Teste

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Da "hecatômbica" derrota do governo

Anda para aí um reviralho do camandro e do catano porque, aqui D'El Rei, o governo tem que tirar ilações relativamente ao péssimo resultado dos "partidos do governo" nas autárquicas.

Desculpem lá mas estão a ver mal o filme. Se alguém está de parabéns é, justamente o governo.



Se ilações há a tirar é a de que os partidos do governo se aguentaram extremamente bem. Os resultados, em termos autárquicos (presidentes eleitos, etc) foram desastrosos, mas quanto a apoio popular há que tirar o chapéu aos partidos do governo porque a diferença de votação foi de -1.91%.

Se não se pretende misturar alhos com bugalhos projectando os resultados das autárquicas em termos de legislativas, muito bem. É o melhor. Mas se se pretende tirar ilações, olhe-se bem a excelente tendo em atenção o cenário em que vivemos. Pessimamente, vai o PS neste mesmo cenário por conseguir apenas +1.91% que os partidos do governo.

Pode ainda dizer-se que estes resultados em termos legislativos dariam uma diferença mais folgada ao PS porque se está a somar o PSD com o CDS. Tá bem (partindo do princípio que não concorreriam coligados). Mas do ponto de vista das ilações políticas, o governo saiu-se extremamente bem e o resto são soudbytes de comunicação social fascista.

Mais umas quantas crónicas exemplares...










Sua Excelência, o autarca

Há dias, li um jornalista jurar que a Lisboa actual está sempre em festa, cheia de animação, eventos culturais, artes de rua e "iniciativas" em geral, logo (sublinho o "logo"), o jornalista em causa apoia a reeleição de António Costa. Ainda que não fosse essa a intenção, é difícil resumir melhor a relação dos portugueses com o poder, e sobretudo com o poder local.

Para o cidadão comum, aquilo que acontece numa cidade, Lisboa ou outra, é necessariamente resultado das decisões - ou da falta delas - dos senhores que ocupam a autarquia. Se a cidade é pródiga em bares, espectáculos musicais, exposições e homens-estátua, o mérito é da câmara municipal. Se a cidade anda mortiça, a culpa é da câmara municipal. Os munícipes, criaturas sem vontade própria que seguem as decisões autárquicas como os zombies seguem mioleira fresquinha, não são para aqui chamados, excepto para exaltar a sumidade que espevitou a vida urbana ou criticar a nulidade que deixa a vida urbana desligar-se às sete da tarde. Aparentemente, ninguém é capaz de se instalar a servir copos, organizar concertos ou espirrar três vezes sem o aval, e talvez o patrocínio, de Sua Excelência, o autarca. A ausência de vida para além dos Paços do Concelho não só é uma concepção absurda: se calhar, é verdadeira.

Em países civilizados, é possível visitar uma cidade, ler sobre uma cidade ou espreitar um documentário alusivo a uma cidade e nem sequer notar a existência do senhor presidente da câmara. Em Portugal, isso seria tão estranho quanto um vereador balbuciar uma frase que não inclua a palavra "valências". Não há "apontamento de reportagem" acerca de qualquer lugarejo sem depoimento do senhor presidente. Não há jornal local sem 37 fotografias do senhor presidente. Não há procissão de Nossa Senhora dos Aflitos sem a presença do senhor presidente junto da protagonista. Não há instalação instalada em galeria sem autorização do senhor presidente. Não há garrafa de vodca aberta às duas da madrugada sem uma vénia ao senhor presidente, que afinal criou as "condições" para que os súbditos se embriagassem com galhardia. O senhor presidente, emanação do Estado, encontra-se por toda a parte, numa consumação assustadora das "políticas de proximidade" que o jargão da classe promete "incrementar".

Puro Terceiro Mundo? Obviamente. Ou, se não apreciarem a expressão, herança de séculos de pobreza e dependência, que mantêm o povo petrificado, à espera das migalhas largadas por quem manda. Se a "festa" lisboeta se deve de facto ao dr. Costa, a "festa" é uma exibição do nosso permanente atraso, hoje, aliás, celebrado em eleições.




Uma fraude e uma ofensa

Antes de mais, a boa notícia: um estudo da universidade inglesa de East Anglia confirmou que a Terra um dia se aproximará demasiado do Sol e nenhuma forma de vida sobreviverá. A má notícia é que esse dia só ocorrerá daqui a 1,75 mil milhões de anos, no mínimo, ou 3,25 mil milhões de anos no máximo. Ou seja, por um lado Keynes tinha razão quando sugeria que gastássemos à tripa forra, já que "no longo prazo", cito, "estaremos todos mortos". Por outro, teremos muito tempo para suportar as consequências de tão desvairada filosofia e a retórica de gente como António José Seguro.

Num discurso em Coimbra, durante a campanha das "autárquicas", o dr. Seguro explicou pela enésima vez que "O Estado social não é um capricho dos socialistas, mas uma necessidade dos portugueses para combater as desigualdades sociais". E acrescentou: "Quem defende um Estado mínimo, a única coisa que está a dizer é que os portugueses ficam entregues à sua sorte." A primeira frase é uma demonstração de iliteracia económica, a segunda um insulto pouco velado à população.

