Teste

teste

quarta-feira, 31 de março de 2010

A cultura do dia seguinte

"A imprevidência dos povos é infinita, a dos governos [além de infinita] é legal".


Bagão Félix e o programa merecem plenamente ser divulgados. De qualquer forma sei que a esquerdalha odeia Bagão.

terça-feira, 30 de março de 2010

Da pátria noiva


Do meu amigo João Daniel, de quem já uma vez coloquei aqui um improviso satírico que ele me enviou, a propósito de uma gaffe cometida, salvo erro, pelo ministro Manuel Pinho, transcrevo hoje um outro, que encontrei neste post:

Voa um bando de pardais na Grande Luz,
Jesus palita os dentes com chiclete,
No Restelo, um pedinte, de Grã-Cruz,
Lá pedala numa velha biciclete.

Uiva um lagarto à lua, em Alvalade,
Por um tranquilo Papa abençoante,
Estridula na cidade a inverdade
De um apito venal e infamante.

Aprestam-se hoje as almas p’rà contenda:
Vem do Norte a trova e traz a lenda
Do pinto que em dragão foi transformado.

Chega, ardente, a Hora. Cuidadosa,
De flor de laranjeira e em cor-de-rosa,
Vem-se a Nação em cima do relvado.

Discurso de Netanyahu no AIPAC

Tendo em conta o artigo anterior do Lidador decidi colocar aqui o discurso que Netanyahu proferiu aquando da conferência anual do AIPAC:














Tentarei pronunciar-me sobre os recentes desenvolvimentos na próxima semana.

A amizade obâmica


As declarações agressivas de Obama, Clinton e outros responsáveis da administração americana sobre Israel relevam, a avaliar pelo modo como batem no peito e protestam profundos laços, de um inovador conceito de amizade que se resume em:

Quanto mais te critico, mais amigo sou, provavelmente uma variante moderna do conhecido "quanto mais te bato, mais gosto de ti".

Este conceito de amizade é uma epifania e graças a ele passei a ver todo um mundo novo, nas relações internacionais.

Face a esta inovadora perspectiva, compreendo agora que a ONU, que condena Israel a torto e a direito é, afinal, o mais entranhado amigo do estado judaico.

E o UNHRC que, desde que existe, dedicou mais de 90% das suas deliberações a criticar Israel é, na verdade, uma agência sionista.

Isto sem falar no Irão, no Hamas, no Hezbolah e no Dr Miguel Portas que, pelo modo como atacam os judeus, são seus indefectíveis amigos de sangue.

No exercício deste entranhado conceito de amizade, a administração Obama esforça-se por desencantar problemas onde à partida os não há, e vais mais além. Recentemente Clinton disse que a Argentina e o seu amigo, o Reino Unido, deveriam "conversar" sobre as Falkland. (provavelmente o Reino Unido, deveria aderir a este novel conceito de amizade e sugerir que os EUA deveriam "conversar" com o México a propósito da Califórnia, etc).

Com Israel, a amizade é infinita. Recentemente a Administração Obama lembrou-se de reafirmar a amizade pronunciando-se sobre um bairro israelita onde vivem 20 000 judeus e que jamais foi palestiniano, nem estes alguma vez o reivindicaram (Ramat Shlomo).

Quando a Jordânia ocupou Jerusalém os judeus foram todos expulsos deste bairro e as sinagogas destruídas.

Após a derrota jordana, as coisas voltaram à normalidade até que a administração Obama decidiu expressar a sua entranhada amizade com Israel.

A amizade obamista não tem fim. Já antes se tinha manifestado com a Polónia, a República Checa, as Honduras, o Dalai Lama, etc, aliados a quem tratou a varapau, ao mesmo tempo que manifestava a inimizade total com Chavez, Castro, Putin e países islâmicos, dedicando-lhes pérfidas palavras amáveis e maquiavélicos gestos de respeito e compreensão.

Na figura, pode aliás ver-se Obama a manifestar violenta inimizade com o Rei Saudita.

domingo, 28 de março de 2010

Celibato, pederastia, homossexualidade e satirismo

Clérigos da Igreja Católica estão sob fogo cerrado, um pouco por todo o mundo, por haverem cometido e/ou encoberto crimes de pedofilia.

É um assunto gravíssimo e de terríveis consequências, para as vítimas e para a própria ICAR.

Os autores destes crimes são uma minoria, mas isso não desvaloriza o problema e é quase automática, aos olhos da opinião pública, a generalização das imputações de pederastia aos “padres” e à ICAR.

Coisa desastrosa num mercado onde a “autoritas” e a confiança numa superioridade moral são os valores supremos.

Sendo também verdade que os casos que envolvem a ICAR suscitam de imediato o reflexo pavloviano da esquerda anticlerical, a que alguns chamam o “socialismo dos imbecis”, a hierarquia católica deveria encarar o problema e ir às raízes.

Em tempos li “Manhã Submersa” de Virgílio Ferreira e não alimento muitas dúvidas de que o problema está no celibato, na homossexualidade (os crimes são quase sempre deste tipo) e na repressão de uma sexualidade normal.

Há aqui uma selecção do tipo darwinista.

O celibato afasta do sacerdócio as pessoas que encaram a sexualidade normal e a família, como coisas de que não querem abrir mão.

E atrai os outros. Não estou a dizer que todos os padres são homossexuais, pederastas ou sátiros, mas parece-me óbvio que a exigência de celibato tende a aumentar a frequência destes desvios na população em questão.

Tanto quanto sei, o celibato não é uma questão de dogma, mas de interpretação, A Igreja já funcionou sem ele durante vários séculos. O primeiro padre da Igreja, S. Pedro, era casado (Mateus, 8:14-15).

S.Paulo escrevia que “ Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,…” (I Tim, 3:1-3) e que “governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia.” (I Tim, 3:4-5).

É verdade que há passagens bíblicas que apontam noutro sentido mas, lá está, é uma questão de escolha. A hierarquia católica pode escolher acabar com o celibato, não está tolhida por questões “constitucionais”.

