Teste

teste

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ליכוד Likud


Benjamin Netanyahu e a maioria dos membros do Likud mais chegados a si conquistaram os primeiros lugares da lista do Likud para o Knesset, nas eleições Primárias realizadas pelo partido esta semana.


O resultado não consiste, de todo, uma surpresa: o maior Partido Israelita em militantes está bastante mobilizado e acredita em Netanyahu para dar um salto tremendo no número de cadeiras que detem no Knesset. De 12, estima-se que o Likud passará para 36 cadeiras, o que significa que será convidado a formar governo pelo Presidente da República Shimon Peres.

O líder do partido, o antigo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, prepara-se para chegar ao cargo e modificar a política Israelita no que concerne, entre outros, às negociações de paz com os Palestinianos. Neste caso, e ao contrário do que irá acontecer na nova Administração Americana, a política mudará juntamente com o estilo. Estou em crer que se fechou um ciclo bastante importante para os Palestinianos e para o Médio Oriente: com Bibi, as coisas vão-se tornar bem mais difíceis, Israel estará menos disposto a fazer concessões.

Posso prever que Netanyahu estará disposto a fazer menos concessões e a jogar duro por várias razões:

1 - É ideologicamente bem mais chegado à direita do que Ehud Olmert;
2 - Existem facções mais á direita dentro do Likud que tenderão a pressionar bastante o Primeiro-Ministro (Feiglin, o líder de uma delas, será o 36º deputado do Likud, apesar de ter sido o 20º nas Primárias);
3 - Quando foi Primeiro-Ministro, entre 1996-1999, a coligação que estabeleceu foi com o Shas e com o UTJ, partidos com os quais voltará, provavelmente, a fazer coligação, para a obtenção de uma maioria absoluta no Knesset;
4 - Foi conhecido, enquanto Primeiro-Ministro, como o senhor dos três nãos: não à retirada dos Golan, não a discussões sobre Jerusalém e não a discussões sem pré-condições;
5 - Era a favor do plano de retirada da Faixa de Gaza em 2005, proposto por Ariel Sharon e que levou á criação do Kadima. No entanto, pediu a demissão do cargo de Ministro das Finanças, pois achava que o projecto deveria ser submetido a um referendo;
6 - Muitos dos membros do Likud apoiam a presença de colonos na Cisjordânia, são contra um Estado Palestiniano e contra o plano de retirada da Faixa de Gaza;
7- Compara a Alemanha Nazi ao Irão e não descarta, de todo, a possibilidade de confrontação militar com o inimigo Iraniano.

Como forma de esclarecimento, convém frisar o porquê de Feiglin ter sido colocado em 36º lugar: Be
njamin Netanyahu e a facção mais centrista do Likud apresentaram uma petição ao comité Nacional do Partido, na qual pediam a colocação de Feiglin numa outra posição. A petição foi aceite e Feiglin passou para 36º.

Feiglin é muito conhecido na sociedade Israelita e detêm uma base de apoio relevante dentro do Likud. Nas eleições de 2007, adquiriu 23.4% dos votos, contra 72.8% de Benjamin Netanyahu.

É certo que Netanyahu está a tentar isolar esta facção do partido, mas não poderá, de todo, aliená-la. O próprio Feiglin já disse que não vai recorrer da decisão, porque acredita que os Israelitas lhe darão um lugar no Knesset.

Para verem quem é esta peça, basta dizer que ele já foi proíbido de entrar na Grã-Bretanha, defende a saída de Israel da ONU, a exclusão de deputados árabes do Parlamento e a inserção de todos os Palestinianos noutros Estados Árabes. Há quem lhe chame o moderno Kahane...

Netanyahu não gosta nem partilha, obviamente, das visões de Feiglin. Certamente que Bibi não quer espantar os indecisos, os mais moderados e os votantes no centro, pelo que terá que aumentar o teor de críticas à facção seguidora de Feiglin. Mas terá que o fazer com cuidado, pois também não pode perder o apoio desta.

Membros da facção de Bibi já colocaram, em privado, a hipótese de expulsão do Partido.

Uma coisa é certa: nada ficará igual e o Kadima cairá abruptamente. Sem o carismático Sharon, com Ehud Olmert acusado de corrupção e com Livni dizendo que não é uma prioridade, de todo, salvar o soldado Shalit, o enterro será nas próximas eleições.

Os Israelitas agradecem e os Palestinianos vão começar a baixar a crista.

PS: aconselho a leituras sobre o Senhor Feiglin. O tipo de estúpido tem muito pouco e ataca o Islão com uma força incrível...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A POBREZA ROMÂNTICA…


A pobreza retratada em vídeo, em canção e em poesia. Meus amigos, mais do que isto só na farmácia.


É bem possível imaginar um tipo de diálogo deste género num café de Amesterdão entre a minha pessoa e o meu amigo Cabeça:

Cabeça: O povo na minha terra era da cor da terra.
Cdr: Cor! Na minha terra o povo nem cor tinha, era pálido, anémico.
Cabeça: Mas na minha trabalhavam de Sol a Sol.
Cdr: Sol! Isso era prós ricos, na minha terra só chuva.
Cabeça: E comíamos açorda só com azeite, água, sal, pão e coentros.
Cdr: Eh compadre, o que aí vai de fartura! Azeite! Coentros! Na minha terra isso são produtos de rico.
Cabeça: Pois é, mas no meu bairro eram todos trabalhadores.
Cdr: Trabalho, no meu só trabalhos, no meu estava tudo desempregado.
Cabeça: Mesmo no verão a roupa era sempre negra!
Cdr: roupa?

Mas os Monty Python têm, sobre o mesmo tema, uma versão a quatro (Four Yorkshiremen) que, tenho que reconhecer, é bastante superior, ver mesmo absolutamente fantástica:

Fiz uma curta tradução à pressa e só do início, que os pobres já me estão a dar muito trabalho e eu não sou a mãe Teresa.

- Nunca pensei que trinta anos depois estaríamos aqui todos juntos a beber um belo copo de chateau de chatelié.
- Pelo preço de uma châvena de chá,
- Preço de châvena de chá frio, sem leite nem açucar,
- Ou, sem chá.
- Numa châvena sem asa (?).
- Nós, nem sequer châvenas tínhamos, bebíamos chá por um jornal enrolado.
- Mas éramos felizes nesses dias, apesar de sermos pobres.
- Precisamente porque éramos pobres. O meu pai costumava dizer: filho, o dinheiro não trás felicidade.
- Tinha razão. Eu era feliz e não possuía absolutamente nada. Vivíamos numa modesta casa com buracos no telhado.
-Casa! Tinhas sorte de viver numa casa. Nós vivíamos 26 num quarto sem móveis, onde faltava metade do soalho.
- Tu ainda tinhas sorte de ter um quarto, nós vivíamos no corredor.
- Nós sonhávamos com um corredor, teria sido para nós um palácio.




Mas também Jacques Brel abordou esta temática dos nossos pobres, bien de chez nous, na canção La Dame Patronesse, mas fê-lo evidentemente com muito mais humor do que os Sérgios Godinhos e os Janitas Salomés alguma vez o poderiam fazer:

Pour faire une bonne dame patronnesse, Mesdames,
Tricotez tout en couleur caca d'oie
Ce qui permet le dimanche à la grand-messe
De reconnaître ses pauvres à soi


E para terminar em grande, e com um poeta da nossa terra, e sempre mantendo o tema, aqui temos poesia de Alberto Caeiro.

Ontem o pregador de verdades dele
Falou outra vez comigo.
Falou do sofrimento das classes que trabalham
(Não do das pessoas que sofrem, que é afinal quem sofre).
Falou da injustiça de uns terem dinheiro,
E de outros terem fome, que não sei se é fome de comer,
Ou se é fome da sobremesa alheia.
Falou de tudo quando pudesse fazê-lo zangar-se.

Que feliz deve ser quem pode pensar na infelicidade dos outros!
Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é deles,
E não se cura de fora,
Porque sofrer não é ter falta de tinta
Ou o caixote não ter aros de ferro!

Haver injustiça é como haver morte.
Eu nunca daria um passo para alterar
Aquilo a que chamam a injustiça do mundo.
Mil passos que desse para isso
Eram só mil passos.
Aceito a injustiça como aceito uma pedra não ser redonda,

A farsa do clima

Este artigo arrasa o movimento apocalíptico que começou por se chamar “global warming” e que de forma subtil foi migrando para “climatic change”, para ultrapassar retoricamente a evidência de que nem tudo estava a aquecer.
E demonstra, preto no branco, que tal movimento anda perigosamente perto da farsa, e se descobre cada vez mais como uma fachada do socialismo global.
Não se trata do nível dos mares, não se trata dos ursos polares (que, a propósito, estão bem, obrigado e continuam sem comer pinguins), não se trata de defender os glaciares, e proteger a natureza.
Trata-se de transferir a riqueza e destruir a indústria.
Trata-se, no fundo, de dar aos filhos de Rousseau uma via de ataque à civilização industrial…ao Ocidente… ao capitalismo.
É 4ª via para o socialismo internacionalista.

