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domingo, 31 de agosto de 2014

Aos idiotas marxistas fascistoides que nem pensam se sabem o que fazem

Por Maria Helena Matos

O carácter messiânico da esquerda que quer sempre ser mais esquerda, mais pura e que passa a vida a garantir que agora é que vai ser produz a nível internacional fenómenos como Hollande (são dignos de uma antologia da fé os títulos da imprensa portuguesa após a eleição de Hollande) e, numa pequena escala, gera fenómenos como José Sá Fernandes que assim que passam das palavras aos actos se assemelham àqueles balões que mal saem das mãos do vendedor para as da criança começam a perder gás. (Ainda não me recompus dos cinco euros que dei por um balão Hello Kitty na precisa semana em que se descobriu que a dita afinal não é uma gata mas sim uma menina e para meu azar o balão também descobriu que não quer ser balão e está para ali mais vazio que os nossos bolsos depois de pagarmos os impostos com que este governo mais liberal de sempre nos presenteia.)

Pois o nosso Zé, o tal que nos garantiam fazia falta, é uma dessas figuras. Agora deu-lhe para embirrar com os buxos da Praça do Império: “estão ultrapassados” diz a assessoria de imprensa do vereador que, talvez no entusiasmo de finalmente ter algo para comunicar, importou para a jardinagem um conceito da propaganda totalitária: só se conserva o que está de acordo com a ideologia dominante. O passado e o não conforme apagam-se. Cortam-se. Deixam-se secar.

Felizmente para nós que o vereador Sá Fernandes tem o pelouro dos jardins e assim só lhe sobram os buxos da Praça do Império e, daqui lhe lanço o meu repto, terá também de intervir nas hortas da capital, pois terá de admitir o senhor vereador que nisto de hortas citadinas, mais a mais biológicas, Salazar foi precursor. O senhor vereador já pensou que em cada lisboeta que planta verduras por essa capital fora se esconde um manhoso português sempre a dizer que tem saudades do campo, que na sua aldeia é que se está bem mas que depois não despega daqui nem por nada? Eu se fosse ao senhor vereador instituía um exame de anti-salazarismo aos candidatos a hortelões, para avaliar das suas intenções progressistas, porque sem essa avaliação corre-se o risco de cada pé de couve que medra na capital se transformar numa ode ao pretérito chefe de Governo, para todos os efeitos patrono honorário das hortas nesta Lisboa que desde o rinoceronte que el-rei D. Manuel I, o Venturoso de seu cognome, mandou ao Papa Leão X, já viu tanta coisa que nada a espanta. Nem sequer o senhor vereador!

De qualquer modo enquanto lisboeta regozijo-me por José Sá Fernandes ter a seu cargo os jardins. Suponha-se que lhe tinham dado rédea livre para as estátuas, cruzes, azulejos, bibliotecas pejadinhas de livros ultrapassados e demais símbolos doutros tempos? Não havia picaretas nem fogueiras que chegassem! Imaginem o que seria de nós se o vereador olhasse com olhos de ver para a fachada dos Jerónimos? Para a Torre de Belém? Para a esfera armilar que está no pelourinho da Praça do Município?… Lisboa tornar-se-ia num imenso Chão Salgado ou, numa versão mais épica, numa Cartago após a passagem de Cipião: todo o vestígio do passado seria apagado.

Assim com os buxos a coisa é mais fácil e menos aparatosa. E sobretudo talvez finalmente o senhor vereador consiga fazer alguma coisa. Porque por assim dizer o senhor vereador é uma espécie de personificação do inconseguimento, palavra do afecto da presidente do nosso parlamento e que colocou meio país a tremer quando, no 10 de Junho, Cavaco Silva desmaiou e já todos nos víamos no sarilho do inconseguimento de Assunção Esteves ter conseguido ser Presidente da República, facto que transformaria num detalhe a rasoura que Sá Fernandes prepara aos buxos da Praça do Império. Mas deixemos essa terrífica visão presidencial no domínio do hipotético, que já temos agasturas que nos bastem, e voltemos ao nosso Zé que fazia falta, agora senhor vereador.

Que me recorde, o Zé enquanto vereador começou por querer criar uma marca de vinho e de azeite da capital. Nesta versão empreendedora também cogitou comercializar as amêijoas e as corvinas do Tejo. Estávamos então em Agosto de 2007. Para trás tinha ficado a fase em que Sá Fernandes era tão só advogado e se dedicava de alma e coração às providências cautelares que por pouco transformaram o Marquês de Pombal em campo santo. Aliás por alguns meses o terreno da Rotunda foi mais sagrado que o solo de Meca. Na santíssima graça do Senhor e também por abençoada intervenção da fraternidade devota do marquês, o Zé tornou-se vereador e Lisboa pode voltar a ser perfurada à vontade sem que a tribo do Zé e seus Zezinhos tivesse frémitos de agonia de cada vez que um martelo pneumático toca o alcatrão da capital. (Igualmente abençoado com a infinita graça de 18,1 milhões de euros foi o consórcio responsável pela obra e que colocou a Câmara de Lisboa em tribunal por causa das obras paradas no túnel do Marquês de Pombal. Mas note-se que os lisboetas até ficaram agradecidos por só terem pago 18,1 milhões de euros de indemnização, pois, como pressurosamente os jornalistas escreviam, a Câmara até conseguira poupar 6,5 milhões no acordo que fez com o dito consórcio, já que o tribunal fixara o valor da multa em 24,6 milhões de euros. Não sei se o Zé vereador participou nestas reuniões em que se tratava das multas provocadas por Zé impugnador ou se andava no Tejo em busca das corvinas. Mas estou em crer que o consórcio deve ir a Fátima todos os anos rogar para que Nossa Senhora, que tanto pode, dê muita saúde ao senhor vereador e sobretudo para que este quando deixar as presentes funções se dedique de novo às saudosas e benfazejas providências cautelares.)

É certo que o executivo municipal não acompanhou o Zé nos negócios da agricultura e da pesca. Assim o nosso Zé virou-se para o ar e em Fevereiro de 2008 anunciou a Parada do Vento. A mesma começou por ter uma designação apropriadamente em inglês, Wind Parade 2008, e constava de 25 torres eólicas, com a altura de quatro andares, que iriam ser instaladas junto da segunda circular, no Jardim Amália Rodrigues, no Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, no Alto da Serafina, no Parque da Belavista, na Avenida da Índia, nos Olivais, na Piscina Municipal da Boavista, na Avenida Calouste Gulbenkian, junto à Cordoaria Nacional e na Avenida Padre Cruz. A Wind Parade surgia apadrinhada pelas European Wind Energy Association, Sustainable Energy Europe e Associação Portuguesa de Energias Renováveis que nestas coisas o nosso Zé arranja sempre muitos nomes para o apoiar. O vereador Sá Fernandes sabia de fonte certa que cada turbina, por ano, pouparia até 2,15 toneladas de CO2 e daria um rendimento de 2184 euros. Em Março, as turbinas já estavam reduzidas a quinze. Afinal Lisboa tem ventos que chegam e sobram, mas estes não correm de modo a produzir energia. Pouco depois a Wind Parade ficou transformada num evento simbólico em que se colocariam apenas algumas turbinas, para que o cidadão a elas se habituasse. E por fim nem isso.

