Teste

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terça-feira, 27 de maio de 2014

A banha da cobra de António Costa

A luminária, que tanto tem tornitroado contra a incapacidade do governo em entalar a troika, são balbuciou uma sílaba contra os fascistas do komissariado da EURSS neste caso.

Das toupeiras do BE.

João Galamba, uma das toupeiras do BE dentro do PS, pretende que não se perceba que uma das partes de que ele fala já está morta e apenas continua, embora mortal, na qualidade zombie. Morreu com a queda do muro de Berlim.

Foi, aliás, este cumprido desígnio de infiltração que fez com que Louçã se tivesse afastado.

Enfim, coisas do mundo do infeccioso.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Das estufas da proclamação

Nem os fascistas cripto-comunas da CGTPCP nem os do BE têm ainda uma posição-marabunta oficial para aplicar em blogs e Facebook? Ainda estarão a pensar se é apropriado ou contraproducente chamar à "nova ordem europeia" tudo aquilo que eles próprios são?

E as zenitais Edite Estrela e Ana Gomes, ainda não proclamaram a ressurreição do Maio de 68 na França dos luminescentes desígnios?

Ainda ninguém apontou o dedo ao "aquecimento global" como fonte dos desaires das forças progressistas  e impulsionadoras da "europa" do social?

A Marina

Para além da parvoeira dos media, quem é afina esta mulher e a Frente Nacional? Continua ela tão anti-semita quanto o pai dela ou apenas tanto quanto a trauliteira esquerdalha portuguesa?


Who are you, mr. "President"?




sábado, 24 de maio de 2014

UKIP: poderiam eles fazer um jeito à malta e abrir cá uma delegação?


O fascismo da "europa"

Do ponto de vista da liberdade (ou falta dela) de se exercer uma profissão ou uma actividade, o regime "europeu" é fascista e Portugal não escapa. O regime é fascista e este fascismo é uma "conquista" dos socialistas com envergonhado protesto da direita.

Existe uma figura chamada via pública. A via pública é usável por todos, todos são dela guardiões cabendo ao estado, por cobrar impostos para esse fim, cuidar dela especialmente. A via pública tem vindo a ser paulatinamente estatizada, passando a ser um recurso do estado cobrável ao cidadão.

Soube recentemente que um caramelo foi multado pela Câmara Municipal de Lisboa por estar a tocar guitarra na via pública. Não era um problema de ruído, não era um problema de estar a estorvar ou a atrapalhar alguém, era um problema de taxas. Não tinha pago a devida taxa de ocupação de espaço.

Voltando às profissões em geral, a GNR pergunta hoje, paulatinamente, onde estão as guias de circulação ou as facturas de um saco de ração para coelhos que seja transportado num carro particular de quem tenha uma coelheira*. É, evidentemente, uma intromissão de um estado fascista na vida de cada um e, neste caso, a GNR é a ferramenta de aplicação do ideal fascista.

O curioso é que o esquerdalho gosta de referir frequentemente que no tempo de Salazar, para se ter isqueiro era preciso ter-se uma licença. Pois, a esse respeito, o estado fascista de hoje ultrapassa por uma montanha o fascismo de Salazar.

Para quando a aplicação de impostos directos sobre a actividade de um particular que resolve cuidar do seu jardim? Fácil será "argumentar" que ele está a fugir de pagar os impostos que um jardineiro contractado teria que pagar. Quando faltará para se ter que trazer constantemente as facturas de compra do vestuário que se usa?

Para quando a proibição de troca de sementes entre pessoas que cultivam abóboras? Para quando? Essa já está na legislação.

Para quando a cobrança de taxas por se estar a conversar na via pública? Ou ... a pensar na via publica. Virá esse acto de conversar ou pensar na via pública poder a ser "indiciado" como crime de actividade económica por ser exercida ao arrepio de impostos?

Já não chega controlar-se todo o transporte de sacos de ração, desde a fábrica até ao lojista, será também necessário "provar-se" que o que o logista comprou e vendeu, cobrando e pagando impostos, será utilizado para se alimentar galinácios cujos ovos ... comidos pelo dono dos galinácios, terão que ser objecto de estatística susceptível da aplicação de impostos por poder ser coisa encarável como manobra para fuga ao pagamento dos impostos que o estado arrecadaria se os ovos fossem comprados no supermercado?

O marxismo está hoje a ser implementado por uma simbiose entre cozedura lenta de sapos e implementação de medidas fascistas. O estado em tudo manda, em particulares ou empresas, até que tudo fique abafado ao ponto de se tornar "necessário" que o estado actue ainda mais directamente ew em tudo. Toda a actividade é regulada e controlada pelo estado, estando a chegar-se ao ponto em que trabalhar-se ou não é irrelevante por se ficar com exactamente o mesmo: a assistência "propiciada" pelo estado galopantemente falido.



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* No caso em questão, a pessoa referiu que já tinha comprado antes o saco, que por já não precisar dele o ia oferecer a um familiar, mas que o familiar não estava em casa. A GNR torceu o nariz mas comeu. Havia facturas mas a intromissão fascista era tão evidente que houve que usar uma apropriada técnica.

sábado, 17 de maio de 2014

Das beatas esquerdalhas e do clube da sangrenta irmandade

Não é por acaso que a esquerdalha nutre um tão ilimitado ódio a toda e qualquer religião que conviva com a liberdade. Ela, esquerdalha e respectiva tralha teórica, pretende ser encarada dogmaticamente, em substituição às religiões que ao longo dos tempos conseguiram ir-se enquadrando na liberdade.