Vamos por partes. Mesmo sem perceber o que é que o "Estado mínimo" tem que ver com o Governo em funções e mesmo sem discutir as hipotéticas virtudes do Estado dito "social", no fundo uma maneira de submeter recursos aos critérios redistributivos de quem manda e, com frequência, um sistema de perpetuação da desigualdade, a verdade é que até as necessidades dos portugueses, ou pelo menos as necessidades decretadas pelo dr. Seguro, dependem dos meios existentes para financiá-las. Prometer maravilhas sem acautelar o dinheiro que as paga talvez excite a ala esquerda do PS e algum eleitorado, mas constitui de qualquer modo uma burla.

E a segunda frase acima constitui, repito, uma ofensa. Qual é o mal de os portugueses ficarem entregues à sua sorte? Salvo casos excepcionais de miséria ou invalidez, a posse do próprio destino é uma bênção e uma prerrogativa da liberdade. Infelizmente, os senhores que passeiam superioridade moral e preocupação para com o povo entendem que o povo padece de rematada estupidez. E, quando lhes confia a vida, o povo dá-lhes certa razão.




A carteira e a vida

É costume os media divulgarem extasiados que uma publicação ou um site quaisquer distinguiram Lisboa, ou o Porto, ou o Douro, ou o Algarve, ou o Cacém como o "melhor destino turístico" da Terra, ou da Europa, ou da Península Ibérica, ou dos países mediterrânicos cujo nome começa pela letra pê.

O êxtase foi menor quando um teste da Reader"s Digest colocou Lisboa no último lugar em honestidade entre 16 cidades. Ou no primeiro lugar em desonestidade. Eis o teste: espalharam-se 12 carteiras recheadas com documentos pessoais e 30 euros (ou o equivalente) por cada uma das cidades. E depois esperou--se a devolução. Em Helsínquia, 11 carteiras regressaram ao dono. Em Bombaim, nove. Em Nova Iorque e em Moscovo, oito. Em Lisboa, uma. Uma, abaixo de Madrid, Praga, Rio de Janeiro e Bucareste, os lugares seguintes na tabela da pilhagem de ocasião.

Conclusões? A dimensão e a aleatoriedade do teste não chegam para tanto. No máximo, o teste ajuda a desmontar o mito de que os pobres são menos propensos à rectidão. Curiosamente, trata-se de um mito tão propagado pela direita "darwinista" quanto pela esquerda "conscienciosa". Uma acha que a pobreza reflecte os traços de inferioridade dos que a sofrem, incluindo a preguiça ou a tendência para a trapaça. A outra sonha com uma multidão de pobres que subverta o "sistema" através do crime. No mundo real, naturalmente, as condições económicas não influenciam o carácter.

Mas isso já se sabia. E, no resto, o alcance da brincadeira do Reader"s Digest é limitado. Será que, por coincidência, o teste encontrou os únicos 11 indivíduos malformados a operar na capital? Será que no Porto, em Braga, em Faro ou em Coimbra os resultados mudariam ou o problema é nacional? Será que os turistas que confessam deixar cá um pedacinho de si estão a elogiar a hospitalidade pátria ou literalmente a constatar um facto?




Falar sobre o tempo

Parece-me que os peritos procuram novidades da crise económica internacional nos indicadores errados. A maior evidência de que o pior já terá passado está no regresso em força do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), que anda outra vez a alertar para o Apocalipse.

Nos últimos cinco anos, em parte pelas falcatruas que desacreditaram o organismo, em parte pelo facto de as pessoas terem coisas mais sérias com que se ocupar, o IPCC praticamente sumiu do que agora se chama "espaço mediático". O "aquecimento global", e sobretudo o "aquecimento global" com origem na actividade humana, afinal o evangelho do IPCC, viu-se trocado na atenção pela "bolha" imobiliária, as complexas operações da alta finança, os resgates da banca, os gastos dos governos e, principalmente, os apertos das populações, mais preocupadas em chegar ao fim do mês do que em assegurar que o Pólo Norte chegue ao fim do século.

Assistir, em 2013, às manchetes sobre o clima que faziam furor em 2007 é, além de um consolo nostálgico, um sintoma de que a economia internacional se encontra em recuperação e de que, não tarda, poderemos voltar a consumirmo-nos com ninharias especulativas. As promessas do fim do mundo são sempre uma garantia de que o mundo vai benzinho, obrigado.




Novidades literárias

Não sei o que é mais engraçado, se o anúncio de que o eng. Sócrates escreveu um livro, se o facto de o livro versar a tortura, se a circunstância do prefácio ser assinado por Lula da Silva, esse fenómeno de integridade e rectidão que assolou - e, por interposta gente, ainda assola - o Brasil. Por este andar, assistiremos em breve ao lançamento da "Nova Gramática da Língua Portuguesa", obra de Manuel Almeida, candidato do PTP à autarquia de Gaia. Com prefácio de Jorge Jesus.