Após esta desfeita que lhe foi pregada pelos ventos, o vereador voltou de novo à terra. E virou-se para os jardins. O Príncipe Real – aí está uma designação toponímica ultrapassadíssima pois já não existindo em Portugal príncipes menos se entende que se distingam os príncipes uns dos outros! – foi uma das vítimas das intervenções do Zé que de fazer falta no executivo estava nesta fase quase a tornar-se no Zé que o executivo já não podia ver e sobretudo não queria que fosse visto. O subsolo parecia ser um local apropriado a energia criativa do vereador. Em boa verdade o pavimento de alcatrão do Jardim do Príncipe Real não tinha problema algum mas Sá Fernandes entendeu que o mesmo devia ser substituído por um saibro estabilizado, feito à base de pó de vidro reciclado. Garantia então o vereador que só quem tivesse “memória curta” não veria as melhorias no piso. Se por melhoria se entender um irrespirável terreiro de pó no Verão e um lamaçal no Inverno pode falar-se em melhoria. Dado que ninguém confirmava a melhoria, antes pelo contrário, a CML optou por pulverizar o pavimento com uma espécie de cola que evitaria a libertação do pó de vidro no ar. Resultado: o piso do Jardim do Príncipe Real, que nesta fase parecia um campo experimental da guerra química, abateu e rachou.

E então Sá Fernandes desgostoso com o Tejo que não lhe deu amêijoas nem corvinas, triste com a Tapada da Ajuda que não produzia azeite nem vinho, traído pelos ventos que não geraram energia, malquisto com o solo da capital que qual praga bíblica ora se desfazia em pó ora se fendia, virou-se para os buxos da Praça do Império. Não trata deles. E pronto! Desde que Gomes da Costa nos finais do século XIX resolveu adequar à sua visão da História os quadros dos vice-reis da Índia e demais notáveis da nossa História que ornamentavam o Palácio do Governo na Índia portuguesa que não se via uma coisa assim. O militar, que havia de chegar a Presidente da República, não satisfeito com as representações pouco grandiosas desses nossos preclaros antepassados, avançou de pincel para os quadros e, mais barba menos armadura, compôs-lhes as vetustas figuras com a mesma resolução que depois o notabilizaria na guerra e nos golpes de Estado. O resultado foi mais devastador para a memória do Império que o arranque dos buxos dos brasões que o senhor vereador se propõe agora levar a cabo: ao certo não se sabe quem é quem naquela sucessão de heróis que nos olha, severa e atónita com o despautério, em 75 painéis, 42 dos quais recriados a gosto por aquele que anos mais tarde se tornaria no marechal Gomes da Costa.

Ora não há-de o senhor vereador ser menos que Gomes da Costa. Ele criou-nos um imbróglio histórico com as barbas de Afonso de Albuquerque e chegou a Presidente da República. O senhor vereador que por esse seu percurso também me parece talhado para mais altos voos quer alterar os brasões. Por mim, como lisboeta que sou, estou por tudo: se já paguei a obra anunciada num túnel, mais a multa pela providência cautelar e ainda a nova obra no mesmo túnel, porque não hei-de agora pagar o desbaste dos buxos mais as plantinhas que os irão substituir? Desde que não os substitua por aqueles calhaus e três pés de bambu que agora ornamentam tudo que é jardim e que a mim me destrambelham os nervos, tudo bem. E já agora, se findo este mandato municipal pensa voltar ao activismo das providências cautelares avise para o mail que segue abaixo porque nesse caso eu monto um consórcio e vou dedicar-me às obras públicas com as quais espero que o senhor vereador então já advogado volte a embirrar. Ou então montamos uma empresa de jardinagem.

Como o senhor vereador calculará eu sou uma mulher conservadora, logo nutro uma forte embirração para com as áreas mais rentáveis da jardinagem, a saber o cultivo de produtos alternativos ao tabaco. (Valha a verdade também já estamos os dois um bocado velhos para andarmos a brincar aos hippies, coisa que feita a consabida excepção aos Rolling Stones só é esteticamente aceitável até aos vinte e poucos anos.) Mas não digo que não à produção de buxos. Com formatos actualizados e ultrapassados.

A sério, o futuro de José Sá Fernandes preocupa-me. Porque, assim como assim, nós vamos ter sempre de aturar e sustentar os Zés que os messiânicos de serviço colocam no andor. E convenhamos que na galeria dos candidatos a tal lugar José Sá Fernandes até nem é dos piores. Nem o que nos causará mais dano. Perigosos são aqueles que se serviram dele e que agora o largam como coisa descartável que é e já andam por aí noutras procissões com outros que garantem fazer falta no andor.

sábado, 30 de agosto de 2014

Islamo-fascismo

Direitos humanos é para humanos.

"europa", o total falhanço

É altura de se perguntar o que deu certo nesta coisa de "projecto europeu" sempre sedento de "mais europa".

A economia? Não parece, encarando seja de que forma for.

A demografia? Não parece para além dos que prometem dizimar os aborígenes locais reclamando-se (para além do que lhes vier à mona) de mandamentos religiosos ou simplesmente por se tratar de desvios da natureza.

A multi-cultura? A que abriu fronteiras ao ponto se se espantar que os indígenas ficarão brevemente em minoria e ou desaparecerão por si ou serão dizimados por uma das pétalas do "multiculturalismo"?

A boa vizinhança? Não parece. Todos esperam que o vizinho do lado seja preferencialmente o primeiro a estoirar.

A "europa", como neste blog foi inúmeras vezes defendido pelas razões enumeradas, nunca deveria ter passado da CEE e os fundos estruturais e/ou dívida foram um veneno equivalente à maldição dos recursos.

domingo, 10 de agosto de 2014

Islão em apertos e em autofagia

Na "Palestina" como pelo resto do Médio Oriente onde há pancadaria, está apenas uma coisa em jogo: abater todo o que não segue o Islão. Israel é apenas o alvo que está presente por não ser possível atacarem longe dali. Em África, onde os poderes são fracos, o Islão ataca com o resultado que se conhece.

Não há "causa palestiniana" a não ser na cabeça de tótós. O Hamas está-se nas tintas para os palestinianos porque para eles tudo é carne para canhão ... desde que abatam o infiel e, o infiel, é todo aquele que não segue à risca os preceitos do Islão.

Todo e qualquer muçulmano que se afaste do islamismo radical é equiparado a cães e sofre o mesmo tratamento que os cães.

Entretanto, o Médio Oriente já não é fonte determinante de hidrocarbonetos porque fora dali foram descobertas gigantescas quantidades de reservas um pouco por toda a parte, ao ponto de haver hoje reservas para 500 anos. Já não podendo manipular o preço do petróleo, não há entrada suficiente de dinheiro para alimentar sociedades que se habituaram a viver, directa ou indirectamente, dos proventos da exploração (alheia porque não lhes passa pela cabeça trabalhar). Estão agora no terreno múltiplas guerras, guerrilhas e escaramuças em que cada grupo mata indiscriminadamente para conseguir deitar a mão ao dinheiro que ainda vai entrando.

