Teste

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Como se cozem sapos sem que eles estrebuchem?

Devagarinho.



A palavra mágica Obama tudo justifica.

Lembra-me uma discussão que ocorreu aqui pelo blog sobre a eutanásia na Holanda.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dos capitalistas cronie dos marxistas

Não passa despercebida a passividade com que o meio "artístico" nacional aceita trabalhar para os cronies da EDP. Tudo o que se pendura no contribuinte por interposto estado ou neste caso, se pendura directamente no contribuinte por interposta legislação é, pelos "artistas", abençoado.

Racismo auto-infligido


"por ser de raça negra"

O mais racista nesta história toda é que são não só os próprios (neste caso a própria) mas também os próprios meios de comunicação social, a propalar a noção de que há raças na espécie humana.


domingo, 21 de julho de 2013

Lembram-se daquela velha anedota?



Na África do Sul, antes do fim do apartheid, dois negros são atropelados por um branco. Um deles entra no automóvel pelo pára-brisas; o outro é projectado à distância.
O caso vai a tribunal e o juiz condena ambas as vítimas: a primeira, por invasão de propriedade; a segunda, por fugir do local do crime.

sábado, 20 de julho de 2013

Thomas Sowell discusses his newest book, Intellectuals and Race



This week on Uncommon Knowledge, Hoover fellow and author Thomas Sowell discusses his newest book, Intellectuals and Race, which argues that the impact of intellectuals' ideas and crusades on the larger society, both past and present, is the ultimate concern.


Deus, que me lembre, nunca formou nem chefiou exércitos ou gangs...




Mas cá estão eles para O corrigir!

P.S. - Já agora, uma pergunta: porque será que eu ainda não ouvi referências que se vejam na nossa social-comunicação? Não acredito que seja por causa de Hollande ser... o que é.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

4 crónicas 4...


(imagem obtida aqui)





Crise e castigo

Na quarta-feira, mal Cavaco Silva terminou a comunicação ao País, as televisões encheram-se de especialistas empenhados em interpretar a mensagem presidencial e explicá-la aos simples. Naturalmente, cada um apresentou uma interpretação distinta, conforme à respectiva filiação ideológica e à opinião que tem do actual Presidente da República. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de interferir excessivamente no quadro político e quem o acusasse de fugir das responsabilidades. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de evitar eleições antecipadas e quem o acusasse de promover eleições antecipadas. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de rigor constitucionalista e quem o acusasse de ignorar a Constituição. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de salvar um Governo inviável e quem o acusasse de sabotar um Governo viável. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de servir os interesses da troika e quem o acusasse de desprezar a reacção dos mercados. Houve quem acusasse o prof. Cavaco de não saber escolher uma gravata que combine com o fato e quem o acusasse de não saber escolher um fato que combine com a gravata (esta última é inventada, embora por pouco). E os escassos especialistas que gostam do prof. Cavaco aplaudiram-no por quase todas as posições acima descritas. Obviamente, o cidadão comum não percebeu nada. Desconfio que os especialistas também não.

A verdade é que, à semelhança dos alienígenas que de longe a longe visitam o planeta, o prof. Cavaco cometeu a proeza de deixar inúmeras mensagens talvez indecifráveis. Com a desvantagem de que, ao contrário dos alienígenas, o prof. Cavaco em princípio não é fruto da nossa imaginação. Do que disse, ficou por exemplo clara a exigência de um acordo entre os três partidos não comunistas, mas a clareza murcha quando o PR não explicita se o acordo exigido é de natureza parlamentar ou implica a partilha do mando a três, e a clareza foge em debandada quando o PR defende a manutenção do acordo depois das eleições antecipadas para 2014, o que no fundo tornaria estas irrelevantes.

A propósito, eis um tema em que o prof. Cavaco mostrou inabalável firmeza: não haverá eleições em 2013. Repito, a fim de dissipar as dúvidas: não haverá eleições em 2013. Só mais uma vez: não haverá eleições em 2013. Excepto, lá está, se as eleições constituírem uma das "outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional" com que o PR ameaça caso o misterioso acordo partidário não se confirme - desfecho que, aliás, o PR suspeitará ser provável.

