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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Nivaldo Cordeiro: A fuga de capitais na Espanha


"Os jornais informam que a fuga de capitais na Espanha, nos últimos três meses, supera os 100 bilhões de euros. É gravíssima a situação. Informam também que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, em audiência no Parlamento Europeu, advertiu que a situação europeia é insustentável. O dilema proposto é manter a estabilidade da moeda ou emitir moeda para afastar a crise. Ao tempo em que o Brasil caminha para ter uma das menores taxas de crescimento do PIB dos últimos anos - o pibinho - como gosta de dizer Guido Mantega. Também há pouco a fazer, pois o governo já promoveu a desvalorização da moeda e deu estímulos fiscais a setores importantes, como o automobilístico. O agravamento da crise colocará em xeque as instituições da social democracia. É possível que vivamos o fim de uma era."

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Juiz Espanhol - O Caso e a Anedota

1. O Caso do Juiz Espanhol

Chega ao fim o caso Baltazar Garzon que mereceu destaque desproporcionado e lampejos de jornalismo de causa e mistificação em Portugal. Parece que dois fatores concorreram para a relevância e o peso que o assunto teve entre nós:

(1) Garzon é um juiz mediático porque emitiu um mandado de captura internacional sobre Pinochet (mas apenas sobre Pinochet, sobre Fidel Castro, não). Embevecido pela adulação recebida, a partir daí tomou outras iniciativas judiciais mediáticas e sectárias, a última das quais consistiu em mandar desenterrar cadáveres das vítimas “boas” da guerra civil espanhola (mas apenas das vítimas "boas", das outras vítimas, não).

(2) O dinheiro escasseia, as deslocações de jornalistas em reportagem também, mas Madrid é perto e baratinho, dá para aparecer em direto e fazer uns floreados em horário nobre. Comer “tapas” e beber “cañas” por conta do orçamento da redação também contribui para a espontaneidade dos enviados.


2. A anedota do Juiz Espanhol, ou Anedotas sobre Moral com Espanhóis

Há uns anos, mais a sul, contaram-me a “anedota do dentista espanhol”:
Um português vai à consulta de um dentista espanhol.
O português pergunta: “Vai doer?”
O dentista espanhol responde: “Não, não vai doer nada, sente-se.”
O português senta-se e agarra os melhores amigos do melhor amigo do dentista e pergunta-lhe outra vez: “Vai doer?”
O dentista espanhol responde: “…. vai doer um bocadinho… é melhor tirar a mão daí…”


Agora temos uma nova anedota sobre moral com espanhóis, a “anedota do juiz espanhol”, sob a forma de petição, explicada aqui, original aqui.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mourinho explica como estar entre broncos e continuar a ser o melhor do mundo.

No vídeo abaixo, excerto da conferência de imprensa de Mourinho no final de último jogo do Real Madrid na liga espanhola. A equipa treinada por Mourinho tinha acabado de vencer o adversário por 4-1, depois de estar a perder por 0-1. No final do jogo, Mourinho foi apupado pelos adeptos do Real Madrid.




Mensagem subliminar complementar: “a única coisa que os espanhóis têm de bom é o dinheiro com que nos pagam.”

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais energia nuclear em Espanha

No Luz Ligada:
  1. Reverter a decisão de fechar a central nuclear de Santa Maria de Garona em 2013.
  2. Acordar a extensão até aos 60 anos no funcionamento das centrais nucleares espanholas em troca de uma taxa nuclear. Esta foi a proposta que Merkel fez aos operadores das centrais alemãs em 2010.
  3. Começar a estudar localizações para novas centrais.

terça-feira, 3 de março de 2009

Porca Miséria

Empolgamo-nos com direitos árabes em Israel, apesar de os árabes terem mais direitos em Israel que nos seus próprios países. Empolgamo-nos contra o português que os brasileiros falam, apesar de ser por causa de eles falarem português que o mundo sabe que a nossa língua existe e lhe dá importância. Empolgamo-nos com TGVs modernaços em vai-vem para Madrid, apesar de eles irem andar vazios a custo de fortunas que não temos. Empolgamo-nos com geradores de energia movidos a vento, apesar de a energia que geram em toda a sua vida útil não compensar aquela que foi gasta para os fabricar. Empolgamo-nos com a integração no ‘maior bloco político e económico do mundo’, apesar de essa mesma integração ter arrastado a nossa economia para os domínios da indigência, da inaptidão, da subsídio-dependência. Empolgamo-nos a favor e contra a proteção fiscal dos homossexuais que agora têm birras de casar, apesar de ser urgente promover a proteção fiscal de quem tem filhos porque daqui a 20 anos seremos ainda mais um país de velhos.

Portanto, empolgamo-nos com tudo o que nos afasta de nós mesmos, com o que nos enxovalha e minimiza, mas também com o que nos dá brilhos de pechisbeque, brilhos de chumbo que precisa ser polido agora e a seguir porque depressa embaça.

Com tanta autoflagelação e fancaria nem sequer vemos ou damos valor ao que enobrece e dignifica. Mais, nobreza e dignidade são conceitos que já tomamos como estranhos, ridículos até, quando aplicados a nós mesmo e a Portugal.

Segue mais um exemplo deste estado de miséria a que chegámos.