"My mind is clearer now
At last, all too well I can see
Where we all soon will be

If you strip away
The myth from the man
You will see where we all soon will be

Jesus, You've started to believe
The things they say of you
You really do believe
This talk of God is true

And all the good You've done
Will soon be swept away
You begun to matter more
Than the things You say

Listen, Jesus I don't like what I see
All I ask is that You listen to me
And remember, I've been Your right hand man all along
You have set them all on fire
They think they've found the new Messiah
And they'll hurt You when they find they're wrong

I remember when this whole thing began
No talk of God then, we called You a man
And believe me, my admiration for You hasn't died
But every word You say today, is twisted 'round some other way
And they'll hurt You if they think You've lied

Nazareth's your famous Son
Should have stayed a great unknown
Like His father carving wood
He'd have made good, tables, chairs and oaken chests
Would have suited Jesus best
He'd have caused nobody harm no one alarm

Listen Jesus, do You care for Your race?
Don't You see we must keep in our place?
We are occupied, have You forgotten how put down we are?
I am frightened by the crowd for we are getting much too loud
And they'll crush us if we go too far, if we go too far

Listen, Jesus to the warning I give
Please remember that I want us to live
But it's sad to see our chances weakening with every hour

All Your followers are blind, too much heaven on their minds
It was beautiful but now it's sour, yes it's all gone sour
God Jesus, it's all gone sour

Listen, Jesus to the warning I give
please, remember that I want us to live
Come on, come on, listen to me
Won't you listen to me?"



Quanto às religiões que odeiam a liberdade, a esquerdalha com elas convive pacificamente. É o clube da sangrenta irmandade.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Bom seria se a rataria se atirasse ao mar ... mas eles andem aí ...

Parece que para os lados do PS e restantes forças fascisto-esquerdalhas se chora pela finalização do resgate I, a falta do garantido resgate II, a falta do garantido resgate III, o chumbo do garantido resgate IV...

Entretanto, segundo os mesmos idiotas, tudo se resolveria com o PEC IV.

No Brasil, socialismo:


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Passatempo revolucionário

Para além da instituição de liberdades individuais, sistematicamente tentadas pôr em causa pela eterna esquerdalha, que viragem se produziu de 74 para cá?

As sufocantes corporações do velho regime desapareceram? O que não faltam são sufocantes e fascistas ASAEs (incluindo aquela coisa chamada "komissão de komissários europeus") para que toda e qualquer iniciativa de cidadãos (os do bicho estatal tresandam a anti-cidadão) seja arrasada.

Para que "Abril se cumpra" falta que Portugal se liberte do paquidérmico e anquilosante monstro chamado estado, seja ele o nacional ou o soviete dos komissários.

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Comentário que deixei no FaceBook de Ramiro Marques:

Contas públicas equilibradas é apenas o primeiro passo. Manter as coisas ao nível actual de despesa, mesmo que a défice zero, apenas perpetua um equilíbrio instável.

Há que libertar Portugal do peso do estado e respectivas instituições anquilosantes da iniciativa de cada um.

... e há ainda aquela coisa chamada "europa", com a sua kamarilha de komissários ...!!!

Portugal não é o estado, o estado é apenas uma importante embora perigosa instituição de Portugal.

Portugal será aquilo que Portugal quiser, o estado será aquilo que Portugal quiser. O estado que Portugal tem tido até aqui, é um estado-garrote, este por estar cheio de "especialistas" em vontade alheia, o velho por ter um particular especialista em vontade alheia.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

OS VAMPIROS NADA PODEM CONTRA BOLOS FINTOS E AMÊNDOAS



Publicado há pouco no Ablogando:

Caros/as confrades e amigos/as

   Na tradição, claro, eram flores de alho e rosas brancas. E os monstros tradicionais, literários ou doutra área incluindo a quotidiana, ficavam apardalados!

   Digamos desta forma. O que eles sentiam era um incómodo muito salutar (para os que eles queriam morder, claro, que para eles era uma apoquentação que, em geral, antecedia a picada da proverbial estaca de madeira bem no centro do meio do coração (que não tinham?).

  Mas os tempos, mesmo os literários ou de outras áreas...de retórica romba, mudaram. Ainda que não para melhor. E, vai daí, os antídotos contra a tropa vampiresca também diversificaram o seu cunho, a sua estrutura resistente.

  E é aí que entram as amêndoas, os bolos fintos, o coelho de cachafrio e o anho assado da minha região, as outras coisas todas, saborosas e delicadas, das regiões de cada um. 

 Festejando, fruindo, ora pois não, a Festa. A festa de cada um com aqueles que nos são queridos.

  E - querem crer?! - já que estamos em tempos de Páscoa e a alegria da confraternização nunca eles nos conseguirão tirar  (o que a vampiragem menos gosta é de gente determinada a não se quedar macambúzia, descoroçoada, inerme frente ao temporal destino duma pátria madrasta) insistamos em nos mantermos aprumados, vivos e ao alto pois, como dizia Teófilo, "não basta que se esteja na posição vertical, é preciso manter-se nela".