Depois há os imbecis que debitam as catilinárias esquerdalhas e anti-semitas sem qualquer ligação à realidade. Uns são apenas estúpidos, outros idiotas úteis, outros vigaristas.

...

Continuo com a forte impressão que o ocidente intervém no Médio Oriente apenas para restabelecer o equilíbrio das forças em conflito de forma a perpetuar as múltiplas guerras que, entre muçulmanos, vão estalando por toda a parte.

Na Faixa de Gaza o ódio ao não muçulmano é corporizado agredindo a única sociedade livre, democrática, ocidental, multi-religiosa que por aquelas paragens existe: Israel.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A tradição ainda é o que era




Por isso, mais uma vez deixo que Alberto Gonçalves fale por mim.


Um verão português


Para um país cuja actualidade é tão pateta durante o ano inteiro, seria de esperar que a silly season portuguesa não se distinguisse das temporadas restantes. Gloriosamente, distingue-se: o nosso Verão consegue elevar o ridículo a níveis desconhecidos para cá da Venezuela, onde "um passarinho" acaba de contar ao Presidente Maduro que Hugo Chávez - o "grande profeta" - se sente "feliz".

Ele é a passagem à "clandestinidade revolucionária" do Partido da Nova Democracia na Madeira, embora que se saiba ninguém, incluindo os cidadãos com direito de voto, persiga a referida agremiação. Ele é a "praia urbana" no centro de Lisboa. Ele é a "pipa de massa", o termo técnico utilizado por Durão Barroso para explicar a próxima vaga de fundos europeus. Ele é o "génio do Euromilhões" que descobriu que a multiplicação das apostas aumenta a probabilidade de sucesso e nem assim arranja 500 euros para ir aos EUA apresentar a boa-nova. E ele é o presidente de uma Federação Portuguesa de Cicloturismo, que quer os automobilistas a pagar os acidentes provocados pelos ciclistas (ou apenas os acidentes de autoria duvidosa, as notícias não são claras).


O caso do senhor José Caetano merece atenção redobrada. Segundo este repentino herói da classe operária, quem anda de bicicleta fá-lo por falta de dinheiro para um carro, um passe social ou, lá está, um vulgar seguro de responsabilidade civil (cerca de 25 euros, pelas minhas pesquisas). Como é que semelhante desgraçado foi capaz de comprar uma bicicleta é mistério que me escapa. Mas essa não é a questão levantada pelo senhor José Caetano. A questão é a necessidade de constatar com urgência que todos os condutores de automóveis são uns nababos arrogantes e empenhados em estraçalhar os sucessores de Eddy Merckx que se lhes atravessem à frente. A questão é a presunção da inocência dos que têm menos, ou dos que aparentam ter menos.

Razão tinha Enver Hoxha, que por via das dúvidas pôs os albaneses em peso a pedais. Na falta de regime tão justo, Portugal debate-se com os ressentimentos decorrentes da desigualdade, os quais levam o milionário do Hyundai a maltratar o pobre que sprinta na contramão e, para cúmulo, a exigir o arranjo do pára-choques. No fundo, é a lengalenga do Brecht, do rio e das margens revisitada. E é a luta de classes em versão Código da Estrada. Certo, certo é que as massas se agitam e a revolução não tarda. Só se atrasou um bocadinho porque de bicicleta as massas demoram a chegar.




"Gays" pela Palestina: a sério?


Três mil pessoas protestaram junto à embaixada de Israel contra a "ocupação sionista", o "massacre da Palestina", o "genocídio de Gaza" e o "estado terrorista" que "mata mulheres e crianças".

Curioso. Haverá em Lisboa dezenas de embaixadas de regimes de facto terroristas que ocupam ilegalmente territórios, praticam massacres e arremedos de genocídio e assassinam mulheres e crianças. Porém, nunca nenhum desses edifícios é incomodado com aglomerações de ociosos aos gritos. À primeira vista, ou os indignados profissionais só se preocupam com as vítimas árabes ou com os "crimes" israelitas. À segunda vista, fica claro que, como as matanças de sírios, líbios ou palestinianos "dissidentes" não merecem um resmungo, o problema é apenas com Israel. Deixo à imaginação, ou às recorrências da história, a tarefa de perceber porquê.

Mas não falemos de coisas tristes. Na manifestação em causa, além dos lencinhos fedayin e geral parafernália típica destas pândegas, exibiu-se pelo menos um sujeito com a bandeira do arco-íris, marca do "orgulho gay". Não imagino nada tão peculiar quanto a defesa do Hamas através de um símbolo que o Hamas pune com prisão, tortura e, quando calha, execução. Já que os indignados profissionais gostam de comparar a invasão de Gaza ao Holocausto, seria o mesmo que um apoiante de Hitler ostentar a estrela de David nos comícios do Deutschlandhalle. Seria, não: é.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A conciensia sosial

Excelente:
A ortografia é um resquício fascista que oprime o livre arbítrio da interpretação individual. Apesar do enorme esforço do acordo ortográfico – aquele que permitiu alargar para 4 ou 5 as possibilidades de grafia de uma única palavra – muitas pessoas ainda conseguem determinar um único sentido para uma pequena frase. Isto tolhe a imaginação e a criatividade artística para, por exemplo, chegarmos ao ridículo de interpretação unívoca para a bula do metilfenidato do nosso (obviamente) hiperactivo filho.

Uma sociedade verdadeiramente evoluída já libertou os seus contribuintes das amarras de interpretação única dos factos através de uma abertura que permite uma infinidade de sentidos para todas as palavras, elas próprias uma limitação a um universo finito (um contra-senso) de conceitos abstractos para auto-expressão em primeiro, comunicação em segundo lugar.

Felizmente, um número crescente de proto-candidatos à docência, 62,8%, optou pelo caminho correcto, o do livre-arbítrio perante a escravatura da convenção ortográfica das 4 grafias; optaram pela 5ª, pela 6ª, pela 10ª. Os restantes 37,2% (ou, para cerca de 1500 proto-candidatos, os restantes 50%; ou, para a CGTP, os restantes 99%) continuam agarrados a velhos modelos de pensamento, como velhos do S. Francisco Xavier, retrogradamente delapidados de dignidade e conciensia sosial.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Da zenital "europa" dos "reguladores" de mercados

Os testes de stress recentemente lançados pela "europa" à banca não foram capazes de detectar que o BES estava podre?

Irá a "europa" compensar os accionistas (particularmente os pequenos accionistas) por lhes garantir o que era falso?

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Sucesso que vem mesmo a calhar aos cronies do "ambientalismo" e das "renováveis"

Chama-se "crony capitalism" ao capitalismo que gravita o estado quando este sente precisar de dispor de empresas para melhor poder intervir no país. Essas empresas são como alavancas do estado (oferecem-se como tal) para executarem o que ao estado está claramente vedado. Os negócios decorrentes destas simbioses são ruinosos para o contribuinte chegando-se ao ponto de se permitir que as empresas cobrem, directamente ao cidadão, mais ou menos veladamente, pelos serviços encomendados pelo estado escapando à contabilidade dos impostos recolhidos pelo estado e inevitável despesa estatal subsequente. A esquerda em geral adora "intervir no mercado" com as mais esfarrapadas desculpas, uma delas a de "estimular o desenvolvimento".