Na minha opinião deveria fazê-lo. Num determinado contexto histórico a imposição do celibato pode ter sido útil, mas hoje as coisas são diferentes e a exigência transformou o sacerdócio num armário de sexualidades desviantes, com má aceitação social e cultural.

Se os padres pudessem casar, certamente não iriam acabar todos os casos mas a sua ocorrência tenderia para valores estatisticamente “normais”.

sábado, 27 de março de 2010

Ali o "problema" já está resolvido


Suspeitou-se que o proletariado tinha averbado, sobre o capitalismo, mais uma retumbante vitória mas, afinal, parece que não. Parece que é sempre assim:

Hora da Terra na Coreia do Norte.

Feijão na panela

O socialismo funciona até se acabar o dinheiro dos outros







T
al como no mês passado, passaram 10 dias da data habitual e parece que ainda ninguém recebeu as 'baixas' da Segurança Social.

Do tempo ...

... ou de quando os ricos descobrem que os pobres são capazes de fazer coisas ou, ainda, de quando os ricos descobrem que outros mais ricos descobrem que os menos ricos são capazes de falar inglês.

Enfim, coisa de Índia, de África e de outros países.

[À boleia de Eurico Moura] Escolha a legendagem em português, se não domina o inglês. Clic em View subtitles.



Via Por tudo & Por nada [Inc.]*

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* Provocação bushista, do gang da cimeira das Lages, etc, etc, e dos acorrentados de Ana Gomes, e mái n´ã sêi quê.

Dos gangs


Já que em Portugal, por manifesta insipiência do sistema judicial, não se consegue julgar corruptos, será possível vir a julga-los politicamente?

Em Novembro de 2004, uma alma daninha e bushista do gang dos 4 da cimeira las Lages (local de filmagens dos acorrentados dos sonhos de Ana Gomes), escrevia:


As setas

Muito se tem dito sobre o controlo da maioria de comunicação social pelo estado por via da golden share na PT.

Há, de facto, uma via de comando entre o estado e a PT. No entanto parece-me plausível que essa linha de comando possa ser subvertida de forma a tornar-se bidireccional, talvez até mais activa no sentido inverso que no directo (estado-PT).

Lembremo-nos da série Yes, Minister. A competência do secretário sobrepunha-se quase sempre às decisões do ministro.

Os grandes grupos económicos escudam-se eficientemente ao escrutínio da opinião pública, tanto mais que parece ser óbvio não ser suposto que a comunicação social por ali faça estardalhaço, ao contrário do que parece praxe com o estado e o governo.

Enquanto os grandes grupos económicos são comandados por pessoas de grande competência no sentido da defesa dos seus interesses (individuais e do grupo) o estado, e com particular ênfase o governo (este ou outro qualquer) tendem a ser comandados por aqueles que vão sobrando da debanda dos mais competentes. Esta debanda é resultado de serem alvo preferencial de cada vez mais violentos ataques pessoais, insultos, desconsideração, acusação de incompetência, etc, vindos nomeadamente de uma comunicação social incompetente e cada vez mais ao serviço dos interesses dos privados que a controlam.

Face a este estado de coisa é fácil perceber que é mais provável que sejam os interesses privados a comandar, ou condicionar, no sentido inverso, o governo e o estado, do que este, os interesses privados.

A golden share do estado na PT é perigosa porque resulta num canal de acesso privilegiado dos privados ao estado e ao governo por via da subversão da “cadeia de comando”.

Do PSD


Terá acabado ou estaremos num intervalo?

Do sonho de alcançar a segurança, a prosperidade e a paz

Porque a minha mulher não é ciumenta...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Portugal em brotoeja

Das fugas à fuga

Uma anedota reza:
Um cientista estava, no seu laboratório, a investigar a influência das pernas no comportamento da rã.

Gritou: Salta! ... e a rã saltou.

E anotou no seu canhenho: A rã com as duas pernas, salta.

Cortou-lhe então uma perna, voltou a colocá-la na mesa laboratorial e gritou: Salta! ... e a rã saltou.

E anotou, novamente, no seu canhenho: A rã só com uma perna, salta.

Cortou-lhe então a outra perna, voltou a colocá-la na mesa laboratorial e gritou: Salta! ... e a rã nada. Insistiu: Salta! ... e a rã sempre imóvel.

E anotou, finalmente, no seu canhenho: A rã sem nenhuma perna fica surda.
O fim da anedota não serve à esquerda floribélia porque, argumentará: a rã não tem aparelho auditivo e, nessa perspectiva, não pode ser surda. A razão por que a rã não salta continua por averiguar.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Insubmissão ao Islão.


Declarações de Fatoumata Sidibé de insubmissão à religião de “um profeta político totalitário que semeia o terror em alguns países”

Seguem-se excertos que traduzi a partir do original publicado aqui.


"
Eu, cidadã belga de cultura muçulmana originária do Mali, um país 90% muçulmano onde a religião influencia fortemente as leis, as regras e os diversos aspetos da vida quotidiana, onde certos costumes e tradições retrógrados perpetuam a discriminação das mulheres, onde 80% das meninas são vítimas de mutilação genital, onde a poligamia está legalizada, onde as jovens são forçadas a casamentos impostos, onde em assuntos de herança as mulheres são tratadas com desfavor, onde, desde tenra idade, se ensina às meninas que o seu destino é sofrer, resignar-se, submeter-se, casar, ter filhos e honrar a família.


- eu declaro que muitas mulheres muçulmanas no mundo ligam o combate contra o integrismo religioso à promoção do secularismo. O desinteresse dos outros assemelha-se a uma vénia ao islamismo para aquelas que lutam e arriscam a sua vida no Egipto, na Somália, na Índia, no Irão, no Sudão, no Paquistão, em Marrocos, na Argélia e noutros lugares contra a poligamia, a lapidação, o confinamento dos seus corpos a mortalhas ambulantes, a imposição do uso do véu, o repúdio, a excisão e os crimes de honra.

- o que dizer àquelas que tomaram o caminho do exílio e que vêem replicar-se diante dos olhos um sistema de justiça â medida em que os tribunais julgam segundo a confissão, religião ou filosofia de cada um?