  Nesta altura, desta natural e específica maneira. E alma até Almeida!

  Muito Boas Festas vos deseja o vosso, com os proverbiais abrqs e bjh

ns


PÁSCOA


1.Vem dos tempos antigos a voz desse tempo - antigos para mim, do meu tempo e não da História: era eu que levava ao forno da padaria do senhor Júlio que fumava de boquilha e tinha um dente de ouro (padeiro fino, não sei se me entendem) as latas com os bolos-fintos e as "enxovalhadas" ou boleimas que a Mãe e a Mana artilhavam com saberes de magas.

  Eu não sabia que era feliz. Só sabia que naqueles dias, naquele tempo de férias da escola, me davam amêndoas, me davam bolinhos doces, me davam alegrias e o Pai até umas suaves moedinhas...

  Eu não sabia que era feliz - e na sexta-feira às 3 da tarde soava o apito da fábrica e isso assinalava que alguém, há muito tempo, morrera de morte triste numa terra do Oriente. E sentia-se um estranho silêncio enquanto o apito soava. E eu sentia um frémito porque eu gostava desse alguém que há muito tempo morrera - sem me preocupar se ele era isto ou aquilo.

  Era um estremecimento, digamos um abraço solidário que ia de mim para ele, porque eu era criança. Ou seja: tinha tantos séculos!

  E não sabia, nessa altura, muitas coisas - só um poucochinho, um poucochinho mais do que sei hoje.


2. Ao longe a serra, ao longe como os tempos que passaram. Tempos de páscoa, serras de páscoa, recordações de momentos que depois preencheriam dias e lembranças.

    Amêndoas, bolos desta terra e daquela, festarolas tradicionais? Sim, isso tudo. E o mais que a emoção dá, que é ir-se vivendo com um resto de inocência e de fraternidade vital.

    Dentro de nós, fora de nós: para nós e para os outros - que também tiveram/terão o seu tempo de maravilhamento e nostalgia.

Nicolau Saião, Ecce Homo, vitral



terça-feira, 25 de março de 2014

O fardo bancário




Não existem crises financeiras sem culpas avassaladoras da banca. Conceptualmente a possibilidade é admissível mas na realidade, para mais numa tão devastadora como esta, é quase impossível. A banca portuguesa tem alimentado o mito de que, apesar da convulsão mundial, o seu balanço está livre de lixo tóxico e portanto imune aos problemas das congéneres, nomeadamente espanholas. Surge assim como inocente da euforia que gerou o desastre, pretendendo-se apenas vítima dos apertos da recessão. Essa ideia, credível e conveniente durante a fase mais negra, começa a constituir um obstáculo à recuperação.

Deve dizer-se que esse mito foi-nos muito útil a todos. Ele tinha uma base de verdade, pois o sistema financeiro português esteve, por várias razões, bastante afastado do sub-prime americano, razão directa do colapso de 2008. Isso constituiu um bom argumento para manter a reputação dos nossos bancos, precisamente no período em que uma suspeita seria fatal. Em época de tanto tumulto e desconfiança, era crucial manter a credibilidade das instituições bancárias. A base desse negócio, como aliás de toda a moeda, é apenas a confiança; quando ela desaparece, tudo se dissolve em fumo, com resultados socioeconómicos catastróficos. É por isso que abalar a imagem da banca é sempre irresponsável, em especial em momentos de turbulência. Nada do que este artigo diga pretende criar a menor dúvida acerca a solidez dos nossos bancos, que são sólidos e credíveis. Mas isso não deve servir para esconder problemas e evitar ajustamentos dolorosos.

É verdade que a banca portuguesa esteve, na sua maioria, imune ao contágio financeiro global de há seis anos. Mas existiu também uma euforia financeira doméstica, que usou irresponsavelmente crédito interno e externo (este último canalizado através de instituições nacionais) em projectos vácuos e mirabolantes. É bom não esquecer a nossa década perdida do crescimento, desde a viragem do milénio, que paradoxalmente acompanhou o inflar da bolha de dívida. O mundo viveu um período de crescimento artificialmente alimentado por crédito; em Portugal aconteceu o mesmo, só que sem crescimento.

Quando no fim de 2008 as empresas privadas portuguesas atingiram um valor de endividamento de 172% do PIB e as famílias de 101%, a culpa principal é evidentemente delas; mas os bancos não se podem dizer inocentes. Eles tinham de saber que era irresponsável distribuir o dinheiro a tais fins, e que grande parte desses empréstimos iria dar mal, mais cedo ou mais tarde. Um crédito malparado desta dimensão nunca é erro apenas de um dos lados, e o seu custo tem de ser repartido.

É indubitável que existem muitos negócios desvalorizados, se não mesmo moribundos, no activo dos bancos. A segunda metade dos anos 1990 e primeiros anos do milénio foram férteis em projectos optimistas que realmente nunca chegaram a lado nenhum. Os mais conhecidos são as sagas públicas do TGV e o novo aeroporto de Lisboa, mas houve miríades de privados. Pior, muitos igualmente mirabolantes chegaram mesmo a ser criados, para depois nunca terem os efeitos pretendidos. Nesses de novo a fama recobre os exemplos estatais, como o Magalhães e as PPP, mas muitas empresas se meterem em tolices equivalentes, a todos os níveis. Tudo, público ou privado, acaba sempre a apodrecer na banca.

