", e que consiste grosso modo em tentar contradizer o geral, com a descrição de casos particulares.

Confesso que tenho de respirar fundo várias vezes para não responder torto a este tipo de raciocínios.

Quando se escreve, ou conversa, é sempre necessário fazer generalização de conceitos.
Se se diz que "as árvores são verdes", a afirmação pressupõe um certo nível de análise e é suposto que a pessoa a quem nos dirigimos esteja no mesmo comprimento de onda.

As árvores são verdes, tem validade estatística, porque a maioria das árvores é verde.

Não se pode contraditar esta afirmação, referindo o caso particular de certas árvores que são roxas, ou partes da árvore que não são verdes, ou ocasiões do ano em que algumas arvores são amarelas ou vermelhas.

Da mesma forma, quando se diz que as mulheres são mais flexíveis que os homens, ou que os pretos correm mais do que os brancos, ou que os homens são mais fortes que as mulheres, está-se a falar em termos estatísticos.

E isso implica que nem todas as mulheres são mais flexíveis que todos os homens, nem todos os pretos correm mais que todos os brancos, etc.

Pelo que entendi, toda a sua argumentação assenta na referência a casos particulares como provas de que a minha posição não é válida.

Veja o vaso da pornografia.

Claro que há mulheres que se excitam à vista. Mas as mulheres não se excitam à vista. Uma prova que pode ser invocada é o facto de não existir nenhum equivalente feminino da Playboy ou das revistas pornográficas mais hard.

Pelo contrário, um certo tipo de literatura feminina, não tem equivalente masculino.

Porquê? Porque o acto de comprar um produto para consumo privado, resulta quase exclusivamente de uma vontade individual,não contaminado pela pressão social.
Reflecte , com verdade, as preferências individuais.

Mesmo que você me diga que conhece a senhora A, que compra e revistas pornográficas e até esfola o galho, isso não invalida a validade geral do que eu disse, e o facto, tb geral, de que o "galho" das mulheres, normalmente não tem tamanho para ser esgalhado.

Unknown disse...

"e apesar disso não é essa a minha percepção "

Na verdade,não é a si que ela tenta insultar.

Ora vá lá para o seu poste e leia o comentário que eu já não apaguei.

Bem, os outros eram do mesmo estilo, se bem que um pouco mais chocarreiros.

Como dizia os brasileiros, fogo no rabo do outro, para mim é refresco

Carmo da Rosa disse...

Lidador: ” E é livre de, se for interpelado de forma chocarreira e insultuosa, enviar as lostras para o caixote do lixo.”

O problema é que cada pessoa tem uma ideia diferente do que são interpelações insultuosas. Por vezes são, outras vezes somos nós que estamos maldispostos - e outras vezes até me acusam de racista, de islamófobo, de esquerdista e até de anti-americano!!!

Mas só a ideia de que colocar coisas no caixote do lixo possa ser interpretado como CENSURA é para mim insuportável, é o maior insulto possível.

Lidador: ”Uma coisa que noto na sua argumentação é o recurso sistemático a um tipo de falácia conhecida como "Inversão do Acidente", e que consiste grosso modo em tentar contradizer o geral, com a descrição de casos particulares..”

Nem há falácia, nem são casos particulares!

Pelo contrário, argumento com exemplos simples e concretos que toda a gente conhece, em vez de doutrina e cogitações de grande gabarito tanto do gosto nacional. E, muito importante, com dados facilmente controláveis e verificáveis…

O exemplo da recusa inicial, da aceitação tardia e das actuais diferenças mínimas nas performances das atletas dos 10.000 metros, é para mim uma ilustração perfeita de aquilo que EU quero demonstrar: o fenómeno EVOLUÇÃO na temática relação homem-mulher e emancipação.

Quando eu dou um exemplo deste tipo “é suposto que a pessoa a quem nos dirigimos esteja no mesmo comprimento de onda.” Que esteja ao corrente das recentes evoluções no desporto. Mas mesmo que a pessoa não saiba um caralho de desporto, não há crise, porque eu tive o cuidado de apresentar dados suficientes para que toda a gente rapidamente possa verificar na Internet.

Lá vou ter também que respirar mesmo muito fundo, beber dois canecos de tinto, para demonstrar o evidente, que o meu exemplo só seria um CASO PARTICULAR se eu tivesse dito: Conheço uma gaja aqui no prédio que corre os 100 metros em 8 segundos….. e já ouvi dizer que salta 2,62 m com sapatos de tacão alto - prova irrefutável que as mulheres são mais fortes que os homens e que a emancipacao ja atingiu os pincaros.

O seu caso da senhora de sangue azul que espera que a sirvam, é MUITO PARTICULAR, e como você não teve a gentileza de colocar o nome da senhora, não posso perguntar à pessoa nem consultar a internet. Mas não há azar, não vou chatear a senhora, percebi perfeitamente a sua argumentação porque sei que este tipo de pessoas existem realmente, a situação descrita é lógica e portanto aceitável como argumento.