O negócio das "renováveis e ambiente" é exactamente crony capitalism, o BES estava metido até à raiz dos cabelos em crony capitalism (em Portugal, Brasil, Angola, Espanha, etc).

Este sucesso do governo tem por desvantagem deixar um alívio no ar para permitir a manutenção do status-quo de outros cronies, adivinhem, os das "renováveis e ambiente".


terça-feira, 29 de julho de 2014

Salazar, o menino de coro

Salazar deixou um estado fascista em que a intervenção estatal no país era muitíssimo menos marcante que hoje (graças ainda à "europa").

Fascista é o regime socializante em que o estado marca o destino do país, nomeadamente da actividade económica, pondo a iniciativa privada ao seu serviço. A iniciativa privada é hoje quase completamente controlada pelo por via de regulamentação sufocante e é vigiada pelo sucedâneo da PIDE na actividade económica: a ASAE. A pouca riqueza ainda criada é absorvida por um estado mastodôntico que gasta como se fosse dono do país.

O controlo político é bastante conseguido por via de uma comunicação social comunista onde a censura directa é exercida por empastelamento (limitar a pluralidade debitando mentiras e chorrilhos de disparates saturando o espaço).

Desde que o PPD se tornou PSD que entrou pela via fascista do socialismo e, desde essa altura anda aos ziguezagues entre as vias fascista e a liberal.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

E aqui ficam mais 2...




... deste conjunto de 4 crónicas de Alberto Gonçalves:



Língua geográfica


Em Díli, Cavaco Silva garantiu que a CPLP se define através da língua e dos direitos humanos. Nem de propósito, a CPLP estendeu-se à Guiné Equatorial, onde a democracia é conceito discutível e onde se fala castelhano e dialectos. Mesmo no site do Governo local o anúncio da adesão foi feito apenas em espanhol, inglês e francês. Parece que o petróleo - e as pressões de Brasil e Angola - pesou nesta história. É a economia, estúpidos? Se calhar é, o que significa que pela primeira vez após anos de lirismo em redor das descobertas a CPLP descobriu uma razão de existir: a conversa da "projecção do português" era muito linda para juntar em cimeiras sujeitos que gostam de se juntar em cimeiras. Mas só.


Por pueril que soe dizê-lo em 2014, nem uma língua se "projecta" nem o seu peso depende de decisões políticas. O inglês não se tornou a língua franca dos nossos dias por decreto, e sim por causa da televisão e do cinema americanos, da música popular anglo-saxónica e da concentração das grandes empresas de informática na costa oeste dos EUA, que levam um fedelho a fazer search, download e convert antes de aprender a escrever "o popó da titi". Adicione-se, para os eruditos, o domínio do cânone literário contemporâneo, de Dickens ao "assimilado" Nabokov, de Fitzgerald a Bellow, e tem-se tudo aquilo que o português não tem e não terá. A pertinência dos escritores não aumenta ao enfiá-los no Panteão.


É grave? É assim. Os alemães, que em certo sentido (e apenas em certo sentido) possuem uma língua mais "restrita" do que a nossa, não se queixam. Os escandinavos, que comunicam em código cifrado, também não. E, coitados, vão vivendo, ao contrário dos guardiões oficiosos do português, que sofrem brutalmente com a respectiva insignificância. Em Setembro decorrerá em Brasília o Simpósio Linguístico-Ortográfico da Língua. O presidente da Academia de Letras lá do sítio publicou há dias um texto alusivo. O texto está repleto de locuções de sacristia e de erros primários, que ainda ninguém corrigiu. Em lugar de "projectar" o português, talvez fosse preferível escondê-lo.


Juventude inquieta



Com a excitação motivada pelos erros ortográficos de uma deputada socialista num texto do Facebook, ninguém reparou na publicação, já lá vão uns tempos, do novo romance de outra deputada socialista. Ninguém, ou quase ninguém, que o atento blogue Malomil fez há dias a indispensável recensão crítica de Apátrida, a obra com que Isabel Moreira demonstra aos escassos cépticos restantes que um assento parlamentar não só não é incompatível com o QI de Forest Gump como tal QI parece ser critério de admissão.

(imagem retirada de http://malomil.blogspot.pt)

Sobre o conteúdo de Apátrida, encaminho os curiosos para o blogue citado, acrescentando apenas que não consumo produtos alegadamente literários que incluam pérolas como: "unilateralidade sem dolo", "esmurra o vomitado nas casas de banho" e "fumei três ganzas e bebi uma garrafa de vinho tinto", embora a combinação de estupefacientes com o álcool justifique plenamente que se escreva assim. A mera frase "deus a mijar-se de medo pelas pernas abaixo" (limito as citações às transcritas no Malomil) resume a essência da coisa: uma adolescente com corpo de adulta e cérebro de criança convence-se de que, se enfileirar muitas letrinhas num ecrã de computador, obtém algo similar a um pequeno livro. Se encher o livro com o tipo de patetices usadas pelos petizes para maçar os parentes, consagra-se junto de 12 semianalfabetos como autora "irreverente". Há imensos irreverentes do género por aí, com sorte enclausurados nas EB 2/3. Com azar, habitam os auditórios das Fnac e o Parlamento. Antes de escrever livros, a Dra. Isabel devia experimentar ler pelo menos um.

domingo, 20 de julho de 2014

Ai batebate, bate com jeito! Ai batebate, esfrega ca mão! - ou Um muçulmano moderado

Das aventuras do Pato Donald







António, um rapaz de Lisboa





A cada semana, António Costa revoluciona a ciência económica. Primeiro foi a tese de que a riqueza é preferível à austeridade, inovadora aplicação na macroeconomia do princípio de Maria Antonieta. Depois, descobriu que o problema não é o excesso de licenciados, mas a falta de empregos para licenciados (criam-se os empregos e a chatice fica resolvida). Agora, explicou a uma embevecida plateia de sindicalistas que "não há crescimento sustentável com endividamento, mas também não há crescimento sustentável com empobrecimento", sentença que se comenta sozinha.

Se não se aproximassem as férias, o Dr. Costa ainda estaria a tempo de dizer que: 1) o investimento público é melhor do que o privado excepto nos casos em que o investimento privado é melhor do que o público; 2) o Estado social é sustentável desde que saia baratinho aos cidadãos; 3) Portugal não deve sair do euro enquanto os euros entrarem em Portugal; 4) pelo menos na perspectiva dos destinatários, os salários altos são preferíveis aos salários baixos; 5) o Pato Donald é um boneco.

Brincadeiras à parte, o que é isto? Não é de agora que Portugal não se pode queixar em matéria de produção de políticos absurdos. Mas entre as nulidades sem uma ideia na cabeça e o Dr. Costa, em cuja cabeça fervilham centenas de ideias desconchavadas, vai uma diferença considerável. Já nem falo da tentativa de vender o homem a título de salvador da pátria: falo do homem propriamente dito e da deprimente comparação com aqueles a quem sonha suceder. Ao pé do Dr. Costa, Passos Coelho passa por um modelo de estadista, Sócrates por um sujeito quase ponderado, Santana por um governante responsável, Barroso por um gigante do pensamento, Guterres por um paradigma da racionalidade financeira e Cavaco, ele sim, pelo salvador da pátria que nunca foi. Perante o Dr. Costa, até o jovem António José Seguro parece habitar o mesmo planeta que os restantes mortais.