Quando se verifica um caso destes o que há a fazer é estripar o cancro e lavar a ferida. Isso é sempre doloroso mas inevitável. O pior é negação e ocultação, que só aumentam o tumor. Isso podia fazer sentido na época em que o estado geral do doente era tão frágil que a cirurgia era impensável. Agora parece ter chegado a altura de tratar desse assunto.

A economia precisa de crédito para se levantar. Existem até investidores interessados em comprar e recuperar os monos dos balanços bancários, desde que cotados a desconto. Quando a banca se recusa a vender para não assumir perdas, que são evidentes, ela surge como sabotadora da economia que devia servir. Só admitindo a verdade se sai da crise.

domingo, 23 de março de 2014

A Geração dos 70...







A ternura dos setenta


Não é novidade que o Governo apenas pareça sofrível por comparação com a empenhada toleima da oposição, mas não convém exagerar. Pôr o sr. Marco António às vezes Costa a reagir aos manifestos pela "reestruturação" da dívida - o indígena e o estrangeiro - já é forçar a nota.

Não sei se devido ao assombroso currículo do cavalheiro, se devido à respectiva envergadura (moral), ou se devido à convicção geral de que daquela cabecinha nunca sairá nada vagamente semelhante a um pensamento aproveitável, a verdade é que ver o sr. Marco António às vezes Costa refutar as críticas à governação do País não difere muito de promover o treinador Jorge Jesus a crítico literário. Por algum motivo, ou por inúmeros motivos, há a tendência para suspeitarmos que, quando o Governo de Portugal se deixa representar pelo sr. Marco António às vezes Costa, o Governo é uma anedota e Portugal está perdido. O sr. Marco António às vezes Costa quase inverte a ordem natural e, por contraste, transforma os opositores em gente ponderada e responsável. A sorte do Governo é que depois os opositores contra-atacam e devolvem a harmonia ao universo.

Atente-se, por exemplo e se não for pedir demasiado, em João Cravinho. O promotor do manifesto caseiro considera que o manifesto não caseiro "revela", cito, "que o que dizemos não é nenhum disparate". Tamanha franqueza comove. Sem o notar, o dr. Cravinho admite que a opinião dele e das outras 69 alminhas subscritoras do panfleto nacional importa pouco - pelo menos até que 70 e tal economistas "internacionais" assinem um panfleto a corroborá-la.

Nem vale a pena perder tempo com a evidência de que não custaria encontrar 70 ou 700 economistas de gabarito mundial capazes de ridicularizar o manifesto do dr. Cravinho. Se nas ciências exactas o consenso já é precário, nas artes de prestidigitação como a Economia, o consenso é por definição absurdo. Porém, o que aqui salta à vista é a ancestral submissão ao juízo de valor que chega de além-fronteiras: temos razão na medida em que "lá fora" nos dão razão.

Trata-se de um pequeno tique, infelizmente com consequências de gravidade diversa. Uma coisa é convencermo-nos de que precisamos de um Teatro Nacional porque "lá fora" existem teatros nacionais. Coisa diferente é acreditar no carácter essencial do "investimento" público porque "lá fora" é assim, na imortalidade do Estado "social" porque "lá fora" é assim ou, conforme o dr. Cravinho se lembrará, no sucesso das PPP porque "lá fora" as PPP são assado. E acreditar na "reestruturação" da dívida porque o sucesso do precedente grego salta à vista.

Brincadeiras à parte, o facto é que o Governo, coitado, tem vindo a renegociar a dívida dentro do possível e do aceitável pelos credores. O que os campeões da "reestruturação" pretendem é algo assaz diferente: um milagre que nos dispense de reformas, obrigações e maçadas afins. Um Estado irreformável e intocável. No fim de contas, uma falência colectiva apesar de tudo sem grandes precedentes locais. No fundo, é isto, embora isto soasse mais convincente se não fosse o sr. Marco António às vezes Costa a dizê-lo.


Decretar a prosperidade

Há pouco tivemos o manifesto pela "reestruturação" da dívida. Agora temos o BE, o PCP e o relevantíssimo pingente chamado PEV a pedir que as eleições europeias constituam um voto de protesto contra a austeridade. Sendo partidos parlamentares e pouco admiradores da democracia, não sei o que os leva a esperar pela decisão popular, inevitavelmente incerta e ambígua: a extrema-esquerda podia muito bem cortar caminho e submeter o voto de protesto à Assembleia da República. Com alguma sorte, e a abstenção ou a distracção de meia dúzia de deputados da maioria, talvez se conseguisse proibir a austeridade mediante decreto.

Aliás, é difícil perceber porque é que a austeridade, e não só a austeridade, ainda não foi abolida. Uma nação tão virtuosa e legalista já devia ter interditado por lei a austeridade, a dívida, o défice, a crise, a sra. Merkel, o FMI, a gripe sazonal e a família Carreira. Em contrapartida, urge considerar obrigatório: a felicidade; o salário médio luxemburguês; o crédito externo sem juros nem prestações; a solidariedade europeia; o direito às trufas; o Mercedes; o spa no jardim de casa; o jardim de casa; a casa e a abundância em geral.