Continua…….

Carmo da Rosa disse...

Lidador: ” Claro que há mulheres que se excitam à vista. Mas as mulheres não se excitam à vista. Uma prova que pode ser invocada é o facto de não existir nenhum equivalente feminino da Playboy ou das revistas pornográficas mais hard.”

Nem foi preciso de sair de casa e perguntar na sexshop se tem alguma coisa nova para oferecer às amigas.

http://en.wikipedia.org/wiki/Women%27s_erotica

Women were not acknowledged as a potential audience by pornographic filmmakers until 1985 when former adult star Candida Royalle created her first adult movie for women, Femme. The movie featured explicit sex but focused on the woman’s pleasure and refused to include "pop shots" (external ejaculation scenes). Since then she has made 16 adult films for women. In April 2007 she launched a new line of films, Femme Chocolat, which depicts the sexual fantasies of black women.

Sacado do site da Playboy holandesa:

De Nederlandse Playboy maakt eenmalig een nummer voor lesbiennes. 'The Lesbian Issue' is niet alleen bedoeld voor, maar wordt ook gemaakt door lesbische vrouwen.

De hoofdredacteur van het mannenblad is aangenaam verrast door het idee. 'Ik wist niet dat zoveel vrouwen ons blad lezen, omdat ze van vrouwen houden.'

'Ik hoop dat we in dit mannenbolwerk een plaats voor onszelf kunnen veroveren,' zegt Lot Madeleine, een van de initiatiefnemers.

Tradução:

A Playboy holandesa vai publicar [isto já foi há uns tempos] um número inteiramente para lésbicas. The Lesbian Issue não é só para, mas foi inteiramente feito por lésbicas.

O chefe da redacção do Playboy masculino ficou agradavelmente surpreendido com a ideia e disse: “Não sabia que havia tantas mulheres a ler a nossa revista, porque elas gostam de mulheres.”

“Espero que a gente consiga conquistar um lugar para nós neste bastião masculino, afirma Lot Madeleine, uma das iniciadoras deste projecto.

---------//----------

Só uma pequena pergunta, você conhece a série americana da tv Sex in the City?

ml disse...

Mais umas para o montinho, Carmo da Rosa. A maioria tem bolinha vermelha…

'Playgirl' (bolinha!)
 Germany
 France
 Australia
 The Netherlands
 Great Britain
 South Africa
 Brazil
 Russia

'Filament'
'Sex Herald'
'On our Backs'
'Viva'
'Alley Cat'
etc.

E depois não querem que eu me ria com isto...

ml disse...

"Playgirl magazine says that their subscription sales have gone through the roof because of Levi Johnston. He will appear on the cover of the January issue."

eheheheh... Quem será este Levi Johnston?

Carmo da Rosa disse...

"quem será este Levi Johnston?

É o nick do Zeca da Marinha...

Unknown disse...

" que cada pessoa tem uma ideia diferente do que são interpelações insultuosas.

Por isso é que lhe reconheço a liberdade para fazer a sua interpretação e agir em conformidade. Na sua casa,você deixou bem claro que não me reconhece essa liberdade.



"Nem há falácia, nem são casos particulares!

Pelo contrário, argumento com exemplos simples e concretos"


Estas duas frases são mutuamente contraditórias.



" Que esteja ao corrente das recentes evoluções no desporto"

Estou. E é por isso que sei que os pretos correm mais do que os brancos e os brancos nadam melhor que os pretos. Mas claro que há casos "simples e concretos" em que isto não é verdade.

O problema é que os casos particulares não são generalizáveis, ao passo que as "verdades estatísticas" digerem calmamente os casos particulares e explicam-nos"


"
Women were not acknowledged as a potential audience by pornographic filmmakers until 1985"


CdR, que as mulheres consomem erotismo e pornografia, é indisputável, desde Eva.

A questão não é essa.
A questão é a diferença. Você fala-me de lésbicas. Ora bolas, as lésbicas gostam de mulheres, as lésbicas têm uma geografia cerebral semelhante às dos homens.

O que eu lhe disse, é que as mulheres, mulheres, de um modo geral não se erotizam da mesma maneira que os homens.

Aos homens, basta ver umas boas mamas e um bom rabo.
Não querem saber de quem é, se de uma futebolista famosa, se de uma sopeira anónima. É aquilo que está ali, sem contextos.

As obras que erotizam as mulheres são histórias, são estatutos, são, lá está, contextos, nos quais as suas fantasias se enquadram.

O enredo da pornografia masculina é nenhum.
Nenhuma obra de pornografia feminina existe sem um enredo elaborado.