- eu declaro que as conquistas femininas no Ocidente não foram detidas por medo da estigmatização pelas igrejas opostas aos direitos e liberdades das mulheres. Porque deverá o Islão ser tratado como uma excepção? Porque será que o que é válido para uma religião não é válido para outra?

- eu declaro que o medo de ser qualificado de racista traz as consciências amordaçadas e que estamos prontos a aceitar a intolerância por medo de ser rotulados de intolerantes. A regressão dos nossos valores democráticos vai sendo feita de rendições e retiradas.

"

quarta-feira, 24 de março de 2010

Uma experiência socialista


Foi-me enviada como verdadeira por um amigo e aqui fica:

Um professor que nunca tinha reprovado ninguém, reprovou numa ocasião uma turma inteira.
Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.
Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.

O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:
Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.
Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.

No 1º teste, a média foi 15.
E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.
Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.

No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.

Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.
Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.

O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.

Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.

Moral da História:
Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim .

O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante.

Investimento produtivo

21.05.2006 - Alcateia de lobos obriga a gastar mais 100 milhões em auto-estrada

Um lobo por três milhões de contos

A alteração do traçado da via e os sobrecustos associados continuam a alimentar polémica. Os chefes autárquicos regionais, e antes de todos o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, o social-democrata Domingos Dias, preferiam a A24 a passar pela encosta nascente da serra do Alvão, uma solução que, nesta altura, está irremediavelmente ultrapassada (a inauguração do troço de Vila Pouca de Aguiar tem conclusão prevista para finais de Junho de 2007). Mesmo assim, o autarca não desiste de soltar a língua e de acusar o Estado central de, em delírio ambientalista, ter avalizado uma solução que desviou o traçado da serra do Alvão para a da Falperra, através do referido viaduto sobre o vale de Vila Pouca. Desvio feito "por causa de uma alcateia de sete lobos" que circula na zona de Vilarinho de Samardã, o que significa que a defesa de cada animal, segundo as contas do líder camarário, "fica por mais de três milhões de contos". Um exagero, pensa Domingos Dias, que roça o insulto a uma região carenciada e a um concelho cujo orçamento camarário o deixa "aflito para comprar um simples autocarro de transporte escolar" (ver texto nestas páginas).

As contas feitas por Domingos Dias ao "custo por lobo" remontam ao tempo em que Valente de Oliveira era ministro das Obras Públicas do Governo de Durão Barroso. Foi o então ministro que lhe falou num disparo de "100 milhões de euros" no custo da obra, ditado sobretudo pelo grande viaduto a ligar as duas encostas. E a coisa podia ter sido pior ainda: depois do chumbo do traçado inicial, uma declaração de impacte ambiental (DIA) de Agosto de 2002 desembocou numa solução que previa o atravessamento do vale de Vila Pouca por um túnel subterrâneo de 650 metros, ainda mais dispendioso do que o viaduto agora em construção; uma segunda DIA, de Julho de 2003, acabaria por impor a versão final, "mais vantajosa sob o ponto de vista técnico e de racionalidade dos custos para o Estado", como sustenta a Estradas de Portugal.

domingo, 21 de março de 2010

Segundo um amigo...


... que mo enviou por email, este soneto terá sido escrito por José Régio, aí pelos finais da década de 60, em memória de Aurélio Cunha Bengala, num dia de reunião de antigos alunos:

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício
"De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

The Band - The Night They Drove Old Dixie Down



The Night They Drove Old Dixie Down
Songwriters: Robertson, Robbie;

Virgil Caine is the name and I served on the Danville train
'Til Stoneman's cavalry came and tore up the tracks again
In the winter of '65, we were hungry, just barely alive
By May the tenth, Richmond had fell
It's a time I remember, oh so well

The night they drove old Dixie down
And the bells were ringing
The night they drove old Dixie down
And the people were singing
They went, "La, la, la"

Back with my wife in Tennessee, when one day she called to me
"Virgil, quick, come see, there go the Robert E.Lee"
Now I don't mind choppin' wood, and I don't care if the money's no good
Ya take what ya need and ya leave the rest
But they should never have taken the very best

The night they drove old Dixie down
And the bells were ringing
The night they drove old Dixie down
And all the people were singing
They went, "La, la, la"

Like my father before me, I will work the land
And like my brother above me, who took a rebel stand
He was just eighteen, proud and brave, but a Yankee laid him in his grave
I swear by the mud below my feet
You can't raise a Caine back up when he's in defeat

The night they drove old Dixie down
And the bells were ringing
The night they drove old Dixie down
And all the people were singing
They went, "Na, na, na"

The night they drove old Dixie down
And all the bells were ringing
The night they drove old Dixie down
And the people were singing
They went, "Na, na, na"

I SHALL BE RELEASED



I SHALL BE RELEASED by Bob Dylan

They say every man needs protection
They say every distance is not near
But I remember every face
Of every man who put me here

I see my light come shinin'
From the west down to the east
Any day now, any day now
I shall be released

They say every man can be replaced
They say every man must fall
But I swear I see my reflection
Some place so high above the wall

Standing next to me in this lonely room
Is a man who swears he's not to blame
All day long I hear him shout so loud
Callin' out that he's been framed

Do "modelo" sueco





Via A Arte da Fuga.

sábado, 20 de março de 2010

Marx e a Vanessa


Como é sabido, o marxismo conjura um enredo linear em que, no fim da história, a classe operária derrota a burguesia e instala a sociedade sem classes. O argumento não é original. Noutras escatologias do mesmo tipo, S. Jorge mata o Dragão, o Messias julgará os vivos e os mortos, o Mhadi aterrará em Teerão, etc, etc.

Tudo se joga num final cataclísmico que acabará com o mal e trará a felicidade eterna.

No capítulo 32 de Das Kapital, Marx prevê também um gigantesco ajuste de contas com o capitalismo, muito parecido com o juizo final do cristianismo e, no Anel dos Nibelungos, de Wagner, com a morte de Brunilde e Siegfried, e o cataclismo da Valhalla.