João César das Neves: O erro de Kant

Novamente João César das Neves em mais um texto de referência:
"Isto está tudo errado. É preciso deitar fora e começar de novo." Desde a escola primária, todos conhecemos esta situação drástica e terrível. Mas o que é habitual nos desenhos e nos trabalhos de casa surge também aplicado a questões económico-sociais. Não faltam os que, desesperados com problemas agudos, propõem mudanças radicais no País, classe dirigente ou sistema internacional. É preciso repensar tudo.

Quem o diz com seriedade tem em geral objectivos generosos e voluntaristas, mas não se dá conta da arrogância subtil de que é vítima. O mundo é como é, e se por acaso a existência não lhe agrada, ninguém lhe dará outra. Nem a natureza nem a humanidade lhe têm de prestar contas. Ninguém o nomeou sequer juiz, quanto mais proprietário da realidade. Tudo o que temos é dom, pois nascemos nus das nossas mães. Isso significa que uma gratidão fundamental é condição prévia para abrir os olhos todas as manhãs. Uma vontade empenhada de melhorar o que há, por louvável que seja, pode fazer-nos esquecer esta verdade. Os únicos revolucionários bem-sucedidos foram pessoas humildes e gratas.

O erro de desprezar radicalmente a realidade, arrogando-se o direito de a melhorar, é uma atitude eminentemente moderna. Pode corporizar-se num dos textos constitutivos da cultura contemporânea, o ensaio "O que é o iluminismo?" (Was ist Aufklärung?), publicado no número de Dezembro de 1784 do Berlinische Monatsschrift pelo grande filósofo Immanuel Kant. A primeira frase do texto, que inclui a desejada definição, diz tudo: "Iluminismo é a emergência do homem da sua auto-imposta imaturidade."

O grande movimento histórico que esta frase lançou, e que ainda permanece, merece três comentários. O primeiro é que se baseia numa das atitudes mais grandiosas, inspiradoras e empolgantes que a humanidade alguma vez sentiu. Confiantes na liberdade, na ciência e na técnica, os iluministas e seus sucessores entregam-se para construir uma sociedade perfeita ou, pelo menos, mais justa, nobre e feliz. O segundo ponto é que graças a ele tivemos e continuamos a ter benefícios espantosos. A referida "emergência do homem" traduz-se em inúmeras vantagens, da medicina à democracia, das comunicações à arte, do conforto à criatividade. Vivemos há 250 anos em progresso intenso, pelo que temos dificuldade em imaginar a vida quotidiana do século XVIII ou prever a que nos espera dentro de décadas.

O terceiro aspecto é que, sem esquecer estes elementos maravilhosos, a atitude sobranceira do Iluminismo deixou muito estrago. A vontade de fazer de novo, rejeitando o que havia, demoliu inúmeras coisas boas, dos guilhotinados da Revolução Francesa ao aquecimento global. No limite, holocausto nazi e gulag soviético foram as manifestações supremas da ingenuidade iluminista.

Quando alguém tem a petulância de menosprezar como "auto-imposta imaturidade" tudo que o antecedeu e rodeia, desdenha coisas magníficas que não entende. Se o ser humano sobe para o montículo que construiu e se proclama senhor da natureza e da história, todo o universo desata a rir. Quando uma criatura se assume dona da sua consciência e do seu corpo, das suas relações e posses materiais, fará muita asneira. Por muito culto e inteligente que seja - e muitos, como Kant, eram -, por muitos avanços técnicos e científicos que consiga - e muitos conseguiram -, elabora a partir de uma mentira radical: o mundo e a sociedade não nos pertencem. Nem sequer eu me pertenço a mim.

Podemos situar aqui quase todos os terríveis dramas que nos afligem. Da poluição à crise financeira, da corrupção às guerras e revoluções, do aborto e do divórcio à droga e ao terrorismo, nestes e tantos outros temas, há sempre alguém que se sente capaz de comandar a si e ao universo.

Assim, o erro de Kant, corolário do erro racionalista de Descartes, está na origem desta sociedade rica e próspera, mas injusta, desorientada, deprimida. Os últimos dois séculos foram espantosos, mas, como o filho pródigo da parábola, o Ocidente esbanjou a vasta herança que exigiu e vê-se a guardar porcos.

domingo, 29 de setembro de 2013

Só Sadam conseguiu melhor

O BE ainda se mantém ligeiramente acima de 1% (1.05%).

Estão praticamente reunidas as condições para continuar a reclamar que representa 99% dos portugueses.

A marcha para o governo mundial: Constitucionalismo Global

Algo que todos negam hoje e falarão de, amanhã.


Há muita gente distraída, mas ...

João César das Neves: dos eternos cronies e seus lacaios


Da perplexidade

Escreve PG aqui:
A Parte Mais Divertida Da Reflexão Eleitoral… [...] … é aquela das teorizações sobre o voto branco e nulo, em especial quando feita por quem percebe um bocadinho muito específico dos mecanismos eleitorais, que é pior do que quando é feita por quem não percebe mesmo nada.

Comentário meu:

Fica a dúvida sobre se a parte divertida é a referente à perplexidade pela qualidade, se pela sapiente determinação de quem percebe ou não, ou ainda se é esse ou outro o vector a valorizar.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Lord Monckton on The Collapse of Al Gore's Climate Narrative

As Verdades que a Imprensa Brasileira Omite - Bolsonaro

Um cheirinho do nosso futuro, temporariamente travado mas "aproveitado" para desenvolvimento de teses sobre "tortura".