É verdade que a Constituição já não anda longe de semelhantes desígnios, mas carece de uma ou duas revisões para consagrá--los. Excepto a realidade, o que nos impede?


A miséria

Não costumo alongar-me nas citações. E certamente não costumo alongar-me nas citações de José Sócrates. Mas corre pelos blogues liberais (não são muitos) um pequeno e esclarecedor vídeo extraído do debate entre o ex-secretário-geral do PS e o ex--chefe do Bloco de Esquerda durante a campanha eleitoral de 2011. O debate é moderado por Clara de Sousa. A certa altura, o eng. Sócrates propõe-se esmiuçar um tema hoje relativamente em voga:

"- Vamos ao essencial da sua proposta: o que é que Francisco Louçã propõe para resolvermos o problema? Diz assim: vamos reestruturar a dívida. O que é que significa reestruturar a dívida? Reestruturar a dívida é um termo técnico. Isto significa não pagar parte da nossa dívida.

- Isso seria trágico para Portugal, eng. José Sócrates?
- Absolutamente trágico!
- Quais eram as consequências para o País?
- Vou responder. Isso significa calote aos credores. Isso significaria, em primeiro lugar, Portugal passar imediatamente a fazer parte do lote de países que não cumprem, da lista negra. Isso significaria desde logo o colapso do sistema financeiro, porque nenhum dos nossos bancos, nenhuma das nossas grandes empresas se poderia, digamos assim, financiar. E isso teria consequências gravíssimas na nossa economia, nas empresas e nos trabalhadores. Pagaríamos isso com desemprego, com falências e com miséria, Francisco Louçã. É por isso que essa proposta é absolutamente irresponsável."

Por irresponsável que também tenha sido a governação do eng. Sócrates, houve momentos em que, por comparação com os delírios dos partidos comunistas, o homem passava por um estadista sensato (principalmente se esquecermos que a dívida em questão fora, em larga medida, criada por ele). Este é um desses momentos, por um lado abonatório para o antigo primeiro-ministro, por outro desanimador para Portugal, cujas alegadas elites, alegadamente de todas as cores políticas, exigem agora de modo oficioso a reestruturação da dívida, leia-se o tal calote, o tal colapso e a tal miséria.

Ou seja, à esquerda, à direita e ao centro, hoje existe pior do que o eng. Sócrates, incluindo o próprio, que um destes dias se declarou de acordo com o célebre manifesto dos 70, logo em desacordo consigo após meros 3 anos. Por cá, o pessimismo é uma aposta segura.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dos espiraleiros "preocupados"


É muito interessante ver-se protestar contra o empobrecimento reclamando-se do estado que tome medidas.

A única medida que o estado pode tomar para promover a criação de riqueza para todos é saindo do caminho.

Como dizia o grande Reagan, o estado não é um problema, o estado é o problema.

A única ferramenta eficiente e eficaz na criação e distribuição/redistribuição de riqueza (sem excepções) é o capitalismo liberal. Em contraponto, a única que sistematicamente (sem excepções) faz o contrário, é o socialismo.

O capitalismo tem oscilações, mas são oscilações dentro do veio principal: cria e redistribui riqueza. O socialismo limita-se a ter sucesso enquanto não se acaba o dinheiro dos outros.

Quanto mais estado mais dinheiro torrado.

sábado, 15 de março de 2014

Informação e desinformação

Informação e desinformação: a mesma ferramenta usada na "educação" em Portugal pelos construtivistas. Duas coisas que eles adoram seringar:

1 - Que o PCP lutara contra Salazar para libertar o povo
2 - Que o regime de Hitler era de direita


sexta-feira, 7 de março de 2014

Campanha a favor do fundo "Vamos Trazer Fernando Tordo Para Portugal".

Excelente:




Já está disponível na Grande Loja Blasfema a linha de produtos Guarda Che, vocacionada para revolucionários de sofá, que vêem na polícia a oportunidade para se queixarem de brutalidade policial e/ou para serem os verdadeiros revolucionários defensores da verdadeira democracia, consoante os dias.
Ontem quase que houve uma verdadeira revolução nos sofás, com o frenesim a alternar entre SIC Notícias, RTP Informação e TVI 24, colocando o Twitter no limiar do selfie e o Facebook a igualar status pró-revolução aos de fotografias de gatos.

As telenovelas começaram quase 20 minutos depois do horário previsto, pondo em causa a hora de recolhimento ao leito da geração mais bem preparada de sempre, demonstrando a necessidade de mais espectáculo para entreter massas na defesa do Estado Social em vias de destruição ideológica por governos com incapacidade para obrigar estrangeiros a financiarem défices nacionais. Durante 20 minutos todos fomos, e por esta ordem, iranianos, iraquianos, tunisinos, gregos, islandeses, egípcios, sírios, cipriotas, ucranianos, venezuelanos, crimeios(?) e, por fim, adeptos de estados policiais.