É, porém, nítida a forma como o prof. Cavaco avaliou o Governo - "na plenitude das suas funções" -, afirmando sem espaço para hesitações que as decisões do dr. Passos Coelho dispõem de total legitimidade, a menos, note-se, que o dr. Passos Coelho teime em transferir competências para o dr. Portas, que não obtenha o tal acordo com o PS e que não aceite a supervisão do acordo por parte de uma misteriosa "personalidade de reconhecido prestígio", a qual decerto chegará montada a cavalo. Ou seja, o Governo existe desde que abdique de existir. Parece-me justo.

Agora a sério. Cansado da liderança de garotos que brincam aos países e da oposição de lunáticos que juram preferir a riqueza à austeridade na presunção de que há escolha, julgo que o prof. Cavaco decidiu alinhar no pandemónio e, mediante represálias, aumentá-lo. Mas se os castigos ao dr. Passos Coelho, ao dr. Portas e ao dr. Seguro são inteiramente merecidos, castigar Portugal em peso é possivelmente um exagero


Patriota aos 43 anos

Foi com alegria e orgulho que li as notícias sobre a queima de bandeiras portuguesas na Bolívia. A alegria deve-se ao facto de a bandeira não ser das mais bonitas da Terra (a par das do Benin, da Etiópia, do Burkina Faso e, olha a coincidência, da Bolívia) e a Constituição proibir que seja maltratada de alguma forma, esquecendo-se de que os autores de semelhante combinação cromática é que cometeram um atentado estético. O orgulho deve-se ao facto de - ainda que com dificuldade - alguém ter reparado em nós. Recordemos os pormenores da história.

A 2 de Julho, o avião em que seguia o Presidente boliviano viu-se impedido de sobrevoar e de aterrar no espaço aéreo francês, italiano, espanhol e português, na suspeita de que transportava, recolhido em Moscovo, Edward Snowden, o antigo agente da CIA que os Estados Unidos hoje perseguem. Ao que consta, o avião correu riscos de se despenhar por falta de combustível e a afronta a Evo Morales correu a indignar as ruas do país que este chefia.

Nos dias seguintes, os "telejornais" mostraram imagens dos indígenas a insultar repetidamente a França, a Itália e a Espanha, e a injustiça doeu. Portugal, que dedicou ao sr. Morales o exacto tratamento dedicado pelos seus vizinhos europeus, não suscitou uma declaração de guerra ou sequer um insulto gratuito por parte daquele povo em fúria. Era como se não existíssemos, e as nossas acções, bem ou mal intencionadas, não possuíssem consequências. Contemplei o espectáculo deprimido e, pelo vistos, sozinho na depressão. Ainda pensei ter companhia quando o PCP pediu explicações acerca do caso ao ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas não: naturalmente, o PCP estava preocupado com a atenção dada por Portugal aos EUA, não com o desprezo a que o mundo inteiro vota Portugal. A tristeza arrastou-se.

Até que, uma semana depois dos acontecimentos e sem que os mais optimistas o pudessem prever, uma visão encantada irrompeu nos noticiários: a bandeira nacional começou a arder nas ruas bolivianas e o nosso país passou a integrar os alvos explícitos do ódio local. Talvez aguardassem que uma fábrica de têxteis estampasse o tecido, talvez o MNE mexesse cordelinhos diplomáticos. A verdade é que me comovi, e não chorei por pouco. Afinal, existimos. Afinal, não somos menos do que os outros. Não ligo a desporto, e por isso, a bandeira a subir no mastro não me disse nada quando dos feitos olímpicos de Carlos Lopes, Fernanda Ribeiro e Rosa Mota. Já a bandeira em chamas à sombra dos Andes representou uma epifania patriótica que não esperava. Obrigado, dr. Portas. Obrigado, sr. Morales. Obrigado, pirómanos anónimos de La Paz.


