A ortografia é um resquício fascista que oprime o livre arbítrio da interpretação individual. Apesar do enorme esforço do acordo ortográfico – aquele que permitiu alargar para 4 ou 5 as possibilidades de grafia de uma única palavra – muitas pessoas ainda conseguem determinar um único sentido para uma pequena frase. Isto tolhe a imaginação e a criatividade artística para, por exemplo, chegarmos ao ridículo de interpretação unívoca para a bula do metilfenidato do nosso (obviamente) hiperactivo filho.
Uma sociedade verdadeiramente evoluída já libertou os seus contribuintes das amarras de interpretação única dos factos através de uma abertura que permite uma infinidade de sentidos para todas as palavras, elas próprias uma limitação a um universo finito (um contra-senso) de conceitos abstractos para auto-expressão em primeiro, comunicação em segundo lugar.
Felizmente, um número crescente de proto-candidatos à docência, 62,8%, optou pelo caminho correcto, o do livre-arbítrio perante a escravatura da convenção ortográfica das 4 grafias; optaram pela 5ª, pela 6ª, pela 10ª. Os restantes 37,2% (ou, para cerca de 1500 proto-candidatos, os restantes 50%; ou, para a CGTP, os restantes 99%) continuam agarrados a velhos modelos de pensamento, como velhos do S. Francisco Xavier, retrogradamente delapidados de dignidade e conciensia sosial.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
A conciensia sosial
Excelente:
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Da zenital "europa" dos "reguladores" de mercados
Os testes de stress recentemente lançados pela "europa" à banca não foram capazes de detectar que o BES estava podre?
Irá a "europa" compensar os accionistas (particularmente os pequenos accionistas) por lhes garantir o que era falso?
Irá a "europa" compensar os accionistas (particularmente os pequenos accionistas) por lhes garantir o que era falso?
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Sucesso que vem mesmo a calhar aos cronies do "ambientalismo" e das "renováveis"
Chama-se "crony capitalism" ao capitalismo que gravita o estado quando este sente precisar de dispor de empresas para melhor poder intervir no país. Essas empresas são como alavancas do estado (oferecem-se como tal) para executarem o que ao estado está claramente vedado. Os negócios decorrentes destas simbioses são ruinosos para o contribuinte chegando-se ao ponto de se permitir que as empresas cobrem, directamente ao cidadão, mais ou menos veladamente, pelos serviços encomendados pelo estado escapando à contabilidade dos impostos recolhidos pelo estado e inevitável despesa estatal subsequente. A esquerda em geral adora "intervir no mercado" com as mais esfarrapadas desculpas, uma delas a de "estimular o desenvolvimento".
O negócio das "renováveis e ambiente" é exactamente crony capitalism, o BES estava metido até à raiz dos cabelos em crony capitalism (em Portugal, Brasil, Angola, Espanha, etc).
Este sucesso do governo tem por desvantagem deixar um alívio no ar para permitir a manutenção do status-quo de outros cronies, adivinhem, os das "renováveis e ambiente".
O negócio das "renováveis e ambiente" é exactamente crony capitalism, o BES estava metido até à raiz dos cabelos em crony capitalism (em Portugal, Brasil, Angola, Espanha, etc).
Este sucesso do governo tem por desvantagem deixar um alívio no ar para permitir a manutenção do status-quo de outros cronies, adivinhem, os das "renováveis e ambiente".
terça-feira, 29 de julho de 2014
Salazar, o menino de coro
Salazar
deixou um estado fascista em que a intervenção estatal no país era
muitíssimo menos marcante que hoje (graças ainda à "europa").
Fascista é o regime socializante em que o estado marca o destino do país, nomeadamente da actividade económica, pondo a iniciativa privada ao seu serviço. A iniciativa privada é hoje quase completamente controlada pelo por via de regulamentação sufocante e é vigiada pelo sucedâneo da PIDE na actividade económica: a ASAE. A pouca riqueza ainda criada é absorvida por um estado mastodôntico que gasta como se fosse dono do país.
O controlo político é bastante conseguido por via de uma comunicação social comunista onde a censura directa é exercida por empastelamento (limitar a pluralidade debitando mentiras e chorrilhos de disparates saturando o espaço).
Desde que o PPD se tornou PSD que entrou pela via fascista do socialismo e, desde essa altura anda aos ziguezagues entre as vias fascista e a liberal.
Fascista é o regime socializante em que o estado marca o destino do país, nomeadamente da actividade económica, pondo a iniciativa privada ao seu serviço. A iniciativa privada é hoje quase completamente controlada pelo por via de regulamentação sufocante e é vigiada pelo sucedâneo da PIDE na actividade económica: a ASAE. A pouca riqueza ainda criada é absorvida por um estado mastodôntico que gasta como se fosse dono do país.
O controlo político é bastante conseguido por via de uma comunicação social comunista onde a censura directa é exercida por empastelamento (limitar a pluralidade debitando mentiras e chorrilhos de disparates saturando o espaço).
Desde que o PPD se tornou PSD que entrou pela via fascista do socialismo e, desde essa altura anda aos ziguezagues entre as vias fascista e a liberal.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
E aqui ficam mais 2...
... deste conjunto de 4 crónicas de Alberto Gonçalves:
Língua geográfica
Em Díli, Cavaco Silva garantiu que a CPLP se define através da língua e dos direitos humanos. Nem de propósito, a CPLP estendeu-se à Guiné Equatorial, onde a democracia é conceito discutível e onde se fala castelhano e dialectos. Mesmo no site do Governo local o anúncio da adesão foi feito apenas em espanhol, inglês e francês. Parece que o petróleo - e as pressões de Brasil e Angola - pesou nesta história. É a economia, estúpidos? Se calhar é, o que significa que pela primeira vez após anos de lirismo em redor das descobertas a CPLP descobriu uma razão de existir: a conversa da "projecção do português" era muito linda para juntar em cimeiras sujeitos que gostam de se juntar em cimeiras. Mas só.
Por pueril que soe dizê-lo em 2014, nem uma língua se "projecta" nem o seu peso depende de decisões políticas. O inglês não se tornou a língua franca dos nossos dias por decreto, e sim por causa da televisão e do cinema americanos, da música popular anglo-saxónica e da concentração das grandes empresas de informática na costa oeste dos EUA, que levam um fedelho a fazer search, download e convert antes de aprender a escrever "o popó da titi". Adicione-se, para os eruditos, o domínio do cânone literário contemporâneo, de Dickens ao "assimilado" Nabokov, de Fitzgerald a Bellow, e tem-se tudo aquilo que o português não tem e não terá. A pertinência dos escritores não aumenta ao enfiá-los no Panteão.
É grave? É assim. Os alemães, que em certo sentido (e apenas em certo sentido) possuem uma língua mais "restrita" do que a nossa, não se queixam. Os escandinavos, que comunicam em código cifrado, também não. E, coitados, vão vivendo, ao contrário dos guardiões oficiosos do português, que sofrem brutalmente com a respectiva insignificância. Em Setembro decorrerá em Brasília o Simpósio Linguístico-Ortográfico da Língua. O presidente da Academia de Letras lá do sítio publicou há dias um texto alusivo. O texto está repleto de locuções de sacristia e de erros primários, que ainda ninguém corrigiu. Em lugar de "projectar" o português, talvez fosse preferível escondê-lo.
Juventude inquieta
Com a excitação motivada pelos erros ortográficos de uma deputada socialista num texto do Facebook, ninguém reparou na publicação, já lá vão uns tempos, do novo romance de outra deputada socialista. Ninguém, ou quase ninguém, que o atento blogue Malomil fez há dias a indispensável recensão crítica de Apátrida, a obra com que Isabel Moreira demonstra aos escassos cépticos restantes que um assento parlamentar não só não é incompatível com o QI de Forest Gump como tal QI parece ser critério de admissão.
(imagem retirada de http://malomil.blogspot.pt)
Sobre o conteúdo de Apátrida, encaminho os curiosos para o blogue citado, acrescentando apenas que não consumo produtos alegadamente literários que incluam pérolas como: "unilateralidade sem dolo", "esmurra o vomitado nas casas de banho" e "fumei três ganzas e bebi uma garrafa de vinho tinto", embora a combinação de estupefacientes com o álcool justifique plenamente que se escreva assim. A mera frase "deus a mijar-se de medo pelas pernas abaixo" (limito as citações às transcritas no Malomil) resume a essência da coisa: uma adolescente com corpo de adulta e cérebro de criança convence-se de que, se enfileirar muitas letrinhas num ecrã de computador, obtém algo similar a um pequeno livro. Se encher o livro com o tipo de patetices usadas pelos petizes para maçar os parentes, consagra-se junto de 12 semianalfabetos como autora "irreverente". Há imensos irreverentes do género por aí, com sorte enclausurados nas EB 2/3. Com azar, habitam os auditórios das Fnac e o Parlamento. Antes de escrever livros, a Dra. Isabel devia experimentar ler pelo menos um.
domingo, 20 de julho de 2014
Das aventuras do Pato Donald
A cada semana, António Costa revoluciona a ciência económica. Primeiro foi a tese de que a riqueza é preferível à austeridade, inovadora aplicação na macroeconomia do princípio de Maria Antonieta. Depois, descobriu que o problema não é o excesso de licenciados, mas a falta de empregos para licenciados (criam-se os empregos e a chatice fica resolvida). Agora, explicou a uma embevecida plateia de sindicalistas que "não há crescimento sustentável com endividamento, mas também não há crescimento sustentável com empobrecimento", sentença que se comenta sozinha.
Se não se aproximassem as férias, o Dr. Costa ainda estaria a tempo de dizer que: 1) o investimento público é melhor do que o privado excepto nos casos em que o investimento privado é melhor do que o público; 2) o Estado social é sustentável desde que saia baratinho aos cidadãos; 3) Portugal não deve sair do euro enquanto os euros entrarem em Portugal; 4) pelo menos na perspectiva dos destinatários, os salários altos são preferíveis aos salários baixos; 5) o Pato Donald é um boneco.
Brincadeiras à parte, o que é isto? Não é de agora que Portugal não se pode queixar em matéria de produção de políticos absurdos. Mas entre as nulidades sem uma ideia na cabeça e o Dr. Costa, em cuja cabeça fervilham centenas de ideias desconchavadas, vai uma diferença considerável. Já nem falo da tentativa de vender o homem a título de salvador da pátria: falo do homem propriamente dito e da deprimente comparação com aqueles a quem sonha suceder. Ao pé do Dr. Costa, Passos Coelho passa por um modelo de estadista, Sócrates por um sujeito quase ponderado, Santana por um governante responsável, Barroso por um gigante do pensamento, Guterres por um paradigma da racionalidade financeira e Cavaco, ele sim, pelo salvador da pátria que nunca foi. Perante o Dr. Costa, até o jovem António José Seguro parece habitar o mesmo planeta que os restantes mortais.