As aventesmas das renováveis ao poder - II

EDP renováveis é eixo da 'coisa'.

Todos os bancos estão entalados até ao pescoço com créditos de investimento nas renováveis e é essa uma das razões por que o governo tem hesitado entalar a cáfila. Se a entalar, estoira a bomba nos bancos.

A “demissão” de Portas parece cada vez mais ter sido uma manobra de agressão da cáfila ao governo. Moreira da Silva terá sido outra das toupeiras instaladas no processo.

Neste momento temos um governo-sombra chamado “renováveis”. Daí o recente apoio de Mexia a medidas que não salpicariam as renováveis. Aposto que a coisa se irá repetir sempre em prol do “ambiente”.

Da tribunalícia governação

Parece que estamos no filme de António Gramsci. Segundo ele, a esquerda manter-se-ia eternamente no poder se conseguisse ir lentamente penetrando as instituições, todas elas, e fossem quais fossem os sapos que tivesse que engolir. Olavo de Carvalho bem o explica.

Já bem agarrada às instituições, caberia a cada militante servir de agente de dinamização do que a ela interessasse ou de agente de resistência passiva ao que não lhe interessasse.

A recente mania de tudo se enviar para tribunal (providências cautelares, etc) vai nessa linha. A recente recusa da AR em clarificar o que pretende com a lei das incompatibilidades de autarcas, idem. Este imiscuir do TC em assuntos de governação em geral, ibidem.

Esta é a esquerda de Lula, do mensalão, de que Sócrates é pupilo. É a esquerda do perfeito idiota útil sul-americano tendo Cuba como exemplo inspirador.

Com as instituições já bem tomadas por dentro, pode parece haver uma democracia, mas quem for eleito governa apenas na parte que conseguir furar à esquerda-das-instituições.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Autárquicas, Isabel A Endocrinologista, Marco Mouro na Costa





Alberto Gonçalves dixit:





Clima de festa

Parece que o presidente da Câmara Municipal de Esposende (CME), João Cepa, gastou 5266,80 euros dos cofres do município para oferecer dois mil terços a outros tantos idosos do concelho. Não satisfeito, acrescentou 16560 euros, naturalmente públicos, para alugar 32 autocarros e enviar os ditos idosos numa peregrinação a Fátima. Na página do Facebook da CME, conclui-se que a viagem foi um sucesso, com direito a missa, piquenique junto ao santuário e, cito, "a partilha dos farnéis e o convívio entre os participantes, em clima de festa e alegria". Os que defendem o social-democrata João Cepa, leia-se o próprio, explicam que o homem não é candidato nas próximas eleições autárquicas. Os que o atacam evocam a separação entre o Estado e a Igreja.

É evidente que concordo com os segundos, embora me pareça que a restrição não baste. Além de se separar o Estado da Igreja, proeza que, aliás, já foi razoavelmente consumada há décadas, convinha com urgência separar o Estado do dinheiro alheio. A menos que se ache que o único problema desta história passa pelo carácter religioso das prendas e do destino. Se o sr. Cepa tivesse oferecido ao povo duas mil garrafas de espumante e um passeio à Bairrada, o caso seria diferente? Suponho que não.

Limitar a generosidade dos autarcas apenas nas matérias da fé é continuar a dar-lhes livre trânsito para estraçalharem o rendimento de quem trabalha em pândegas sem eucaristia, rotundas sem evangelho, "multiusos" sem sacerdote, "requalificações" de "envolventes" sem redenção. E isto para ficarmos pela iconografia mais representativa do entusiasmante "poder local".

Se quisermos ir um bocadinho além, consultar o portal base.gov.pt é descobrir todo um universo de despesas peculiares em que as autarquias também se especializaram. Há os cinco mil euros gastos pela CM de Faro nos serviços de "manutenção e suporte" de um "software de gestão desportiva", os sete mil euros gastos pela CM de Miranda do Corvo em bilhetes de avião para a Turquia, os 42 mil euros gastos pela CM de Barcelos num misterioso "compressor Nitrox", os 24 mil euros gastos pela CM da Amadora na "concepção de um desdobrável para as eleições", os dez mil euros gastos pela CM de Sousel num espectáculo com "o artista "Quim Barreiros"" (curiosamente, "artista" aparece sem aspas), os quatro mil euros gastos pela CM de Loulé em máquinas de musculação ("e stepper"), os 54 mil euros gastos pela CM de Serpa na "aquisição de serviços para a direcção do Centro Musibéria", os 6500 euros gastos pela CM de Aljustrel num "monobloco em betão", os 50 mil euros gastos pela CM de Vila Pouca de Aguiar na "tradicional Feira das Cebolas" e, para não cansar e terminar em grande, as largas dezenas de milhares de euros gastos pela CM de Lisboa em incontáveis passagens aéreas para Dublin, Odense, Belfast, Luxemburgo, Helsínquia e onde calha.

Tudo isto, acreditem ou não, são exemplos colhidos na semana agora finda, em suposta época de crise. Multipliquem-nos pelas cerca de duas mil semanas de municipalismo democrático e não se esqueçam: no dia 29, corram às urnas. O voto é um direito e um dever. E, para eles, uma festa e uma alegria.




