No Inconveniente, Ramiro Marques:
O Governo social-comunista dirigido por António Costa, com apoio parlamentar da extrema-esquerda estalinista e trotskista, deixou o disfarce e aposta agora na construção do socialismo puro e duro.
A linguagem dura e crua de António Costa aproxima-se cada vez mais da retórica dos caudilhos comunistas da América Latina. É uma linguagem que separa o nós do eles. Há os “nossos” e há “os outros”. E, para os que não comungam das virtudes de um Estado socialista que se impõe a todos como necessário, faz-se uso do ostracismo, do cancelamento e da desqualificação. Estes ficam de fora do espaço público com o risco de se verem colados a um pretenso discurso de ódio que os desqualifica e rebaixa.
No Portugal de hoje, a caminho do socialismo, o Estado acumula novas funções ao mesmo tempo que degrada os serviços. As novas funções e o alastramento da intervenção do Estado a todas as áreas da economia e sociedade exigem o reforço do esbulho fiscal. Exemplo dessa voracidade fiscal é a provável obrigatoriedade do englobamento, para efeitos de IRS, dos ganhos com rendas de casa e mercado de capitais.
A linguagem molda o pensamento e o Governo social-comunista usa-a com mestria, ampliando a inveja e ressentimento das massas face ao mais pequeno vislumbre de lucros. A retórica social-comunista combate os capitalistas, incorporando a ideia de que a propriedade é um roubo. Seis anos de construção do socialismo trouxeram-nos até aqui: somos um dos cinco países mais pobres da Zona Euro; estamos a divergir da média da União Europeia; a carga fiscal não pára de crescer; e as liberdades são cada vez mais uma miragem.
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