Acontecimentos redentores que libertarão por fim os bons de mefistofélicos pactos faustianos com o dinheiro, em Marx e Jesus (“a busca do dinheiro é a raiz de todo os males” -Timóteo, 6:10 ) e o ouro, no Anel dos Nibelungos.

Mesmo aqueles que não leram Marx, por vezes imaginam também um mundo onde omniscientes e angélicos planeadores abolem a miséria, deixando intactas a liberdade e o individualismo.

Esta necessidade de acreditar, parece pois ser universal. Se não é na Virgem, é no Professor Chibanga, no Engenheiro Sócrates, no Santo Obama, no Dr Salazar, no Tio Adolfo, no Karl Marx, etc, etc.

Quanto a este último, o busílis da questão é que a classe operária nunca esteve à altura da sua missão histórica, os "operários avançados" de que falava Trostky, baldaram-se à chamada, e o bom do Lenine, coçando a cabeça e perguntando "Que Fazer?", chegou à conclusão de que havia que organizar uma vanguarda activa que representasse e espicaçasse estes malandros.

Devo dizer-vos que compreendo perfeitamente o Senhor Vladimir.

Ainda ontem estive a beber uma imperial e a comer uns tremoços ali no bar com um amigo da classe operária e o tipo, além de nunca ter ouvido falar na ditadura do proletariado, nem na sua missão histórica apresentou-me os seguintes projectos revolucionários:

-Arranjar bilhetes para o Benfica-Liverpool
-Conseguir endrominar a Vanessa que, por acaso, é bem jeitosa.
-Trocar os pneus ao carro. ( os da frente estão completamente carecas)
-Beber mais uma imperial. ( e já íamos na 3ª)
-Apanhar uma carraspana das antigas na despedida de solteiro do Quim.

Ora com gente desta, gente com uma desavergonhada tendência para a burguesice e para a rebaixolice, gente que prefere aconchegar o fofo à Vanessa em vez de lutar firmemente contra as mais valias e o Grande Capital, não há Revolução que avance.


Da rebaldaria

Os anéis já se foram, restam os dedos. Os dedos? Será suficiente?

Minerais para verdes...

... ou dos custos ambientais da coisa verde.



Via EcoTretas.

Dos 18.000


A propósito dos 18.000 abortos que se diz serem feitos anualmente em Portugal e que o semanário Sol trouxe ontem de novo à baila (quanto à credibilidade a dar aos números, recomendo ainda este texto), pensei ser oportuno recordar aqui um artigo de uma das figuras maiores da filosofia da Espanha do século XX, Julián Marías, falecido nos finais de 2005, que foi publicado no jornal ABC, em 9 de Dezembro de 2004. Transcrevo-o em espanhol, mas acrescentei uma tradução portuguesa que encontrei on line e que, numa leitura superficial, me pareceu correcta.
La cuestión del aborto