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Bombocas à noite

O jornal i entrevistou Isabel do Carmo, a endocrinologista que, pelo aspecto, possui a legitimidade de um alcoólico que é cirurgião hepático, e a ex-terrorista que lutou à bomba pelo tipo de sociedade que admirava. Podia ter sido pior: em vez de uma entrevista amável, o i podia ter concedido uma comenda à senhora. Mas disso o antigo presidente Jorge Sampaio já se encarregara.

Ainda assim, a referida entrevista é suficientemente comovente. Desde logo, pela preocupação que a dra./camarada Isabel dedica ao futuro do SNS, regime que acha merecer a exclusividade total dos médicos. E se a dra./camarada Isabel acumulava há décadas o serviço público com o privado, isso deveu-se apenas a razões logísticas. Ou, como ela explica: "A certa altura, é um caminho irreversível." Porquê? Porque "a pessoa ganha uma certa notoriedade que torna difícil voltar atrás". E porque o Estado só é bom quando rouba os outros: "Ando a trabalhar no privado para pagar os impostos do público." Muitos andamos, minha senhora.

Espantosamente, a entrevista consegue melhorar. Não é todos os dias que uma jornalista faz uma questão tão pertinente quanto: "É o jeito para mobilizar que liga a Isabel do Carmo de 73 anos à jovem das Brigadas Revolucionárias?" Porém, o segundo grande momento da História da Imprensa Ocidental é a pergunta: "Sendo médica, como é que se gere a defesa da luta armada?" O primeiro momento é a resposta: "Gere-se bem."

O resto da peça mantém este nível. A dra./camarada Isabel conta que se reunia em hospitais com "Zeca" Afonso (um excelente aproveitamento de recursos), invoca a aprovação de Otelo (esse baluarte do juízo), informa que se limitava a colocar "bombas à noite" (e que a classificação de bombista é uma calúnia "da direita e da extrema-direita") e garante que hoje não voltaria à luta armada na medida em que não lhe "apetecia ir para a cadeia [risos]" (a moral é uma mariquice que não a detém). A terminar, a jornalista exibe extraordinária coragem: "Tem algum doce preferido?" "Bombocas?"




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A renegociação a 500 euros/mês

Marco António (Costa) é daquelas coisinhas tão pequeninas e engraçadas que apetece levar para casa. Mas não para a minha. Um destes dias, para que não parecesse que o CDS era o único membro da coligação a alinhar nos clichés contra o Fundo Monetário Internacional, Marco António (Costa), todo lampeiro, insurgiu-se: o FMI padece de "hipocrisia institucional", já que os seus responsáveis terão afirmado num alegado relatório que a austeridade aplicada a Portugal é excessiva. E depois os malvados "mantêm-se inflexíveis" nas negociações.

Coitadinho do Marco António (Costa), que ainda não percebeu a enrascada pátria. Mesmo que tal afirmação e tal relatório sejam verdadeiros, importam menos os estados de alma de algum funcionário da entidade do que os factos, e estes mostram que a intervenção local do FMI, acompanhado pelos dois terços não tão benignos da troika, só existe porque a classe política a que Marco António (Costa) pertence e o bom povo que a legitima criaram uma situação que tornou a intervenção necessária: eles mandam; nós colocámo-nos a jeito de ser mandados. A alternativa, de que pelos vistos ele não se lembra, era a bancarrota absoluta. Assim, estamos numa bancarrota assistida, na qual uns senhores emprestam (a juros) o suficiente para que isto possa fingir que é uma nação soberana e inúmeras figuras gradas da nação querem mandar os senhores pentear macacos (embora por palavras mais viris). O patriotismo é muito lindo.


Infelizmente, os patriotas não explicam onde arranjaríamos o crédito caso os credores decidissem abandonar-nos à nossa sorte. Ou explicam, o que é igual. A ideia consiste em preservar a troika só que em versão boazinha: eles continuam a mandar-nos o dinheiro; nós dispensámo-nos de condições aborrecidas como a de ter de pagá-lo. Ou, no máximo, obrigamo-nos a pagar em suavíssimas prestações, semelhantes à que a autarquia de Vila Nova de Gaia, que contou durante anos com os brilhantes préstimos de Marco António (Costa), cobra ao FC Porto pelo centro de treinos ou lá o que é. O centro custou aos contribuintes 16 milhões. O clube abate 500 euros mensais. Daqui por 2666 anos - por extenso: dois mil, seiscentos e sessenta e seis -, aquilo estará pago. A Câmara Municipal de Gaia é generosa com o que não é seu. O FMI é cioso do que é. Vá-se lá compreender o mundo. Não admira que Marco António (Costa) nem tente.


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Islão e as 11.000 virgens do Paraíso




Será um adiantamentozito?



O ministro do Interior da Tunísia, Lofti ben Jeddou, afirmou hoje, no parlamento, que mulheres tunisinas foram para a Síria para fazer a "jihad [guerra santa] do sexo", aliviando as necessidades sexuais dos combatentes islamitas.