Em suma, o Dr. Costa é um embaraço ambulante. Logo, provavelmente será depois do Verão o líder do PS e, se os amigos o mantiverem calado entretanto, hipotético primeiro-ministro no ano que vem. Um pessimista vê à distância e, na lógica do "depois de mim virá", tende a imaginar que espécie de calamidade pode aparecer ao País após o Dr. Costa. Um optimista desconfia que, após o Dr. Costa, é improvável haver País.
Em geral, tendemos a pensar no Bloco de Esquerda enquanto uma agremiação divertida. Dispõe bem contemplar à distância os movimentos de grupos, subgrupos e facções de um único indivíduo que diariamente abandonam esse partido moribundo a caminho do PS e das carreiras com que o PS, sobretudo o PS do Dr. Costa, lhes acena. O facto de todos os fugitivos se desculparem com a necessidade de "contribuir para convergências à esquerda" torna a brincadeira hilariante. O pormenor de todos se esconderem atrás de siglas, organizações, princípios e estatutos solenes eleva a brincadeira ao nível da grande comédia.
Ocasionalmente, porém, um pedacinho da realidade irrompe para nos lembrar da natureza do BE, e de que esta não é só galhofa. O Médio Oriente, por exemplo. Bastou Israel reagir aos constantes ataques sofridos a partir de Gaza para o BE vir falar em "banho de sangue" e propor as sanções económicas do costume. E o costume inclui o desprezo do BE face a um Estado civilizado e a simpatia pela barbárie mais à mão. O costume é o BE negar as "causas" que lhe valeram 15 minutos de fama em favor do seu exacto reverso.
O ódio aos ricos? Os líderes de Gaza passeiam-se em aviões de luxo e apascentam fortunas em contas offshore. Os direitos LGBT? Em Gaza a homossexualidade é punida por lei e os seus praticantes fogem da tortura rumo a uma certa nação vizinha. A igualdade de género? A islamização do território reduz as mulheres a um pechisbeque silencioso e reprodutivo. A violência doméstica? Calcula-se que mais de metade das mulheres locais seja espancada pelos maridos pelo menos uma vez por ano - tradicional e recatadamente. E há as restrições às artes e à internet. O racismo oficial. A imposição violenta da "virtude". As conversões forçadas de cristãos. E, numa prática que o BE lamentará não se usar por cá, o fuzilamento de dissidentes.
Sob o verniz da trupe burlesca e as mesuras progressistas para consumo dos simples, o BE, o que parte e o que resta, é essencialmente isto: criaturas avessas à democracia que usam o sistema democrático para ganhar a vida. Darmo-nos ao trabalho de as distinguir é tão inútil quanto perguntar-lhes porque é que a indignação que Gaza lhes suscita não se estende à Síria ou ao Egipto. Ou porque é que só nas recentes implosões eleitorais descobriram intolerante um partido que nunca foi outra coisa. Ou porque é que, em suma, se confere relevância pública a declarados ou dissimulados inimigos do público.
Desde os 10 ou 11 anos que não leio banda desenhada, incluindo aquelas de super-heróis. Se lesse, não as reconheceria. Ao que consta, Thor (o semideus escandinavo com martelo de São João) é agora uma mulher. E o Capitão América vai ser preto, perdão, afro-americano. Mas, informam os autores da mudança, não será um afro-americano qualquer, e sim "um homem moderno em contacto com os problemas do século XXI". Isto é, o novo Capitão América "terá uma maior empatia com os mais desprivilegiados" já que, cito, "foi assistente social". Apetecia-me deixar um comentário sobre a terminal idiotia do nosso tempo. Porém, enquanto o Homem-Aranha não for "transgénero" e Hulk não acumular as aventuras com a presidência de um observatório, julgo ainda haver esperança.
sábado, 19 de julho de 2014
Ferguson x Krugman: o nocaute do escocês no Nobel americano. Ou: A direita venceu!
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Os intelectuais de esquerda, o vento e o ouro
Aos intelectuais de esquerda, peso de ouro não se lhes aplica porque, segundo eles, o ouro é como o vento, um recurso natural, logo gratuito.
Dos órfãos de Piaget
É bom que aqueles que ao longo do tempo se foram habituando e propalando a pestilência das teorias de Piaget continuem com essa mesma conversa sem se apercebam que ... já deu. Enfim, habituara-se a falar sozinhos e convenceram-se que a sua própria voz lhes dava razão. Se continuarem assim é excelente, mas "amigo não empata amigo". O mundo em que cada um ouve o outro e tenta perceber se ele tem razão ou não sempre funcionou e continuará a funcionar, apesar dos tontos que insistem que afiar o sílex num sabonete é a melhor coisa que há.
Austrália enterra a totalidade da tralha legislativa climática
Daqui por 10, 15 anos faremos o mesmo e sem jamais perceber que andámos
anos a fazer tonteiras. Fá-lo-emos porque todos os outros já terão feito.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
"Legislação" anti-SPAM
Há já uns bons anos, um garboso deputado fascista cripto-comunista e maçon, entretanto convertido a deputado fascista, cripto-socilaista e maçon, resolveu, na “qualidade” de especialista em Internet, propor legislação para proteger os cidadãos do SPAM.
Resultou da pestilenta coisa uma caterva de proibições mais ou menos idiotas e a obrigatoriedade de se incluir no hipoteticamente legítimo mail um “mecanismo” para que os destinatários pudessem optar por deixar de receber tal tipo de coisa.
Evidentemente que data a que o zenital deputado se auto-acometeu da ideia, já havia organizações que se dedicavam à fichagem de abusadores e à publicação generalizada de listas de fazedores de desacatos e de com quem com eles pactuava por passividade (ISPs). Os processos foram evoluindo e hoje a coisa está substancialmente controlada, a não ser que se seja particularmente tosco. De uma forma ou outra, a legislação nem para limpar o término inferior do tubo digestivo alguma vez serviu.
Para se perceber o nível de cretinice da ideia, a primeira coisa que alguém que aprenda algo sobre SPAM fica a saber é a jamais deve responder ao SPAM (nunca deve utilizar o tal “mecanismo”) porque esse gesto não é, para o prevaricador, mais do que a confirmação, fresquinha, de que o destinatário existe, lê o que lhe enviam e, consequentemente, o endereço dessa vítima adquire o valor especial de, digamos, certificada e disponível vítima.
Quem recorrer ao tal “mecanismo” passa a receber quantidades muito superiores de SPAM porque, sem saber, apenas aumentou o valor como alvo do seu endereço de e-mail. Ainda hoje a legislação serve para garantir um competente volume de carne fresca.
Mas é assim o mundo dos imbecis auto-acometíveis a descobridores de problemas e proponentes de soluções.
Resultou da pestilenta coisa uma caterva de proibições mais ou menos idiotas e a obrigatoriedade de se incluir no hipoteticamente legítimo mail um “mecanismo” para que os destinatários pudessem optar por deixar de receber tal tipo de coisa.
Evidentemente que data a que o zenital deputado se auto-acometeu da ideia, já havia organizações que se dedicavam à fichagem de abusadores e à publicação generalizada de listas de fazedores de desacatos e de com quem com eles pactuava por passividade (ISPs). Os processos foram evoluindo e hoje a coisa está substancialmente controlada, a não ser que se seja particularmente tosco. De uma forma ou outra, a legislação nem para limpar o término inferior do tubo digestivo alguma vez serviu.
Para se perceber o nível de cretinice da ideia, a primeira coisa que alguém que aprenda algo sobre SPAM fica a saber é a jamais deve responder ao SPAM (nunca deve utilizar o tal “mecanismo”) porque esse gesto não é, para o prevaricador, mais do que a confirmação, fresquinha, de que o destinatário existe, lê o que lhe enviam e, consequentemente, o endereço dessa vítima adquire o valor especial de, digamos, certificada e disponível vítima.
Quem recorrer ao tal “mecanismo” passa a receber quantidades muito superiores de SPAM porque, sem saber, apenas aumentou o valor como alvo do seu endereço de e-mail. Ainda hoje a legislação serve para garantir um competente volume de carne fresca.
Mas é assim o mundo dos imbecis auto-acometíveis a descobridores de problemas e proponentes de soluções.
Cookies na "europa"
Os burros da "europa" resolveram inventar um problema chamado cookies.
Muitos sites usam cookies e as vacinas ou equivalente software são a única ferramenta capaz de avaliar a respectiva perigosidade, seja por agressividade aos sistemas seja por problemas de privacidade.
Mas os cretinos de Bruxelas resolveram inquietar-se e legislar sobre a obrigatoriedade de se ser avisado sobre a utilização de cookies.
Muitos sites usam cookies e as vacinas ou equivalente software são a única ferramenta capaz de avaliar a respectiva perigosidade, seja por agressividade aos sistemas seja por problemas de privacidade.
Mas os cretinos de Bruxelas resolveram inquietar-se e legislar sobre a obrigatoriedade de se ser avisado sobre a utilização de cookies.
Nada adianta saber-se que se usa ou deixa usar, tanto mais que se podem
configurar todos os browsers para os aceitar ou não. Mas os cretinos
inquietaram-se.
Está-se hoje a ser sistematicamente informado que cada site usa cookies perguntando se se concorda com a sua utilização e, naturalmente, ou a responder afirmativamente ou não ou a ignorar os avisos o que, para 99.999% das pessoas nada adianta. De qualquer forma, está-se constantemente a receber mensagens relativamente ao assunto.
Gente buuuuuuuurra. Quem me dera poder chapar um gato morto às trombas do imbecil que teve tal ideia, até que o gato miasse.
Está-se hoje a ser sistematicamente informado que cada site usa cookies perguntando se se concorda com a sua utilização e, naturalmente, ou a responder afirmativamente ou não ou a ignorar os avisos o que, para 99.999% das pessoas nada adianta. De qualquer forma, está-se constantemente a receber mensagens relativamente ao assunto.
Gente buuuuuuuurra. Quem me dera poder chapar um gato morto às trombas do imbecil que teve tal ideia, até que o gato miasse.
Ventos político-financeiros
Não consigo perceber a insistência histérica do PCP em exigir a nacionalização do BES.