Cortes

A barafunda política distraiu os portugueses de um drama de proporções arrepiantes. Falo, como deveria ser escusado dizer, da luta dos funcionários da Carris contra o capitalismo selvagem e a favor do corte de cabelo à borla. Passo a explicar.
A Carris, muito naturalmente e com base na cláusula 69.ª do contrato colectivo de trabalho, disponibiliza uma rede de barbearias que presta serviços gratuitos aos seus funcionários, activos ou reformados. Infelizmente, essa conquista histórica do operariado está em perigo dado que, pelo menos segundo o testemunho do PCP, a empresa fechou ou tenciona fechar as barbearias em causa, vergonha que levou o grupo parlamentar daquele partido a rabiscar um requerimento justamente indignado. Por seu lado, o Ministério da Economia garante que as barbearias se encontram operacionais e prontas a aparar a mais densa guedelha. Entretanto, e na aparente impossibilidade de se verificar se as barbearias existem ou não, os sindicatos da Carris propõem um compromisso: a administração desiste de garantir os cuidados capilares e começa a pagar 12 euros mensais a cada funcionário para que este trate do penteado onde entender. A concretizar-se, os carecas sairão beneficiados do arranjinho. Mas o arranjinho abre portas a inomináveis atentados aos direitos adquiridos.

Hoje, corta-se no cabelo, perdão, no barbeiro. E amanhã? Não estará para breve o momento em que a sanha do lucro e o desprezo pelo ser humano imponham aos assalariados dos transportes públicos o corte nas manicuras, nas esteticistas e nos profissionais de aromaterapia? Alguém acredita que um curso de reiki custa meros 12 euros? Por este andar, ainda veremos maquinistas da CP a financiar as próprias aulas de ioga e fiscais da Metro do Porto a contrair dívidas à banca de modo a frequentar as ancestrais sessões de depilação. Enquanto não compreendermos que o esboroar do Estado social não é apenas uma questão económica mas também moral, não vamos lá. O povo está pelos cabelos, para cúmulo desgrenhados.


A disfunção pública

Um pequenino bando de sindicalistas da função pública com imenso tempo livre entrou nas galerias da Assembleia da República e desatou aos berros. A presidente da AR mandou remover o bando, sugeriu a hipótese de impedir à partida badernas futuras e citou Simone de Beauvoir: "Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes." Alguém descobriu que, na origem, a frase se aplicava aos nazis e a fúria contra Assunção Esteves começou a animar as donzelas do costume. Curiosamente, ninguém se zangou com a senhora pelo péssimo gosto na escolha dos autores. Mas a curiosidade maior é o facto de uma gente que acusa de nazismo todos os que defendem regimes livres, por oposição aos totalitarismos da sua preferência, se escandalizar quando alguém retribui o piropo, provavelmente exagerado, comparativamente adequado.

Resposta a um comentário





... feito a este post do Rio d'Oiro:


Cara Carolina Valadares:

Já anteriormente referi o que se segue, mas, "para que a memória não esqueça", volto a dizê-lo com maior ou menor desgosto.

Nos finais dos anos 70, conheci não apenas o promotor do primeiro movimento ecologista português, o jornalista Afonso Cautela, ao tempo n'A Capital, como aqueles que a ele se haviam juntado. Era, na altura, um grupo ainda relativamente restrito, o que significa que se nem todos se conheciam tinham, pelo menos, conhecimento da existência uns dos outros.

O Afonso Cautela não podia ouvir falar no PCP sem se assanhar e, como ele, os restantes. Se ler o que, à época, se dizia no Avante, nos comunicados do Comité Central e nos discursos oficiais do partido, verificará que os movimentos ecológicos eram apresentados como formas inventadas pelo imperialismo de alienar a juventude da luta revolucionária. O movimento ecologista português – do qual, aliás, nunca fiz parte – era, sempre que possível, boicotado nas suas iniciativas e denegrido quanto às suas verdadeiras intenções.

E eis que, de repente, o PCP se cala por uns poucos meses nos seus ataques aos movimentos ecológicos. E eis que, não mais que de repente, em 1982, surge o actual “partido Verde”, legalizado pelas 5000 (!!!) assinaturas reconhecidas da praxe, tendo à frente gente que ninguém, nos meios ecologistas, conhecia ou de quem sequer tinha ouvido falar… e desde logo, na sua “justa luta” pelo planeta, para sempre aliado eleitoral dos comunistas.

A partir daqui… não é preciso fazer um desenho, pois não?