No passado sábado, 28 de Fevereiro, decorreu em Olivença um encontro sobre a Língua portuguesa na ‘vila’ e no seu território. Pela primeira vez em mais de 200 anos, a proscrição da nossa língua pôde ser abordada no local do crime, sem medo ou vergonha, e sob a proteção de entidades oficiais espanholas. Foi um acontecimento histórico.

Em linha com a falta de auto-estima nacional para que o atual regime nos arrastou, o assunto passou completamente ao lado do jornalismo português e das nossas entidades oficiais (não considerando oficial a presença de um representante do Instituto Camões).

O evento na TV da Extremadura:




O evento na TV espanhola:




Epílogo. No meu corretor ortográfico, ’oliventino’ aparece assinalado como erro, o que significa que esta palavra não consta no dicionário de português da Microsoft. Porca miséria.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Espanha: Resultado das Eleições Autonómicas

(Nota prévia: o texto abaixo é uma opinião que de nenhum modo define ou compromete os outros participantes do blog, muito menos o próprio blog. A este respeito, como a respeito de outros temas, a desentendimento e a discórdia são boas prática aceites, consolidadas e bem-vindas.)


Ontem realizaram-se eleições para os governos autónomos da Galiza e do País Basco.


Na Galiza o Partido Popular elegeu 38 dos 75 deputados (metade +1), ganhando um deputado ao PS e outro ao Bloco Nacionalista Galego, BNG.

A Galiza foi governada nos últimos quatro anos por uma coligação entre o PS galego e o BNG, de esquerda. Quatro anos de dinheiro mal gasto que foram suficientes para deitar a perder uma experiência governativa que deu mais espaço à afirmação da identidade galega.

O nacionalismo galego é essencialmente interpretado pela esquerda radical, ao contrário do que acontece no País Basco ou na Catalunha onde o separatismo é cultivado desde o centro-direita à extrema-esquerda. Foi uma interessante novidade que tenha concorrido às eleições autonómicas um partido nacionalista de centro, o ‘Terra Galega’ (assim mesmo, à portuguesa, e não Tierra Gallega, à espanhola).


No País Basco, pela primeira deste a criação da autonomia, os partidos nacionalistas perderam a maioria parlamentar. Os partidos de âmbito espanhol (PS, PP, UPD) detêm agora 38 dos 75 deputados (metade +1, como na Galiza). O método de Hondt não foi suficiente para que o partido mais votado, o Partido Nacionalista Basco (EAJ-PNV), centrista, obtivesse a maioria com o apoio dos pequenos partidos da esquerda basca. No entanto, a maioria dos eleitores, uma vez mais, votou nos partidos bascos.

Tudo indica que o PS basco, o segundo mais votado e que subiu de votação, vai governar em minoria com o apoio de ocasião dos nacionalistas e do PP. É significativo que o PP, anti-nacionalista, seja o mais satisfeito com o com o resultado eleitoral apesar de ter descido de 17% em 2005 para 14% agora.


Os jornais de Madrid expressam contentamento pelos resultados destas eleições; aparentemente estas são boas notícias para a unidade da Espanha. E, no entanto, talvez não sejam.

Até aqui os grandes partidos nacionalistas locais continham os impulsos separatistas pela necessidade de conviver institucionalmente com o Estado central. Com o afastamento destes partidos dos governos autonómicos este motivo de moderação está quebrado. Abre-se assim a porta grande para o ressurgimento em todo o espectro político local do fervor identitário, do ressentimento anti-espanhol, das emoções nacionalistas.

Mais cedo ou mais tarde a Espanha desfaz-se. E mesmo que seja tarde, nunca será tarde demais.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O governo espanhol informa os portugueses:

A parir do parlamento de Madrid, um governante espanhol informou hoje os portugueses que está previsto virem a ocorrer conselhos de ministros conjuntos dos governos português e espanhol.

O Governo português ainda não tinha disponibilizado esta notícia possivelmente porque acha que o ministro dos negócios estrangeiros espanhol é a pessoa certa para o fazer. Até porque os moços estão demasiado ocupados em legislar sobre chips nos carros (e negócios milionários subjacentes que ainda estão por referir), fazer apresentações em powerpoint, ir à televisão dizer que a culpa é da oposição, fazer inaugurações ou apresentações de estradas que não fazem falta mas que deram ou darão muito dinheiro a ganhar a alguns, em prejuízo dos pagadores de impostos, como sempre acontece com o dinheiro mal gasto do Estado.

Esta notícia é reveladora do desprezo com que Sócrates e o seu governo tratam Portugal e os portugueses.

Em boa verdade este desprezo é uma faceta do iberismo, porque o iberismo é isto mesmo: os espanhóis põem Portugal a fazer o que lhes é conveniente, sendo certo que se entende que não darão qualquer importância àquilo que os portugueses tenham a dizer sobre Espanha. Neste caso concreto estamos na presença de um iberismo à imagem do indizível Sócrates, isto é, um iberismo de negociata obscura, de favor por baixo da mesa, de acordo velado com só se sabe depois (se tiver que ser e como convier que seja), mas tudo sempre mascarado de modernidade e progresso.

Incapaz de lidar com o estado crítico a que conduziu o país, o primeiro-ministro resolve diluir as suas responsabilidades e incapacidades no espaço alargado de uma artificialidade maior, a Ibéria. Partilhar a governação de Portugal com os espanhóis é bem capaz de ser a forma mais airosa que Sócrates encontrou para terminar a obra que iniciou há quatro anos: acabar com Portugal.