É o repetitivo queixume dos carteiristas, cada vez que deixa de haver carteiras.
Os idiotas do costume, ou mentirosos profissionais, continuam a bater a tecla dos "neo-liberais" de cada vez que um socialismo, mais vigoroso ou de gang monárquico-absolutista de estilhaça, apesar de saberem que ele sistematicamente estoira apenas porque existe e logo que o dinheiro dos outros se acaba.
Boaventura Sousa Santos que vá lamber sabão.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sábado, 23 de janeiro de 2016
sábado, 16 de janeiro de 2016
Vasco Pulido Valente: Revoluções
"Chamado por Costa, Tiago Brandão Rodrigues não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou.
Não se percebe como Cambridge, uma cidade universitária, tranquila e campestre nos mandou um primitivo português como Tiago Brandão Rodrigues. Verdade que o homem trabalhava lá e se passeava pelas mesmas ruas e pela mesma relva por onde tinham andado Newton, Wittgenstein e Russel. Só que nada disso lhe deu um grão de modéstia e de prudência. Chamado por Costa, não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou e que levara vinte e tal anos de esforço e de polémica a chegar a um relativo equilíbrio. O valente trazia um plano no saco e não hesitou em escaqueirar tudo, para abrir um “novo ciclo” de justiça para a Pátria e os professores. Pode haver quem ache esta maneira de fazer a felicidade do próximo um pouco extravagante. Se há, é gente pérfida, com razões malévolas.
A coisa vem de um livro, publicado por volta de 1970, por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (talvez por Bourdieu sem Passeron), com um título prometedor, “Les Héritiers”. A tese geral desta obra era simples: a “classe dominante” tinha reproduzido a sua tirania transferindo o capital para a descendência; mas no mundo moderno passara a transferir o “saber” e não o “capital”. Ou seja, o seu método de “reprodução” mudara e o dever do verdadeiro socialista estava agora em destruir essa nova maquinação da burguesia. Ora como esta venenosa manobra da “classe dominante” assentava, por um lado, nos privilégios que se “herdavam” da família e, por outro, no carácter selectivo da escola, que o exame e a nota simbolizavam, o objectivo essencial era obviamente transformar a escola num lugar de prazer e acabar com o exame e a nota.
Que as criancinhas ficassem num estado de completa ou quase completa ignorância interessava pouco. A operação pelo menos destruía os filhos da “classe dominante”, que sem “capital” e sem “saber” seriam absorvidos por um igualitarismo militante; e também alegrava os professores que deixavam de responder pelo seu trabalho perante o Estado da burguesia (Bourdieu detestava os professores que ensinavam e em 1968 tentou correr com Aron da Sorbonne). Como se calculará, esta perfeita idiotia foi recebida em Portugal por meia dúzia de profetas, que durante o PREC arrasaram a “escola” a pretexto de a “sanear” primeiro e de a “salvar” a seguir. A balbúrdia que estabeleceram liquidou a vida a muita gente. As reformas do ministro Tiago liquidarão mais."
Não se percebe como Cambridge, uma cidade universitária, tranquila e campestre nos mandou um primitivo português como Tiago Brandão Rodrigues. Verdade que o homem trabalhava lá e se passeava pelas mesmas ruas e pela mesma relva por onde tinham andado Newton, Wittgenstein e Russel. Só que nada disso lhe deu um grão de modéstia e de prudência. Chamado por Costa, não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou e que levara vinte e tal anos de esforço e de polémica a chegar a um relativo equilíbrio. O valente trazia um plano no saco e não hesitou em escaqueirar tudo, para abrir um “novo ciclo” de justiça para a Pátria e os professores. Pode haver quem ache esta maneira de fazer a felicidade do próximo um pouco extravagante. Se há, é gente pérfida, com razões malévolas.
A coisa vem de um livro, publicado por volta de 1970, por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (talvez por Bourdieu sem Passeron), com um título prometedor, “Les Héritiers”. A tese geral desta obra era simples: a “classe dominante” tinha reproduzido a sua tirania transferindo o capital para a descendência; mas no mundo moderno passara a transferir o “saber” e não o “capital”. Ou seja, o seu método de “reprodução” mudara e o dever do verdadeiro socialista estava agora em destruir essa nova maquinação da burguesia. Ora como esta venenosa manobra da “classe dominante” assentava, por um lado, nos privilégios que se “herdavam” da família e, por outro, no carácter selectivo da escola, que o exame e a nota simbolizavam, o objectivo essencial era obviamente transformar a escola num lugar de prazer e acabar com o exame e a nota.
Que as criancinhas ficassem num estado de completa ou quase completa ignorância interessava pouco. A operação pelo menos destruía os filhos da “classe dominante”, que sem “capital” e sem “saber” seriam absorvidos por um igualitarismo militante; e também alegrava os professores que deixavam de responder pelo seu trabalho perante o Estado da burguesia (Bourdieu detestava os professores que ensinavam e em 1968 tentou correr com Aron da Sorbonne). Como se calculará, esta perfeita idiotia foi recebida em Portugal por meia dúzia de profetas, que durante o PREC arrasaram a “escola” a pretexto de a “sanear” primeiro e de a “salvar” a seguir. A balbúrdia que estabeleceram liquidou a vida a muita gente. As reformas do ministro Tiago liquidarão mais."