"Elas têm relações sexuais com 20, 30, 100" jihadistas, acrescentou o governante perante o parlamento, sem precisar se estes números são diários, noticiou a agência AFP.

"Após as relações sexuais, em nome da 'jihad al-nikah' [guerra santa do sexo], elas regressam grávidas", disse.

A 'jihad al-nikah' é considerada por certos dignatários salafistas como uma forma legítima de guerra santa.

O ministro não precisou o número de mulheres que partiram para a Síria com esse fim.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Da zenital superioridade da medicina cubana

Compreende-se. Em Cuba não há colares cervicais.

A "médica" pensa que o zingarelho é para ser aplicado na cabeça ...!!!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Da malignidade dos "perfis"

"Não encaixavam no perfil", diz-se, em comentário (#1).

Pois, entretanto deixou de haver perfil em que encaixar e começaram a aparecer quantidades preocupantes de alunos com os mais diversos canudos, até na faculdade, que não sabem ler nem escrever. Que sabem ler e copiar, há mais mas muitos deles não se conseguem explicar ou perceber o que lêem. Quanto a matemática, ciências, línguas, história ... etc ...

A escola tem que ter muitos tipos de perfis, das letras puras e duras às matemáticas puras e duras mas também às da habilidade manual pura e dura, etc, etc.

Poucos serão, felizmente, os alunos que nada poderão conseguir e a esses a sociedade terá que valer mas, com muito cuidado, para não deixar que se crie uma clientela que atraia "coitadinhos" ao sistema.

De uma forma ou outra, as habilitações, referentes ao que quer que seja, têm que passar a ter mais que valor facial e não se podem confundir como equivalentes coisas que em nada se equivalem.

Ainda quanto a perfil, bem, na altura do "perfil" havia muito mais por onde enveredar que hoje tendo em atenção a totalidade, digamos, de caminhos possíveis de serem escolhidos então e agora.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Trampolinices

Guinote, um dos mais puros escultores da verdade, não gosta, sistematicamente, que lhe apontem quando mete os pés pela mãos, o que acontece quase sempre.

Quando se sente sem recuo, coisa frequente e, nele, fatal, usa a técnica marxista de reescrever a história apagando os meus comentários (Pimenta).

Eis o último exemplo (comentário nº 4), compare-se ao que ficou.

O comentário era este:
Cá está outro excelente exemplo daquilo de que há pouco o classifiquei.
O caro vai buscar exemplos de casos em que o referido tipo de problemas de põe de forma marcante mas, mesmo assim, tem a desonestidade de fazer a pergunta em sentido errado: pensa que alguém não muçulmano pondera ou se atreve a colocar os filhos num estabelecimento pejados de adoradores da sharia?

Voltou, entretanto,a apagar novo comentário (#7) que rezava assim:
Fica a confissão dos seus disparates em relação à adivinhação da minha identidade, fixação pidesca que o caro cultiva religiosamente, sempre curioso sobre se o escaqueira‐marxistas pertence às suas hostes ideológicas.

Já lhe disse várias vezes que estas lides não são para principiantes e muito menos para putos.
Pode enganar poucos durante muito tempo, muitos durante pouco tempo, mas não engana todos todo o tempo.

sábado, 14 de setembro de 2013

Cronies sem fim



Paralelamente ao loby das renováveis, um outro loby que se conseguiu instalar em todo o sistema político é o loby das farmácias, ANF. BE, PCP (incluindo o escarro Os Verdes), PS, PSD e CDS estão bem contaminados.

Calhou hoje recordar pela altura em que o PS era governo, salvo erro com António Guterres, a ferrenha resistência de Manuela Ferreira Leite a uma qualquer medida de contenção do referido loby então capitaneado por João Cordeiro.

Pois o dito cavaleiro de loby é hoje "socialista" e promitente autarca por Cascais!


Do superior interesse dos alunos

De entre os extraordinários fenómenos que atrapalham o início das aulas, os blogs corporativos de professores esqueceram-se deste:
“Manuel Pereira acrescenta que o maior problema, por esta altura, está nos professores contratados e nas centenas que estão em campanha eleitoral.”
Depois queixam-se que os "neo-liberais" não tomaram a medicação.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Da memória dos grandes e gloriosos exemplos de sensibilidade social





(via 31 da Armada)


PÚBLICO, terça-feira, 14 Setembro 2010, às 00h00

O Governo de Cuba vai avançar com o despedimento de "pelo menos" 500 mil funcionários dos quadros estatais durante os próximos seis meses e permitir que esses trabalhadores se dediquem a outras actividades no sector privado, anunciou ontem a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), a federação oficial de sindicatos do país.


Da casta monárquica absolutista

Os professores em geral e as professorais luminárias da educação em particular ficam a bater mal da bola quando lhes dizem que as disparatadas obras da Parque Escolar (a "festa") encareceram o ensino a ponto de o tornar insuportavelmente caro (insuportavelmente, quer dizer, que não há contribuinte que o consiga pagar).

Dizem os zotes, que a "festa" nada tem a ver com o custo do ensino porque se trata de "investimento".