Leia Anais Nin, A Histoiro d'O, Ardan, o próprio "Sexo e a Cidade" e confirmará isto.

Os homens, esses consomem tudo. Desde uma simples imagem sem contexto, a histórias elaboradas como as de Henry Miller.

Para uma mulher levar um homem para a cama, basta fazer-lhe um sinal. se ele não desconfiar de nada, marcha alegremente e cumpre a sua função.

Para levar uma mulher para a cama, é, normalmente, preciso muito mais, como deve saber.

Unknown disse...

"É o nick do Zeca da Marinha..."

Está a ver?
Este Levi, não é um homem qualquer, é um homem com uma história. Era o namorado de uma filha de Sarah Palin.

O que leva as mulheres a comprar determinadas revistas não é o facto de um tipo ser um Adónis, mas o facto de AQUELE tipo ser um Adónis.
As mulheres devoram este tipo de revistas, desde as mais soft (caras, Holla, etc) até às mais hard.

Os homens querem lá saber do estatuto. A rapariga é boa, ponto final, estão-se nas tintas para o facto de ela ser bióloga, filha do Onassis, ou padeira.

Aliás, esta mania de considerar que as mulheres são iguais aos homens e que as escolhas delas são tanto mais "modernas" quanto mais parecidas com as nossas é, na verdade,um paternalismo descarado. Parte do princípio que as escolhas dos homens são melhores, que a sua vida é mais livre, etc.

Custa aos "progressistas" admitir que as mulheres, em liberdade, fazem escolhas diferentes das dos homens e que gostam de coisas "femininas".

No meu próximo poste vou falar das escolhas profissionais na Noruega, onde os chavões da "igualdade" são arrasados com grande fragor, justamente na sociedade considerada mais livre.

Unknown disse...

Aliás, pelo que acabo de ler, a Playgirl é essencialmente lida por homens...gay.

ml disse...

My God!!!!

"é o facto de não existir nenhum equivalente feminino da Playboy ou das revistas pornográficas mais hard"

http://www.playgirl.com/tour


"O que leva as mulheres a comprar determinadas revistas não é o facto de um tipo ser um Adónis, mas o facto de AQUELE tipo ser um Adónis."

http://icydk.com/2011/12/19/lindsay-lohans-playboy-issue-is-the-best-selling-issue-ever/


E depois porque é que não posso rir-me às gargalhadas?

ml disse...

http://www4.dcu.ie/salis/conferencesexualitystudies2012/pdf/papers/VerenaKUCKENBERGER.pdf

Durante muito tempo existiu uma opinião pública muito forte de que as mulheres não se interessavam por pornografia. Esses pontos de vista são um tanto menos estreitos agora".

Depende...

Carmo da Rosa disse...

Lidador: ”Na sua casa, você deixou bem claro que não me reconhece essa liberdade.”

Na minha casa não há liberdade de censura. Só nas Arábias, nos paraísos socialistas e na Festa do Avante.

Lidador: ”E é por isso que sei que os pretos correm mais do que os brancos e os brancos nadam melhor que os pretos.”

Actualmente sim. Mas a coisa não é imutável.

Os pretos estão condenados num futuro próximo a correr tão mal como os brancos – quando a modernidade chegar a África: carros para levar os meninos à escola, transportes públicos e obesidade devido à vulgarização de junkfood do Cairo até ao Cabo. Mas em contrapartida, a mesma modernidade vai fazer com que sejam, dentro de pouco tempo, tão bons nadadores como os brancos.

Já têm uma medalha de ouro. Anthony Nesty do Suriname nos Jogos Olímpicos de Seoul. 53 segundos nos 100 metros mariposa. O segundo lugar foi para o grande favorito, o americano Matt Biondi.

Lidador: ” CdR, que as mulheres consomem erotismo e pornografia, é indisputável, desde Eva..”

Não me vai dizer que a Eva já lia a Playboy! Você queria exemplos de pornografia para mulheres, que dizia serem inexistentes, e eu dei-lhe. Tão simples como isso. A história das lésbicas é um detalhe engraçado que eu traduzi mas não é importante, foi um acontecimento único de apropriação consentida da Playboy holandesa. O importante, é AQUILO QUE VOCÊ queria saber, era a existência de equivalentes femininos para a Playboy: EXISTEM, que quer que lhe diga mais?

Lidador: ” O que eu lhe disse, é que as mulheres, mulheres, de um modo geral não se erotizam da mesma maneira que os homens..”

As mulheres são diferentes dos homens, isso não há dúvida, estamos de acordo e já disse isso. Eu, quando ainda era muito de esquerda e romântico, também pensava que as mulheres não se erotizavam da mesma maneira que os homens. Actualmente, depois de muito falar com mulheres, depois de ter lido alguma coisa (pouca, ler faz mal à vista) e de ter visto muito filme, acho que as diferenças, se existem, são muito pequenas. Tão pequenas que eu nem as vejo.