Em suma, o Dr. Costa é um embaraço ambulante. Logo, provavelmente será depois do Verão o líder do PS e, se os amigos o mantiverem calado entretanto, hipotético primeiro-ministro no ano que vem. Um pessimista vê à distância e, na lógica do "depois de mim virá", tende a imaginar que espécie de calamidade pode aparecer ao País após o Dr. Costa. Um optimista desconfia que, após o Dr. Costa, é improvável haver País.



O BE que fica e o BE que parte




Em geral, tendemos a pensar no Bloco de Esquerda enquanto uma agremiação divertida. Dispõe bem contemplar à distância os movimentos de grupos, subgrupos e facções de um único indivíduo que diariamente abandonam esse partido moribundo a caminho do PS e das carreiras com que o PS, sobretudo o PS do Dr. Costa, lhes acena. O facto de todos os fugitivos se desculparem com a necessidade de "contribuir para convergências à esquerda" torna a brincadeira hilariante. O pormenor de todos se esconderem atrás de siglas, organizações, princípios e estatutos solenes eleva a brincadeira ao nível da grande comédia.

Ocasionalmente, porém, um pedacinho da realidade irrompe para nos lembrar da natureza do BE, e de que esta não é só galhofa. O Médio Oriente, por exemplo. Bastou Israel reagir aos constantes ataques sofridos a partir de Gaza para o BE vir falar em "banho de sangue" e propor as sanções económicas do costume. E o costume inclui o desprezo do BE face a um Estado civilizado e a simpatia pela barbárie mais à mão. O costume é o BE negar as "causas" que lhe valeram 15 minutos de fama em favor do seu exacto reverso.

O ódio aos ricos? Os líderes de Gaza passeiam-se em aviões de luxo e apascentam fortunas em contas offshore. Os direitos LGBT? Em Gaza a homossexualidade é punida por lei e os seus praticantes fogem da tortura rumo a uma certa nação vizinha. A igualdade de género? A islamização do território reduz as mulheres a um pechisbeque silencioso e reprodutivo. A violência doméstica? Calcula-se que mais de metade das mulheres locais seja espancada pelos maridos pelo menos uma vez por ano - tradicional e recatadamente. E há as restrições às artes e à internet. O racismo oficial. A imposição violenta da "virtude". As conversões forçadas de cristãos. E, numa prática que o BE lamentará não se usar por cá, o fuzilamento de dissidentes.

Sob o verniz da trupe burlesca e as mesuras progressistas para consumo dos simples, o BE, o que parte e o que resta, é essencialmente isto: criaturas avessas à democracia que usam o sistema democrático para ganhar a vida. Darmo-nos ao trabalho de as distinguir é tão inútil quanto perguntar-lhes porque é que a indignação que Gaza lhes suscita não se estende à Síria ou ao Egipto. Ou porque é que só nas recentes implosões eleitorais descobriram intolerante um partido que nunca foi outra coisa. Ou porque é que, em suma, se confere relevância pública a declarados ou dissimulados inimigos do público.



Um mundo de fantasia




Desde os 10 ou 11 anos que não leio banda desenhada, incluindo aquelas de super-heróis. Se lesse, não as reconheceria. Ao que consta, Thor (o semideus escandinavo com martelo de São João) é agora uma mulher. E o Capitão América vai ser preto, perdão, afro-americano. Mas, informam os autores da mudança, não será um afro-americano qualquer, e sim "um homem moderno em contacto com os problemas do século XXI". Isto é, o novo Capitão América "terá uma maior empatia com os mais desprivilegiados" já que, cito, "foi assistente social". Apetecia-me deixar um comentário sobre a terminal idiotia do nosso tempo. Porém, enquanto o Homem-Aranha não for "transgénero" e Hulk não acumular as aventuras com a presidência de um observatório, julgo ainda haver esperança.



sexta-feira, 18 de julho de 2014

Os intelectuais de esquerda, o vento e o ouro


Aos intelectuais de esquerda, peso de ouro não se lhes aplica porque, segundo eles, o ouro é como o vento, um recurso natural, logo gratuito.

Dos órfãos de Piaget

É bom que aqueles que ao longo do tempo se foram habituando e propalando a pestilência das teorias de Piaget continuem com essa mesma conversa sem se apercebam que ... já deu. Enfim, habituara-se a falar sozinhos e convenceram-se que a sua própria voz lhes dava razão. Se continuarem assim é excelente, mas "amigo não empata amigo". O mundo em que cada um ouve o outro e tenta perceber se ele tem razão ou não sempre funcionou e continuará a funcionar, apesar dos tontos que insistem que afiar o sílex num sabonete é a melhor coisa que há.

Austrália enterra a totalidade da tralha legislativa climática

Daqui por 10, 15 anos faremos o mesmo e sem jamais perceber que andámos anos a fazer tonteiras. Fá-lo-emos porque todos os outros já terão feito.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

"Legislação" anti-SPAM

Há já uns bons anos, um garboso deputado fascista cripto-comunista e maçon, entretanto convertido a deputado fascista, cripto-socilaista e maçon, resolveu, na “qualidade” de especialista em Internet, propor legislação para proteger os cidadãos do SPAM.

Resultou da pestilenta coisa uma caterva de proibições mais ou menos idiotas e a obrigatoriedade de se incluir no hipoteticamente legítimo mail um “mecanismo” para que os destinatários pudessem optar por deixar de receber tal tipo de coisa.

Evidentemente que data a que o zenital deputado se auto-acometeu da ideia, já havia organizações que se dedicavam à fichagem de abusadores e à publicação generalizada de listas de fazedores de desacatos e de com quem com eles pactuava por passividade (ISPs). Os processos foram evoluindo e hoje a coisa está substancialmente controlada, a não ser que se seja particularmente tosco. De uma forma ou outra, a legislação nem para limpar o término inferior do tubo digestivo alguma vez serviu.

Para se perceber o nível de cretinice da ideia, a primeira coisa que alguém que aprenda algo sobre SPAM fica a saber é a jamais deve responder ao SPAM (nunca deve utilizar o tal “mecanismo”) porque esse gesto não é, para o prevaricador, mais do que a confirmação, fresquinha, de que o destinatário existe, lê o que lhe enviam e, consequentemente, o endereço dessa vítima adquire o valor especial de, digamos, certificada e disponível vítima.

Quem recorrer ao tal “mecanismo” passa a receber quantidades muito superiores de SPAM porque, sem saber, apenas aumentou o valor como alvo do seu endereço de e-mail. Ainda hoje a legislação serve para garantir um competente volume de carne fresca.

Mas é assim o mundo dos imbecis auto-acometíveis a descobridores de problemas e proponentes de soluções.

Cookies na "europa"

Os burros da "europa" resolveram inventar um problema chamado cookies.

Muitos sites usam cookies e as vacinas ou equivalente software são a única ferramenta capaz de avaliar a respectiva perigosidade, seja por agressividade aos sistemas seja por problemas de privacidade.

Mas os cretinos de Bruxelas resolveram inquietar-se e legislar sobre a obrigatoriedade de se ser avisado sobre a utilização de cookies.