Este artigo mostra também que, ao contrário do que Al Gore pregava, o debate está longe de estar terminado, como de resto é próprio da ciência, onde os debates nunca estão terminados.
E não está terminado porque 650 cientistas discordam do “consenso” dos 52 elementos do painel do IPCC que elaboram o Relatório da ONU.
Não está terminado porque nesses 650 estão muitos que já estiveram no IPCC e que pensam que este organismo está a fazer política e não ciência.
Não está terminado porque pessoas como o Nobel da Física, Ivar Giaever escreve que “Sou um céptico…o aquecimento global tornou-se uma nova religião.”
Não está terminado quando o Professor Delgado Domingos, catedrático do IST, fundador e dirigente do grupo de Previsão Numérica do Tempo na Secção de Ambiente e Energia a qual efectua diariamente a previsão do tempo para Portugal, afirma que “ O alarme sobre a mudança climática é um instrumento de controle social, um pretexto para negócios e combate político. Tornou-se uma ideologia, o que é preocupante”
Não está terminado quando centenas de papers com peer review continuam a ser publicados, contradizendo de forma clara e frontal o “consenso” do IPCC.

Boa vizinhança




Além de dizimarem a passarada, afugentarem a fauna, custarem um olho produzindo muito pouco, etc., as eólicas são excelentes como catapultas de blocos de gelo.

Nas zonas onde há eólicas e temperaturas negativas, vai ser preciso implementar cercas e avisos sonoros.

Enfim, a boa vizinhança variante verde.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Segunda resposta a um segundo comentário


Escreve o holandês voador:
Caro Gonsalo com s,1) tem razão: arruaceiro não leva cedilha. 2) não tem razão: relativamente ao 11º ano.3) eu nunca escrevi que as manifestações na Grécia eram "boas" ou "más" (o que quer que isso seja). Eu limitei-me a constatar que há pessoas que dão opiniões sem saberem do que estão a falar. O que é que elas sabem da sociedade grega, para além do que vêm na televisão? O que eu constato é que há dezenas de cidades a arder e alguma coisa de mal existe para que isto aconteça. Mas, aparentemente, você sabe. Óptimo. Nada como a sociologia de pacotilha para nos elucidar...

Caríssimo holandês:
Em relação ao 11º ano, falta-lhe, pelos vistos, um pouco do que por lá se aprende.
Com efeito, o que diz respeito ao facto de muitos não saberem o que se passa pela Grécia, não tem discussão. E se o meu amigo sabe, óptimo, porque eu conheço seguramente pouco. Mas, repito, isso não tem nada a ver nem com o que RoD afirma nem com o teor do que eu digo. Qualquer dos textos se refere aos princípios éticos e políticos que devem ser observados em sociedades que se querem democráticas e não a qualquer tipo de princípios sociológicos, isto é, de constantes observáveis na dinâmica e estruturação sociais.
Por isso, quando afirma que eu estou a fazer sociologia de pacotilha demonstra uma de duas coisas: ou que não sabe a diferença entre filosofia política e sociologia; ou que não leu o que nós os dois escrevemos, mas se limitou a soletrar.
Por último, quanto ao facto de não ter considerado as manifestações como boas ou más, mas somente haver constatado a sua existência: ao justificá-las com a "situação grega" não está implicitamente a legitimá-las?
Repare que eu não escrevi "explicar", mas sim "legitimar". Explicáveis, são-no, desde que alguém perca (ou decida perder...) as estribeiras com algo que considere ser uma situação insustentável, algo que, na sua expressão, "esteja mal" (encontramo-nos no domínio da sociologia). Legitimáveis, não, a não ser que você admita que a violência é uma forma de acção democrática em si mesma (aqui passamos ao âmbito da ética e da filosofia política, isto é, da reflexão sobre aquilo em que consiste e como se constitui a democracia).
Trata-se de planos diferentes: o primeiro, refere-se ao reflexo condicionado, que Pavlov tão bem estudou nos cães e que é comum aos homens; o segundo, diz respeito ao que é propriamente humano, no que nos distingue da animalidade, pela racionalidade. Ao que ultrapasse o social-macaquismo.
A minha dúvida agora é saber até onde vai a origem dos caminhos que tomou a sua argumentação. Até que ponto é que essa sua confusão argumentativa é deliberada ou inconsciente. Porque, falando sério, calculo que você, mesmo tendo posto um penduricalho no "c", tenha mais do que o 11º ano.
Mas isso é despesa sua. Eu limitei-me a passar a bola para o seu campo. E por aqui me fico.
Saúde.

Pedofilia política (comentário a um comentário)


Mais outro que não fez o 11º ano - e que ainda por cima põe um piercing no "c", em "arruaceiros"! Refiro-me ao holandês voador, no seu "comentário" ao post do Range-o-Dente.
O que está em questão nesse post, amigo, não são os problemas da sociedade grega, mas a forma de os resolver. Em democracia, castiga-se pelo voto ou, quando muito, pela desobediência (veja o que fizeram democratas como Gandhi ou Luther King), não incendiando ou destruindo. Só os candidatos a ditador ou os matarruanos se lembram de destruir: os primeiros, porque querem instaurar a "ordem nova" (a sua ordem); os segundos, porque não percebem que, de cada vez que destroem, se empobrecem. Se foi o povo trabalhador que fez as coisas, então porquê destruí-las, em especial aquelas que nem sequer pertencem aos opressores? Destruir, na verdadeira acepção do materialismo dialéctico, é destruir-se.
E quantas coisas necessárias e resultantes do esforço da gente de humilde condição não foram já destruídas pelos "oprimidos&ofendidos"? Como em França, aqui há uns tempos, onde os "revolucionários" queimaram bens de gente em cujo nome diziam agir e que nem sequer estavam cobertas pelo Seguro?
Os problemas da sociedade grega não justificam os meios (puníveis) utilizados. A não ser a utilização de um conjunto de putos naturalmente "vítimas da ssciedade", "vítimas do sistema", "vítimas de Bush" (podia lá faltar esse ass hole!) como forma de acender a chama da "revolução".
Chamemos a isto "a forma política da pedofilia". E que pode dar origem à morte de menores com a idade de, por exemplo, 15 anos. Em pleno anonimato e impunidade.

Vale tudo, pelo mínimo tirar olhos.

No Fliscorno, coisas de vígaro.

.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pirómanos e fogo de artifício

O governo grego demorou 4 dias a perceber que a escumalha especialista em cocktail Molotov é "inimiga da democracia".

Face à "violência policial", os palermas do costume trataram de pedir a imediata demissão do governo.

Quando a tormenta passar, caso a direita saia reforçada, será acusada de ter demorado demasiado tempo a tomar medidas para contabilizar votos a seu favor. Caso contrário, a esquerda chegará ao poder e acusará a direita de não ter entendido as "razões profundas da revolta" mas manterá as medidas repressivas que a direita tenha implementado.

Há ainda a possibilidade de nem uma nem outra perceberem que terão que arrear porrada de criar bicho nas fuças dos pirómanos e, nesse caso, cá estaremos.

.

SEMPRE, SEMPRE AO LADO DO POVO...



"Nós soldados, juramos ser fiéis à Pátria e lutar pela sua liberdade e independência. Juramos estar sempre, sempre ao lado do Povo, ao serviço da Classe Operária, dos Camponeses e do Povo Trabalhador, pela democracia e poder para o povo, pela vitória da revolução socialista"

Caso se tratasse de poesia ou de uma proposição para um novo hino nacional, poderíamos dizer que esta frase é demasiado descritiva para ser poética, porque não deixa muita margem à imaginação, um mal de que padecia este período revolucionário da nossa história. Mas como não se trata de poesia, mas sim de política, a coisa é mais grave, dá azo a mal-entendidos. Porque além de confusa, a frase contradiz-se nas suas intenções. Lutar pela liberdade num país que sofria da falta dela, é uma boa causa, mas lutar pela sua independência em 1974, num país que já é independente desde 1640, não faz sentido! Outra coisa que não faz sentido é jurar que estaremos sempre ao lado do Povo Trabalhador!

Nós quem? Ao lado, a fazer o quê?

Além disso, quem é que nos garante que a classe operária e os camponeses querem uma Revolução Socialista, sobretudo sabendo eles que esta é a maneira mais eficaz de lhes sacar o pouco poder que ainda vão tendo em regimes capitalistas?

Há, e sempre haverá, românticos (e os militares também são gente) que num período atribulado perdem a cabeça e exageram nas suas promessas de fidelidade. Toda a gente sabe de experiência própria o quão difícil é ser fiel à nossa mulher (ou marido), quanto mais à Pátria. (Bem vistas as coisas, até é mais fácil ser eternamente fiel à Pátria, entidade vaga e constituída por gente com interesses variados, do que ao nosso marido ou à nossa mulher, entidade omnipresente!

Mas então porque razão é que o povo, antes de 1974, data em que a dita cuja frase foi proferida, já punha em larga escala os cornos à Pátria: emigrando ou desertando do serviço militar? E o mais engraçado é que para ambas as situações tinha atenuantes válidas.