La espinosa cuestión del aborto voluntario se puede plantear de maneras muy diversas. Entre los que consideren la inconveniencia o ilicitud del aborto, el planteamiento más frecuente es el religioso. Pero se suele responder que no se puede imponer a una sociedad entera una moral «particular». Hay otro planteamiento que pretende tener validez universal, y es el científico. Las razones biológicas, concretamente genéticas, se consideran demostrables, concluyentes para cualquiera. Pero sus pruebas no son accesibles a la inmensa mayoría de los hombres y mujeres, que las admiten «por fe»; se entiende, por fe en la ciencia.
Creo que hace falta un planteamiento elemental, accesible a cualquiera, independiente de conocimientos científicos o teológicos, que pocos poseen, de una cuestión tan importante, que afecta a millones de personas y a la posibilidad de vida de millones de niños que nacerán o dejarán de nacer.
Esta visión ha de fundarse en la distinción entre «cosa» y «persona», tal como aparece en el uso de la lengua. Todo el mundo distingue, sin la menor posibilidad de confusión, entre «qué» y «quién», «algo» y «alguien», «nada» y «nadie». Si se oye un gran ruido extraño, me alarmaré y preguntaré: «qué pasa?» o ¿qué es eso?». Pero si oigo unos nudillos que llaman a la puerta, nunca preguntarés «¿qué es», sino «¿quién es?».
Se preguntará qué tiene esto que ver con el aborto. Lo que aquí me interesa es ver en qué consiste, cuál es su realidad. El nacimiento de un niño es una radical «innovación de la realidad»: la aparición de una realidad «nueva». Se dirá que se deriva o viene de sus padres. Sí, de sus padres, de sus abuelos y de todos sus antepasados; y también del oxígeno, el nitrógeno, el hidrógeno, el carbono, el calcio, el fósforo y todos los demás elementos que intervienen en la composición de su organismo. El cuerpo, lo psíquico, hasta el carácter, viene de ahí y no es rigurosamente nuevo.
Diremos que «lo que» el hijo es se deriva de todo eso que he enumerado, es «reductible» a ello. Es una «cosa», ciertamente animada y no inerte, en muchos sentidos «única», pero al fin una cosa. Su destrucción es irreparable, como cuando se rompe una pieza que es ejemplar único. Pero todavía no es esto lo importante.
«Lo que» es el hijo puede reducirse a sus padres y al mundo; pero «el hijo» no es «lo que» es. Es «alguien». No un «qué», sino un «quién», a quien se dice «tú», que dirá en su momento «yo». Y es «irreductible a todo y a todos», desde los elementos químicos hasta sus padres, y a Dios mismo, si pensamos en él. Al decir «yo» se enfrenta con todo el universo. Es un «tercero» absolutamente nuevo, que se añade al padre y a la madre.
Cuando se dice que el feto es «parte» del cuerpo de la madre se dice una insigne falsedad porque no es parte: está «alojado» en ella, implantado en ella (en ella y no meramente en su cuerpo). Una mujer dirá: «estoy embarazada», nunca «mi cuerpo está embarazado». Es un asunto personal por parte de la madre. Una mujer dice: «voy a a tener un niño»; no dice «tengo un tumor».
El niño no nacido aún es una realidad «viniente», que llegará si no lo paramos, si no lo matamos en el camino. Y si se dice que el feto no es un quién porque no tiene una vida personal, habría que decir lo mismo del niño ya nacido durante muchos meses (y del hombre durante el sueño profundo, la anestesia, la arteroesclerosis avanzada, la extrema senilidad, el coma).
A veces se usa una expresión de refinada hipocresía para denominar el aborto provocado: se dice que es la «interrupción del embarazo». Los partidarios de la pena de muerte tienen resueltas sus dificultades. La horca o el garrote pueden llamarse «interrupción de la respiración», y con un par de minutos basta. Cuando se provoca el aborto o se ahorca, se mata a alguien. Y es una hipocresía más considerar que hay diferencia según en qué lugar del camino se encuentre el niño que viene, a qué distancia de semanas o meses del nacimiento va a ser sorprendido por la muerte.
Con frecuencia se afirma la licitud del aborto cuando se juzga que probablemente el que va a nacer (el que iba a nacer) sería anormal física y psíquicamente. Pero esto implica que el que es anormal «no debe vivir», ya que esa condición no es probable, sino segura. Y habría que extender la misma norma al que llega a ser anormal por accidente, enfermedad o vejez. Y si se tiene esa convicción, hay que mantenerla con todas sus consecuencias; otra cosa es actuar como Hamlet en el drama de Shakespeare, que hiere a Polonio con su espada cuando está oculto detrás de la cortina. Hay quienes no se atreven a herir al niño más que cuando está oculto -se pensaría que protegido- en el seno materno.
Y es curioso cómo se prescinde enteramente del padre. Se atribuye la decisión exclusiva a la madre (más adecuado sería hablar de la «hembra embarazada»), sin que el padre tenga nada que decir sobre si se debe matar o no a su hijo. Esto, por supuesto, no se dice, se pasa por alto. Se habla de la «mujer objeto» y ahora se piensa en el «niño tumor», que se puede extirpar como un crecimiento enojoso. Se trata de destruir el carácter personal de lo humano. Por ello se habla del derecho a disponer del propio cuerpo. Pero, aparte de que el niño no es parte del cuerpo de su madre, sino «alguien corporal implantado en la realidad corporal de su madre», ese supuesto derecho no existe. A nadie se le permite la mutilación; los demás, y a última hora el poder público, lo impiden. Y si me quiero tirar desde una ventana, acuden la policía y los bomberos y por la fuerza me lo impiden.
El núcleo de la cuestión es la negación del carácter personal del hombre. Por eso se olvida la paternidad y se reduce la maternidad a soportar un crecimiento intruso, que se puede eliminar. Se descarta todo uso del «quién», de los pronombres tú y yo. Tan pronto como aparecen, toda la construcción elevada para justificar el aborto se desploma como una monstruosidad.
¿No se tratará de esto precisamente? ¿No estará en curso un proceso de «despersonalización», es decir, de «deshominización» del hombre y de la mujer, las dos formas irreductibles, mutuamente necesarias, en que se realiza la vida humana? Si las relaciones de maternidad y paternidad quedan abolidas, si la relación entre los padres queda reducida a una mera función biológica sin perduración más allá del acto de generación, sin ninguna significación personal entre las tres personas implicadas, ¿qué queda de humano en todo ello? Y si esto se impone y generaliza, si a finales del siglo XX la Humanidad vive de acuerdo con esos principios, ¿no habrá comprometido, quién sabe hasta cuándo, esa misma condición humana? Por esto me parece que la aceptación social del aborto es, sin excepción, lo más grave que ha acontecido en este siglo que se va acercando a su final.

A mulher objecto e o menino tumor (excertos)