O Blasfémias compromete-se a doar 20% dos lucros obtidos com esta colecção para o fundo Vamos Trazer Fernando Tordo Para Portugal.

quinta-feira, 6 de março de 2014

URSS versus EURSS com Obama no papel de apanha-bolas

Duvido que a coisa não esteja já resolvida. A Ucrânia sai da influência da URSS para entrar na da EURSS e a Crimeia passa a fazer parte da URSS.

Putin tem a dupla vitória de anexar a Crimeia e deixar no 'regaço' da EURSS um país completamente falido e cheio de russos.

Se tocarem nos russos da Ucrânia, Putin inferniza a vida aos ucranianos da Crimeia.

A realidade tem horror ao vazio

Os idiotas do politicamente correcto fazem de conta que desconhecem esta:
"Mas há um velho princípio de política internacional que Obama parece ter ignorado: não existe espaço vazio na comunidade internacional, e quando ele surge imediatamente é preenchido por alguém."

"Vou implantar o Socialismo no Brasil", diz Lula à Walesa


domingo, 2 de março de 2014

O PT roubou


Dos "adeptos da versão “bolivariana” do comunismo de sempre"



Só um golpe militar pode salvar o Brasil. Não é certo que salve, mas pelo caminho que por ali se trilha é uma boa hipótese alternativa.
"Os militares em reserva se têm somados aos civis que enxergam em uma atitude das Forças Armadas a tábua da salvação para a Pátria ameaçada, quando não são eles próprios os alvos do clamor daqueles que já identificam nas imagens dramáticas da capital venezuelana a cor fúnebre do nosso destino."

sábado, 1 de março de 2014

O STF do Brasil foi lobotomizado

O Brasil parece ter definitivamente entrado em ditadura comunista. O golpe armado pela esquerdalha no supremo, deixa poucas dúvidas.

O "professor" é Roberto Barroso, juiz do Supremo Tribunal Federal e toupeira do Foro de S. Paulo..


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"Adeus tristeza"


(imagem obtida aqui)


Com "uma guitarra na mão", Fernando Tordo emigrou para o Brasil. Até aqui, descontada a louvável tolerância da TAP na bagagem de cabina, nada de especial: embora por regra mais jovens, muitos portugueses também emigram e, se atendermos à história, sempre emigraram. A circunstância de se tratar de um cantor e compositor popular não torna o gesto de Fernando Tordo diferente do gesto de tantos enfermeiros, biólogos e serralheiros, mesmo que estes raramente mereçam reportagens televisivas. É típico dos países pobres que as pessoas sem trabalho, ou com trabalho mal remunerado ou, como se afirmou no caso, com reformas pequeninas, procurem uma vida melhor. A culpa? É de todos e não é de ninguém, se me permitem o cliché. Não vale a pena apontar o dedo a quem votou no Governo da "austeridade". Nem a quem votou nos governos que forçaram a "austeridade". Por muito que nos custe, a "austeridade" é o nosso valor facial, o melhor que conseguimos se nos deixarem entregues a nós próprios e aos "fundos" e "tranches" que continuam a cair por aí. Sem os "fundos" e as "tranches", o valor facial será ainda menor. E, salvo um milagre, a "austeridade" maior.

Fujo do assunto. O interessante na partida de Fernando Tordo começa no pormenor de ele a ter anunciado no Facebook, em texto cheio de pretenso entusiasmo que as lamúrias em entrevistas posteriores (sim, teve direito a entrevistas) comprometeram. O interesse cresce quando o filho de Fernando Tordo publica no seu Facebook uma "carta-aberta" e terna ao seu pai, lamentando o ódio nas "caixas" de comentários online (ai, ai, que haveria imenso a dizer sobre o ódio nas "caixas" de comentários online). Por fim, a coisa atinge o sublime no momento em que Fernando Tordo responde ao filho - adivinhem - através de "carta-aberta" no Facebook.

Em suma, a internet é um refúgio de mal-intencionados, por isso vamos lá trocar intimidades na internet que as chamadas telefónicas estão pela hora da morte e os e-mails "fechados" não suscitam notícias de rodapé. À primeira vista, o maior problema da família Tordo não é a falta de dinheiro: é a falta de noção de privacidade, a falta de noção da sua insignificância. O problema da família Tordo é, afinal, o problema de incontáveis artistas caseiros, com e sem aspas: a lata. Dado que Fernando Tordo gosta de "cartas-abertas", cá segue outra.

Caro senhor (que não tenho o prazer de conhecer), emigrar não é um drama obrigatório. É uma decisão pessoal que, por definição, convém mantê-la assim ou limitá-la a círculos restritos. E se não é proibido espalhá-la aos ventos, é ridículo apresentarmo-nos ao público enquanto exemplo de sofrimento. Principalmente se o sofrimento é bastante relativo. É que também não é proibido que o público ache o exercício pretensioso e responda em conformidade. Além disso, já se sabe que quem abusa do acesso aos media arrisca-se a levar com os media em cima. Era escusado provocar a manchete do jornal i, que divulgou os 200 mil euros amealhados desde 2008 pela empresa que o senhor possui - só em concertos encomendados pelo Estado, com as autarquias à cabeça. Para quem se queixa dos "agentes públicos que desprezam as Artes (com maiúscula)", não está mal. Para quem insiste na relevância da Arte que produz, está péssimo: não haverá multidões ansiosas por encher auditórios de modo a assistir, sem patrocínios camarários, à enésima interpretação de Tourada? Pelos vistos, não. Por isso, o senhor rumou ao Brasil, onde decerto o aguardavam impacientes. E, ao que li, regressa em Abril. O senhor é um emigrante breve, mas o tempo que nos rouba já vai longo.