Nada adianta saber-se que se usa ou deixa usar, tanto mais que se podem configurar todos os browsers para os aceitar ou não. Mas os cretinos inquietaram-se.

Está-se hoje a ser sistematicamente informado que cada site usa cookies perguntando se se concorda com a sua utilização e, naturalmente, ou a responder afirmativamente ou não ou a ignorar os avisos o que, para 99.999% das pessoas nada adianta. De qualquer forma, está-se constantemente a receber mensagens relativamente ao assunto.

Gente buuuuuuuurra. Quem me dera poder chapar um gato morto às trombas do imbecil que teve tal ideia, até que o gato miasse.

Ventos político-financeiros



Não consigo perceber a insistência histérica do PCP em exigir a nacionalização do BES.
Ou será que percebo...?

terça-feira, 15 de julho de 2014

O PSD e a parvoeira das energias "verdes" ... mais uma vez

Aqui, aos 19:30, explica-se muito bem em que é que o governo além de estar a meter a pata na poça com esta coisa de manter a tralha verde a está a agravar acentuando o buraco.

Executando a política energética que se propõe, não se ajuda a indústria, afunda-se a indústria.

Não haverá indústria com o KW de energia ao preço do pão-de-ló.

A conclusão a tirar só pode ser uma. O PSD está, ombro a ombro com todos os restantes partidos (sem excepção), absolutamente dominado pelo lóbi das renováveis.

Portugal por...






Contracultura

Não vou mentir: houve um momento em que quase duvidei da capacidade de António Costa para regenerar o País. A culpa não é minha. Sucede apenas que, de tanto se habituar a políticos medíocres, uma pessoa sente dificuldade em distinguir a grandeza à primeira vista. Porém, à segunda não falha.

A minha epifania com o Dr. Costa aconteceu no dia em que li o manifesto "A Cultura apoia António Costa", e reforçou-se no dia em que o Dr. Costa se reuniu com "centenas de intelectuais" disposto a demolir convenções caducas. Em situação de crise, o populista comum falaria do desemprego e prometeria trabalho, falaria da dívida e prometeria crescimento, falaria dos pobres e prometeria compaixão. E melhor saúde e justiça mais equitativa, e educação mais capaz. O Dr. Costa ignorou estas palermices, foi directo ao que de facto importa e prometeu um Ministério da Cultura. A casa, no caso o Mercado da Ribeira, em Lisboa, veio abaixo - felizmente em sentido figurado.

Confesso que me rendi naquele momento. Não faz sentido pensar em distribuir benesses aos pobres ou à classe média sem antes assegurar que os intelectuais recebem a sua parte do bolo. Nas palavras, sempre belas, da escritora Lídia Jorge, "o sector cultural é um pulmão do corpo social", e ninguém de boa-fé deseja que Portugal sufoque. De que serviria uma economia pujante (as pernas da sociedade) ou o equilíbrio das contas públicas (os cotovelos) se a Cultura, com gigantesco C, agoniza com enfisema por falta de intervenção estatal? Dito de outra maneira, de que nos vale uma nação próspera em que a dona Lídia carece dos estímulos necessários à respectiva obra?

E quem diz a dona Lídia diz qualquer um dos intelectuais empenhados em consagrar o Dr. Costa, os quais, por definição, sabem aquilo que nos convém a todos. Se Virgílio Castelo recomenda o Dr. Costa, para mim chega. E se Luís Represas também o faz, para mim sobra. Eu quero estar onde estão Paco Bandeira e Tomás Taveira, Io Apolloni e Maria do Céu Guerra, Nicolau Breyner e Isabel Alçada, o Sr. Júlio do cavaquinho e António Mega Ferreira, Diogo Infante e Júlio Pomar. Por que carga de água duvidaria da superior percepção, face aos mortais, do realizador João Canijo e da fadista Mísia? Haverá alguém suficientemente burgesso para questionar o caminho apontado por Ana Zanatti e Alice Vieira?

Agora a sério. O ódio da "Cultura" à independência e à liberdade, passe a redundância, talvez não seja tão grande quanto o desprezo pela sociedade que diz ajudar a respirar. Ainda assim, não sei o que é pior, se a desmesurada presunção dos vultos citados, se a possibilidade de no eleitorado haver uma quantidade significativa de gente influenciável pelos vultos. Caso a haja, merece tudo de mau, incluindo a Cultura dos simples e o Dr. Costa.


O regresso das caravelas

Antes do jogo do Brasil com a Alemanha, um colunista do jornal Globo acusou a Presidente indígena de usar o Mundial de futebol como indicador do sucesso do seu Governo. Não sei quem vive mais fora da realidade, se o colunista se a dona Dilma. Em matéria de "projecção" internacional, realizar um evento daquelas dimensões no Brasil foi uma ideia tão luminosa quanto fazer um filme promocional de Dresden em 1945. Ao começar por chamar a atenção para a bola, o Mundial acabou a chamar a atenção para o resto: a miséria, a violência, a repressão, o caos, o atraso, a corrupção e uma economia que, há um par de meses, o responsável de um banco dinamarquês considerou a pior entre as dezenas de países que visita anualmente.

Aparentemente, a ideia, típica dos populismos latinos e de dois ou três regimes do hemisfério norte, era a de que o êxito desportivo disfarçaria o desastre fora do desporto. Ao que consta, o Brasil levou com sete golos e cada um ajudou a realidade a aproximar-se da superfície: o campeão mundial dos fracassos (cito de novo o Sr. Steen Jakobsen) conquistou mais um triunfo. E, se reeleger uma criatura com o esclarecimento e a seriedade da dona Dilma, não ameaça perder o título nos próximos tempos. Os tumultos e as lágrimas posteriores à goleada sugerem que a realidade local, submersa em doses variáveis de ressentimento e sentimentalismo, continua a ser um mistério para os autóctones.

E para muitos estrangeiros também. Numa daquelas rajadas de inanidades que alegram o dia de qualquer um, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos apareceu a explicar que a União Europeia "morreu com a crise grega" e que Portugal e a Europa devem procurar "alternativas, olhando para o Sul global". Ao cuidado dos que já desataram a rir, informo que o melhor ainda vem aí. Ei-lo: é urgente um "regresso das caravelas", com uma "política renovadora de conhecimento", em busca da "inovação e das experiências de luta e de resistência do Sul".

Traduzido em português menos alucinado: a Grécia (e Portugal) arruinou-se, logo há que encobrir as causas da ruína - em suma o excesso de estatismo, a inépcia e a trafulhice - e proclamar a falência do projecto europeu, que por sua vez abre as portas à aprendizagem com calamidades em forma de nação, do Brasil à Venezuela, da Bolívia ao Uruguai. Num ápice, os gregos (e os portugueses) ficariam com saudades da penúria vigente, mas sofreriam uma penúria terminal arquitectada pelo Dr. Boaventura, obviamente um consolo. No fundo, dado que o prestígio dos idiotas aumenta em função da desgraça alheia, trata-se de convencer os alcoólicos a acrescentar ao currículo os prazeres do jogo e da cocaína.