A espinhosa questão do aborto voluntário pode colocar-se de maneiras muito diversas. Entre os que consideram a inconveniência ou ilicitude do aborto, o problema mais frequente é o religioso. Mas costuma-se responder que não se pode impor uma moral “particular”.
Há outra posição que pretende ter validade universal, que é a científica. As razões biológicas, concretamente genéticas, consideram-se demonstráveis, concludentes para qualquer pessoa. Mas as suas provas não são acessíveis à imensa maioria dos homens e mulheres, que as admitem “por fé”; entende-se: por fé na ciência. Creio que faz falta uma abordagem elementar, acessível a qualquer pessoa, independentemente de conhecimentos científicos ou teológicos, que poucos possuem, de uma questão tão importante, que afecta milhões de pessoas e a possibilidade de vida de milhões de crianças, que nascerão ou deixarão de nascer.
Esta visão há-de fundamentar-se na distinção entre “coisa” e “pessoa”, tal como aparece no uso da língua. Todas as pessoas distinguem, sem a menor possibilidade de confusão, entre “quê” e “quem”, “algo” e “alguém”, “nada” e “ninguém”. Se se ouvir um grande ruído estranho, alarmar-me-ei e perguntarei: “que se passa? ou “o que é isso? Mas se ouço uma pedinte à porta, nunca perguntarei “que é?”, mas “quem é?”.
Perguntar-se-á que tem isto a ver com o aborto. O que aqui me interessa é ver em que consiste, qual é a sua realidade. O nascimento de uma criança é uma radical “inovação de realidade”: a aparição de uma realidade “nova”. Dir-se-á que deriva ou vem de seus pais. Sim, de seus pais, dos seus avós e de todos os seus antepassados; e também do oxigénio, do nitrogénio, do hidrogénio, do carbono, do cálcio, do fósforo e de todos os demais elementos que intervêm na composição do seu organismo. O corpo, o psíquico, até o carácter, vêm daí e não é rigorosamente novo.
Diremos que “o que” o filho é deriva de tudo isso que enumerei, é “redutível” a isso. É uma coisa, certamente animada e não inerte, em muitos sentidos “única”, mas ao fim e ao cabo uma coisa. A sua destruição é irreparável, como quando se parte uma peça que é exemplar único. Mas ainda não é isso o importante.
“O que” é o filho pode reduzir-se a seus pais e ao mundo; mas “o filho” não é “o que”, é. É “alguém”. Não um “quê”, mas um “quem”, a quem se diz “tu”, que responderá “eu”. E é “irredutível a tudo e a todos”, desde os elementos químicos até aos seus pais, e ao próprio Deus, se pensamos nele. Ao dizer “eu” enfrenta-se com todo o universo. É um “terceiro” absolutamente novo, que se acrescenta ao pai e à mãe.
Quando se diz que o feto é “parte” do corpo da mãe, diz-se uma insigne falsidade, porque não é parte: está “alojado” nela, implantado nela (nela e não meramente no seu corpo). Uma mulher dirá: “estou grávida” e nunca “o meu corpo está grávido”. É um assunto pessoal por parte da mãe. Uma mulher diz: “vou ter um filho”; não diz: “tenho um tumor”.
O menino ainda não nascido é uma realidade “vindoura”, que chegará se não o pararmos, se não o matarmos no caminho. E se se diz que o feto não é um “quem”, porque não tem uma vida pessoal, haveria que dizer o mesmo do menino já nascido durante muitos meses (e do homem durante o sono profundo, a anestesia, a arteriosclerose avançada, a extrema senilidade, o coma).
Às vezes usa-se uma expressão de refinada hipocrisia para denominar o aborto provocado: diz-se que é a “interrupção da gravidez”. Os partidários da pena de morte têm as suas dificuldades resolvidas. A forca ou o garrote podem chamar-se “interrupção da respiração”, e com uns minutos basta. Quando se provoca o aborto ou se estrangula, mata-se alguém. E é uma hipocrisia mais considerar que há diferença consoante o estado de gestação em que se encontre o menino que vem, a que distância de semanas ou meses do nascimento vai ser surpreendido pela morte.
Com frequência se afirma a licitude do aborto quando se julga que provavelmente o que vai nascer (o que ia nascer) seria anormal, física ou psiquicamente. Mas isto implica que o que é anormal “não deve viver”, já que essa condição não é provável, mas segura. E haveria que estender a mesma norma ao que chega a ser anormal por acidente, doença ou velhice. E se se tem essa convicção, há que mantê-la com todas as suas consequências; outra coisa é actuar como Hamlet no drama de Shakespeare, que fere Polónio com a sua espada, quando este está oculto detrás da cortina. Há os que não se atrevem a ferir, salvo quando a vítima está oculta – pensava-se que protegido – no seio materno.
E é curioso como se prescinde totalmente do pai.
Atribui-se a decisão exclusivamente à mãe (mais adequado seria falar da “fêmea grávida”, sem que o pai tenha nada que dizer sobre se deve matar ou não o seu filho. Isto, obviamente, não se diz, passa-se por alto. Fala-se da “mulher objecto” e agora pensa-se no “menino tumor”, que se pode extirpar como um abcesso repugnante. Trata-se de destruir o carácter pessoal do humano.
Por isso se fala do direito a dispor do próprio corpo. Mas, para além de que o menino não é parte do corpo da sua mãe, mas “alguém corporal implantado na realidade corporal da sua mãe”, esse suposto direito não existe. A ninguém é permitida a mutilação; os outros e o próprio poder público impedem-no. Se eu me quiser atirar duma janela, vêm a polícia e os bombeiros e impedem-me pela força de o fazer. (…)
Não se tratará disto precisamente? Não estará em curso um processo de “despersonalização”, isto é, de “desumanização” do homem e da mulher, as duas formas irredutíveis, mutuamente necessárias, em que se realiza a vida humana?
Se as relações de maternidade e paternidade são abolidas, se a relação entre os pais fica reduzida a uma mera função biológica sem perdurar para além do acto de geração, sem nenhum significado pessoal entre as pessoas implicadas, que fica de humano em tudo isso? E se isto se impõe e generaliza, se a Humanidade viver de acordo com esses princípios, não terá comprometido, quem sabe até quando, essa mesma condição humana? (...)

sexta-feira, 19 de março de 2010

O MELHOR BLOGUE PORTUGUÊS!


ml disse: ”O 5Dias é um dos melhores blogues portugueses, as coisas discutem-se a fundo e não se ficam por estados de alma. E, principalmente, a maior contestação às posições de cada um é interna, não andam a dar améns uns aos outros mesmo quando as burrices são gritantes.”

Talvez, mas se o 5dias é o melhor blogue português, então o mal é mesmo geral. É a economia, a justiça, a educação, a corrupção, a natação e agora……..os blogues!

Para ver se a mensagem é mais bem aceite, vou, com a ajuda de Guerra Junqueiro, dizer em poema o que penso do 5dias:

Enfim, nesta pobreza métrica
Cantemos essa pila, pila blogosférica
De onde pendem testículos que dão a ideia vaga
Das ínfimas amígdalas do Arcebispo de Braga.

Sim, cantemos a pila, que não é 5coroas, mas quando muito meio-tostão
Que no tempo do Daniel foi progressista mas agora vendeu-se ao Islão!
Ninho de traidores e de quem os atura
Que só se aguentam nas canetas usando a censura.

É contemplá-los! É lê-los!
Mistura postmoderna de arrepiar os cabelos!
Querem Revolução Cultural e barricadas no Beato
Guerrilha na Brasileira e tiroteio no Bairro Alto.
Nota-se que depois da queda do muro muitos perderam o tino,
Cuidam que andar de burka na Baixa é mesmo muito fino…

Em Espanha, em França, na Holanda ou na Inglaterra
Juro que nunca ninguém viu tanta burrice na blogosfera…

quarta-feira, 17 de março de 2010

Faz hoje 65 Primaveras

Marc Morano on Malthusian Fearmongers

[link] Marc Morano of ClimateDepot.com joins The Corbett Report to discuss the Malthusian motives of the founders of the modern environmental movement including Paul Ehrlich and John P. Holdren.

O baterista

Jorge Costa Pinto Big Band

E agora?


Na sequência do post anterior: será que estaremos perante um caso flagrante do bullying ambiental provocado pelos desvairados antigos atlantes? Como se pode ter obrigado um pobre animal a viver num equilíbrio ambiental não sancionado pela ciência sancionada pelos Sábios Ecologistas dos Últimos Dias?
Abramos as nossas mentes à reflexão, irmãos.

A crise do emprego


Já viram a quantidade de candidatos que há para aí à vaga deixada pela Irmã Lúcia?!

