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sexta-feira, 18 de maio de 2012

O fodilhado indignão ou Do erotismo fast-food


Na sequência da última parte do texto "O rendez-vous do troglodita" que aqui coloquei há pouco, não resisto a transcrever integralmente a notícia publicada no JN, cuja referência encontrei, com o título abaixo, no 31 da Armada.  Reservando-me comentários que possam ferir sensibilidades mais apuradas.


Como posso engatar ou ser engatado? E ultrapassada essa questão: como ter uma aventura sexual num espaço público sem ser visto? A estas e outras questões promete dar respostas o primeiro workshop sobre engate e sexo em Portugal, esta segunda-feira à noite, em Lisboa, inserido no movimento 'Primavera Global'.
foto STEVEN GOVERNO/GLOBAL IMAGENS
Workshop dá dicas de engate e sexo em espaços públicos
"Indignados" no Parque Eduardo VII
"Fazer cidades democráticas também é preservar os espaços de engate e de sexo em locais públicos, mas discretos. E você, quer vir hoje ao parque?". O convite partiu de uma filósofa, Anabela Rocha, e de um sociólogo, Fernando André Rosa, do coletivo 'Panteras Rosa', que decidiram associar ao protesto global que decorre em 250 cidades mundiais - sete das quais portuguesas - tal formação.
A dupla promete fazer desfilar os formandos, a partir das 21 horas e gratuitamente, pelas zonas de circulação e arborizadas do Parque Eduardo VII, em Lisboa, habitualmente usadas para aventuras sexuais. E, ali, entre um arbusto e outro ou atrás de uma árvore, fora da visibilidade pública, ensinar não só técnicas de abordagem e prática sexual em locais públicos, como alertar para casos de violência que tem ocorrido sobre os adeptos destas práticas.
Segundo Anabela Rocha, este singular workshop surge como forma de preservar a história deste local como "zona de excelência de engate e de fantasias eróticas, especificamente urbanas, de interação com um estranho".
"É necessário refundar as cidades numa perspetiva mais democrática. Este é o nosso contributo nesse sentido. Há aqui uma herança 'queer' (identidades sexuais não normativas) que é necessário não ficar estigmatizada mas antes obter visibilidade e impor-se no mapa da cidade", refere.
"A prática de engate 'queer' nos parques favorece as interações sem necessidade de consumir, sem barreiras linguísticas ou de classe", acrescenta.
"Occupar o engate" - assim se chama a formação - parte junto à acampada dos elementos que ali se fixaram no sábado à tarde, após a marcha pela Avenida da Liberdade, contra as medidas de austeridade.
Além de engatados e quem já engatou, o workshop conta ainda com o contributo do geógrafo Paulo Jorge Vieira, cuja área de investigação incide nesta temática.

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