Em princípio, é improvável que um adulto diga estas coisas a sério. Sucede que, no Sul das "alternativas", milhões de adultos não só dizem coisas similares: pensam-nas e votam em conformidade. Não admira que o Sul desperte a inveja da Terra. E não admira que, numa prolongada vénia ao absurdo, o Dr. Boaventura arrisque um comentário sobre a selecção portuguesa, que acha "o espelho do País: sem soberania e sem aspirações". Miremo-nos, pois, no Brasil. As caravelas estão prontas?


O que é preciso é saudinha

Só um coração empedernido não se comoveria face à greve dos médicos, sempre a zelar pelo bem-estar dos utentes. No Telejornal, um utente particularmente felizardo explicava que fizera 70 quilómetros para uma consulta que, afinal, não houve. Como ele, muitos viram as consultas adiadas ou canceladas. Aos mais afortunados aconteceu o mesmo com as cirurgias.

Em Portugal, morrem por ano cerca de três mil pessoas por negligência médica ou, para usar um termo brando, por "evento adverso". A Deco calcula que 60% dos portugueses receiam ser vítimas de erros médicos e que 58% já se queixaram formalmente dos ditos. Não é preciso ser sobredotado para perceber que um simples dia de greve reduz em 1/365 semelhante flagelo, que um mês e pouco de greve reduziria o flagelo em 10% e que uma greve permanente e ininterrupta acabaria com o flagelo de vez.

Quando se acusa a classe médica de corporativismo, esquece-se que nenhuma outra corporação assumiria com tamanha frontalidade as próprias limitações e falhas. E quando os médicos dizem que a sua "luta" é em defesa da nossa saúde, não estão a brincar. Até porque, é sabido, com a saúde não se brinca.

O PSD e o eco-terrorismo

O maior congestionamento das cidades são as toupeiras "ambientalistas".

Ainda ninguém percebeu que nenhuma cidade em Portugal se aproxima, nem a milhas, de uma cidade realmente congestionada?

Ainda ninguém percebeu que a vida nas cidades se tem tornado mais difícil porque as câmaras, mais ou menos todas, passaram a encarar a cidade como estado ao seu serviço e as tem gerido para potenciar as suas receitas?

Ainda ninguém se apercebeu que sendo as nossas cidades com problemas de trânsito, ou cidades antigas ou cidades em que se permitiu uma densidade de construção absurda (olhem para Massamá), as câmaras permitem sempre o aumento de densidade de construção desde que inclua estacionamento nas caves, exactamente para aumentar o tráfego e aparecerem agora com a solução ... "taxar" o tráfego?

Portugal continua a caminhar a passos largos rumo a uma formulação de estado fascista, tão ao agrado da esquerda, um estado em que cada departamento do estado é dono do país ao ponto de poder pôr e dispor não só do território como da propriedade privada incluindo a capacidade de inovar nas empresas via aplicação de regulamentação asfixiante.

Este tipo de medidas são tralha de cariz eco-terrorista, sem qualquer espécie de utilidade, destinadas a aplicar mais um garrote ao desgraçado do contribuinte a quem resta passar a pedir que lhe seja aplicada a legislação de protecção animal.

Ainda quanto ao "congestionamento" já alguém se 'congestionou' pensando que já se acabou com estacionamento para dar lugar ao transporte público e que seguidamente se derreterem centenas de faixas de BUS para implementar estacionamento que viabilizasse por exemplo o "projecto" EMEL de crescimento da dimensão do estado? Que durante a implementação desse mesmo projecto de "criação de emprego" se derreteram não só centenas de faixas BUS como centenas de passeios, tão necessários até então para que "a cidade tivesse espaços livres de carros"?

Já alguém reparou que esses "projectos" de "criação de emprego" provocam pobreza e problemas sem fim porque deles não resulta qualquer mais valia, apenas despesa da qual nenhuma criação de riqueza resulta?

Armem-se em marxistas e depois queixem-se que a malta não vota porque são apenas mais um muito parecido com os outros.

Se há coisa que pelo mundo civilizado fora está fora de combate na opinião pública são os "ambientalistas" marxistas do tipo QUERCUS ou GreenPeace. Portugal, nesse debate, está atrasado mais de 10 anos e assim vai continuando porque este governo continua infiltrado dessa escumalha.

O BES e as renováveis

Está a passar em branco, na imprensa nacional, que a encrenca que o BES atravessa deriva de negócios da família Espirito Santo, no Brasil, no campo das renováveis. Meteram-se com marxistas e em renováveis. Bastava um para irem à falência. Isto tresanda a tráfico de influências, financiamento partidário, marxismo internacional, tentativa de entre-cruzamento com o estado por troca de favores, as habituais habilidades do socialismo fascista.

Esperemos que as comadres se zanguem mesmo.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Não, a culpa não é do Costa

Por Helena Matos (assino por baixo):

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Dizem os títulos que “Seguro culpa Costa pela descida do PS nas sondagens”. Mas não, a culpa não é de António Costa. Dizem outros títulos “Costa: sondagem revela necessidade de mudança” mas valha a verdade que a culpa também não é de Seguro. Apetece dizer que a culpa é do socialismo que enquanto ideologia assente na distribuição do dinheiro dos outros não encontra o seu caminho nestes tempos em que o dinheiro próprio acabou e o dos outros implica juros. Mas também isso não é suficiente enquanto explicação. Aliás não é impossivel construir um discurso socialista sobre justiça fiscal, estado social… Assim os socialistas o quisessem.

Mas voltemos à culpa ou, melhor dizendo, ao estado de estupefacção dos socialistas pelo facto de, caso as legislativas tivessem lugar agora, a coligação governamental sair vitoriosa. A culpa deste resultado é da burguesia. Não da burguesia que vota no PSD ou no CDS. Em primeiro lugar porque não é certo que a burguesia vote maioritariamente nesses dois partidos e sobretudo porque os votos da burguesia não são suficientes para ganhar eleições. Já a visão burguesa do mundo pode ser mais que suficiente para que se percam. E é esse o maior problema do PS e de muitos dos seus congéneres europeus: tornaram-se partidos burgueses.

Os socialistas vêem o mundo e os eleitores do interior da sua redoma de altos quadros da administração pública, dos institutos, das ordens, das fundações e dos observatórios e sobretudo vêem-no pelos olhos burgueses dos seus compagnons de route que fazem manifestos da cultura com as sucessivas personalidades em que a esquerda vê um D. Sebastião. A burguesia que tomou conta da esquerda em geral e dos socialistas em particular vem maioritariamente de um mundo estatal ou dependente dele em que o contribuinte paga o ordenado, o projecto, o sonho… e o logotipo.

Mais do que em qualquer outro campo ideológico a nomenclatura socialista vive num mundo confortável, civilizado e protegido, facto que em si mesmo nada tem de condenável mas que politicamente transforma os socialistas numa espécie de forasteiros no seu próprio país: arrancam as vestes pela escola pública mas não põem lá os filhos. Consideram-se pais do SNS mas vão tratar-se nos hospitais privados. Defendem mais impostos para financiar empresas públicas de transportes mas há anos que não andam de autocarro ou de comboio. E por isso não só falam do que não conhecem como prometem o que não podem.