Ou será que percebo...?
terça-feira, 15 de julho de 2014
O PSD e a parvoeira das energias "verdes" ... mais uma vez
Aqui, aos 19:30, explica-se muito bem em que é que o governo além de estar a meter a pata na poça com esta coisa de manter a tralha verde a está a agravar acentuando o buraco.
Executando a política energética que se propõe, não se ajuda a indústria, afunda-se a indústria.
Não haverá indústria com o KW de energia ao preço do pão-de-ló.
A conclusão a tirar só pode ser uma. O PSD está, ombro a ombro com todos os restantes partidos (sem excepção), absolutamente dominado pelo lóbi das renováveis.
Executando a política energética que se propõe, não se ajuda a indústria, afunda-se a indústria.
Não haverá indústria com o KW de energia ao preço do pão-de-ló.
A conclusão a tirar só pode ser uma. O PSD está, ombro a ombro com todos os restantes partidos (sem excepção), absolutamente dominado pelo lóbi das renováveis.
Portugal por...
... Alberto Gonçalves:
Contracultura
Não vou mentir: houve um momento em que quase duvidei da capacidade de António Costa para regenerar o País. A culpa não é minha. Sucede apenas que, de tanto se habituar a políticos medíocres, uma pessoa sente dificuldade em distinguir a grandeza à primeira vista. Porém, à segunda não falha.
A minha epifania com o Dr. Costa aconteceu no dia em que li o manifesto "A Cultura apoia António Costa", e reforçou-se no dia em que o Dr. Costa se reuniu com "centenas de intelectuais" disposto a demolir convenções caducas. Em situação de crise, o populista comum falaria do desemprego e prometeria trabalho, falaria da dívida e prometeria crescimento, falaria dos pobres e prometeria compaixão. E melhor saúde e justiça mais equitativa, e educação mais capaz. O Dr. Costa ignorou estas palermices, foi directo ao que de facto importa e prometeu um Ministério da Cultura. A casa, no caso o Mercado da Ribeira, em Lisboa, veio abaixo - felizmente em sentido figurado.
Confesso que me rendi naquele momento. Não faz sentido pensar em distribuir benesses aos pobres ou à classe média sem antes assegurar que os intelectuais recebem a sua parte do bolo. Nas palavras, sempre belas, da escritora Lídia Jorge, "o sector cultural é um pulmão do corpo social", e ninguém de boa-fé deseja que Portugal sufoque. De que serviria uma economia pujante (as pernas da sociedade) ou o equilíbrio das contas públicas (os cotovelos) se a Cultura, com gigantesco C, agoniza com enfisema por falta de intervenção estatal? Dito de outra maneira, de que nos vale uma nação próspera em que a dona Lídia carece dos estímulos necessários à respectiva obra?
E quem diz a dona Lídia diz qualquer um dos intelectuais empenhados em consagrar o Dr. Costa, os quais, por definição, sabem aquilo que nos convém a todos. Se Virgílio Castelo recomenda o Dr. Costa, para mim chega. E se Luís Represas também o faz, para mim sobra. Eu quero estar onde estão Paco Bandeira e Tomás Taveira, Io Apolloni e Maria do Céu Guerra, Nicolau Breyner e Isabel Alçada, o Sr. Júlio do cavaquinho e António Mega Ferreira, Diogo Infante e Júlio Pomar. Por que carga de água duvidaria da superior percepção, face aos mortais, do realizador João Canijo e da fadista Mísia? Haverá alguém suficientemente burgesso para questionar o caminho apontado por Ana Zanatti e Alice Vieira?
Agora a sério. O ódio da "Cultura" à independência e à liberdade, passe a redundância, talvez não seja tão grande quanto o desprezo pela sociedade que diz ajudar a respirar. Ainda assim, não sei o que é pior, se a desmesurada presunção dos vultos citados, se a possibilidade de no eleitorado haver uma quantidade significativa de gente influenciável pelos vultos. Caso a haja, merece tudo de mau, incluindo a Cultura dos simples e o Dr. Costa.
O regresso das caravelas
Antes do jogo do Brasil com a Alemanha, um colunista do jornal Globo acusou a Presidente indígena de usar o Mundial de futebol como indicador do sucesso do seu Governo. Não sei quem vive mais fora da realidade, se o colunista se a dona Dilma. Em matéria de "projecção" internacional, realizar um evento daquelas dimensões no Brasil foi uma ideia tão luminosa quanto fazer um filme promocional de Dresden em 1945. Ao começar por chamar a atenção para a bola, o Mundial acabou a chamar a atenção para o resto: a miséria, a violência, a repressão, o caos, o atraso, a corrupção e uma economia que, há um par de meses, o responsável de um banco dinamarquês considerou a pior entre as dezenas de países que visita anualmente.
Aparentemente, a ideia, típica dos populismos latinos e de dois ou três regimes do hemisfério norte, era a de que o êxito desportivo disfarçaria o desastre fora do desporto. Ao que consta, o Brasil levou com sete golos e cada um ajudou a realidade a aproximar-se da superfície: o campeão mundial dos fracassos (cito de novo o Sr. Steen Jakobsen) conquistou mais um triunfo. E, se reeleger uma criatura com o esclarecimento e a seriedade da dona Dilma, não ameaça perder o título nos próximos tempos. Os tumultos e as lágrimas posteriores à goleada sugerem que a realidade local, submersa em doses variáveis de ressentimento e sentimentalismo, continua a ser um mistério para os autóctones.
E para muitos estrangeiros também. Numa daquelas rajadas de inanidades que alegram o dia de qualquer um, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos apareceu a explicar que a União Europeia "morreu com a crise grega" e que Portugal e a Europa devem procurar "alternativas, olhando para o Sul global". Ao cuidado dos que já desataram a rir, informo que o melhor ainda vem aí. Ei-lo: é urgente um "regresso das caravelas", com uma "política renovadora de conhecimento", em busca da "inovação e das experiências de luta e de resistência do Sul".
Traduzido em português menos alucinado: a Grécia (e Portugal) arruinou-se, logo há que encobrir as causas da ruína - em suma o excesso de estatismo, a inépcia e a trafulhice - e proclamar a falência do projecto europeu, que por sua vez abre as portas à aprendizagem com calamidades em forma de nação, do Brasil à Venezuela, da Bolívia ao Uruguai. Num ápice, os gregos (e os portugueses) ficariam com saudades da penúria vigente, mas sofreriam uma penúria terminal arquitectada pelo Dr. Boaventura, obviamente um consolo. No fundo, dado que o prestígio dos idiotas aumenta em função da desgraça alheia, trata-se de convencer os alcoólicos a acrescentar ao currículo os prazeres do jogo e da cocaína.
Em princípio, é improvável que um adulto diga estas coisas a sério. Sucede que, no Sul das "alternativas", milhões de adultos não só dizem coisas similares: pensam-nas e votam em conformidade. Não admira que o Sul desperte a inveja da Terra. E não admira que, numa prolongada vénia ao absurdo, o Dr. Boaventura arrisque um comentário sobre a selecção portuguesa, que acha "o espelho do País: sem soberania e sem aspirações". Miremo-nos, pois, no Brasil. As caravelas estão prontas?
O que é preciso é saudinha
Só um coração empedernido não se comoveria face à greve dos médicos, sempre a zelar pelo bem-estar dos utentes. No Telejornal, um utente particularmente felizardo explicava que fizera 70 quilómetros para uma consulta que, afinal, não houve. Como ele, muitos viram as consultas adiadas ou canceladas. Aos mais afortunados aconteceu o mesmo com as cirurgias.
Em Portugal, morrem por ano cerca de três mil pessoas por negligência médica ou, para usar um termo brando, por "evento adverso". A Deco calcula que 60% dos portugueses receiam ser vítimas de erros médicos e que 58% já se queixaram formalmente dos ditos. Não é preciso ser sobredotado para perceber que um simples dia de greve reduz em 1/365 semelhante flagelo, que um mês e pouco de greve reduziria o flagelo em 10% e que uma greve permanente e ininterrupta acabaria com o flagelo de vez.
Quando se acusa a classe médica de corporativismo, esquece-se que nenhuma outra corporação assumiria com tamanha frontalidade as próprias limitações e falhas. E quando os médicos dizem que a sua "luta" é em defesa da nossa saúde, não estão a brincar. Até porque, é sabido, com a saúde não se brinca.
O PSD e o eco-terrorismo
O maior congestionamento das cidades são as toupeiras "ambientalistas".
Ainda ninguém percebeu que nenhuma cidade em Portugal se aproxima, nem a milhas, de uma cidade realmente congestionada?
Ainda ninguém percebeu que a vida nas cidades se tem tornado mais difícil porque as câmaras, mais ou menos todas, passaram a encarar a cidade como estado ao seu serviço e as tem gerido para potenciar as suas receitas?
Ainda ninguém se apercebeu que sendo as nossas cidades com problemas de trânsito, ou cidades antigas ou cidades em que se permitiu uma densidade de construção absurda (olhem para Massamá), as câmaras permitem sempre o aumento de densidade de construção desde que inclua estacionamento nas caves, exactamente para aumentar o tráfego e aparecerem agora com a solução ... "taxar" o tráfego?
Portugal continua a caminhar a passos largos rumo a uma formulação de estado fascista, tão ao agrado da esquerda, um estado em que cada departamento do estado é dono do país ao ponto de poder pôr e dispor não só do território como da propriedade privada incluindo a capacidade de inovar nas empresas via aplicação de regulamentação asfixiante.
Este tipo de medidas são tralha de cariz eco-terrorista, sem qualquer espécie de utilidade, destinadas a aplicar mais um garrote ao desgraçado do contribuinte a quem resta passar a pedir que lhe seja aplicada a legislação de protecção animal.
Ainda quanto ao "congestionamento" já alguém se 'congestionou' pensando que já se acabou com estacionamento para dar lugar ao transporte público e que seguidamente se derreterem centenas de faixas de BUS para implementar estacionamento que viabilizasse por exemplo o "projecto" EMEL de crescimento da dimensão do estado? Que durante a implementação desse mesmo projecto de "criação de emprego" se derreteram não só centenas de faixas BUS como centenas de passeios, tão necessários até então para que "a cidade tivesse espaços livres de carros"?
Já alguém reparou que esses "projectos" de "criação de emprego" provocam pobreza e problemas sem fim porque deles não resulta qualquer mais valia, apenas despesa da qual nenhuma criação de riqueza resulta?