Adenda (26-02-2014) - Um esclarecimento de Fernando Tordo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

De um país que é um sorvedouro de paciência...





...disse Alberto Gonçalves, aqui:



Perder na secretaria

Ou porque o seu presidente andou com problemas de saúde ou porque a equipa de futebol não anda a jogar bem, é voz corrente que o FC Porto está em fim de ciclo. Talvez esteja, talvez não, para mim tanto faz: fui do Benfica na idade em que liguei ao assunto, sou completamente neutro desde que deixei de ligar. De qualquer modo, se o fim do ciclo é discutível, o ciclo não é.

Nos últimos 35 anos, o FC Porto largou a irrelevância que o marcava e começou a discutir a hegemonia com os clubes da capital. Nos últimos 20, assumiu a hegemonia sozinho e deixou a irrelevância aos outros. Os processos utilizados não interessam muito e, sobretudo, não me interessam nada. À semelhança dos fundamentos do sucesso do Benfica de há meio século e, em menor escala, no sucesso do Sporting de há três quartos, suponho que o FC Porto é melhor dentro do campo e fora dele, incluindo-se aqui matéria lícita e, apesar do falso pudor das virgens que dominaram o sector em 1950 e em 1970, ilícita. Nestas coisas não há acasos: sem "ajudas" provadas, Lance Armstrong teria sido igualmente superior aos adversários, tal como antes o fora Merckx, evidentemente com "ajudas" por provar. Salvo pormenores ocasionais, nem o Benfica de Eusébio nem o FC Porto de, por exemplo, Deco, careciam de favores para humilhar a concorrência. Os adeptos, maioritariamente do Norte e ainda mais do Grande Porto, agradeceram a proeza e tomaram-na a título de desagravo do centralismo lisboeta. Fizeram mal.

Ao mesmo tempo em que celebravam as vitórias nos estádios, os portistas, portuenses e nortenhos viam-se derrotados no mundo real. As glórias do FC Porto coincidem com o período em que a região que o clube pretende representar perdeu influência nos destinos do País, peso no respectivo PIB e riqueza proporcional dos seus cidadãos. Trata-se, justamente, de uma coincidência, já que as mudanças devem-se menos às cabeçadas de Gomes e Jardel do que a factores um bocadinho alheios. A globalização desmantelou boa parte da estrutura produtiva do Norte, assente na indústria e nas exportações. Portugal tornou-se um lugar de serviços, crescentemente sediados a Sul. O desenvolvimento nacional passou a fazer-se a expensas dos "fundos" europeus, cuja distribuição, por fintas e mergulhos dignos de Paulo Futre, teima em concentrar-se nas imediações do proverbial Terreiro do Paço. Enquanto o FC Porto reinava, o Porto, cidade e área metropolitana, secava. Entretida com os remates certeiros, e orgulhosa de um clube caracterizado pela organização eficaz, taças em abundância e, por comparação aos rústicos rivais, um genérico ar "moderno", a população não reparou que, no que importa, Lisboa começava a golear o Porto.

Não falo apenas de política. Ou de economia. Ou, descontada a ridícula dimensão pátria, de cultura. Basta ver televisão, onde as referências sortidas ao Porto ou ao Norte, com frequência a cargo de criaturas nadas e criadas no Porto ou no Norte, crescentemente não dispensam a distância imposta pelo advérbio "lá": lá em cima, lá para aquelas bandas, lá no Porto, lá no Norte. De forma oficiosa, quase oficial, o Porto é província, quase ultramar (o Norte nem isso). Hoje, Lisboa só precisa do Porto na medida em que o Porto precisa do interior nortenho: para simular carências e açambarcar os apoios de "convergência". E o bom povo lá de cima (ou cá de cima, na minha perspectiva) convenceu-se de que os êxitos na bola, erguidos a símbolo e a orgulho regionais, compensam o resto. Não compensam, pelo que fica a esperança de que o alegado fim de ciclo do FC Porto aconteça e sirva para recordar que um esboço de equilíbrio geográfico não se alcança aos pontapés no famoso esférico.

Convém, para evocar um cliché, que o Porto - os cidadãos, não as autarquias, delegações e pechisbeques afins - desvie os olhos da baliza e veja o essencial. E o Norte, que cavalgou sem retribuição o apogeu do FC Porto e, repito, sofre em benefício do Porto o exacto desprezo que o Porto sofre em prol de Lisboa, também. O bairrismo é cretino, mas a demografia conta.


Escravos

"É cada vez maior o número de portugueses sujeitos a trabalho escravo no seu próprio país", lia-se num título do Público. No corpo da notícia, procurei as senzalas, os feitores, os chicotes, o sofrimento de sol a sol. Nada. Afinal, tratava-se apenas de sujeitos que, no Alentejo e no Douro, trabalham nas colheitas a troco de 30 euros diários, não declarados ou através de, cito, "falso recibo verde". Enquanto averiguo o que é um recibo verde autêntico (explico na próxima semana), adianto que, conforme reconhece a Autoridade para as Questões de Trabalho num momento de maior serenidade, a questão é sobretudo grave para o fisco e a Segurança Social. Que me lembre, não era esse o principal drama nos campos do Mississippi ou de Minas Gerais.

