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domingo, 11 de novembro de 2012

Malaguetas esquerdalhas em contabilidade criativa

Os blogs de professores esquerdalhos andam em calafrios porque na história da comparação do custo por aluno entre o sistema estatal e o privado de direito público resulta ter-se percebido que, nas contas, não entrava a infraestrutura.

Para esses "dignos" representantes da classe, quando o estado constrói uma escola, o dinheiro que nela gasta é "investimento", logo não relacionável com o custo por aluno. Para eles o "investimento", é uma coisa que se faz, e ... pronto.

Ando há meses a chamar a atenção para o facto de num estabelecimento escolar público de propriedade privada, o dinheiro gasto em infraestruturas (instalações, por exemplo) tem que ser amortizado, seja a médio seja a longo prazo, pelas receitas que são, regra geral, as verbas que o estado atribui a esse estabelecimento em função de várias variáveis. Essas verbas, recolhidas ao contribuinte e destinadas às despesas com o ensino desse aluno, devem ser suficientes para garantir a subsistência à instituição privada.

Evidentemente que os detractores do ensino por privados estão fartos de saber que nos vários cálculos de custo médio por aluno, no que se refere ao estado, nunca o custo das instalações da parte estatal é tido em conta. O estado gasta com as escolas estatais as despesas decorrentes do seu funcionamento (salários, etc.,) e as decorrentes do investimento nos edifícios, mas, para eles, o dinheiro gasto nos edifícios é "investimento", não imputável ao custo por aluno. Temos portanto uma "comparação" em que, do lado estatal um tal "investimento" em edifícios não é imputável à despesa por aluno, e do lado privado, uma verba semelhante tem que ser suficiente para pagar também o investimento em edifícios.

Evidentemente que a "festa" gerada na Parque Escolar e pela anterior Ministra da "Educação" não ajuda nada à festa que os professores esquerdalhos pretendem manter. O custo por aluno subiu, na máquina estatal, a valores estratosféricos.

Um boato sobre uma eventual correcção de um estudo qualquer no sentido de incluir o custo das instalações nas despesas por aluno, deixou, o blog A Educação do meu Umbigo em polvorosa. Bem se tenta por ali afirmar que o assunto-base não é o da despesa mas o "princípio" que norteia a alteração de um estudo incluindo novas variáveis, mas quando se afirma que:
Por fim e embora pareça óbvio, nem sempre é respeitado pelos decisores políticos o valor da qualidade do serviço público, seja gerido directamente pelo Estado ou contratualizado com os privados, e não meramente o princípio do menor encargo possível com algo que tem um valor que vai para além do simples materialismo contabilístico.
... pretende dar-se a entender (para além no inevitável híbrido eduquês - salto qualitativo) que o estado deve pagar o suficiente para que o ensino seja de qualidade mas, o "materialismo contabilístico", é a cortina de fumo para deixar de fora do lado estatal as despesas com infraestruturas. É o tal "investimento".

Entretanto há que chamar a atenção que o investimento estatal em estruturas relativamente novas mas recentemente demolidas para dar origem aos mastodontes "festivos", não faz desaparecer a despesa com o investimento anterior de nenhuma forma já amortizada.

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Entretanto, umas quantas comentadoras luminárias reclamam que o "dinheiro do estado" deve apenas ser gasto nele próprio e nunca em escolas privadas pretendendo fazer crer que não sabem que o dinheiro não é do estado mas do contribuinte e que se destina a pagar todas as despesas inerentes ao ensino do aluno e não em função do gáudio da máquina estatal. O estado deve gastar o dinheiro do contribuinte de forma a que mais alunos aprendam mais, independentemente de o ser num estabelecimento estatal ou público de propriedade privada, e independentemente de contabilidades criativas nas quais o investimento estatal é pago com dinheiro caído do céu aos trambulhões.

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