A conversa surge habitualmente por causa da hipotética subida dos pagamentos do estado às escolas privadas que se dedicam a fazer o mesmo o estado faz nas escolas estatais. Os detentores dessas escolas reclamam que as infraestruturas são caras e que aquilo que o estado paga as deve naturalmente cobrir e é neste ponto que  burburinho se levanta. Defendem as luminárias, que o estado não tem nada que pagar o custo dos edifícios, etc, (incluídos nos pagamentos do estado a essas organizações privadas) porque, se os empresários em causa querem trabalhar na ária do ensino, "eles que invistam".

Fica-se, portanto, perante dois mundos: no mudo do estado, "deve investir-se" na infraestrutura. No mundo privado, esse mesmo tipo de infraestrutura deve ser pago pelos empresários.

Os clientes são o aluno e a população em geral, e há dois tipos de prestadores de serviços: o estado e o privado. No estado, deve investir-se sem se perguntar de onde vem esse dinheiro e sem se perguntar se a quantia gasta se justifica face àquilo que ela permitirá ser gerado. No mundo do privado deve investir-se igualmente e também a granel mas, neste caso, sabe-se que quem deve pagar é o próprio empresário.

Todo o dinheiro em causa é oriundo do contribuinte e destina-se a prestar um serviço ao contribuinte, e há dois tipos de instituição a prestar esse serviço: o próprio estado e empresas privadas. O estado, torra à conta do contribuinte quantidades colossais de dinheiro em sumptuosas infraestruturas escolares, pagas evidentemente, pelo contribuinte, mas supinamente denominadas "investimento" como se dinheiro caído do céu se tratasse. Para prestar o mesmo serviço ao mesmo contribuinte, o privado é suposto fazer o mesmo tipo de gasto e também pela tal modalidade "investimento".

Para as luminárias é, portanto, tudo muito simples. Se o estado investe o "seu próprio dinheiro", o privado que faça o mesmo. Depois reclamam que são incompreendidos e que é de mau tom acusarem-nos de se comportarem como uma casta monárquica absolutista.

Proposta de declaração panfletaria sobre "educação"

Parece que há, um pouco por toda a parte, encrencas com o começo das aulas porque alguns professores resolveram concorrer às autárquicas adquirindo, por esta via, a prerrogativa de ficarem dispensados de trabalhar.

À guisa dos habituais cabeçalhos panfletários, a comunicação social bem podia publicar ejaculantes parangonas tais como: "Aulas não começam porque professores preferem a política". Em versão hiper-panfletária: "Professores abandonam alunos por tacho na política".

Actualização: Eu não dizia?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

João testa-de-ferro Semedo

Bem vistas as coisas, João Semedo é o testa de ferro de um sistema de financiamento ilegal partidário ao BE.


Marxismo requentado - 2

Parece que os marxistas do ensino descobriram, mais recentemente, Joseph Stiglitz prémio Nobel da Economia. Parece que nem Keynes nem Paul Krugman já servem.

Joseph Stiglitz  foi o exacto assessor de economia do governo grego até 2010.

Entretanto, as mesmas sinistras figuras odeiam um outro economista, Milton Friedman por ser furibundo “neo-liebral” e por ter sido assessor do governo de Pinochet. A aplicação dos conselhos de Friedman deixaram o Chile com uma economia que para a América do Sul é vibrante e um milhão de vezes melhor que a grega ...  que é, por sua vez, bem comparável à do Chile de Allende.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Marxismo requentado

Quando o estado militantemente se endivida (endivida o contribuinte líquido) para satisfazer direitos, está a escravizar os filhos e os netos que terão que pagar a conta.

O socialismo, para além de ser a extraordinária coisa que funciona muito bem até se acabar o dinheiro dos outros, consegue reciclar a herança de bens em herança de dívidas.

"Dívida e perdão" - mesa-redonda na Universidade Católica




Começará dentro de 25', na UCP de Lisboa, uma mesa-redonda sobre o tema, com as participações de

– João César das Neves (Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais - UCP)
– António Cortês (Faculdade de Direito - UCP)
– Vitor Bento (SIBS; Mestre em Filosofia Moral pela FCH - UCP)
– Pe. Jerónimo Trigo (Faculdade de Teologia - UCP)
– Mendo Henriques (Filosofia - Faculdade de Ciências Humanas da UCP)

e apresentação e moderação de Isabel Capeloa Gil (Vice-Reitora da UCP)

É possível assistir e participar on-line no debate, através da inscrição feita a partir desta ligação:




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Austrália: back to business

Deve-se em boa parte a Joanne Nova o recente estoiro do governo marxista australiano de Julia Gillard.


[Gravado antes das eleições]


O novo governo já aplica valentes machadadas na apalermada legislação verde.

Entretanto, Julia Gillard foi ejectada do comando do Partido Trabalhista.

Buraco Obama

Este recuo de Obama aceitando a hipótese de considerar válida a proposta russa de reclamar ao governo Sírio a entrega de armamento químico, coloca-o ao nível de sub-secretário de estado dos negócios estrangeiros russo.

Pela bitola que foi usada com Obama, Putin arrisca-se a ser, com distinção suplementar, o próximo Prémio Nobel da Paz.


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Nota: Deste artigo não se pode inferir que eu concorde ou não com o ataque.