Como toda a gente sabe, uma grande parte do povo era muito maltratada pelos antigos donos da Pátria, não é pois para admirar que na primeira oportunidade trocassem de Pátria, e arranjassem outra que lhes oferecesse melhores condições. Onde, com o fruto do seu trabalho, pudessem comprar facilmente uma vuatúre. Até mesmo amealhar o suficiente para mais tarde mandar construir uma meisón na aldeia natal. E quem tem meisón na terra, sente uma vez por ano uma necessidade fisiológica de chegar o mais rapidamente possível ao seu destino, à sua meisón. Mesmo que para isso tenha que aterrorizar as estradas espanholas ao volante da sua vuatúre durante o período de férias. E férias pagas na sua Pátria, é coisa que o povo nunca tinha ouvido falar, razão pela qual foi mesmo obrigado a inventar o neologismo ‘vacanças’…

O povo das classes médias é um caso mais complexo, nem todos se podiam queixar de maus tratos por parte dos donos da Pátria, pelo menos que pudessem justificar um divórcio. Alguns tinham em relação aos donos da Pátria apenas uma divergência de interesses. A Pátria tinha interesses em África, que por uma razão de egoísmo mesquinho e de falta de visão, nunca quis partilhar com este povo. (Nem com este, nem com outro…)

Os donos da Pátria, completamente alheios aos perigos em que se afundavam, e com eles a Pátria, sentiram de repente a necessidade de defender, não a Pátria, mas os seus interesses em África, e foi assim que fizeram um apelo oportunista ao povo mais jovem! Mas como uma parte considerável desta juventude nunca usufruiu dos tais interesses da Pátria, fez-lhe um manguito e disse-lhe: ou comem todos ou há moralidade… Moral da história: esta parte do povo acabou também por trocar de Pátria, tal e qual como a outra.

Tolhidos pela saudade que uma longa permanência no exílio geralmente provoca, sem meisón na terra, longe da família e dos amigos, impossibilitados por razões políticas de exibirem também a sua vuatúre, estes jovens são facilmente receptivos a novas ideologias, novas mundivisões, novas drogas… E é assim que ouvem pela primeira vez alguém dizer que a religião é o ópio do povo e, como entretanto já se tinham familiarizado com o ópio ou seus derivados, resolveram estar sempre, sempre ao lado do povo…

Mas é mais do que evidente que esta nova postura, o estar ao lado do povo, era mais ditada por uma grande dose de saudade e muito fuminho, do que por uma análise racional dos interesses de cada um. A maioria daqueles que juram estar sempre, sempre ao lado do povo, mentem - típico de drogados!. Porque não é precisamente ao lado do povo que eles querem estar, mas acima… Na realidade eles não são muito diferentes dos donos da Pátria, daqueles que oprimem o povo (falta-lhes apenas o poder). O que não é de estranhar, visto fazerem parte do mesmo povo, com os mesmos hábitos e as mesmas taras. Por isso mesmo querem ser algo mais do que simplesmente povo, querem ser o seu representante. Recrear talvez certos aspectos exteriores, enquanto isso estiver na moda, mas deixando bem claro quem tem a faca e o queijo na mão.

Mas apesar de fazerem parte do mesmo povo, estão agora imbuídos de novas leituras e de novas ideias, não necessariamente mais modernas, mas que se podem muito bem resumir, evitando assim uma porrada de ‘ismos’, numa abordagem do povo diferente do posso-quero-e-mando tão peculiar dos anteriores donos da Pátria. Como já vimos, os novos amantes do povo têm precisamente a mesma atitude, mas introduziram uma inovação que, se não fosse o ódio que geralmente nutrem pela gestão capitalista, eu diria que se trata de uma técnica de marketing! Ou seja, são eles quem põem e dispõem, mas incutem ao mesmo tempo no povo a ideia que é ele quem manda; que ele é quem decide; que tudo lhe pertence…

Não será isto uma visão demasiado cínica de povo? Perguntará o leitor, não haverá gente verdadeiramente idealista entre o povo?

Há sim senhora. Há realmente gente pronta a tirar a camisa do corpo para cobrir o primeiro proletário ou camponês que se cruzar no seu caminho. Mas em parte nenhuma do mundo, nem mesmo na Palestina, estes benfeitores são em grande número – e quando aparece algum, pregam-no a uma cruz e só depois de morto é que este consegue alguns adeptos, quando já se tornou inofensivo!. Mas mesmo quando um pobre idealista, por distracção momentânea dos outros, chega muito perto do poder, o cínico, o maquiavélico, o que nasceu para mandar, tratará sempre de partir as pernas a este ingénuo cheio de boas intenções na primeira oportunidade que se lhe depara. Geralmente antes de este se tornar perigoso. Antes de ele querer dar realmente o poder ao povo….

Nelson Mandela há poucos, geralmente são os Estalines e os Mugabes quem sempre acabam por ocupar as cadeiras da frente. Por isso, o melhor é o povo fazer pela vida, informar-se o mais que possa, protestar de vez em quando, fazer barulho quando for preciso, mas sobretudo desconfiar sempre daqueles que dizem estar sempre, sempre ao lado do povo...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Um eterno privilegiado


Há tipos que nascem mesmo para serem uns privilegiados. Até na morte. Vejam lá que o António Alçada Baptista conseguiu que nenhum membro do governo estivesse no seu funeral!

E viva ao PCP!


"1.3.14. Importante realidade do quadro internacional, nomeadamente pelo seu papel de resistência à «nova ordem» imperialista, são os países que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista – Cuba, China, Vietname, Laos e R.D.P. da Coreia. Com percursos e experiências distintas, estes países deparam-se com problemas e contradições inerentes ao próprio processo de transformação social, condicionados e ampliados pelas relações capitalistas dominantes a nível internacional. Sujeitando-os a todo o tipo de pressões políticas e económicas, ameaças militares, operações de subversão e campanhas mediáticas de intoxicação, o imperialismo visa a desestabilização destes países apostando numa reversão das suas opções de transformação social. Tais pretensões encerram graves perigos para a segurança internacional e, a vingarem, significariam um enorme retrocesso da luta libertadora. Independentemente das avaliações diferenciadas em relação aos caminhos e às características destes processos, e das interrogações e inquietações que nos possam suscitar, face à concepção programática própria do PCP de socialismo para Portugal, mas entendendo que não há modelos nem vias únicas para a construção da nova sociedade liberta da exploração do homem pelo homem, o PCP considera de fundamental importância reconhecer e assegurar o direito dos povos destes países a decidir livremente sobre o seu próprio caminho. É esse o seu interesse e o interesse da causa do progresso social e da paz em todo o mundo."

Aconselho vivamente a leitura dos restantes pontos. Diversão assegurada pela noite dentro!

Um caso da vida


Uma familiar minha, professora, contou-me que encontrou, na passada segunda-feira, na clínica de fisioterapia em que se encontra em tratamento, um colega que já não via há uns anos. Esse colega iniciava naquele dia um segundo ciclo de sessões de recuperação após uma operação a um dos joelhos. Tudo indica, porém, que terá que voltar a repetir essa operação, após o que, naturalmente, tornará à fisioterapia. Anda nisto há quase um ano.
Motivo? Confrontado com uma briga entre alunos, procurou separá-los. No meio dos seus esforços, um deles caiu sobre aquele joelho, originando uma lesão interna grave. De então para cá, para além das dores, há a registar todas as despesas feitas (que a ADSE não cobre nem integralmente nem na totalidade), bem como o desconto sofrido no tempo de serviço, por ter faltado mais de trinta dias num ano, e aquele que virá ainda a sofrer, dado ser forçado a repetir em breve todo o processo.
O que aconteceu entretanto aos alunos? Uma repreensão. Possibilidade de vir a agir judicialmente, tendo em vista as legítimas compensações? A legislação em vigor não prevê que os professores ajam, apenas que mantenham compreensivamente a disciplina e a concórdia entre os existencialmente desvalidos alunos, que não pediram para nascer. E que sejam atenciosos com os eleitores, perdão!, com os pobres e inseguros pais, a quem já basta terem o infortúnio de serem obrigados a educá-los e suportar os seus caprichos e crises de identidade social. E que se lembrem de que, pais e filhos, necessitam de apoio para poderem viver em sociedade, coisa antinatural a que é forçado o bom selvagem rousseauniano, pervertendo-o e fazendo despoletar nele as mais negativas tendências.
O Ocidente cava a sua própria tumba.

Europa e as palavras: a ajuda dada para afundar ainda mais o barco


O Zimbabué está mergulhado em tudo quanto é crises: numa crise económica, numa crise humanitária, numa crise política, numa crise social. O país está completamente de pantanas, fruto da inteligente gestão do camarada Robert Mugabe, que em 1980 foi eleito pela maioria Shona (da qual faz obviamente parte), para o cargo de Primeiro-Ministro. De Primeiro-Ministro para Presidente inquestionável da República foram precisos apenas pequenos passos, passos esses dados com recurso à lei das armas e do medo, obviamente.

Depois da junção da ZANU de Mugabe com a ZAPU (ambos os partidos foram, convém frisar, camaradas de armas na luta contra o regime de Ian Smith), o espaço para a actuação espectacular de Mugabe estava aberto. "Rumo ao socialismo" era a frase em 1987: reformas esperavam-se no Zimbabué.

As reformas duplicaram o atraso de que o país já sofria (os atrasos, diga-se, não eram nada do outro Mundo dentro do contexto Africano naqueles tempos, sendo que o país até dava sintomas de interessantes progressões).

Robert Mugabe estendeu os tentáculos do Estado a todos os cantos da vida económica. A reforma agrária, a nacionalização compulsiva das indústrias, a expropriação e expulsão da minoria branca, o controlo dos preços e a corrupção conduziram o Zimbabué rumo à penúria, via socialismo (não estará o que o tipo fez escrito em algum lado?).

Não nego, no entanto, a necessidade de reformas no Zimbabué aquando da chegada de Robert Mugabe: a minoria branca possuía, na altura, a grande maioria das propriedades, a esmagadora maioria das indústrias e dos recursos naturais, por força do apoio dado a elas pelo regime de Ian Smith.

Robert Mugabe achando que amor com amor se paga, aqui vai disto: o pior é que, em vez destas propriedades passarem para as da maioria negra (do mal o menos), as propriedades passaram para a sua família e para os seus amigos, sob o pretexto de que era o Estado que as possuía.

