Nunca fui muito à bola com Paulo Portas porque, particularmente na época do Independente, me parecia ser o mais profissional mentiroso do burgo. Tudo o que ele dizia ou fazia, resultava de um calculismo de carreira política que, sem admitir, delineava para si próprio. Se necessário fosse espezinhava em quem tropeçasse.
Claro ficará que não há confusão possível entre os patamares de trafulhice entre o que foi Paulo Portas e é José Sócrates. Sócrates, nesta matéria, é a autêntica
arma de destruição massiva.
Para mim Paulo Portas é hoje, relativamente a Sócrates, a borbulha na urticária. Eu não gosto de borbulhas, mas ...
Bom, há tempos o JS
classificou Paulo Portas como "o único estadista que existe em Portugal". Arrepiei-me, mas fiquei a matutar.
O panorama nacional é caracterizado pelas trufas do frei Louçã, os dinossauros do PCP, as excrescências do PEV, os cabotinos do PS, os proto-tótós de Passos Coelho e ... Portas.
Eu continuo a não gostar de Paulo Portas mas, das duas uma: ou
nesta entrevista ele diz, sem papas na língua, o que lhe vai na alma ou está a conseguir não lançar à câmara o seu característico olhar comprometido que acompanha tretas.