Dir-se-á que os outros partidos fazem o mesmo. Mas do PCP e do BE não se espera que sejam governo, o que lhes permite que o seu discurso político seja uma espécie de ficção em causa própria. Quanto ao PSD e ao CDS estão por agora condenados a governar, o que para fúria das respectivas élites, cujo maior desejo era serem uma espécie de excêntricos num mundo naturalmente socialista, os obriga a um mínimo de senso. A culpa pela descida do PS nas sondagens não está portanto em quem os lidera ou aspira a liderar mas sobretudo no facto de os socialistas terem um discurso de oposição mas não de governo.

Burguesmente (só os burgueses sonham com revoluções!), muitos dos notáveis socialistas até sonharam com os subúrbios a arder. Alguns andaram a reler os textos sobre o Maio de 68. Os jornalistas inebriados davam conta de encontros fundadores, refundadores, dinamizadores e redinamizadores da esquerda, das esquerdas e das esquerdas das esquerdas. Os participantes chegavam a esses encontros em carros de serviço, fatos de bom corte e falavam de suicídios, país destruído e fome. Depois abraçavam-se, choravam os tempos em que tinham sido jovens e partiam apressados para o conforto das suas casas, de um bom restaurante ou de um outro seminário regiamente subsidiado para que eles se pronunciassem sobre a decadência do sistema. Em certos momentos tudo aquilo parecia um encontro de velhos escritores neo-realistas sem leitores mas com excesso de personagens e cada um deles a querer ser o narrador. Omnipotente, omnisciente e omnipresente.

A crise existiu e existe mas a esquerda em geral e os socialistas em particular falaram de uma crise que nunca existiu naqueles termos. Ou melhor dizendo, existiu mas há muitos anos. Mas como a esquerda portuguesa não só nunca se libertou de Salazar como vive obcecada com ele, por força entendeu que os portugueses estavam a regressar a padrões de vida semelhantes aos dos anos 30 do século passado (também poderia ser aos anos 20 mas isso não dá jeito porque no princípio dessa década ainda não existia o padrão-Salazar, logo a fome a repressão não são mencionáveis.)

À semelhança dos repórteres do New York Times que acharam adequado ilustrar a crise em Espanha com fotos onde se viam pessoas mexendo em caixotes de lixo, omitindo que a maior parte dos fotografados eram emigrantes que por sinal, e ao contrário do que acontece nos EUA, onde também podiam ser fotografados em situações similares, gozam de garantias legais e acesso a cuidados de saúde gratuitos, também os socialistas criaram uma ficção de país para os sound bytes que não coincide com o país real.

E assim não perceberam que esta crise estava a ser diferente. E curiosamente estava a ser diferente por causa de uma bandeira que o PS tanto reivindica: o estado social. A protecção social impediu que a crise tivesse os contornos desenhados nas aulas magnas da vida mas, ao apostarem na inevitabilidade de um segundo resgate e ao apresentarem um retrato de Portugal atravessado por hordas de esfomeados e candidatos ao suicídio, os socialistas ficaram reféns dos resultados necessariamente maus que o governo teria de apresentar. A este erro grosseiro de se colocar nas mãos do adversário, os socialistas juntaram outro: o de não apresentarem propostas credíveis àqueles que estavam e estão a pagar a crise com os seus ordenados que baixam, com os impostos crescentes, com a ameaça do desemprego e que por isso mesmo se tornaram muito mais cautelosos perante as promessas de crescimento e riqueza fácil.

Aprisionados no imaginário da Aula Magna e dos encontros das esquerdas, os socialistas esqueceram-se que o povo que antes não tinha nada a perder agora tem. Tem pensões, subsídios, apoios, reformas, medicamentos, ordenados, complementos… Logo o que está em causa não é Seguro, Passos ou Costa mas tão só quem garante que o edifício não se desmorona.

Ao entrarem em promessas miríficas de abrir serviços que encerraram, repor valores de pensões sem aumentar impostos e, por fim mas não por último, ao não serem capazes de assumir as suas responsabilidades nesta crise, que é o mesmo que dizer ao não terem sido capazes de se distanciar de Sócrates, os socialistas desbarataram aquele que era o seu verdadeiro trunfo: convencer os portugueses de que eles conseguiriam fazer melhor. Ao optarem por criticar cada medida como se ela fosse desnecessária e não errada os socialistas deixaram que seus críticos os apresentassem como tendo um único projecto: que Portugal regresse ao modo de vida que teve até 2012. O que politicamente é uma armadilha fatal enquanto por aí existirem os postes de abastecimento de carros eléctricos e o youtube mantiver disponível o vídeo de Sócrates a anunciar o pedido de ajuda externa.

E como não podia deixar de ser os socialistas iludiram-se com o facto de todos dizerem mal de Passos Coelho ou sobretudo de ninguém o defender. Mas esqueceram-se de duas coisas. Uma que é óbvia: só os eleitos de esquerda são susceptíveis de serem elogiados em Portugal. Os demais não só não se percebe como foram eleitos como não há alma nacional ou estrangeira que, para provar a sua cultura, a sua modernidade, enfim a sua cidadania, não se sinta na necessidade de os vituperar. (A propósito estão a imaginar o tumulto que iria agora na pátria caso o primeiro-ministro insultado pelos norte-americanos The Last Internationale no Alive não fosse Passos Coelho mas sim Sócrates ou outro qualquer notável socialista?) A segunda que não é menos óbvia e que em política é fundamental: o facto de não se dizer bem de um político não quer dizer que ele vai perder as eleições.

E nas próximas eleições legislativas o que está em causa é isto: quem garante que o dinheiro vem a tempo de pagar as pensões, as receitas dos medicamentos e o subsídio para mais não sei o quê? Dir-se-á que é pouco para programa de governo. Pois é. Mas a crise e o estado social geraram uma nova forma de estar: as franjas políticas que de modo algum coincidem com as sociais crescem em radicalismo e irrealismo. Ao centro vota-se em quem garantir que o sistema continua a funcionar. Por ironia do destino, Passos, que diziam neo-liberal, parece estar a conseguir convencer os portugueses de que ele garante melhor do que os socialistas a sobrevivência não apenas do estado social mas também de um estado constitucionalmente a caminho do socialismo.
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domingo, 13 de julho de 2014

E não é que ela descobriu a pólvora?!

O esplendor do socialismo

Tudo junto: cronies, amigos de cleptocratas, defensores de coisas verdes, reconstrutores do mundo.

Corrupção é isto.

"Actualmente, Manuel Pinho lecciona na School of International and Public Affairs, na Universidade de Columbia, numa cátedra sobre energias renováveis patrocinada pela EDP. Paralelamente, mantém-se vice-presidente do BES África."

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"Este sábado o semanário Expresso fez manchete sobre o BES desconhecer beneficiários de 80% da carteira de crédito do banco. Segundo o Expresso, o BES Angola terá perdido o rasto a 5,7 mil milhões de euros."

A EDP é hoje o verdadeiro Ministério da Cultura "patrocinando" tudo quanto é artista. A "arte" e a "cultura" de braço dado à mais pura e dura corrupção. Eles acham bem, é uma empresa "boa" de regime.

Corrupção, como diz um amigo meu do centro do país, não é o tosco negócio de ganhar a custas de outro, pela calada. É pura corrupção a que nem permite perceber-se que se entregou a alma ao diabo.