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
MORRA!
A "europa" vive tempos de absoluto desnorte. É uma espécie de época de juízo final em que a factura de todo o marxismo centralista asfixiante se apresenta a pagamento.
Tudo o que foi parido de Maaschtrich para cá deu bota.
O multiculturalismo estoira-lhes no focinho a toda a hora.
Já todos os países estão contra todos.
Já em todos os países forças políticas de separação emergem em velocidade vertiginosa.
Dois importantes países estão ou de saída ou a tentar aplicar as regras deles: Inglaterra (com o UKIP) e França com Marine Le Pen. Num caso e noutro obrigando sob pressão eleitoral os governos no poder a vergar aos anti europa.
Nos EUA Trump faz perceber que recolocará os EUA naquilo de onde nunca deveriam ter saído mas, desta vez, apresentando facturas. Obama, entre partidas de golf, rasteja tentando fazer crer que ainda tem autoridade política. A "europa" pressente que se os EUA voltarem ao que eram o moribundo "projecto europeu" estoirará que nem um sapo.
Uns quantos outros países tentam ainda juntar-se ao ouruborus na expectativa de ainda poderem abocanhar qualquer coisa. A Turquia é um deles.
Entretanto, em jeito de desespero final e contra todas as evidências em que cada novo regulamento lhe aplica mais um prego no caixão da insipiência económica, continuam regulamentando furiosamente, agora tentando obrigar cada detentor de cada pequena horta a frequentar um curso sobre substâncias químicas.
Parece que só não há fungicidas para os cogumelos venenosos de Bruxelas.
Que a "europa" morra ... no papel, porque na realidade nunca passou de zombie. Pena é que os largos milhares de seus adoradores não possam passar uns anos atrás das grades.
MORRA O DANTAS, MORRA!
Tudo o que foi parido de Maaschtrich para cá deu bota.
O multiculturalismo estoira-lhes no focinho a toda a hora.
Já todos os países estão contra todos.
Já em todos os países forças políticas de separação emergem em velocidade vertiginosa.
Dois importantes países estão ou de saída ou a tentar aplicar as regras deles: Inglaterra (com o UKIP) e França com Marine Le Pen. Num caso e noutro obrigando sob pressão eleitoral os governos no poder a vergar aos anti europa.
Nos EUA Trump faz perceber que recolocará os EUA naquilo de onde nunca deveriam ter saído mas, desta vez, apresentando facturas. Obama, entre partidas de golf, rasteja tentando fazer crer que ainda tem autoridade política. A "europa" pressente que se os EUA voltarem ao que eram o moribundo "projecto europeu" estoirará que nem um sapo.
Uns quantos outros países tentam ainda juntar-se ao ouruborus na expectativa de ainda poderem abocanhar qualquer coisa. A Turquia é um deles.
Entretanto, em jeito de desespero final e contra todas as evidências em que cada novo regulamento lhe aplica mais um prego no caixão da insipiência económica, continuam regulamentando furiosamente, agora tentando obrigar cada detentor de cada pequena horta a frequentar um curso sobre substâncias químicas.
Parece que só não há fungicidas para os cogumelos venenosos de Bruxelas.
Que a "europa" morra ... no papel, porque na realidade nunca passou de zombie. Pena é que os largos milhares de seus adoradores não possam passar uns anos atrás das grades.
MORRA O DANTAS, MORRA!
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Ainda a propósito das não notícias
No Blasfémias.
Francisco José Viegas: O silêncio que se abateu sobre a vinda a Portugal do dissidente cubano Guillermo Fariñas, Prémio Sakharov em 2010, foi ruidoso o suficiente para relembrar a conivência dos intelectuais com o regime cubano e o fascínio que a ditadura castrista exerceu sobre eles – e sobre a esquerda que gosta de retratos de Guevara e que fechou os olhos ao Gulag. Que o governo tenha recusado recebê-lo são minudências diplomáticas; que o presidente do Parlamento tenha mantido igual recusa é uma vergonha. Que os intelectuais não tenham tido uma palavra é o normal, fascinados que são pelas ditaduras dos trópicos. A prova é a mordaça em redor da Venezuela, onde uma ditadura neurótica mantém na prisão o líder da oposição e se dá ao luxo de nomear um parlamento próprio para substituir o eleito. Calados, imunes e sem vergonha.
Francisco José Viegas: O silêncio que se abateu sobre a vinda a Portugal do dissidente cubano Guillermo Fariñas, Prémio Sakharov em 2010, foi ruidoso o suficiente para relembrar a conivência dos intelectuais com o regime cubano e o fascínio que a ditadura castrista exerceu sobre eles – e sobre a esquerda que gosta de retratos de Guevara e que fechou os olhos ao Gulag. Que o governo tenha recusado recebê-lo são minudências diplomáticas; que o presidente do Parlamento tenha mantido igual recusa é uma vergonha. Que os intelectuais não tenham tido uma palavra é o normal, fascinados que são pelas ditaduras dos trópicos. A prova é a mordaça em redor da Venezuela, onde uma ditadura neurótica mantém na prisão o líder da oposição e se dá ao luxo de nomear um parlamento próprio para substituir o eleito. Calados, imunes e sem vergonha.
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