É agora chegada a hora de alguém chegar à caixa de comentários do Fiel Inimigo, afirmando que isto não é socialismo. Desculpem meus amigos, mas eu não conheço outro socialismo: eles acabaram sempre da mesma maneira.

Motivada pela crise de cólera que assola o território, a União Europeia vem, finalmente, pedir a demissão do senhor Mugabe.

Uma pergunta vem-me à cabeça: será que a União Europeia acha que com pressões diplomáticas e com um apertar maior à economia do Zimbabué chega a algum lado? A mim parece-me que estas soluções à Europeia só prejudicaram ainda mais o Zimbabué.

A inflação continua a subir a olhos vistos: em Abril deste ano chegou aos 100000%!

Não é o apoio ao amiguinho Morgan Tsvangirai que vai resolver o problema, até porque o homem é farinha de saco diferente mas parecido: na década de 80, Tsvangirai era um conhecido membro da ZAPU-PF. Apenas em 1999 é que foi fundado o MDC. Convém não esquecer, também, que ele é o actual Primeiro-Ministro, aceitando trabalhar com Mugabe.

A solução é única: intervenção militar. E agora os Estados Unidos da América, que salvaram a situação na Jugoslávia depois de tanta trapalhada da Europa e tiraram Saddam Hussein do poder em 2003, podem revelar-se indispostos.

Desculpem a redundância, mas face à condenação cega de praticamente toda a Europa à intervenção militar Americana que livrou o Iraque de um tipo de nível superior ao Mugabe, como agirá a Europa a favor de uma intervenção no "pacífico" Zimbabué?

Às armas!

O lóbi do armamento acaba de manipular mais um.

.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Que as cóleras de todo o mundo se virem contra Bush

Não pode passar ao lado que o Zimbabwe, terra da leite e do mel resultante da expulsão dos agricultores colonialistas brancos que mantinham a pata sobre o glorioso e verdadeiro povo, está a sob uma ataque de cólera.

Bush, certamente, e apesar das portentosas conquistas que a revolução socialista local conseguiu alcançar, logrou contaminar todas as fontes convencionais de água potável obrigando os habitantes a escavar poças em lagos de esgoto putrefacto em busca de restos do precioso líquido.

A imprensa europeia insiste na seca e na inexistência de fontes não contaminadas, esquecendo-se de apontar a inexistência de desinfectantes e esquecendo-se que se houvesse uma simples e eficiente distribuição de .. lixívia, o números de baixas seria infinitamente inferior. Não falemos da incapacidade em manter energia nas bombas de água e da impossibilidade em manter tapadas as roturas das canalizações . Muito menos devemos lembrar as complicações que o seu radioso dirigente impõe a organizações humanitárias.

Claro está que não só Bush mandou a CIA contaminar todas as fontes de água potável, fundir todos os fusíveis e esburacar todos os canos, como impôs a todos os gigantes da química, que controla, um bloqueio à exportação de lixívia para o Zimbabwe.

Aia Aia, que nunca mais apanhas Bush.

.

Thugs


Na TV e nalgumas rádios, a notícia: “Na Grécia, manifestante morto pela Polícia”.

Pelo desenvolvimento percebia-se que os “manifestantes” tinham atacado um carro de polícia à pedrada e a cocktail Molotov, que a polícia tinha ripostado matando um dos atacantes.

Claro por Bush lhes chamar “thugs”, nunca os “manifestantes” poderiam estar na origem de uma vítima, portanto, havia que transformar a escumalha arruaceira em vítima e os polícias em assassinos.

.

Tip


Pçual tip o men é meme bacano! Vejam lá q o gajo tip ontem na tevisão disse q tip queria por a América açim toda tip prá frente açim tip pó pogreço e q ia modar os competadores das escolas e tip polas açim todas fixes remendadas e q as crianças tip tinham direito de ter asseço à Internet e q açim tip é q o país se ia desinvólver e mudernizar. A final paresse q tip os gajos lá são açim comá gente tip q teem falta de competadores e tudo os gajos paresse q os gajos são uns atrazadus do carassas men.
Pá o gajo é meme bacano pá! Tip até fazia lembrar o Sócrates açim todo tip coiso na maneira de falar e tip a falar dos ospitais que tambem percizam de se ligar pla net e o carassas…
Pá men o gajo é meme bacano meme bacano pá! Querem ver q o pçual ainda vai tip vender o Magalhães pra lá? Pá era meme fixe men!
Pá o gajo é tip meme bacano meme tip bacano pá!

Aos 81 anos


Cerca das 15h de hoje, morreu António Alçada Baptista.

O Cagalhães.

Fazê-lo sentado e com limpeza é uma das conquistas de Abril.
Na longa noite fascista, o povo não tinha direito à dignidade do cólon, e só o grande capital, os latifundiários, os Mellos, os Champalimaudes e os neoliberais ultraconservadores imperialistas tinham acesso ao privilégio das 4 folhas macias e perfumadas.
Nestes tempos de turbulência e até flatulência, em que se assiste à derrota do capitalismo, do neoliberalismo e do Benfica (5-1 na Grécia, uma vergonha), é preciso alguém que resista, é preciso alguém que diga não ao violento ataque aos direitos intestinais e outros, dos trabalhadores.

A reacção, reforçada por xenófobos imperialistas ultraliberais e neoconservadores, e gananciosos ultraconservadores imperialistas e neoliberais, mostra as suas verdadeiras intenções que passam por privar o proletariado do direito ao rolo, pretendendo obrigá-lo a usar folhas de jornais privatizados, placas de contraplacado, giestas, bocados de tijolo, pedras e até fichas do novo modelo de avaliação dos professores

Apesar dos reveses sofridos, a violenta ofensiva do imperialismo não dá sinais de recuo, antes se acentuam os seus traços fundamentais – exploração, opressão, agressão, militarismo, roubo de casa de banho- calamidades às quais as massas trabalhadoras e obradoras resistem com determinação revolucionária, e vassouras de piaçaba.
Na devastação causada pelo imperialismo bushista, em Guantanamo, nos voos da CIA, na Guerra do Iraque, Palestina, etc, os trabalhadores e a classe operária sofrem terríveis desarranjos gástricos, porque as forças neomonopolistas e arqueoliberais, conduzem uma pilhagem sistemática e selvagem de todos os rolos de papel higiénico, deixando os povos mergulhados nas mais profundas depressões intestinais

Levam-nos às carradas, numa ganância desenfreada, e tudo lhes serve, modelos dos mais baratos, cor-de-rosa, com cheiro a alfazema, de folha dupla, mono, bi e até trifuncionais, incluindo alguns usados e em 2ª mão. Há já casos identificados de deslocalização das casas de banho das fábricas, na Marinha Grande e na cintura industrial.

Face a este quadro, a luta de classes agudiza-se, convergindo na condenação e rejeição das políticas intestinais do grande capital e do imperialismo. A resistência generaliza-se e temem-se reacções desesperadas. O sindicalista Mário Nogueira prepara-se mesmo para se barricar frente ao Ministério da Educação, ameaçando limpar o rabo com fichas “deste modelo” de avaliação, ao passo que o Bloco de Esquerda está já a preparar para este Inverno um Acampamento de Verão, com a participação do Hélder do Milho, conduzindo workshops sobre métodos alternativos, pós-modernos e sustentáveis para limpar o cu, explorando a alteridade das barbas do milho livre de OGM.
A própria Protecção Civil planeia conduzir um simulacro, com o nome de código “Operação Bostada”, para decantar procedimentos a aplicar e caso de obstipação generalizada.

Do Governo espera-se uma intervenção apaziguadora e o 1º Ministro deverá brevemente anunciar e demonstrar o uso do Cagalhães, uma pequena maravilha tecnológica e porreira, da qual pouco ainda se sabe mas que, segundo fontes bem colocadas, irá revolucionar a arte de cagar, tornando-a mais consentânea com o modelo social europeu, e susceptível de diminuir a dependência externa, podendo mesmo ser vendida à Venezuela.


P.S. Algumas das passagens deste texto foram extraídas das teses do último Congresso do PCP, leitura obrigatória em qualquer casa de banho de média qualidade, e muito eficaz na prevenção da obstipação.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Os vendedores


Quando a Lurdinhas chegou ao poder havia largas centenas de professores pagos pelo estado a “realizar trabalho sindical” a tempo inteiro. Perante o bordel a ministra resolveu-se pela lixívia. Resolveu bem mas decidiu mal: ficou por metade.

Paralelamente resolveu implementar o Estatuto da Carreira Docente (ECD) e, como alavanca, resolveu esgravatar a história do sindicalista pago pela entidade patronal.

Para não levantar muitas ondas a ministra aceitou eliminar apenas uns ¾ dos tachos sindicais e os sindicatos venderam a aceitação do ECD. A curto prazo o negócio foi “bom” para ambas partes mas, a médio prazo, como se previa, o negócio revelou-se ruinoso para o país inteiro.

“Lutas” e mais “lutas” têm tido lugar, e os sindicatos resolvem agora "reivindicar" a renegociação do ECD. Que se proporão vender desta vez?

Quanto ao contínuo putedo na sala de aula, o silêncio é sepulcral. Como diria Busssssh, F...-se!

.

Tempo e Matemática

[Recebido por e-mail]

Ensino, anos 60

Um camponês vende um saco de batatas por 100€. As suas despesas de produção elevam-se a 4/5 do preço de venda. Qual o seu lucro?