Armem-se em marxistas e depois queixem-se que a malta não vota porque são apenas mais um muito parecido com os outros.
Se há coisa que pelo mundo civilizado fora está fora de combate na opinião pública são os "ambientalistas" marxistas do tipo QUERCUS ou GreenPeace. Portugal, nesse debate, está atrasado mais de 10 anos e assim vai continuando porque este governo continua infiltrado dessa escumalha.
Ainda ninguém percebeu que nenhuma cidade em Portugal se aproxima, nem a milhas, de uma cidade realmente congestionada?
Ainda ninguém percebeu que a vida nas cidades se tem tornado mais difícil porque as câmaras, mais ou menos todas, passaram a encarar a cidade como estado ao seu serviço e as tem gerido para potenciar as suas receitas?
Ainda ninguém se apercebeu que sendo as nossas cidades com problemas de trânsito, ou cidades antigas ou cidades em que se permitiu uma densidade de construção absurda (olhem para Massamá), as câmaras permitem sempre o aumento de densidade de construção desde que inclua estacionamento nas caves, exactamente para aumentar o tráfego e aparecerem agora com a solução ... "taxar" o tráfego?
Portugal continua a caminhar a passos largos rumo a uma formulação de estado fascista, tão ao agrado da esquerda, um estado em que cada departamento do estado é dono do país ao ponto de poder pôr e dispor não só do território como da propriedade privada incluindo a capacidade de inovar nas empresas via aplicação de regulamentação asfixiante.
Este tipo de medidas são tralha de cariz eco-terrorista, sem qualquer espécie de utilidade, destinadas a aplicar mais um garrote ao desgraçado do contribuinte a quem resta passar a pedir que lhe seja aplicada a legislação de protecção animal.
Ainda quanto ao "congestionamento" já alguém se 'congestionou' pensando que já se acabou com estacionamento para dar lugar ao transporte público e que seguidamente se derreterem centenas de faixas de BUS para implementar estacionamento que viabilizasse por exemplo o "projecto" EMEL de crescimento da dimensão do estado? Que durante a implementação desse mesmo projecto de "criação de emprego" se derreteram não só centenas de faixas BUS como centenas de passeios, tão necessários até então para que "a cidade tivesse espaços livres de carros"?
Já alguém reparou que esses "projectos" de "criação de emprego" provocam pobreza e problemas sem fim porque deles não resulta qualquer mais valia, apenas despesa da qual nenhuma criação de riqueza resulta?
Armem-se em marxistas e depois queixem-se que a malta não vota porque são apenas mais um muito parecido com os outros.
Se há coisa que pelo mundo civilizado fora está fora de combate na opinião pública são os "ambientalistas" marxistas do tipo QUERCUS ou GreenPeace. Portugal, nesse debate, está atrasado mais de 10 anos e assim vai continuando porque este governo continua infiltrado dessa escumalha.
O BES e as renováveis
Está a passar em branco, na imprensa nacional, que a encrenca que o BES atravessa deriva de negócios da família Espirito Santo, no Brasil, no campo das renováveis. Meteram-se com marxistas e em renováveis. Bastava um para irem à falência. Isto tresanda a tráfico de influências, financiamento partidário, marxismo internacional, tentativa de entre-cruzamento com o estado por troca de favores, as habituais habilidades do socialismo fascista.
Esperemos que as comadres se zanguem mesmo.
Esperemos que as comadres se zanguem mesmo.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Não, a culpa não é do Costa
Por Helena Matos (assino por baixo):
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Dizem os títulos que “Seguro culpa Costa pela descida do PS nas sondagens”. Mas não, a culpa não é de António Costa. Dizem outros títulos “Costa: sondagem revela necessidade de mudança” mas valha a verdade que a culpa também não é de Seguro. Apetece dizer que a culpa é do socialismo que enquanto ideologia assente na distribuição do dinheiro dos outros não encontra o seu caminho nestes tempos em que o dinheiro próprio acabou e o dos outros implica juros. Mas também isso não é suficiente enquanto explicação. Aliás não é impossivel construir um discurso socialista sobre justiça fiscal, estado social… Assim os socialistas o quisessem.
Mas voltemos à culpa ou, melhor dizendo, ao estado de estupefacção dos socialistas pelo facto de, caso as legislativas tivessem lugar agora, a coligação governamental sair vitoriosa. A culpa deste resultado é da burguesia. Não da burguesia que vota no PSD ou no CDS. Em primeiro lugar porque não é certo que a burguesia vote maioritariamente nesses dois partidos e sobretudo porque os votos da burguesia não são suficientes para ganhar eleições. Já a visão burguesa do mundo pode ser mais que suficiente para que se percam. E é esse o maior problema do PS e de muitos dos seus congéneres europeus: tornaram-se partidos burgueses.
Os socialistas vêem o mundo e os eleitores do interior da sua redoma de altos quadros da administração pública, dos institutos, das ordens, das fundações e dos observatórios e sobretudo vêem-no pelos olhos burgueses dos seus compagnons de route que fazem manifestos da cultura com as sucessivas personalidades em que a esquerda vê um D. Sebastião. A burguesia que tomou conta da esquerda em geral e dos socialistas em particular vem maioritariamente de um mundo estatal ou dependente dele em que o contribuinte paga o ordenado, o projecto, o sonho… e o logotipo.
Mais do que em qualquer outro campo ideológico a nomenclatura socialista vive num mundo confortável, civilizado e protegido, facto que em si mesmo nada tem de condenável mas que politicamente transforma os socialistas numa espécie de forasteiros no seu próprio país: arrancam as vestes pela escola pública mas não põem lá os filhos. Consideram-se pais do SNS mas vão tratar-se nos hospitais privados. Defendem mais impostos para financiar empresas públicas de transportes mas há anos que não andam de autocarro ou de comboio. E por isso não só falam do que não conhecem como prometem o que não podem.
Dir-se-á que os outros partidos fazem o mesmo. Mas do PCP e do BE não se espera que sejam governo, o que lhes permite que o seu discurso político seja uma espécie de ficção em causa própria. Quanto ao PSD e ao CDS estão por agora condenados a governar, o que para fúria das respectivas élites, cujo maior desejo era serem uma espécie de excêntricos num mundo naturalmente socialista, os obriga a um mínimo de senso. A culpa pela descida do PS nas sondagens não está portanto em quem os lidera ou aspira a liderar mas sobretudo no facto de os socialistas terem um discurso de oposição mas não de governo.
Burguesmente (só os burgueses sonham com revoluções!), muitos dos notáveis socialistas até sonharam com os subúrbios a arder. Alguns andaram a reler os textos sobre o Maio de 68. Os jornalistas inebriados davam conta de encontros fundadores, refundadores, dinamizadores e redinamizadores da esquerda, das esquerdas e das esquerdas das esquerdas. Os participantes chegavam a esses encontros em carros de serviço, fatos de bom corte e falavam de suicídios, país destruído e fome. Depois abraçavam-se, choravam os tempos em que tinham sido jovens e partiam apressados para o conforto das suas casas, de um bom restaurante ou de um outro seminário regiamente subsidiado para que eles se pronunciassem sobre a decadência do sistema. Em certos momentos tudo aquilo parecia um encontro de velhos escritores neo-realistas sem leitores mas com excesso de personagens e cada um deles a querer ser o narrador. Omnipotente, omnisciente e omnipresente.
A crise existiu e existe mas a esquerda em geral e os socialistas em particular falaram de uma crise que nunca existiu naqueles termos. Ou melhor dizendo, existiu mas há muitos anos. Mas como a esquerda portuguesa não só nunca se libertou de Salazar como vive obcecada com ele, por força entendeu que os portugueses estavam a regressar a padrões de vida semelhantes aos dos anos 30 do século passado (também poderia ser aos anos 20 mas isso não dá jeito porque no princípio dessa década ainda não existia o padrão-Salazar, logo a fome a repressão não são mencionáveis.)
À semelhança dos repórteres do New York Times que acharam adequado ilustrar a crise em Espanha com fotos onde se viam pessoas mexendo em caixotes de lixo, omitindo que a maior parte dos fotografados eram emigrantes que por sinal, e ao contrário do que acontece nos EUA, onde também podiam ser fotografados em situações similares, gozam de garantias legais e acesso a cuidados de saúde gratuitos, também os socialistas criaram uma ficção de país para os sound bytes que não coincide com o país real.
E assim não perceberam que esta crise estava a ser diferente. E curiosamente estava a ser diferente por causa de uma bandeira que o PS tanto reivindica: o estado social. A protecção social impediu que a crise tivesse os contornos desenhados nas aulas magnas da vida mas, ao apostarem na inevitabilidade de um segundo resgate e ao apresentarem um retrato de Portugal atravessado por hordas de esfomeados e candidatos ao suicídio, os socialistas ficaram reféns dos resultados necessariamente maus que o governo teria de apresentar. A este erro grosseiro de se colocar nas mãos do adversário, os socialistas juntaram outro: o de não apresentarem propostas credíveis àqueles que estavam e estão a pagar a crise com os seus ordenados que baixam, com os impostos crescentes, com a ameaça do desemprego e que por isso mesmo se tornaram muito mais cautelosos perante as promessas de crescimento e riqueza fácil.
Aprisionados no imaginário da Aula Magna e dos encontros das esquerdas, os socialistas esqueceram-se que o povo que antes não tinha nada a perder agora tem. Tem pensões, subsídios, apoios, reformas, medicamentos, ordenados, complementos… Logo o que está em causa não é Seguro, Passos ou Costa mas tão só quem garante que o edifício não se desmorona.
Ao entrarem em promessas miríficas de abrir serviços que encerraram, repor valores de pensões sem aumentar impostos e, por fim mas não por último, ao não serem capazes de assumir as suas responsabilidades nesta crise, que é o mesmo que dizer ao não terem sido capazes de se distanciar de Sócrates, os socialistas desbarataram aquele que era o seu verdadeiro trunfo: convencer os portugueses de que eles conseguiriam fazer melhor. Ao optarem por criticar cada medida como se ela fosse desnecessária e não errada os socialistas deixaram que seus críticos os apresentassem como tendo um único projecto: que Portugal regresse ao modo de vida que teve até 2012. O que politicamente é uma armadilha fatal enquanto por aí existirem os postes de abastecimento de carros eléctricos e o youtube mantiver disponível o vídeo de Sócrates a anunciar o pedido de ajuda externa.