Aaaaah...!


Então, afinal, o homem sempre é (mesmo!) alguém apresentável...!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Climate I: Is the debate over?


Aqui
.

Hadi Dowlatabadi is Canada research chair and professor in Applied Mathematics and Global Change at the University of British Columbia.

Richard Lindzen
is a professor of Meteorology at the Massachusetts Institute of Technology. For more information see Professor Lindzen's bio.

sábado, 13 de março de 2010

O orçamento e a muralha de aço


Os discursos completos de Jerónimo, Louçã e algumas discursatas de responsáveis do PS (o Partido Melancia não conta), na discussão do Orçamento, foram autênticas assombrações do passado. As almas mais supersticiosas chegaram mesmo a ouvir assustadores murmúrios marxistas de além-túmulo.
Se Marx ressuscitasse ao 3º dia, como parece ter feito um seu antepassado lá para os lados de Jerusalém, sentir-se-ia ainda mais vivo ao verificar que a sua badalada luta de classes entre a burguesia e o proletariado está aí para lavar e durar, pelo menos na retórica de uma certa classe política portuguesa.
A análise das culpas da crise tem estado ao nível da Internacional que ainda se canta nos rituais religiosos da seita, com o punho erguido, olhar revolucionário e a proverbial falta de sentido do ridículo. A relação com a economia e a política reais é mais ou menos a mesma, se bem que a Internacional, pese embora a pimbalhice da lírica, até tem uma música gira.
Não sei se se recordam , mas há um ano a culpa era do Bush, dos neocon e dos neoliberais, tudo no mesmo saco, já que no escuro convém que todos os gatos sejam pardos.
Depois, quando o Bush, os neocon, os neoliberais, o Obama, o Sócrates e outros tantos por essa Europa fora, trataram de injectar rios de dinheiro dos contribuintes em empresas mal-geridas,to big to fail e outras cavalidades do mesmo saco, a culpa passou a ser dos gajos de Wall Street, dos banqueiros, dos empresários sem escrúpulos. Do "sacrossanto mercado", como resumem os kamaradas, simplificando o habitual fast food ideológico que lhes serve de fardo de palha para encher o bandulho que ocupa o lugar que, no sapiens sapiens, é ocupado pelo córtex cerebral.
O Estado democrático, a "superestrutura" da burguesia, veio mais uma vez salvá-la, espoliando os pobres proletários, como explicaria imediata e automaticamente Marx, acabado de regressar do além.
Mas como, na teologia socialista, a principal tarefa do Estado é proteger os desfavorecidos, temos na nossa frente o quadro completo de culpados, vítimas e salvadores, respectivamente, mercado e estado, povo e estado.
Se repararam na esquizofrenia do estado, repararam bem mas, para os malucos, a coisa faz sentido.
Postas assim a coisas, tudo parece simples e óbvio aos olhos de quem não necessita de mais profundidade que as análises macroeconómicas de Marx ou do Tio Patinhas, entre as quais, verdade se diga, não há assim tão grandes diferenças.
Mas há sempre areia...parece que, por exemplo, os desalmados burgueses de Wall Street deram (muito) mais dinheiro a Obama do que ao "candidato da direita", e por cá, basta saber quem manda na PT, no BCP, na CGD, na Maçonaria, etc, etc, para perceber porque razão Sócrates não tem razões de queixa.
Não é que Obama e Sócrates sejam herdeiros de Marx, embora por vezes zurrem como se fossem, mas os tais empresários egoístas e selvagens , o tenebroso "capital", na algaraviada esquerdista, parecem ter uma tão boa relação com a esquerda, que o proletariado parece cada vez mais estar à direita.
O BE, por exemplo, jura que defende o "proletariado", e um tipo ouve e ri, porque é justamente o partido com maior proporção de eleitores das classes médias-altas. Se o tio Louçã e o seu barco de lazer são proletários, eu sou um ovo cozido.
Pelo que, em suma, pôr-se esta gente a arengar patacoadas marxistas para explicar e "vencer" a crise, é tão adequado, útil e moderno como desatar a cantar a Internacional e o Força Força Companheiro Vasco.
Não há Muralha de Aço que resista.

UM FASCISTA NO PARLAMENTO EUROPEU....



Daniel van der Stoep, membro do Parlamento Europeu pelo PVV (partido de Wilders), foi finalmente acusado de ‘fascista’ no Parlamento Europeu. (Artigo traduzido do blogue holandês Dagelijkse Standaard.)

Fez alguma declaração absurda sobre imigração? Disse alguma coisa tosca sobre mesquitas? Apresentou alguma lei que limite drasticamente os direitos civis dos muçulmanos? Tinha alguma solução original para resolver o problema dos ayatollahs iranianos?

Nada disso: apenas colocou o dedo na mais dolorosa ferida do Parlamento Europeu. Não, não é a falta de democracia. A mais dolorosa ferida são os rendimentos deste clube, in casu os de José Manuel Durão Barroso, o Presidente da Comissão Europeia.

Soube-se há umas semanas atrás que a Comissão Europeia declarou no ano passado 4 milhões de euros em viagens, jantares e outros custos. Durão Barroso estava no topo da fasquia com 730 mil euros de despesas declaradas. A holandesa Neelie Kroes declarou uns modestos 55 mil euros.

Parece-nos tratar-se de um ponto de vista perfeitamente legítimo! Na Inglaterra e na Holanda é mais do que evidente que é possível exigir que os recibos de declarações de despesas de membros do governo sejam tornados públicos. Mas não é assim no Parlamento Europeu. Se Durão Barroso realmente gastou 2000 euros por dia em viagens, ou se constituiu uma enorme colecção de óculos de sol Ray-Ban nunca saberemos…

O parlamentário do SPD e presidente da facção socialista no parlamento, Martin Schulz, acha que transparência neste domínio é indesejável e no meio do discurso de Durão Barroso desatou aos berros na direcção do parlamentário do PVV, acusando-o de ‘fascista’! Mais tarde, numa entrevista para a TV-holandesa, nega que o insulto foi dirigido ao parlamentário holandês mas sim ao inglês Nigel Farage (UKIP). Quando o jornalista o confrontou com o facto de Nigel Farage recentemente ter sido multado por ter comparado Van Rompuy com um esfregão, Schulz nega agora ter utilizado a palavra fascista e, furioso, vira as costas e vai-se embora.