Ensino tradicional, anos 70

Um camponês vende um saco de batatas por 100€. As suas despesas de produção elevam-se a 4/5 do preço de venda, ou seja, 80€. Qual é o seu lucro?

Ensino moderno, anos 70

Um camponês troca um conjunto B de batatas por um conjunto M de moedas. O cardinal do conjunto M é igual a 100 e cada elemento de M vale um euro. Desenha 100 pontos que representem os elementos do conjunto M. O conjunto C dos custos de produção compreende menos 20 pontos que o conjunto M. Representa o conjunto C como um subconjunto M e responde à seguinte pergunta: Qual é o cardinal do conjunto L? (Escreva-o a vermelho).

Ensino renovado, anos 80

Um agricultor vende um saco de batatas por 100€. Os custos de produção elevam-se a 80€ e o lucro é de 20€. Trabalho a realizar: sublinha a palavra «batatas» e discute-a com teu colega de carteira.

Ensino reformado, anos 90

Um kampunes kapitalista privilijiado enriquesse injustamente em 20€ num çaco de batatas, analiza o testo e procura os erros de kontiudo de gramatica, de ortografia, de pontuassão e em ceguida dis o que penças desta maneira de enriquesser.

.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Piratas

Algures aí para trás, o CdR questiona-se se uma boa forma de acabar com a pirataria no Corno de África não seria recebê-la a tiro.
Tem razão, da mesma maneira que uma boa maneira de acabar com a pobreza e a doença é fazer com que todos seja ricos e saudáveis.
Formulados os princípios, estamos todavia no mesmo sítio quanto a soluções concretas.
Em primeiro lugar porque os tripulantes da maioria dos navios não são combatentes de faca na liga, não têm armas à sua disposição, uma vez que lhes seria proibido entrar com elas em águas territoriais da maioria dos países, nem conhecem tácticas militares.
Para um navio qualquer fazer frente a meia dúzia de piratas bem armados (com metralhadoras e lança-foguetes) equipados com barcos velozes, teria de:

1-Ter pelo menos uma arma pesada colectiva, capaz de manter à distância os agressores, impedindo-os de disparar granadas-foguete contra o navio.
2-Ter uma tripulação capaz de a operar e com rotinas de prontidão para combate
3-Ter organizado um serviço de escala que assegurasse vigilância contínua.

As actuais leis internacionais não permitem tal coisa, nem a imensa maioria dos armadores tem capacidade para instalar esse tipo de serviço em cada navio.
Os grandes petroleiros e os navios de cruzeiro poderiam organizar-se desta maneira, mas na prática toda a gente espera escapar nos intervalos da chuva e há quem tema que se os navios responderem de forma violenta, em alguns casos não terão sucesso e aquilo que seria um simples sequestro, poderia transformar-se num massacre.

Este raciocínio tem alguma lógica num determinado caso particular mas é altamente perverso nos seus efeitos. Se ninguém confrontar os ladrões pelo medo que eles usem a força, então mil ladrões florirão, como diria o camarada Mao, e a prazo o prejuízo será maior.

Assim sendo, a solução imediata passa por:

1-Medidas preventivas (evitar rotas perigosas, não deixar escadas e cordas penduradas, avisar navios de guerra próximos)
2-Medidas paliativas (canhões de água, uso de sistemas sónicos de dissuasão, manobras evasivas, boas comunicações, etc)
3-Medidas de combate (atacar os piratas nos seus santuários, mesmo correndo o risco de que morram reféns. Um ataque devastador mataria muitos piratas e acossaria os outros, retirando-lhe a sensação de segurança e impunidade). As medidas de combate terão de ser decididas e executadas por um país com capacidade militar, ou uma aliança.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Embuamo-nos do espírito adequado


Os idiotas do Minestério da Indukação e do Largo da Ratazana pariram, algures por Setembro, uma verborreia qualquer a que chamam “estatuto” e que estabelece, entre várias imbecilidades, que um aluno com mais que 7% de faltas injustificadas pode limpar o cadastro se for submetido a uma prova adequada. O ministério não especifica a que chama “adequada”, deixando a decisão ao critério das escolas (leia-se aprovem tudo, dê lá por onde der).

Por estas e por outras, centenas de milhar de horas de trabalho ou descanso são torradas em reuniões orgásticas para discutir assuntos tão concretos como espiritismo.

Entretanto, a inqualificável Lurdinhas vem repetido que qualquer aluno que abandone a escola o fará certamente por ter sido abandonado pelo professor (dos cães diz-se o mesmo em relação aos donos).

A chatice está na puta da realidade.

Há cada vez mais alunos a abandonar a escola porque sabem que, após os 18 anos (nalguns casos 23), têm possibilidade de lá voltar por via de uma tal EFA – Educação e Formação de Alunos. “Será muito melhor porque é mais fácil e somos pagos e tudo”.

600€ por aluno, sairão do bolso do contribuinte, por aluno, em cada mês. Não haverá problema. O Magalhães (amen) ajudará a fazer as contas.

.

O Intelectual

Impasses: O Intelectual
O intelectual, na nossa tradição, é, por definição, crítico do poder. Que, na prática, seja eminentemente selectivo na sua crítica, não interessa aqui. É crítico em relação ao poder: e, portanto, tem que ser crítico da “hiper potência”, os EUA. Vale a pena sublinhar que essa associação entre o “intelectual” e o “crítico do poder” (e, por arrastamento dos EUA) não é acidental: é essencial. O que aconteceria – continuemos a pensar – se o intelectual falhasse nesse momento decisivo: isto é, se não exibisse a sua indignação face à “hiper-potência”? Não há dúvidas possíveis: perderia o seu “estatuto”. Ora nada de pior lhe poderia acontecer que isso, já que o intelectual partilha, com o jet set a característica fundamental de ser o seu estatuto, ou, em linguagem mais simples, de ser conhecido por ser conhecido. Quantos intelectuais resistiriam a essa perda de “estatuto”? Vários, sem dúvida: aqueles que têm uma obra, reconhecida com base em critérios mais ou menos seguros, nos seus respectivos domínios. Quantos não resistiriam? Muitos, muitos mesmo, imensos, a maioria. A coisa está assim explicada. Os “belicistas” põem em causa o estatuto do intelectual. E não se brinca com a sobrevivência.
.

Esquerda e racismo bem-pensante


A fixação da esquerda em Bussssh e na guerrrrra é paradoxal.

Em África, comunidades dizimam-se mutuamente sem que a esquerda produza nem sequer uma vigiliazita, mesmo que pálida versão das que adorava e adora realizar à porta da Embaixada dos EUA.

Na África do Sul o ex-presidente Thabo Mbeki negou durante anos a existência de sida, sabotou campanhas a favor do uso do preservativo e, como se já não fosse imbecilidade suficiente, defendeu que o uso do preservativo tirava a tusa.

Da esquerda, novamente, silêncio sepulcral.

A esquerda encara os problemas de África como problemas lá entre eles – pretos. Acertos de agulhas de culturas alternativas. Assuntos sobre as quais ninguém deve opinar sob pena de ser considerado um agente da mais intolerável ingerência neo-colunialista.

A esquerda, racista ao mais alto grau, tem apenas dedo para apontar a Bussssh, justamente aquele que mais contribuiu para aplacar o mesmo tipo de ímpetos xenófobos e a mais manifesta intolerância religiosa islamita.

.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A história do Senhor Adel Kaadan


“Em 1995, a família Kaadan (os pais e os seus dois filhos) tinha expressado o desejo de comprar uma parcela de terreno numa aldeia recentemente edificada no centro do país, para aí construir uma casa e instalar-se. Como o próprio Tribunal indica na apresentação dos factos, a família Kaadan procurava assim, com toda a legitimidade, melhorar as suas condições de vida. No entanto, desde as suas primeiras diligências (junto da Administração local, bem como da Agência Judaica), foi-lhes dada uma resposta negativa: os árabes não estavam autorizados a apresentar a sua candidatura. A aldeia em vias de criação estava reservada somente para judeus. Apoiado pela associação Israelita dos direitos cívicos, Adel Kaadan dirigiu-se ao Supremo Tribunal (que desempenha também as funções próprias do Conselho de Estado Francês), pedindo que a decisão fosse revogada. É necessário relembrar que, neste caso, não se trata de modo algum dos territórios ocupados: a aldeia encontra-se efectivamente em Israel e Adel Kaadan é árabe de nacionalidade Israelita.”

“(…) A decisão de 8 de Março de 2000 relembra, todavia, que várias tentativas de compromisso entre Adel Kaadan e as Autoridades locais não foram bem sucedidas. Era, pois, necessário que o Tribunal tomasse uma posição. Foi o que aconteceu de uma forma muito clara (maioria de quatro para um), escrevendo (foi o presidente do Tribunal Aharon Barak que redigiu a sentença): “Declaramos que o Estado não tinha o direito de atribuir terrenos públicos à Agência Judaica para aí construir a aldeia chamada Katzir numa base discriminatória entre judeus e não judeus.””*

*MUCZNIK, Esther e RUAH, Joshua – “Israel Ontem e Hoje”

A história do senhor Adel é fruto para diversas reflexões:

1 – Israel tem um longo caminho pela frente na tentativa de igualar os direitos e deveres de todos os seus cidadãos, independentemente da religião, etnia, estatuto social e género. Continuam a persistir, tanto a nível legal como na sociedade, obstáculos difíceis de ultrapassar para os cidadãos não judeus. Estes resquícios de tempos já distantes, onde existiam políticas rígidas de colonização judaica na Palestina e de atribuição de passaportes Israelitas a cidadãos não judeus, têm que ser eliminados. Legalmente o trabalho está a ser feito por pessoas capazes e cientes de que Israel precisa, agora, de se afirmar noutros campos, mostrando ao Mundo e em especial à Europa (já mostrou vezes sem conta) o porquê de jogar do nosso lado.