E como não podia deixar de ser os socialistas iludiram-se com o facto de todos dizerem mal de Passos Coelho ou sobretudo de ninguém o defender. Mas esqueceram-se de duas coisas. Uma que é óbvia: só os eleitos de esquerda são susceptíveis de serem elogiados em Portugal. Os demais não só não se percebe como foram eleitos como não há alma nacional ou estrangeira que, para provar a sua cultura, a sua modernidade, enfim a sua cidadania, não se sinta na necessidade de os vituperar. (A propósito estão a imaginar o tumulto que iria agora na pátria caso o primeiro-ministro insultado pelos norte-americanos The Last Internationale no Alive não fosse Passos Coelho mas sim Sócrates ou outro qualquer notável socialista?) A segunda que não é menos óbvia e que em política é fundamental: o facto de não se dizer bem de um político não quer dizer que ele vai perder as eleições.
E nas próximas eleições legislativas o que está em causa é isto: quem garante que o dinheiro vem a tempo de pagar as pensões, as receitas dos medicamentos e o subsídio para mais não sei o quê? Dir-se-á que é pouco para programa de governo. Pois é. Mas a crise e o estado social geraram uma nova forma de estar: as franjas políticas que de modo algum coincidem com as sociais crescem em radicalismo e irrealismo. Ao centro vota-se em quem garantir que o sistema continua a funcionar. Por ironia do destino, Passos, que diziam neo-liberal, parece estar a conseguir convencer os portugueses de que ele garante melhor do que os socialistas a sobrevivência não apenas do estado social mas também de um estado constitucionalmente a caminho do socialismo.
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Dizem os títulos que “Seguro culpa Costa pela descida do PS nas sondagens”. Mas não, a culpa não é de António Costa. Dizem outros títulos “Costa: sondagem revela necessidade de mudança” mas valha a verdade que a culpa também não é de Seguro. Apetece dizer que a culpa é do socialismo que enquanto ideologia assente na distribuição do dinheiro dos outros não encontra o seu caminho nestes tempos em que o dinheiro próprio acabou e o dos outros implica juros. Mas também isso não é suficiente enquanto explicação. Aliás não é impossivel construir um discurso socialista sobre justiça fiscal, estado social… Assim os socialistas o quisessem.
Mas voltemos à culpa ou, melhor dizendo, ao estado de estupefacção dos socialistas pelo facto de, caso as legislativas tivessem lugar agora, a coligação governamental sair vitoriosa. A culpa deste resultado é da burguesia. Não da burguesia que vota no PSD ou no CDS. Em primeiro lugar porque não é certo que a burguesia vote maioritariamente nesses dois partidos e sobretudo porque os votos da burguesia não são suficientes para ganhar eleições. Já a visão burguesa do mundo pode ser mais que suficiente para que se percam. E é esse o maior problema do PS e de muitos dos seus congéneres europeus: tornaram-se partidos burgueses.
Os socialistas vêem o mundo e os eleitores do interior da sua redoma de altos quadros da administração pública, dos institutos, das ordens, das fundações e dos observatórios e sobretudo vêem-no pelos olhos burgueses dos seus compagnons de route que fazem manifestos da cultura com as sucessivas personalidades em que a esquerda vê um D. Sebastião. A burguesia que tomou conta da esquerda em geral e dos socialistas em particular vem maioritariamente de um mundo estatal ou dependente dele em que o contribuinte paga o ordenado, o projecto, o sonho… e o logotipo.
Mais do que em qualquer outro campo ideológico a nomenclatura socialista vive num mundo confortável, civilizado e protegido, facto que em si mesmo nada tem de condenável mas que politicamente transforma os socialistas numa espécie de forasteiros no seu próprio país: arrancam as vestes pela escola pública mas não põem lá os filhos. Consideram-se pais do SNS mas vão tratar-se nos hospitais privados. Defendem mais impostos para financiar empresas públicas de transportes mas há anos que não andam de autocarro ou de comboio. E por isso não só falam do que não conhecem como prometem o que não podem.
Dir-se-á que os outros partidos fazem o mesmo. Mas do PCP e do BE não se espera que sejam governo, o que lhes permite que o seu discurso político seja uma espécie de ficção em causa própria. Quanto ao PSD e ao CDS estão por agora condenados a governar, o que para fúria das respectivas élites, cujo maior desejo era serem uma espécie de excêntricos num mundo naturalmente socialista, os obriga a um mínimo de senso. A culpa pela descida do PS nas sondagens não está portanto em quem os lidera ou aspira a liderar mas sobretudo no facto de os socialistas terem um discurso de oposição mas não de governo.
Burguesmente (só os burgueses sonham com revoluções!), muitos dos notáveis socialistas até sonharam com os subúrbios a arder. Alguns andaram a reler os textos sobre o Maio de 68. Os jornalistas inebriados davam conta de encontros fundadores, refundadores, dinamizadores e redinamizadores da esquerda, das esquerdas e das esquerdas das esquerdas. Os participantes chegavam a esses encontros em carros de serviço, fatos de bom corte e falavam de suicídios, país destruído e fome. Depois abraçavam-se, choravam os tempos em que tinham sido jovens e partiam apressados para o conforto das suas casas, de um bom restaurante ou de um outro seminário regiamente subsidiado para que eles se pronunciassem sobre a decadência do sistema. Em certos momentos tudo aquilo parecia um encontro de velhos escritores neo-realistas sem leitores mas com excesso de personagens e cada um deles a querer ser o narrador. Omnipotente, omnisciente e omnipresente.
A crise existiu e existe mas a esquerda em geral e os socialistas em particular falaram de uma crise que nunca existiu naqueles termos. Ou melhor dizendo, existiu mas há muitos anos. Mas como a esquerda portuguesa não só nunca se libertou de Salazar como vive obcecada com ele, por força entendeu que os portugueses estavam a regressar a padrões de vida semelhantes aos dos anos 30 do século passado (também poderia ser aos anos 20 mas isso não dá jeito porque no princípio dessa década ainda não existia o padrão-Salazar, logo a fome a repressão não são mencionáveis.)
À semelhança dos repórteres do New York Times que acharam adequado ilustrar a crise em Espanha com fotos onde se viam pessoas mexendo em caixotes de lixo, omitindo que a maior parte dos fotografados eram emigrantes que por sinal, e ao contrário do que acontece nos EUA, onde também podiam ser fotografados em situações similares, gozam de garantias legais e acesso a cuidados de saúde gratuitos, também os socialistas criaram uma ficção de país para os sound bytes que não coincide com o país real.
E assim não perceberam que esta crise estava a ser diferente. E curiosamente estava a ser diferente por causa de uma bandeira que o PS tanto reivindica: o estado social. A protecção social impediu que a crise tivesse os contornos desenhados nas aulas magnas da vida mas, ao apostarem na inevitabilidade de um segundo resgate e ao apresentarem um retrato de Portugal atravessado por hordas de esfomeados e candidatos ao suicídio, os socialistas ficaram reféns dos resultados necessariamente maus que o governo teria de apresentar. A este erro grosseiro de se colocar nas mãos do adversário, os socialistas juntaram outro: o de não apresentarem propostas credíveis àqueles que estavam e estão a pagar a crise com os seus ordenados que baixam, com os impostos crescentes, com a ameaça do desemprego e que por isso mesmo se tornaram muito mais cautelosos perante as promessas de crescimento e riqueza fácil.
Aprisionados no imaginário da Aula Magna e dos encontros das esquerdas, os socialistas esqueceram-se que o povo que antes não tinha nada a perder agora tem. Tem pensões, subsídios, apoios, reformas, medicamentos, ordenados, complementos… Logo o que está em causa não é Seguro, Passos ou Costa mas tão só quem garante que o edifício não se desmorona.
Ao entrarem em promessas miríficas de abrir serviços que encerraram, repor valores de pensões sem aumentar impostos e, por fim mas não por último, ao não serem capazes de assumir as suas responsabilidades nesta crise, que é o mesmo que dizer ao não terem sido capazes de se distanciar de Sócrates, os socialistas desbarataram aquele que era o seu verdadeiro trunfo: convencer os portugueses de que eles conseguiriam fazer melhor. Ao optarem por criticar cada medida como se ela fosse desnecessária e não errada os socialistas deixaram que seus críticos os apresentassem como tendo um único projecto: que Portugal regresse ao modo de vida que teve até 2012. O que politicamente é uma armadilha fatal enquanto por aí existirem os postes de abastecimento de carros eléctricos e o youtube mantiver disponível o vídeo de Sócrates a anunciar o pedido de ajuda externa.
E como não podia deixar de ser os socialistas iludiram-se com o facto de todos dizerem mal de Passos Coelho ou sobretudo de ninguém o defender. Mas esqueceram-se de duas coisas. Uma que é óbvia: só os eleitos de esquerda são susceptíveis de serem elogiados em Portugal. Os demais não só não se percebe como foram eleitos como não há alma nacional ou estrangeira que, para provar a sua cultura, a sua modernidade, enfim a sua cidadania, não se sinta na necessidade de os vituperar. (A propósito estão a imaginar o tumulto que iria agora na pátria caso o primeiro-ministro insultado pelos norte-americanos The Last Internationale no Alive não fosse Passos Coelho mas sim Sócrates ou outro qualquer notável socialista?) A segunda que não é menos óbvia e que em política é fundamental: o facto de não se dizer bem de um político não quer dizer que ele vai perder as eleições.
E nas próximas eleições legislativas o que está em causa é isto: quem garante que o dinheiro vem a tempo de pagar as pensões, as receitas dos medicamentos e o subsídio para mais não sei o quê? Dir-se-á que é pouco para programa de governo. Pois é. Mas a crise e o estado social geraram uma nova forma de estar: as franjas políticas que de modo algum coincidem com as sociais crescem em radicalismo e irrealismo. Ao centro vota-se em quem garantir que o sistema continua a funcionar. Por ironia do destino, Passos, que diziam neo-liberal, parece estar a conseguir convencer os portugueses de que ele garante melhor do que os socialistas a sobrevivência não apenas do estado social mas também de um estado constitucionalmente a caminho do socialismo.
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domingo, 13 de julho de 2014
O esplendor do socialismo
Tudo junto: cronies, amigos de cleptocratas, defensores de coisas verdes, reconstrutores do mundo.
Corrupção é isto.
"Actualmente, Manuel Pinho lecciona na School of International and Public Affairs, na Universidade de Columbia, numa cátedra sobre energias renováveis patrocinada pela EDP. Paralelamente, mantém-se vice-presidente do BES África."
...