Podemos achar, e eu por acaso acho, que a profissão de assalariado agrícola não é das mais confortáveis, que 600 euros mensais é um rendimento curto e que desempenhar funções clandestinamente impede o acesso às prodigiosas reformas que aguardam a maioria dos nossos compatriotas. Porém, daqui à escravatura vai um salto tão grande quanto comparar a larica das seis da tarde com a fome em África ou o bullying (sic) nas escolas ao Holocausto.

Uma coisa é o Público apreciar espalhafato, outra é presumir que essa é a função de uma reportagem. Não é. Se o leitor não for irremediavelmente estúpido, a descrição rigorosa dos factos basta-lhe para formar uma opinião. Haverá leitores a considerar a "escravatura" alentejana e duriense uma vergonha; haverá leitores, principalmente entre os que procuram emprego em vão, a invejá-la. Por azar, vivemos numa época em que alguma imprensa (na televisão não vale a pena falar) tende a desaprender as regras básicas do ofício e, como um cómico que avisa que a piada seguinte é particularmente engraçada, a incluir no relato da realidade os sentimentos que a realidade nos deve inspirar. E isso não é jornalismo, mas uma ofensa, maior do que os portugueses "escravos" em Portugal. Uma dúvida: no estrangeiro a escravatura é tolerável?


Perigoso, porque ambicioso e utópico

"O ex-primeiro-ministro José Sócrates defendeu hoje que o Estado social libertou o indivíduo, numa intervenção em que fez um ataque cerrado ao neoliberalismo, advertindo que se trata de um sistema perigoso, porque "ambicioso e utópico"." O texto é da Lusa, que não se esqueceu de notar que o engenheiro Sócrates se apresentou "sem gravata e de calças de ganga". E apresentou onde? Ora essa: "Perante um auditório cheio no ISCTE." Ainda mais do que as "praxes", eis a prova de que o ensino superior vai pelas ruas da amargura.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Na Venezuela, o socialismo chega ao seu destino:

Os assassinatos pelos guardas da revolução e por motivos políticos são o dia-a-dia e em ritmo crescente.

A comunicação social ocidental, incluindo a portuguesa, assobia para o lado. A coisa vai ao arrepio da causa em que militam.




sábado, 15 de fevereiro de 2014

No mímino, aparvalhamento.




Esta surpresa perante uma "estudante" que reclama o direito à humilhação parece-me requentada. Não são a maioria dos programas das TVs nacionais (e se calhar não só), de há muitos anos a esta parte, com particular acutilância na TVI, um exercício de humilhação em função de espectadores que assumem o papel de humilhadores pelo método do voyeur?

Salazar deve rebolar a rir-se na tumba. É a cidadania marxista.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mais uma parvoeira de pânico por causa dos amiantos?

Aproveitando mais uma febre contra os amiantos, alguém sabe explicar se os tipos de amianto em causa são azuis, castanhos ou brancos? Tal nunca é referido mas, na verdade, a variante branca é inofensiva:

MIRÓ, GRAVURAS E "COLTURA"



A propósito do Miró, um amigo referiu o caso de Foz Côa.
É uma excelente referência.
Na altura, com os cofres cheios do dinheiro cavaquista, Guterres, devidamente tocado à vara pela malta da "coltura" (a malta que pretende que os restantes cidadãos paguem, mesmo que não queiram, as mediocridades que produzem ou gostam), largou uma quantia pornográfica do nosso dinheiro para suspender uma barragem já em construção, porque "as gravuras não sabem nadar".
Ui, as gravuras, ia ser um ror de gente a desaguar ali, resmas de turistas iam transformar o vale do Coa numa Rupestrelândia, e não sei quê. Amanhãs cantariam, as gravuras iam ancorar o desenvolvimento da região, tudo para todos, todos ganham, todos têm prémio, como promete a Alice no seu país das maravilhas.
Calhei na altura ir lá ver as famosas gravuras e o melhor que posso dizer é que só as vi porque um dos arqueólogos que lá andavam, apontava para as pedras e explicava que aquelas sombras e entalhes eram as famosas gravuras. Contornava aquilo com os dedos e a gente via coisas, mais ou menos como o Maduro, da Venezuela, vê o Chavez nos entalhes dos túneis do metro.
E pensei para mim mesmo que só nos sonhos húmidos destes malucos é que aquilo atrairia turistas a sério.
A realidade está ai para provar este ponto.
Enfim, pagou-se principescamente para destruir uma barragem, pagou-se majestosamente para institucionalizar as gravuras e o resultado está à vista: só alguns nerds da arqueologia sairam a ganhar. Os mesmos da "coltura" que berram pelo dinheiro dos contribuintes mas que não metem o dinheiro deles no negócio. Se todos aqueles que berraram desalmadamente pelas gravuras tivessem pagado para as irem ver, se calhar até o prejuizo teria sido mínimo.
O mesmo com o Miró. Se os da "coltura" estão tão empenhados, porque não compram eles as pinturas e instalam um museu?