2 – O Senhor Adel é, acima de tudo, um sortudo. É um sortudo porque vive num Estado de Direito Democrático, pese embora as limitações e as peculiaridades do Estado Israelita. Certamente que, se o senhor Adel se chamasse Jacob e vivesse em Beirute ou em Teerão que não teria a possibilidade de ir a tribunal, ganhar a acção e fazer História. Sim, História: casos destes são moderadamente frequentes em Israel. Mas a decisão de 2000 é mais um motivo para acreditar no sucesso do Estado Israelita.

3 – O Senhor Adel descende, muito provavelmente, de árabes que pensavam pela própria cabeça. Deve ser descendente de indivíduos que não se deixaram ir na famosa cantiga dos “Sionistas criminosos”, cantada por todo o Mundo Árabe mal foi declarada a independência do moderno Estado de Israel, em 1948. Na pior das hipóteses o Senhor Adel tem antepassados resistentes, que não caíram na tentação de abandonar Israel (não nos iludamos senhores: Ben Gurion nunca desmentiu a necessidade de fomentar a fuga de alguns dos árabes, posteriormente designados Palestinianos. Porém, muito longe de obrigar alguém a fugir e de matar alguém).

4 – Israel é um estado que está disponível para engolir sapos, dar passos atrás e reconhecer que errou. Fê-lo no caso do Senhor Adel, fê-lo nos Acordos de Oslo, fá-lo diariamente. Por Israel o problema já estaria resolvido em 1948, com as fronteiras definidas pela ONU no mesmo ano: mas os árabes da altura, achando-se apoiados por Allah, decidiram que os judeus deviam ser atirados ao mar. A Guerra desencadeou-se, Israel venceu e os árabes já aceitavam as fronteiras. Agora? Agora nós ditamos as regras do jogo.

5 – Israel nasceu como um Estado feito para os Judeus, por força das milenares perseguições de que este povo foi alvo ao longo da História. Em meados da década de 30, não faltavam pessoas na Europa a escreverem nas paredes a seguinte frase: “Os Judeus para a Palestina!”. Hoje em dia estão cerca de 6 milhões de Judeus no Estado de Israel e a Europa continua, diariamente, com ataques aos judeus, ao seu povo e ao Estado que edificaram. Muitos dos atacantes são apenas pró-Palestinianos, anti-Sionistas, anti-imperialismo ou anti-EUA.

É comum observar as elites da esquerda Europeia a criticar Israel, a defender os Palestinianos, a travar amizades proveitosas com o xeque Nasrallah, a converterem-se ao Islão e a beijarem o rabo ao Ayatollah.

Quererá a esquerda a aplicação da Sharia? Quererá a esquerda ver o Islão a dominar o Mundo?

Não. A esquerda envereda, neste aspecto, pelo realismo. Como diria Maquiavel: os fins justificam os meios..

Tudo vale para deitar o "sistema" ao chão.

Ideias terroristas

Dez islamistas decididos a morrer, lançaram o caos numa cidade cuja população é maior do que a portuguesa e o saldo chegou quase aos 200 mortos.
Claro que duzentos mortos lá tão longe despertam menos indignação do que um terrorista palestiniano liquidado por um raid israelita, mas isso são contas de outro rosário e não consta que Daniel Oliveira tenha programada uma viagem de solidariedade aos oprimidos de Mumbai ou Bombaim, ou lá como se chama a terra.
Também no Índico, mas já mais perto, os piratas do Corno de Africa abordam e sequestram petroleiros, cargueiros e navios de cruzeiro com a facilidade com que eu tomo uma bica no café da esquina.

Tenho a razoável convicção de que os islamistas já juntaram as peças do puzzle.
Um navio de cruzeiros, carregado com mais de mil infiéis, ainda por cima maioritarimente ocidentais é um alvo de primeiríssima qualidade para um comando terrorista.
Com o navio a navegar, digamos para Nova Yorque ou Roterdão, devidamente atestado de explosivos e com 1000 reféns a servir de escudos humanos, Alá rejubilaria e a jihad ganharia asas.
Um petroleiro também daria um bom desastre, mas apenas de natureza ecológica.
Aguardemos...na minha opinião, pouco.

Frankenstein

Durante muitos anos, o poder político e militar paquistanês viveu em comunhão de facto com o terrorismo islâmico.
O Paquistão criou redes de terroristas islâmicos, ideologicamente formatados nas madrassas e teledirigidos pelos serviços secretos, na prossecução de interesses no Afeganistão e na Cachemira.
O programa escolar "Corão+Kalashnikov" foi um sucesso, estendeu-se a todo o país e dezenas de milhares de madrassas nasceram com a conivência e cumplicidade do poder político e sobretudo do aparelho militar, particularmente dos serviços secretos (ISI).
São incontáveis os grupos islâmicos que pregam , treinam e levam a cabo acções violentas, trata-se de um autêntico vespeiro que o poder ajudou a criar e pensou poder utilizar como proxies.
Sob ultimato americano, na sequência do 9/11, Musharaf foi dizendo nim e dando uma no cravo e outra na ferradura, mas sem particular empenho.
O problema é que os monstros tendem a escapar ao controlo de quem os cria.
O jihadismo tem agenda própria e os islamistas criaram uma estrutura tão poderosa e tão infiltrada nos círculos do poder militar que já não se sabe muito bem quem é o títere e quem é o titereiro.
O próprio exército paquistanês é uma força jihadista, que tem como lema, “ Fé, e jihad no caminho de Alá”, e cujos quadros foram doutrinados nesta visão.
Tanto o Ocidente como a Índia têm boas razões para acreditar que é nos santuários islamistas no Paquistão que hoje se alicerça a rede jihadista mundial e se prepara a carne para canhão utilizada no Afeganistão, Iraque, Cachemira e cidades europeias, e tudo isto sob o olhar conivente e cúmplice do aparelho militar paquistanês.
Este governo parece querer combater uma situação que tenderá a explodir-lhe na cara cada vez que houver atentados como o de Mumbai, mas é um poder fraco, perante a imensa inércia do Exército.
O país está à beira de se transformar num estado falhado, é um barril de pólvora pronto a explodir, e se a rede islamista não fôr destruida, mais tarde ou mais cedo os alvos externos irão puxar o gatilho contra o Paquistão.
Para começar a União Indiana exigiu a entrega de 20 cabecilhas islamistas que se passeiam tranquilamente no Paquistão, com o beneplácito do poder paquistanês.
O governo paquistanês está numa posição perturbadora. Não os pode entregar, mas tampouco os pode proteger e terá de fazer gestos palpáveis de apaziguamento, porque uma potência como a União Indiana não pode tolerar indefinidamente agressões como esta.
A solução, vista de fora, parece óbvia: Frankenstein tem de ser desmantelado por quem o criou. Os santuários têm de ser destruídos, as madrassas encerradas e os líderes islamistas discretamente enviados ao encontro de Alá.
Se nada disto for feito, o Paquistão irá estar ligado a futuros atentados e mais tarde ou mais cedo o céu cair-lhe-á em cima da cabeça.
Desconfio que é isso mesmo que irá acontecer.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Piqueno esclarecimento

Carmo da Rosa:
Se Portugal é um país islâmico... Bem, já foi e, de tempos a tempos, ainda tem dias.
Que as criancinhas sirvam de inocente entretenimento a figuras mais ou menos públicas... Olhe, de vez em quando a tradição ainda vai sendo o que era...
Mas devo dizer-lhe que, com este post, só quis chamar a atenção para mais um lado das ambiguidades e equívocos em que a produção de legislação tem sido fértil em Portugal nestes aspectos e que não vão ajudar nada à resolução de futuras situações,bem pelo contrário (a meu ver, é claro). É que, repare, a aplicação da lei não só não é independente da sua interpretação, como esta, por sua vez, se encontra condicionada pelo costume e pela cultura em que foi produzida e se pretende aplicá-la.
Dou-lhe um exemplo: o nosso país tem, sem dúvida, uma das mais avançadas legislações referentes aos cidadãos com deficiências a todo o nível. Na prática, temos uma interpretação dessas disposições que coloca esses cidadãos em situações impensáveis em qualquer país europeu. E isso quase nunca com resultante da situação económica e financeira do país, mas apenas do mais puro desinteresse em resolver as situações ou, o que é ainda pior, pelo conceito daquilo em que consiste ser-se deficiente.
Lembro-me de, tempos atrás, uma amiga minha, deficiente física que vive num lar, ter precisado da colaboração do arquitecto (inglês) que o tinha desenhado e que, por mero acaso, encontrou num encontro internacional promovido pela UE, para fazer perceber aos restantes participantes aquilo de que estava a falar. É que a nenhum deles passava pela cabeça que a situação que ela descrevia pudesse existir.
Aqui há poucos anos, durante um curto período de férias que fiz nos Açores, em S. Miguel, o taxista que me levou a dar uma volta pela ilha dizia-me que, por aquelas bandas, aqueles que tinham o azar de ficarem incapacitados para o resto da vida devido a acidentes de trabalho eram "despachados" pela família para os hospitais do Continente, onde procuravam mantê-los ad aeternum. "Home que não serve pró trabalho, é home que se manda pró c...amandro", poderia ser um provérbio inventado pelo Herman para a mentalidade por ali reinante. E a interpretação da lei estava-lhe subordinada.
Tal como o tem estado a lei referente à adopção de crianças, que tanto telejornal à míngua de notícias e programas matinais para donas de casa tem ajudado recentemente.
Não sei se fui claro…
De resto, devo dizer-lhe que o post até me foi sugerido indirectamente (conversa numa mesa ao lado) por uma reflexão de alguém directamente interessado no assunto: uma moça que está a cursar Direito na Universidade de Lisboa. Não sei porque lhe terá ocorrido o assunto, mas lá que não tinha um ar muito descansado...
Abraço.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Foi o líder do CDS!