"Este sábado o semanário Expresso fez manchete sobre o BES desconhecer beneficiários de 80% da carteira de crédito do banco. Segundo o Expresso, o BES Angola terá perdido o rasto a 5,7 mil milhões de euros."
A EDP é hoje o verdadeiro Ministério da Cultura "patrocinando" tudo quanto é artista. A "arte" e a "cultura" de braço dado à mais pura e dura corrupção. Eles acham bem, é uma empresa "boa" de regime.
Corrupção, como diz um amigo meu do centro do país, não é o tosco negócio de ganhar a custas de outro, pela calada. É pura corrupção a que nem permite perceber-se que se entregou a alma ao diabo.
Corrupção é isto.
"Actualmente, Manuel Pinho lecciona na School of International and Public Affairs, na Universidade de Columbia, numa cátedra sobre energias renováveis patrocinada pela EDP. Paralelamente, mantém-se vice-presidente do BES África."
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"Este sábado o semanário Expresso fez manchete sobre o BES desconhecer beneficiários de 80% da carteira de crédito do banco. Segundo o Expresso, o BES Angola terá perdido o rasto a 5,7 mil milhões de euros."
A EDP é hoje o verdadeiro Ministério da Cultura "patrocinando" tudo quanto é artista. A "arte" e a "cultura" de braço dado à mais pura e dura corrupção. Eles acham bem, é uma empresa "boa" de regime.
Corrupção, como diz um amigo meu do centro do país, não é o tosco negócio de ganhar a custas de outro, pela calada. É pura corrupção a que nem permite perceber-se que se entregou a alma ao diabo.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
They want absolute control
Monckton:
"Never underestimate the extent to which the left hate the west: they hate the countries that bring them up, they hate the prosperity, they hate the success, they hate the democracy, they hate the liberty, they hate the freedom ... they do not want it, they want absolute control."
"Never underestimate the extent to which the left hate the west: they hate the countries that bring them up, they hate the prosperity, they hate the success, they hate the democracy, they hate the liberty, they hate the freedom ... they do not want it, they want absolute control."
domingo, 6 de julho de 2014
Do nunca arquivado desígnio da esquerda: a ditadura do proletaraido
É este, hoje, o desígnio da esquerda, o desígnio do PCP, do BE e do escarro PEV.
É este hoje o destino do Brasil, aparentemente já dificilmente reversível.
Quanto ao PS e em particular o PS-BE, o destino é idêntico mas por via do fascismo: não nacionalizar a propriedade privada (os meios de produção como a esquerda comunista gosta de lhe chamar) mas controlar toda a economia por via de impostos que retiram ao privado quase todo o lucro, regulamentar ao ponto de retirar ao privado quase toda a hipótese de ter uma ideia e seringar nas escolas o conceito pelo qual o indivíduo deve aceitar graciosamente que o colectivo deve ter prioridade face ao individual.
Ainda quanto ao PS, uma das formas com que pretende perpetuar-se no poder é pela via da 'dádiva'. Dar e distribuir ao ponto de tornar os eleitores dependentes da 'dádiva' para sequestrar o seu voto tornando virtualmente impossível às oposições que não pensem da mesma forma (oposições mas não em ideologia) o acesso ao poder.
Os magalhães foram o mais claro ensaio, rendimento mínimo outro.
Neste último caso, as toupeiras marxistas instaladas no sistema trataram de o aplicar a todos, a torto e direito procurando enquadrá-los em retorcidas interpretações da legislação (o TC faz hoje o mesmo relativamente à constituição). Este tipo de coisa é para eles um "desígnio moral e ético".
É este hoje o destino do Brasil, aparentemente já dificilmente reversível.
Quanto ao PS e em particular o PS-BE, o destino é idêntico mas por via do fascismo: não nacionalizar a propriedade privada (os meios de produção como a esquerda comunista gosta de lhe chamar) mas controlar toda a economia por via de impostos que retiram ao privado quase todo o lucro, regulamentar ao ponto de retirar ao privado quase toda a hipótese de ter uma ideia e seringar nas escolas o conceito pelo qual o indivíduo deve aceitar graciosamente que o colectivo deve ter prioridade face ao individual.
Ainda quanto ao PS, uma das formas com que pretende perpetuar-se no poder é pela via da 'dádiva'. Dar e distribuir ao ponto de tornar os eleitores dependentes da 'dádiva' para sequestrar o seu voto tornando virtualmente impossível às oposições que não pensem da mesma forma (oposições mas não em ideologia) o acesso ao poder.
Os magalhães foram o mais claro ensaio, rendimento mínimo outro.
Neste último caso, as toupeiras marxistas instaladas no sistema trataram de o aplicar a todos, a torto e direito procurando enquadrá-los em retorcidas interpretações da legislação (o TC faz hoje o mesmo relativamente à constituição). Este tipo de coisa é para eles um "desígnio moral e ético".
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Sobre a pátria do cão de Obama...
... mais três crónicas de Alberto Gonçalves:
O pensamento mágico
Após o heróico 0-4 com a Alemanha, as televisões foram naturalmente à cata de transeuntes frustrados. Encontraram imensos, cada um com a sua justificação para a derrota. Algures em Lisboa, à porta de um daqueles antros que congregavam os militantes do falecido BE, uma rapariga com ar de militante do falecido BE explicava que o pior nem era a goleada: era a goleada perante os alemães e, evidentemente, a sra. Merkel.
Apesar do profundo e até certo ponto indescritível absurdo da opinião, esta esteve longe de ser isolada e circunscrita ao Bairro Alto. Contaram-me que, na Sport TV, o ex-futebolista Carlos Manuel, com um sorriso onde em tempos medrava farto bigode, dissertava antes do jogo sobre a necessidade de vencer a chanceler alemã. O também funcionário da casa Pedro Henriques, que não conheço de lado nenhum e que é o único comentador televisivo que, no futebol e no resto, escapa ao ridículo, informou o sr. Manuel que a sra. Merkel trata de defender os interesses dos seus eleitores, e que teria sido preferível os nossos governantes destes 40 anos procederem de forma idêntica em vez de alimentar bodes expiatórios para a inépcia e a trafulhice.
Do que o País precisava era de um Pedro Henriques em cada esquina. Infelizmente, tal não se vislumbra possível, pelo que convém aceitar a realidade: muitos portugueses não aceitam a realidade. O tipo de cerebelo que julgava vingar as frustrações pátrias num jogo da bola é o mesmo que atribui a terceiros a responsabilidade pelos erros próprios. Por improvável que pareça, havia gente que ansiava por ver no relvado uma compensação face à "arrogância" da sra. Merkel. Sem surpresas, é a mesma gente que decidiu unilateralmente a obrigação da sra. Merkel em patrocinar-nos sem condições. Trata-se, sem tirar nem pôr, daquilo que os antropólogos designam por "pensamento mágico".
O pensamento mágico estabelece nexos de causalidade entre acções ou eventos independentes entre si. Imaginar que a queima de uma madeixa de cabelos implica que o seu antigo proprietário irrompa em chamas é igual a imaginar que um remate certeiro de Cristiano Ronaldo afectaria a economia alemã. Ou a imaginar que a prosperidade da economia alemã é que maldosamente impede o Estado indígena de gastar tudo o que gostaria. Estamos no reino, ou na república, do puro vudu, típico em sociedades primitivas e, pelos vistos, na portuguesa.
A má notícia é que o pensamento mágico é obviamente irrelevante para o mundo exterior. A boa notícia é que pode ser exercido com absoluta liberdade. Se o confronto em Salvador da Bahia não correu bem, nada impede a menina do BE de humilhar a Alemanha numa partida de poker com o Franz do InterRail, ou o ex-futebolista Carlos Manuel de exibir mestria nos dardos contra um retrato do ministro Schauble. Claro que o ideal seria um país capaz de escolher a racionalidade e lidar com as coisas como elas são. Mas isso já entra no domínio do sonho, e convém deixar o pensamento mágico aos especialistas.
O sexo e a idade
Uma Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde realizou um estudo sobre a implementação da educação sexual nas escolas. Os resultados são dúbios. Por um lado, de acordo com o Jornal de Notícias, "os alunos do ensino secundário gostariam ainda de estar mais envolvidos nas atividades relativas à educação sexual nas escolas, manifestando disponibilidade para serem "mentores, em atividades informativas e formativas com colegas mais novos"". Por outro lado, os alunos em geral sentem-se desmotivados - sempre uma maçada nestas questões - e "criticaram a forma "idêntica e sem progressão" de apresentação" dos assuntos. Vamos por partes.
Desde logo, é bom sinal que os petizes mais crescidos pretendam ser "mentores" (um óbvio eufemismo) dos mais pequenitos no que toca ao sexo. Sempre indicia que a existência dos adolescentes contemporâneos não se esgota na PlayStation e no Facebook conforme se chegou a temer. Pelo menos alguns percebem que, em matéria de possibilidades reais, a Patrícia do 8.º G é preferível a Lara Croft.
Em contrapartida, talvez não se aconselhe ouvir as recomendações de crianças a propósito das disciplinas a sério. No caso da Educação Sexual, que não serve para nada, excepto para preencher horários e convencer pedagogos da sua própria modernidade, o problema não se põe. Mas imagine-se que se passa a ouvir os meninos e as meninas acerca dos conteúdos e dos processos de ensino em Matemática, Física e coisas assim: na perspectiva optimista, arrasa-se num ápice com o que resta da exigência educativa. Na perspectiva pessimista, essa exigência faleceu há muito, pelo que ouvir crianças, pais, tios, sindicatos, professores, tutelas ou os órgãos sociais da Associação Recreativa de Massarelos não faz diferença nenhuma.
A terceira via em "collants"
Ainda haverá alguém com vontade de rir das pantominices de "Tozé" Seguro? Bastou espevitar as ambições do dr. Costa para o ainda secretário-geral parecer, por comparação, um paradigma de sensatez. No início da sua caminhada triunfal rumo ao poder, o dr. Costa, que, segundo artigo biográfico no Público, praticou ballet com os "filhos de operários e de prostitutas", começou por adoptar o exacto vazio retórico do seu concorrente. A estratégia motivou, entre a escassa opinião publicada que não venera o antigo bailarino, acusações diversas, ou sobretudo a acusação de que, salvo pela tez de um e as sobrancelhas do outro, era impossível distinguir o dr. Costa do dr. Seguro.
Alarmado, o ex-colega dos filhos de operários e de prostitutas convocou o staff a fim de adoptar novo plano: se a emissão de vacuidades comuns não funcionava, havia que passar a emitir vacuidades absolutamente tresloucadas de modo a elevar-se acima da concorrência - ou, na pior das hipóteses, abaixo.