Puro fascismo: Dos cretinos que pensam que cabe ao estado o papel de controlar a economia

Fabricar dinheiro em colossais quantidades e emprestar a juro baixo sem perguntar se o devedor poderá pagar.

Quando rebentar a bolha zurzirão nos "neo-liberais".


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Austrália: “once more open for business”

Os australianos correram com o governo marxista de Rudd-Gillard que tinha implementado uma política de garrote aplicado à "dinamizado" e aplicado uma ruinosa política de impostos sobre o uso de carbono.

O novo governo anuncia que vai derreter toda a marxista política de "luta contra o aquecimento global" e que o país volta a estar «once more open for business».


sábado, 7 de setembro de 2013

Dos eternos "neo-liberais"


"A maior parte da informação divulgada sobre a economia e a sociedade portuguesa nos media é dominada pelo pensamento neoliberal,"

Afirmar-se que há um pensamento neo-liberal é, na melhor das hipóteses, de quem vive no planeta dos gambozinos. Neste caso trata-se muito provavelmente de uma manobra de diversão em defesa do pensamento fascista.

Não há neo-liberalismo. Pensamento neo-liberal é aquilo que os os marxistas e fascistas pensam sobre todos os que se ficam a rir da estupidez dos marxistas hoje (táctica) travestidos de fascistas.

Fascista é aquele que, entre outras coisas, defende que o estado deve controlar as empresas, marxista aquele que pensa que não deve haver empresas e que o estado deve ser tudo. Hitler era fascista.

O regime fascista, como o marxista, apenas consegue resistir, embora mal, à passagem do tempo, porque conta invariavelmente com uma forte polícia totalitária.

O recente regime em Portugal tem-se caracterizado (como na "europa"grosso modo) por se pensar que o estado deve controlar a economia. Tem sido um regime cripto-fascista (fascista envergonhado) sem uma polícia totalitária (há várias ASAEs mas, no seu conjunto, não conseguem, ainda, equivaler a uma polícia totalitária). Neste cadinho, o estado tenta ligar-se a empresas, que tenta controlar não o conseguindo. Esta simbiose acaba por colocar as empresas no controlo de facto de parte do estado (crony-capitalism).

Este cenário descamba, naturalmente, em falência estatal e os cretinos marxistas e cripto-fascistas reclamam que tal acontece em virtude do "neo-liberalismo".

O "neo-liberalismo" não passa de um chavão inventado pelos fascistas e marxistas (primos) para alijarem no adversário a responsabilidade que resulta daquilo que implementam.

The curse of "progressive" feminism

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O estado-sanguessuga

Ter carro em Portugal




 (imagem obtida aqui)


(recebido por e-mail)


Contribuinte: Gostava de comprar um carro.


Estado: Muito bem. Faça o favor de escolher.

Contribuinte: Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?

Estado: Sim. Imposto sobre Automóveis (ISV) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Contribuinte: Ah... Só isso.

Estado: ... e uma ?coisinha? para o pôr a circular. O selo.

Contribuinte: Ah!..

Estado: ... e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule. O ISP.

Contribuinte: Mas... sem gasolina eu não circulo.

Estado: Eu sei.

Contribuinte: ... Mas eu já pago para circular...

Estado: Claro!..

Contribuinte: Então... vai cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado: Também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.

Contribuinte: Diferente?!

Estado: Muito. O ISP é porque a gasolina existe.

Contribuinte: ... Porque existe?!

Estado: Há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petróleo. E você paga.

Contribuinte: ... Só isso?

Estado: Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.

Contribuinte: Como assim?!

Estado: Tem que pagar para o estacionar.

Contribuinte: ... Para o estacionar?

Estado: Exacto.

Contribuinte: Portanto, pago para andar e pago para estar parado?

Estado: Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.

Contribuinte: Então pago para circular, pago para conseguir circular e pago por estar parado.

Estado: Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?

Contribuinte: Novo?

Estado: É que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.

Contribuinte: Pago para você ver se pode cobrar?

Estado: Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...

Contribuinte: ...Mais uma coisinha?

Estado: Para circular em auto-estradas

Contribuinte: Mas... mas eu já pago imposto de circulação.

Estado: Pois. Mas esta é uma circulação diferente.

Contribuinte: ... Diferente?

Estado: Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.

Contribuinte: Só mais isso?

Estado: Sim. Só mais isso.

Contribuinte: E acabou?

Estado: Sim. Depois de pagar os 25 euros, acabou.

Contribuinte: Quais 25 euros?!

Estado: Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.

Contribuinte: Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?

Estado: Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte: Quais 25 euros?

Estado: Os 25 euros é quanto custa o chip.

Contribuinte: ... Custa o quê?

Estado: Pagar o chip. Para poder pagar.

Contribuinte:: Não perc...

Estado: Sim. Pagar custa 25 euros.

Contribuinte: Pagar custa 25 euros?

Estado: Sim. Paga 25 euros para pagar.

Contribuinte: Mas eu não vou circular nas auto-estradas.

Estado: Imagine que um dia quer? tem que pagar.

Contribuinte: Tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?

Estado: Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.

Contribuinte: E se eu não quiser?

Estado: Paga multa!