Computadores e calculadoras: geradores de burros



Reparem na atrapalhação que uma das rainhas do politicamente correcto demonstra de cada vez que Nuno Crato 'pisa o risco'.

.

MUMBAI COM PISCAR DE OLHO AO RICARDO...



Mumbai sim, por que não? Eu também tenho direito ao meu maldito nacionalismo, por isso escrevo e digo sempre Porto, nunca Oporto! Que maldito multiculturalismo é este, que quer obrigar uma cultura de cinco mil anos a aceitar o nome que os súbitos de sua majestade real lhe querem impor? E esta é a única relação que vejo entre os acontecimentos de Mumbai e multiculturalismo, uma relação ortográfica…

É evidente que os países ocidentais não são os ‘únicos alvos da cruzada Islâmica’! Darfur, Argélia, Marrocos, Indonésia, Iraque. No próprio Paquistão os Sunitas cometem regularmente atentados à bomba contra xiitas e vice-versa. Sempre houve mais vítimas da cruzada islâmica nos países islâmicos – e que Allah faça com que assim continue.

Tão pouco compreendo muito bem o que é que este atentado tenha de tão inédito! O único exercício mental que os terroristas normalmente fazem é atacar onde simplesmente é mais fácil do ponto de vista logístico: onde conhecem o terreno, onde têm gente que os possa ajudar. Nos países ocidentais é mais difícil, o controlo de pessoas e de fronteiras é muito mais eficaz. Os terrortistas tentam combinar logística com publicidade, é verdade – matar ocidentais sempre dá mais publicidade do que por exemplo matar africanos. Mas de qualquer maneira os terroristas não estão minimamente preocupados com o nível das reformas encetadas neste ou naquele país: eles querem o poder total…

Estou-me agora a lembrar de um país que não é famoso pelas suas ‘reformas de aproximação ao Mundo Ocidental’, a Árabia-Saudita. Onde já houve pelo menos dois ataques muito parecidos. Um deles em Junho de 2004, às instalações petrolíferas em Khobar, onde os terroristas islâmicos procuravam deliberadamente num compound de expats de casa em casa ocidentais para abater. Mas à falta de melhor, os orientais não-islâmicos também comiam. Tal e qual como aconteceu em Mumbai.

O outro, o maior atentado terrorista no género até hoje, deu-se em Novembro de 1979 na Santa Meca, e durante o Hajj. Os soldados sauditas, apoiados por carros de assalto, sustentaram um combate de 10 dias contra oponentes mais-islâmicos-ainda, causando mais de mil mortos. As autoridades, desesperadas, foram mesmo obrigadas a solicitar a ajuda de uma unidade especial anti-terrorista do exército francês. Decisão muito complicada porque a Meca só pode ser penetrada por muçulmanos devidamente circuncidados. (Quem quiser ler mais, com picantes detalhes, veja aqui.)

No caso Mumbai as autoridades Indianas, como se sabe, recusaram a ajuda solicitada por Israel e os EUA. Compreensível do ponto de vista patriótico, mas do ponto de vista prático com dramáticas consequências, como é costume nestas coisas patrióticas. Os Israelitas provavelmente teriam resolvido o ‘problema’ em poucas horas, com menos vítimas. E os terroristas sabem isso, sabem que os Indianos por enquanto não são capazes de dar conta do recado, e por isso são os mais atacados – os terroristas atacam onde podem coitadinhos.

Por isso, por muito que puxe pela caixa dos pirolitos, por muito profunda que a minha análise queira ser, não vou mais longe do que a canção dos Beatles, Like a Rolling Stone: Caxemira, Bangladesh, Escócia, Theo van Gogh, Versículos Satânicos, Cartoons Dinamarqueses, Geert Wilders, FBI, CIA, BBC, BB King, Matt Busby, Doris Day, dig it, dig it, dig it. Por outras palavras, tudo isto é apenas um álibi, carvão para atiçar a Jihad.

Por falar em Mumbai e em imigrantes que não aprendem a língua, e duros de integrar, lembrei-me do ex-marido de uma amiga minha francesa que vive em Estrasburgo. Um Indiano que fazia pesquisa celular na Universidade local e que já vivia em França há mais de quinze anos sem no entanto dizer uma de franciú, o que me fez exclamar no dia em que me foi apresentado ‘Man, you’re quite a hero!’, sem ele ter percebido muito bem o que eu queria dizer. Expliquei-me: - Adnan (assim se chamava), refiro-me ao facto de você viver há tanto tempo em França, e com os franceses, e conseguir sobreviver sem dizer uma de ‘french’. Ele sorria agora com ar superior.

Adnan sabia pela mulher, que me conhece de ginjeira, que eu no primeiro dia que ponho os pés em França tenho sempre por hábito (exijo) tomar o pequeno almoço à francesa, com café preto fracote numa malga (a minha mãe chama a isto penico! Mas só quando não há franceses presentes) e…. cruassãs frescos, senão mato gente. Mas como não quero chatear os outros com as minhas manias, levanto-me cedo e, seja onde for, tento saber onde se encontra a padaria mais próxima para começar o dia bem disposto, numa de zen.

Mas ao visitar este casal em Estrasburgo acontecia frequentemente o Adnan, querendo ser simpático, e era, não me deixar ir à padaria mais próxima, que tinha precisamente os cruassãs clássicos que eu gosto! Não, fazia questão de ir em pijama e de carro a uma ‘pâtisserie’ longe como o c…, que só ele conhecia, e que tinha uns cruassãs que, também segundo ele, eram os melhores da região - não era de maneira nenhuma a minha opinião, mas que fazer? Ele, enquanto conduzia defendia os seus cruassãs apoiado num jovial: ‘José, come on, you know my standards’.

Aqui gostaria de aproveitar o momento para acrescentar que, estando uma vez a falar com ele sobre a Índia e as infalíveis castas, perguntei-lhe a que casta pertencia. Respondeu-me com um leve sorriso a tentar disfarçar a falsa-modéstia, mas muito mal: ‘I was suppose to be a Brahman José’...

A ‘pâtisserie’ era realmente muito chique. Muito chique para aturar de manhã cedo dois estrangeiros. Um mal-encarado, a tentar disfarçar o mau humor matinal, sabendo de antemão que já não ia comer os cruassãs que tinha planeado, e o outro estrangeiro, com cara mesmo de estrangeiro, corajosamente em pijama e falando em Inglês muito alto ao mesmo tempo que gesticulava apontando ‘those one’s’ para a senhora da padaria visivelmente assustada.

Neste caso, e para mal dos meus pecados, os ‘standards’ do meu amigo não correspondem de maneira nenhuma aos standards BCBG (Bon chique, bon genre) que a sua posição social em França implica, mas que ele não quer (ou não pode) assimilar. E, em vez dos cruassãs clássicos, julgando que me dava um grande prazer, comprava uns cruassãs pretensiosos e horríveis com açúcar caramelizado por cima! Ainda por cima sensivelmente mais caros do que aqueles que eu gosto, os clássicos.

Enfim, os standards do meu Brâmane não eram precisamente os meus. Mas nada de preocupante, não chateava ninguém, apesar de mostrar pouco interesse pela ‘nossa’ língua ou/e cultura. Só me chateava a mim, e só de manhã, mas nunca pensei dar-lhe um pontapé no rabo, pelo contrário, a minha primeira reacção foi ‘man, you are quite a hero’.

Para quem tinha dúvidas...


Barack Obama escolhe Robert Gates para Secretário de Defesa e Hillary Clinton para o cargo de Secretária de Estado.

Robert Gates (na imagem com George W. Bush) era o actual Secretário de Defesa da Administração Bush desde 2006.

Vamos ver se a retirada ocorre em 16 meses..

Eu vou por aqui - Triad


Triad
by David Crosby
Performed on the Crosby, Stills, Nash & Young album "4 Way Street"

You want to know how it will be
Me and her or you and me
You both sit there with your long hair flowing
Your eyes alive, your minds are still growing
Saying to me what can we do now that we
Both love you -- I love you too
But I don't really see, why can't we go on as three

You are afraid, embarrased too, no one has ever in your sweet short life child
Said such a thing to you
Your mother's ghost stands at you shoulder
Got a face like ice -- just a little colder
Saying you can not do that it breaks all the rules
You learned in school
But I don't really see, why can't we go on as mmm three

You know we love each other it's plain to see
There's just one answer comes to me
Sister lovers -- some of you must know about water brothers
And in time maybe others
So you see what we can do
Is to try something new - that is if you're crazy too
But I don't really see, why can't we go on as three

Bush continua a fazer das suas

O parlamento iraquiano tentou fazer a folha a um deputado por este ter visitado Israel. O Supremo Tribunal do Iraque veio dizer que não, que o deputado não tinha cometido qualquer crime.