O primeiro fruto desta visão revisionista surgiu sob a forma de uma pérola de economia alternativa. De acordo com o dr. Costa, o primeiro-ministro "ou aumenta os impostos para aumentar a receita ou faz corte dos salários para baixar a despesa. Ora, nós não podemos viver neste quadro de opções tão limitado e temos que dizer ao primeiro-ministro que percebemos que ele não sabe sair dessa receita". Por felicidade, "há uma outra receita", "uma terceira via" que Passos Coelho "não sabe, nem quer aprender", mas há que "lhe ensinar": "aumentar a riqueza".
Repito, para que não restem dúvidas: num demi plié arrebatador, o dr. Costa propõe aumentar a riqueza. E é isto que distingue os eleitos. Enquanto a comum cavalgadura se debate com um cobertor que ora cobre a cabeça ora cobre os pés, os que desenvolveram o génio junto da descendência de proletários e marginais arranjam um cobertor maior. Desde a Maria Antonieta da lenda e dos brioches que não se via rasgo assim: para não sermos pelintras basta que sejamos milionários, evidência cujas aplicações são ilimitadas. O cidadão hesita entre a bicicleta e os transportes públicos? É melhor comprar um Mercedes. Férias em Tenerife ou no Algarve? Quinze dias no Sandpiper em Barbados. T0 em Campo de Ourique ou T2 no Cacém? T4 tangencial a Washington Square.
A continuar neste ritmo, o dr. Costa já não irá a tempo de ensinar a terceira via ao pobre dr. Passos Coelho. Mas arrisca-se a conquistar a chefia do PS, a liderança do Governo, um ou dois Nobel e um lugar de solista no Bolshoi.
Gente tonta ...
Foi exactamente o que Sócrates fez, aumentar a riqueza.
Por que não abre António Costa uma empresa, paga bem, paga decentemente e a horas a todos os fornecedores, paga todos os impostos e cumpre toda a regulamentação, sem se pendurar na teta do contribuinte?
"De acordo com o dr. Costa, o primeiro-ministro "ou aumenta os impostos para aumentar a receita ou faz corte dos salários para baixar a despesa. Ora, nós não podemos viver neste quadro de opções tão limitado e temos que dizer ao primeiro-ministro que percebemos que ele não sabe sair dessa receita". Por felicidade, "há uma outra receita", "uma terceira via" que Passos Coelho "não sabe, nem quer aprender", mas há que "lhe ensinar": "aumentar a riqueza".
Repito, para que não restem dúvidas: num demi plié arrebatador, o dr. Costa propõe aumentar a riqueza. E é isto que distingue os eleitos. Enquanto a comum cavalgadura se debate com um cobertor que ora cobre a cabeça ora cobre os pés, os que desenvolveram o génio junto da descendência de proletários e marginais arranjam um cobertor maior. Desde a Maria Antonieta da lenda e dos brioches que não se via rasgo assim: para não sermos pelintras basta que sejamos milionários, evidência cujas aplicações são ilimitadas. O cidadão hesita entre a bicicleta e os transportes públicos? É melhor comprar um Mercedes. Férias em Tenerife ou no Algarve? Quinze dias no Sandpiper em Barbados. T0 em Campo de Ourique ou T2 no Cacém? T4 tangencial a Washington Square."
Por que não abre António Costa uma empresa, paga bem, paga decentemente e a horas a todos os fornecedores, paga todos os impostos e cumpre toda a regulamentação, sem se pendurar na teta do contribuinte?
"De acordo com o dr. Costa, o primeiro-ministro "ou aumenta os impostos para aumentar a receita ou faz corte dos salários para baixar a despesa. Ora, nós não podemos viver neste quadro de opções tão limitado e temos que dizer ao primeiro-ministro que percebemos que ele não sabe sair dessa receita". Por felicidade, "há uma outra receita", "uma terceira via" que Passos Coelho "não sabe, nem quer aprender", mas há que "lhe ensinar": "aumentar a riqueza".
Repito, para que não restem dúvidas: num demi plié arrebatador, o dr. Costa propõe aumentar a riqueza. E é isto que distingue os eleitos. Enquanto a comum cavalgadura se debate com um cobertor que ora cobre a cabeça ora cobre os pés, os que desenvolveram o génio junto da descendência de proletários e marginais arranjam um cobertor maior. Desde a Maria Antonieta da lenda e dos brioches que não se via rasgo assim: para não sermos pelintras basta que sejamos milionários, evidência cujas aplicações são ilimitadas. O cidadão hesita entre a bicicleta e os transportes públicos? É melhor comprar um Mercedes. Férias em Tenerife ou no Algarve? Quinze dias no Sandpiper em Barbados. T0 em Campo de Ourique ou T2 no Cacém? T4 tangencial a Washington Square."
domingo, 22 de junho de 2014
Dos fascistas e da "saída do euro"
Sairemos do euro (ou ele deixará de ser a nossa moeda) se não conseguirmos acompanhar aquilo que ele implica, nomeadamente a produtividade e a despesa do estado.
A conversa da extrema direita/esquerda relativamente à saída de Portugal do euro, não faz qualquer sentido porque essa malta, defenda o que defender, está-se nas tintas para a verdade ou para a realidade. Uma e outra passam-lhes ao lado, o que lhes interessa é a estratégia subjacente ao que pretendem implantar, a saber, ou o socialismo fascista que mantém a propriedade privada mas pretende pôr e dispor dela a seu bel-prazer, ou, simplesmente, 'prescinde' dela decretando o seu fim.
A conversa da extrema direita/esquerda relativamente à saída de Portugal do euro, não faz qualquer sentido porque essa malta, defenda o que defender, está-se nas tintas para a verdade ou para a realidade. Uma e outra passam-lhes ao lado, o que lhes interessa é a estratégia subjacente ao que pretendem implantar, a saber, ou o socialismo fascista que mantém a propriedade privada mas pretende pôr e dispor dela a seu bel-prazer, ou, simplesmente, 'prescinde' dela decretando o seu fim.
Claro que, entretanto, por pano de fundo temos a doutrina basicamente fascista da komissão europeia, que em tudo mete o nariz e tudo tem regulamentando pretendendo assim continuar. A sanha reguladora da "europa" já deixou tudo e todos no limiar da paralisia. Qualquer coisa que funcione é susceptível de, algures, levantar protestos (alguém dirá que a vantagem conseguida por alguma qualquer empresa funcional lhe trás inconvenientes por qualquer razão exógena) havendo necessidade(!) de estabelecer o paraíso da morte, tudo regulando até que seja irrelevante que alguém tenha uma ideia.
Quando um socialista fala verdade é pura coincidência de quem nem se apercebe nem com isso está ou estará preocupado. E diz amanhã o contrário do que disse hoje afirmando que essa nova posição foi a que sempre teve.
Quando um socialista fala verdade é pura coincidência de quem nem se apercebe nem com isso está ou estará preocupado. E diz amanhã o contrário do que disse hoje afirmando que essa nova posição foi a que sempre teve.
domingo, 15 de junho de 2014
Os sapos cozem-se vivos, devagar
O que os marxistas fazem hoje (BE, PCP, o escarro Os Verdes e o PS-BE) por onde podem e um pouco por todo o lado, especialmente nas democracias onde a todos convencem estar a dita bem sedimentada:
Numa primeira fase encrencam o regime ao ponto de conseguirem condicionar pelo menos uma legislatura. Com a colaboração de militantes (da ideologia, não necessariamente do partido) especialmente bem colocados (no TC, por exemplo), limitam a acção do governo para, "provarem" que não há alternativa.
A seu tempo apresentam-se como salvadores da pátria.
Entretanto, outras lutas internas, entre marxistas, limpam o caminho aos mais fascistas e, logo que possível, soltam a máscara de fascistas e revelam a de comunistas. Deixam de ser movimentos que toleram a iniciativa e propriedade privadas (fascistas), muito embora tudo façam para mandar em tudo quanto é privado (regulamentação e impostos), para se transmutarem em movimentos que 'prescindem' da propriedade privada transferindo, a decisão sobre a posse dessa propriedade para komités religiosamente mantidos pelo partido hegemónico que sobreviver à refrega.
Ponham os olhos no Brasil e está lá tudo.
Leiam o que escreve Olavo de Carvalho e aprendam. Ou aprendem ou perderão por falta de comparência. Aquela gente, pestilenta, trabalha a longo prazo. É devagar que se cozem sapos vivos.
Numa primeira fase encrencam o regime ao ponto de conseguirem condicionar pelo menos uma legislatura. Com a colaboração de militantes (da ideologia, não necessariamente do partido) especialmente bem colocados (no TC, por exemplo), limitam a acção do governo para, "provarem" que não há alternativa.
A seu tempo apresentam-se como salvadores da pátria.
Entretanto, outras lutas internas, entre marxistas, limpam o caminho aos mais fascistas e, logo que possível, soltam a máscara de fascistas e revelam a de comunistas. Deixam de ser movimentos que toleram a iniciativa e propriedade privadas (fascistas), muito embora tudo façam para mandar em tudo quanto é privado (regulamentação e impostos), para se transmutarem em movimentos que 'prescindem' da propriedade privada transferindo, a decisão sobre a posse dessa propriedade para komités religiosamente mantidos pelo partido hegemónico que sobreviver à refrega.
Ponham os olhos no Brasil e está lá tudo.
Leiam o que escreve Olavo de Carvalho e aprendam. Ou aprendem ou perderão por falta de comparência. Aquela gente, pestilenta, trabalha a longo prazo. É devagar que se cozem sapos vivos.
No Brasil, o racionamento de água de malvas
A implantação, no Brasil, pela president'a' Dilma Rousseff, da ditadura do proletariado, está a gerar ... revolucionárias sinergias. Dedicatórias não lhe têm faltado.
Os fascistas grandoleiros do ISCTE devem andar roídos de inveja.
sábado, 14 de junho de 2014
BIG NEWS Part I: Historic development — New Solar climate model coming
Que o lugar da ciência seja ocupados por cientistas e não por marxistas.