(Tradução da intervenção do parlamentário Daniel van der Stoep que podem ver aqui em video do YouTube.)

Daniel van der Stoep: Obrigado Sr. Presidente.

Sr. Barroso, abertura e transparência são a condição básica de toda e qualquer democracia que se auto-estima. Se as despesas de dirigentes não podem ser controladas pelos cidadãos cria-se uma situação de ganância e enriquecimento próprio, como vimos o ano passado em Inglaterra.

Sr. Presidente, foi dado a conhecer na imprensa holandesa que no ano de 2009 o Sr. Barroso declarou despesas no valor de 730 mil euros. Isto não é apenas uma quantia ridícula, de tão exagerada, mas é também uma realização notável: quem é que consegue declarar 2 mil euros por dia, uma prestação de se lhe tirar o chapéu Sr. Barroso.

Sr. Presidente, agora a sério, o controlo democrático destas declarações de despesas é lamentável: o carimbo de aprovação é dado por peritos de contas internos e pessoas escolhidas previamente. Sr. Presidente, insisto que esta comissão, e o Sr. Barroso em particular, abandonem esta prática de encobrimento e que estas declarações sejam tornadas públicas e colocadas na Internet de forma que qualquer cidadão europeu esteja ao corrente destas despesas.

Fico à espera de uma reacção.


Reacção de Durão Barroso: (Em inglês perfeitamente compreensível para quem não andou a agredir os professores com cadeiras e mochilas durante as aulas)

Daniel van der Stoep: Obrigado, segundo o Sr. Barroso o Parlamento pode verificar as declarações de despesas, mas isto é naturalmente um disparate, aqui tudo se passa atrás de portas fechadas e é tudo encoberto. Se o Sr. Barroso realmente quer justificar as suas despesas pode torná-las públicas, se não quer, pode simplesmente admitir este facto. Sr. Barroso, se o senhor cumpre todas as regras não vejo razão nenhuma para não colocar os recibos na Internet ou então o senhor tem medo da reacção dos cidadãos – mostre os recibos publicamente.

Neste momento o parlamentário alemão do SPD, Martin Schulz, interrompe o discurso de Durão Barroso para acusar Daniel van der Stoep de ‘fascista’!!!

Entrevista Joaquim Delgado Domingos



Aqui.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Do custo do piropo à esfregona



Das "questões de liderança" e dos "grupos informais"

Há cerca de 2 anos diziam-se coisas como esta ...




... e continuam ainda a dizer-se.

Diálogos progressistas e socráticos


Zé: Porra, aumentaram os impostos!
Sócrates: Não é verdade. Não aumentámos os impostos.

Zé: Mas eu vou pagar mais impostos, c******
Sócrates: Vais, mas os impostos não aumentaram.

Zé: Oh, cum c*****, mas se eu pago mais, como é que não aumentaram, porra?
Sócrates: Não aumentaram. O que aconteceu é que houve melhorias na incidência dos benefícios fiscais. É a isto que se chama, mais justiça social.

Zé: F***, pá, então eu pago mais e tu dizes-me que não pago mais? Mas pensas que eu sou parvo ou quê?
Sócrates: Penso.

Zé: Mas eu vou pagar mais impostos ou não?
Sócrates: Vais.

: E os impostos não aumentam?
Sócrates: Exacto.

Zé: Obrigado Sr Engenheiro...assim está tudo mais bem explicado. Que seria de nós sem o Sr Engenheiro. Para a próxima voto outra vez em si.


Coisas da "Europa" ou onde fica a Europa?

Entre outras coisas, onde fica a "Europa" que diz querer ter, cada vez mais, "um papel ao nível mundial"?

quarta-feira, 10 de março de 2010

A culpa foi do professor que não se desviou da cadeira

No Lisboa - Tel Aviv

Um rapaz de 12 anos agrediu violentamente um professor, na sala de aula e em frente aos colegas, atirando-lhe com uma mochila na cara e batendo-lhe com uma cadeira nas pernas.

O professor agredido ficou de muletas e psicologicamente abatido. O aluno agressor continua, impávido e sereno, a frequentar as aulas como se nada fosse. Uma vez que se tratou de uma situação relatada pelos jornais, será tratada de maneira diferente: haverá a instrução de um processo disciplinar. Caso a agressão não fosse notícia, o aluno agressor levaria, quanto muito, um raspanete. Nada que o maçasse. Assim é completamente diferente: uma montanha de papeis será movida pela directora de turma do menino, que é a instrutora do processo disciplinar, e simultaneamente a maior castigada com esta situação.

Durante a fase de instrução serão ouvidas as 15 testemunhas, o agredido, o agressor, os encarregados de educação, o cão, o gato e o periquito do aluno, e ainda o sociólogo, o psicólogo, o animador, e o pedagogo, todos eles da escola, ou caso nela não existam, da delegação do PS ou do BE que estiverem mais próximas. No fim, todos concluirão invariavelmente o mesmo de sempre: o menino não tem culpa de nada, porque é uma vítima inocente da sociedade capitalista; a agressão não passou de uma resposta a uma ordem opressora; quem vai para professor tem de saber motivar as crianças, centrar o ensino nos seus desejos e ansiedades, e ter agilidade para se desviar de objectos em movimento. Principalmente mesas, cadeiras e sapatos. A instrução irá apurar ainda, que no dia da agressão, o professor corrigiu os testes a vermelho, facto por si só traumatizante para a turma, e se esqueceu de dar os bons dias aos alunos.

Assim, com os representantes do eduquês em maioria, concluir-se-á que o aluno agressor não pode ser responsabilizado, e que o professor é que não cumpriu com as regras de boa educação. Ao decente ser-lhe-á ainda recomendado que, da próxima vez, seja mais rápido a desviar-se da cadeira e que frequente uma formação para melhorar as suas competências de relacionamento inter-pessoal.