Unknown disse...

"Os pretos estão condenados num futuro próximo a correr tão mal como os brancos"

"modernidade vai fazer com que sejam, dentro de pouco tempo, tão bons nadadores como os brancos."


Progressismo em estado puro.
A crença de que as diferenças se devem ao social e não às diferentes características biológicas.

Milhares de anos de evolução, de diferenciação são, como por mágica, apagados por crenças na engenharia social.

A diferente densidade óssea, as diferenças nos grupos musculares, etc, etc, tudo isso é resolvido com "progresso social".

Chiça, CdR, mas você acredita mesmo nisso?

Acha que os pretos nos EUA ainda andam a correr atrás dos leões?

Carmo da Rosa disse...

Obesidade Infantil em Portugal:

http://www.apcoi.pt/obesidade-infantil/

Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso: 32% das crianças portuguesas entre os 6 e os 8 anos têm excesso de peso e 14% são obesas. Segundo o último estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) revelado em 2011 na Conferência Internacional sobre Obesidade Infantil: mais de 90% das crianças portuguesas come fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% consome fruta fresca diariamente. Quase 60% das crianças vão para a escola de carro e apenas 40% participam em actividades extracurriculares que envolvam atividade física. A obesidade infantil está associada ao desenvolvimento de graves problemas de saúde como a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, asma, osteoartrite, osteoporose, colesterol elevado, apneia do sono, problemas ginecológicos, ortopédicos e psicológicos. Prevê-se que os índices de mortalidade aumentem na idade adulta na próxima década caso não sejam tomadas as medidas necessárias para travar o avanço da epidemia, pondo em causa a actual esperança média de vida.

Esta será a situação em África no futuro. Já começou, mas por enquanto só a nível dos filhos dos camaradas presidentes.

Parece paradoxal mas não é:

http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1002005


A altura dos homens portugueses está a aumentar cerca de um centímetro por década, prevendo-se que em 2010 a média seja ligeiramente superior a 1,73 metros, de acordo com um estudo antropológico. Mesmo assim continuam a ser os mais baixos da União Europeia.

Com base em dados do recrutamento militar, a antropóloga Cristina Padez estudou a evolução do tamanho dos homens portugueses desde 1904, concluindo que o tamanho médio de 1,72 metros registado em 2000 representou um aumento de 8,93 centímetros, ou seja 0,99 centímetros por década. "Pode dizer-se que vamos continuar a aumentar cerca de um centímetro por década, pelo menos enquanto continuarem a melhorar as condições ambientais", defendeu a antropóloga da Universidade de Coimbra. A alimentação, o grau de instrução, os cuidados com a saúde são, entre outros, os factores ambientais que condicionam o crescimento do homem, mais do que os factores genéticos.

Também o antropólogo António Piedade, professor da Universidade de Lisboa, relembra que os períodos de crise, como as guerras, em que os constrangimentos alimentares e de condições de saúde são grandes, condicionam o crescimento.

"Daí que quando acabou a segunda Guerra Mundial, o aumento [de altura] na população europeia fosse progressivamente maior com a melhoria das condições de vida", explicou. [A Holanda por exemplo]

(…)

Apesar deste crescimento, os dados de 2000 mostram que os portugueses continuam a ser os mais baixos da Europa, com uma média de 1,72 metro. A altura média dos espanhóis era de quase 1,74 metros, a dos franceses de quase 1,75, a dos belgas de 1,76, a dos suecos 1,79 e a dos holandeses 1,84 metros.

E os holandeses não foram sempre grandes, isto é muito recente, mas nao tao recente como os portugueses.

Unknown disse...

CdR, ficar mais alto tem a ver com nutrição.
Ficar mais gordo tb.

Ter os ossos mais ou menos largos e mais ou menos densos, ter maior ou menor percentagem de tecido muscular, etc, depende essencialmente da herança genética.
Aqueles ácido nucleicos, que tanta irritação causam aos "cientistas sociais"...

Não tem nada a ver com "progresso".

Carmo da Rosa disse...

O cientista disse: A alimentação, o grau de instrução, os cuidados com a saúde são, entre outros, os factores ambientais que condicionam o crescimento do homem, mais do que os factores genéticos.

O progresso (ter de comer é progresso em relação a passar fome), numa primeira fase, vai fazer com que os africanos sejam mais gordos. Isso, santa paciência, acontece a toda a gente do Pólo Norte ao Pólo Sul.

Já viu algum gordo ganhar uma corrida de 10.000 metros ou uma maratona?

O progresso – o mesmo de cima – vai fazer com que tenham piscinas e bicicletas, e este facto vai fazer com que possam competir nestas duas modalidades em pé de igualdade com os brancos.

Fatalismo só no fado…