David Evans’ ground-breaking work is a devastating new approach to the climate question. I have been lucky enough to observe the development of this project, and am full of admiration for both Jo and David for their dedication to carrying out a breathtaking research project with no financial reward, simply because it so desperately needed to be done. Let this be the last nail in the coffin of climate extremism. I hope that, as a result of this work, David will be properly recognized by the Australian Government, which – unlike its unlamented predecessor – is open to the possibility that influences other than Man are the principal drivers of the climate. David’s work is heroic in its scale, formidable in its ingenuity, and – as far as a mere layman can judge – very likely to be broadly correct. One should not minimize the courage of David and Jo in persisting unrewarded for so long in what was and is a genuine search for the truth, starting not from any preconception but from that curiosity that is the mainspring of all true science. I wish this project well and congratulate its justifiably proud parents on its birth.
– Thank you Christopher– says Jo.
(Monckton stayed with us in March 2013 and was one of the first to see the developing model. We all got quite caught up in the excitement.)
Todos contra tudo menos contra nós
O passo seguinte só pode ser a instauração da ditadura do proletariado (em marcha). Uma polícia política, esquadrões de execução e desaparecimento, enfim, habilidades dos defensores da pureza da revolução. Nunca foi de outra forma noutros locais.
Se não for possível abortar hoje o processo, segui-se-há uma noite de repressão que pode manter-se indefinidamente ou ser placada por um golpe militar ou uma intervenção estrangeira.
Claro está que sabemos que os "defensores do povo" irão apontar culpas da resultante encrenca aos que correrem com eles.
Já hoje, por cá, é assim e por muito menos. Anda por aí um zote a bramar das benfeitorias de um tal abortado PEC-IV.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
República proletária do Brasil
Pensam que isto veio da cabeça de Dilma? Não veio. Dilma, neste processo, é um fantoche de Cuba. Isto brota das luminárias cubanas, eternas kamaradas do PCP.
Tal como de há muito aqui foi previsto:
Socialismo acaba invariavelmente assim:
E lembram-se da quantidade de especialistas que foram ao Brasil e disseram da coisa maravilhas? Ainda não há muito tempo o professor Marcelo Rebelo de Sousa, comentador universal especialista, lá foi e só viu maravilhas.
O socialismo tem mais seguidores do que pode parecer.
E lembram-se da quantidade de especialistas que foram ao Brasil e disseram da coisa maravilhas? Ainda não há muito tempo o professor Marcelo Rebelo de Sousa, comentador universal especialista, lá foi e só viu maravilhas.
O socialismo tem mais seguidores do que pode parecer.
Dos abortistas contracetivos.
Comentário que deixei por aí, em local onde devo manter mais compostura.
Relativamente a dinheiros, os credores concederam-nos dinheiro que teremos que pagar não sabendo como.
No ensino, foi concedida aos alunos uma prova. De que está o PSD à espera para enterrar o sinistro AO? Teremos que ser todos espe(c)tadores responsáveis por mais uma encrenca aplicada a uma geração? Viremos nós a ser espetadores, toureiros, de gente que ficará a braços com mais uma e fresquinha conquista de Abril? Por mim não gosto de touradas, destas ou das outras e escrevo Abril com maiúscula não só por motivos religiosos mas porque foi Abril que me deu possibilidade de cascar em quem penso ser necessário. Os socialistas odeiam Abril, preferem o abril em que eles tudo mandam.
Relativamente a dinheiros, os credores concederam-nos dinheiro que teremos que pagar não sabendo como.
No ensino, foi concedida aos alunos uma prova. De que está o PSD à espera para enterrar o sinistro AO? Teremos que ser todos espe(c)tadores responsáveis por mais uma encrenca aplicada a uma geração? Viremos nós a ser espetadores, toureiros, de gente que ficará a braços com mais uma e fresquinha conquista de Abril? Por mim não gosto de touradas, destas ou das outras e escrevo Abril com maiúscula não só por motivos religiosos mas porque foi Abril que me deu possibilidade de cascar em quem penso ser necessário. Os socialistas odeiam Abril, preferem o abril em que eles tudo mandam.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Um professor liberal no ensino público
R. Penny *, publicado no Instituto Liberal
O relato pessoal de um professor de
História da prefeitura de São Paulo que revela o caos e o domínio
esquerdista na educação pública brasileira
Sou professor concursado. Funcionário
público. Tenho estabilidade e só posso ser exonerado se aprontar algo
cataclísmico. Recebo rigorosamente em dia, sou crivado de benefícios
trabalhistas, posso faltar quando quiser sem ser incomodado e não tenho
de apresentar resultados. Ao final da carreira gloriosa, terei direito a
aposentadoria integral.
Sobrevivi à dominação comuno-petista e à coação explícita das esquerdas terroristas na universidade.
Formei-me em história, o maior reduto
“intelequitual” da corja. Não tive uma mísera aula sobre História
Medieval ou uma definição político-social do Império Romano. Era apenas
doutrinação marxista. Qualquer postura liberal era rechaçada de imediato
pela maioria estridente.
De posse do canudo, passei num concurso,
para, literalmente, buscar “endireitar” um pouco o ensino de História,
atualmente agonizando nas mãos dos guevaristas.
Leciono para 6° e 7° anos do Ensino
Fundamental numa escola na periferia paulistana, reduto que se considera
acarinhado pelo PT por receber o assistencialismo comprador de votos do
partido. Tenho quórum constante. Meus alunos não faltam nem sob chuva
de enxofre com medo de perder o benefício do leite ou o bolsa-família. A
presença maciça é um ponto positivo, mas seria melhor se ao menos
trouxessem o material escolar (que receberam integralmente da
prefeitura). Anos de permissividade e tolerância à indisciplina os
tornaram imunes aos poucos mecanismos de controle que tenho. Damos o
material, mas não podemos exigir que o levem. Damos o uniforme, mas não
podemos impedir que entrem se estiverem sem ele, e em tempos de funk
ostentação, o desfile fashion se torna inevitável. O Estatuto da Criança
e do Adolescente os garante. Não há fator que posso impedir o Acesso e
Permanência.
E isso os alunos aprenderam. Podem não
ter aprendido a decompor frações, a enumerar a herança filosófica grega e
a conjugar o futuro do pretérito, mas aprenderam que, perante a lei,
são inimputáveis.
Alunos me xingam e me afrontam porque
represento a autoridade que eles aprenderam nas manifestações recentes a
repudiar, vendo a polícia apanhar nos protestos e ainda ser considerada
a culpada por isso.Fui recentemente ameaçado de ir parar “na vala” por
ter erguido minha voz com um aluno. Não sou “melhor do que ele” para
querer impor minha vontade. Palmas para Paulo Freire!
Não há livros didáticos para os trinta e
cinco alunos de cada sala. Por ser material compartilhado, há nas
páginas pichações toscamente grafadas, com xingamentos e palavras de
baixo calão, com crassos erros de ortografia.
Sou orientado a usar o livro deteriorado,
mesmo sendo uma tranqueira escrita por prosélitos de Fidel. Outros
materiais de apoio não podem passar disso, textos de apoio, comprados
com meu dinheiro. A escola não tem condições de tirar cópias a meu
bel-prazer. A verba da escola tem outros importantes destinos. Não está
sujeita aos meus caprichos pedagógicos e ideológicos.
Há um laboratório de informática
excelente. Não posso reclamar. O professor responsável é formado em
geografia. Não tem preparo. Fez dois cursos na Diretoria Regional de
Educação, ministrados por alguém que deve saber menos que ele e não
consegue orientar-nos a como usar o ambiente. Os alunos usam o
laboratório como lan-house. A burocracia para usar o equipamento para,
por exemplo, fazer uma pesquisa em sala sobre os benefícios da Revolução
Industrial é desalentadora. Querem que os alunos fiquem com a opinião
do livro. Foi a Revolução do Capitalismo Perverso e Assassino.
Na sala dos professores a situação é
ainda mais inominável. Num quadro de avisos um aviso de greve
“eminente”. Sei que a categoria presta histórica reverência ao
“grevismo”, não obstante, o erro ortográfico, em tal ambiente, deveria
ser imperdoável. Não conhecem a diferença entre “iminente” e “eminente”,
nem o contrassenso crasso que é um funcionário público concursado,
prestador de um serviço essencial, entrar em greve para questionar o
salário que aceitara ao ler o edital, prestar o concurso e tomar posse
do cargo.
Recebemos “formação” diária. Oito
horas-aula por semana a mais no holerite. É o momento em que os
educadores se reúnem e atualizam-se. Mostram as fotos da viagem de fim
de semana que postaram no “face”, fazem pedidos nas revistas “Avon” e
“Natura” que proliferam-se no meio mais do que qualquer livro de
pedagogia. Entre uma ação pitoresca e outra, motivos de greve são
aventados, afinal, ninguém é de ferro.
O representante do sindicato aparece mais
vezes na escola que o supervisor da Regional. Também cumpre seu “papel”
de forma mais efetiva. Há sempre a possibilidade de um novo levante
irromper se um abono, benefício ou exigência da “categoria” não for
acatado.
O Conselho de Escola, como propagam
orgulhosamente, é soberano. Toma as decisões que ditam o rumo das
verbas. Definiu a compra de um telão para a Sala de Leitura. Agora,
graças ao Conselho, os alunos entram na sala, onde há oito mil livros,
para assistir comédias de gosto discutível e animações da Disney. A
professora de Sala de Leitura sorri e não esconde que a situação
melhorou muito. Agora ninguém tira os livros do lugar e lhe dá trabalho
extra. Os oito mil livros, adquiridos às expensas dos contribuintes,
estão protegidos da ação dos desavisados que poderiam cometer a
temeridade de querer lê-los. Estão agora onde querem que estejam:
adornando prateleiras.
Em flagrante desrespeito aos alunos
frequentes, se um desaparece por seis, sete ou mesmo oito meses
inteiros, devo proporcionar a ele a oportunidade de fazer um (!)
trabalho de compensação que apague suas faltas. O trabalho, me explicam
os superiores, não deve ser difícil demais. Apenas uma documentação para
o prontuário que garanta a promoção do aluno para o ano seguinte, sem
ter frequentado este. E lá vou eu, passar de ano, rumo ao Ensino Médio,
um analfabeto que me imprimiu uma página da wikipedia e colocou o
primeiro nome em cima, em garranchos de letra de forma, já que ele não
aprendeu a cursiva e foi promovido mesmo assim.
Chega a reunião pedagógica bimestral e lá
vamos nós, receber um pouco mais de “Paulo-Freirezação”. Tudo de acordo
com a cartilha. Nós fingimos que ensinamos e eles fingem que aprendem.
Mas tudo bem. Temos estabilidade, aposentadoria integral e, claro, greves bienais que aumentam nossos benefícios regularmente.
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