Mas a infiltração da Mossad vai mais longe. Num jornal iraquiano, 400 intelectuais (bushistas, certamente) defenderam o deputado.

Via O Cahimbo de Magritte.


.

O mistério do Magalhães (amen) face ao aquecimento global

A vanguarda ds aquecimentistas europeus está reunida na Polónia. A fasquia está muito alta. Muito bem. Muito bonito e muito verde.

Ter a fasquia muito alta e é condição fundamental para que tudo fique em águas de bacalhau.

Parece que José Sócrates vai lá estar. Não se sabe ainda se vai distribuir Magalhães (amen) por aquela malta toda.

.

domingo, 30 de novembro de 2008

freak show no campo pequeno

É preciso lata lirica para tachar esta malta de extrema esquerda. Sao burgueses e pequenos burgueses que sob a luz triste da existencia suburbana - instalados na vida e na mobilia comprada no ikea - suspeitam que o proletariado está tao extinto como o Dodo. Traiçao poetica? talvez. Somos seduziveis e sedutores, corrompiveis e corruptores, e tanta militancia e braços no ar cansam. Nunca como hoje um aglomerado de estalinistas confeccionou freak show tao descabelado - um escaparate com gente histerica e em lantejoulas (cof, cof) a pedir pena e compreensao. O mundo é dos cinicos. Pelo menos o mundo das aparencias. E as aparencias e o resto vergam pragmaticamente a cerviz às contigencias. E à mobilia do ikea. Nao ha ideologia que sobreviva a isto. Só pedragulhos podem exigir que o tempo faça marcha-atras.

Mais uma questão que me anda na mona



A propósito de floribelices, não sei se, após a aprovação da lei do aborto, perdão!, da interrupção voluntária da gravidez, a nova lei do divórcio não gerará mais confusões.
Imaginemos que um tipo, separando-se da namorada depois de a ter engravidado, recusa pagar a pensão de alimentos à criança que ela insiste em ter, alegando que essa decisão foi do estrito domínio pessoal da rapariga, a qual, sabendo em devido tempo da intenção dele, não fez o que poderia ter feito?
Transporte-se isso agora para o que também pode significar ao nível do divórcio.
Tudo a bem da emancipação feminina e da liberdade.
Ou estarei enganado?

sábado, 29 de novembro de 2008

Casamento por vontade alheia

A esquerda floribélia resolveu implementar legislação de divórcio pós-moderna.

Segundo ela, basta a vontade de um cônjuge para que o divórcio seja decretado. A culpa, pelos mesmos palermas, foi irradicada do processo.

Oliveira e Costa ter-se-á, eventualmente, divorciado para ‘salvaguardar’ os bens. O Estado quer agora anular o divórcio.

Que culpa será agora invocada para anular o mesmíssimo divórcio para o qual apenas a vontade expressa de uma das partes foi suficiente para o declarar?

Vamos, como no caso da lei das armas, alterar a legislação à coisa financeira por forma a permitir que divórcios possam ser anulados por razões ligadas a matérias bancárias?

.

Bombaim e o multiculturalismo


Em Bombaim (ou Mumbai, maldito nacionalismo Indiano) ocorreu, há dias, um atentado terrorista inédito naquilo que foi a sua preparação, execução e resultado. Vinte bem treinados, apetrechados e sincronizados jovens muçulmanos foram os autores do atentado terrorista. É bom que se tire ilações do atentado, nomeadamente que a luta está longe de ser vencida e que os países ditos Ocidentais não são os únicos alvos da cruzada Islâmica.

Um exercício mental leva-me a uma conclusão que, apesar de ser óbvia, andava escondida no meu cérebro: apesar de serem os interesses Ocidentais os principais alvos dos atentados terroristas Islâmicos, estes ocorrem, maioritariamente, em países considerados não Ocidentais mas que, num passado relativamente próximo, têm vindo a encetar reformas importantes de aproximação ao Mundo Ocidental.

Pode-se afirmar que estes atentados de Bombaim são um misto de atentado contra o Ocidente (procura, por parte dos terroristas, de cidadãos Norte-Americanos, Ingleses ou Israelitas; ataque a uma zona Judaica de Bombaim) e contra o Estado Indiano (Estado que se tem ocidentalizado, feito reformas de mercado e que vê o seu turismo enfraquecido com estes atentados).

Supostamente, os atentados são em favor da causa de Caxemira (se se confirmar a ligação dos terroristas a esta causa), que se quer ver livre do jugo Indiano. Porém, uma análise mais profunda leva-nos a outra conclusão: se fosse esse o real interesse dos terroristas, porquê escolher ocidentais como alvo? Porquê escolher hotéis famosos de Bombaim? Porquê escolher o centro Judaico? Porque não tentar uma série de ataques na própria Caxemira? Porque não encetar ataques contra órgãos de soberania Indianos? Porque não assassinar algum general importante do exército Indiano?

Os terroristas são indivíduos inteligentes, que procuram, a todo o custo, publicidade para a sua causa. A escolha de Bombaim não é de todo inocente: Bombaim é o centro económico-financeiro da Índia e encontra-se constantemente sob o olhar Ocidental. A atenção mediática estava, portanto, assegurada: a Índia ia ser atacada no seu centro capitalista, numa cidade com órgãos de comunicação social que pudessem facilmente espalhar o ataque por todo o Mundo.

Isto pode, realmente, explicar os atentados na cidade de Bombaim. Mas não explica o interesse pelos Ocidentais, pelo centro Judaico da Cidade e pelos hotéis de luxo. No fundo, os terroristas escolheram alvos que realçam a sua oposição à ocidentalização da Índia, ao capitalismo e aos valores ocidentais. Os terroristas não realçam a sua posição pro-independentista em relação à Caxemira porque, caso contrário, teriam operado de outra forma e escolhido alvos diferentes.

Pode existir quem argumente que os terroristas procuraram o melhor alvo possível, que lhes permitisse passar o maior número de mensagens para fora. Pode haver quem veja nestes atentados uma espécie de ódio ao poderio Indiano, que submete a pobre Caxemira, apesar de as reivindicações da Índia sobre este território serem anteriores à sua ocidentalização.

Eu não acho que assim seja: estes terroristas actuam sob o disfarce de quererem a independência de Caxemira ou a anexação ao Paquistão mas actuam contra os interesses ocidentais, contra a ocidentalização da Índia e não contra alvos estratégicos que lhes poderiam, supostamente, trazer vantagens na luta de auto-determinação.

Algumas mentes iluminadas podem, no entanto, pensar que este atentado pode trazer vantagens, nomeadamente a nível de expansão da causa a nível internacional.

O Paquistão e a Índia são duas potências regionais (a Índia será Mundial entretanto) com poderio nuclear. Há quem veja na relação entre estes dois grandes países uma espécie de Guerra Fria: o medo mútuo do dano que pode ser infligido ao seu país mantém o status quo.

A questão de Caxemira remonta à independência do Paquistão face à União Indiana. Relembro que a antiga União Indiana, pertencente ao Império Britânico, aglomerava Paquistão (Muçulmano), Bangladesh (Muçulmano) e Índia (Hindu) num só país.

Ainda existe uma importantíssima minoria Muçulmana na Índia, correspondente a umas boas dezenas de milhões de indivíduos.

Caxemira é uma região montanhosa de valor duvidoso. Actualmente, encontra-se dividida ao meio, com tropas Paquistanesas e Indianas a assegurarem a manutenção do status quo.

Passada esta pequena explicação feita um pouco à pressa, visto que o tempo aperta e é fim-de-semana, tomei conhecimento de um suposto averiguar por parte das autoridades Britânicas de uma suposta participação de cidadãos do Reino Unido nestes ataques. Caso se venha a confirmar a suspeita, não vos faz isto lembrar os atentados ao aeroporto de Glasgow, na Escócia, onde também os terroristas tinham passaportes ocidentais?

O Londonistão de Red Ken (já fez as malas), a Alemanha de Angela Merkel (onde uma célula da Al-Qaeda preparou com facilidade os atentados do 11 de Setembro), a Holanda de Gaert Wilders (onde Theo van Gogh foi assassinado) e a França de Sarkozy (onde ocorreu, há um ou dois anos, a Intifada Francesa) demonstram a passividade do Ocidente, e em particular da Europa, em atacar de caras o fenómeno.

Se nós não somos capazes serão os Indianos? Se nós não somos capazes será prudente integrar a Turquia na União Europeia? Se nós não somos capazes será prudente manter o discurso anti-Americano? Se nós não somos capazes será prudente continuar a atribuir cidadanias nacionais a cidadãos que não se mostram interessados na integração? Se nós não somos capazes deveremos subsidiar quem vem para a Europa para nada fazer, quem não mostra interesse em falar as nossas línguas e quem não respeita a nossa cultura?

A mim não me parece. Tal como não me parece correcto pôr em pé de igualdade os imigrantes que vêm para a Europa e aprendem as nossas línguas e os que não aprendem, os que travam conhecimentos e os que não travam, os que respeitam a nossa cultura e até a assimilam e os que não a respeitam, os que trabalham e descontam e os que vivem à conta dos subsídios estatais.

Não me parece que estes imigrantes sejam iguais. Não me parece que mereçam o mesmo tratamento: quem merece ficar deve ser tratado com todo o respeito e deve possuir a grande maioria dos nossos direitos até conseguir ser cidadão nacional; quem não merece tem uma única solução: pontapé no rabo e volta para onde vieste.

Mas que merda de bandeira do multiculturalismo é esta?