O único proveito que retiro desta história da vida real, cara Carolina, é o de me aperceber, quando ouço o megafone vertebrado parlamentar dos Coiso estrondear a vigarice e o roubo alheios, até que ponto pode ir a natureza humana no plano da dissimulação, da hipocrisia e da desfaçatez, bem como da extorsão legal, a elas associada, que é feita há três décadas! ao oprimido contribuinte português, levado à miséria pelos impostos. Em prol do mais puramente canoro dos amanhãs, é claro.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Quem chapa bacalhau podre às trombas da comissão?

Há uns tempos, o bicho nazi-socialista que se chama "comissão europeia" resolveu regulamentar o cozinhado de bacalhau. Os idiotas descobriram que os portugueses não sabiam cozinhar bacalhau e seriam eles a explicar como, começando por refundir o processo de salga.

O governo português opôs-se e, de acordo com o anunciado, pensou-se que a coisa tinha ficado pela estúpida ideia.

Eis senão quando a regulamentação aparece aprovada COM OS VOTOS FAVORÁVEIS DOS PORTUGUESES:

Quem leva, desta vez mais, também do lado português, com o peixe podre nas trombas?

Tachos "bons", mega-PPP

Tachos "bons", mega-PPP:
..."Os comunistas beneficiam do tipo de tachos que qualquer partido aspiraria a ter: tachos permanentes não sujeitos ao escrutínio democrático. São os tachos nos sindicatos, em empresas Municipais e associações de “cidadãos” (tudo pago com dinheiro público). Eles não têm votos, mas com uma presença desproporcional nos meios de comunicação social influenciam as decisões políticas ao manipular a opinião pública e, acima de tudo, ao manipular a percepção do que é a opinião pública. Eles não têm votos, mas, tal como no PREC, dominam as manifestações de rua, fazendo crer a muitos (até aos partidos rivais) que a opinião pública quer aquilo que eles acham que deveria querer. Os partidos corruptos do centro farão sempre aquilo que acharem que lhes garante mais votos e são os comunistas, através do domínio da rua, que manipulam essa percepção. À falta de poder democrático, os comunistas dominam o maior lóbi do país, a função pública, e têm, através desse domínio, impedido qualquer reforma, contribuindo como ninguém para o empobrecimento do país. Os partidos corruptos do centro podem dominar o espaço governativo, mas são eles, os comunistas, que mais influenciam as políticas."



domingo, 14 de julho de 2013

Joaquim Aguiar


Nazismo fresco

O Estalinismo continua vivo e há quem o recomende. Hoje os capitalistas, amanhã a classe alta, depois a média, finalmente os que "são irrecuperáveis face à revolução", no espiral de morte que sempre caracterizou todos os regimes marxistas. Depois venham dizer que O PCP não é um partido nazi.

A corja que despreza a constituição que se ponha a pau. É que, se o meu direito à saúde, educação, pensão, trabalho, habitação, não valem nada, então, também os seus direitos à propriedade provada, aos lucro, à integridade física e moral deixam de ter valor. E nós somos mais que eles.

Miguel Tiago, deputado do PCP.

http://oinsurgente.org/2013/07/14/a-extrema-esquerda-tal-como-ela-e/

Brasil: "reforma agrária"

No Brasil, hoje, as "coisas" fazem-se assim:

1 - Um "agricultor" (tem que "ter" terreno, ocupado ou não), pede 100.000 reais.

O pagamento ao "banco" começará a ser feito daí a 4 anos mas 25% nunca terá que ser pago! Apenas terá que pagar 75%.

Papelada para aqui, papelada apara aqui, o "agricultor" nada faz, gasta 90% dinheiro ficando 4 anos parado e mais alguns "protelando" os pagamentos, vive do "empréstimo" e declara que o "processo" não resultou.

Pela lei, apenas tem que devolver 10%. Devolve esses 10% e....

2 - Continua pelo ponto 1.

Bostas, escarros e o intestino grosso

Há, na Assembleia da República, uma bosta política denominada "Os Verdes", que nunca se apresentou a eleições apesar de existir, há décadas, como "grupo parlamentar".

Inventado no seio do PCP, o escarro "Os Verdes" serve apenas para que o PCP tenha à sua disposição o dobro dos recursos parlamentares relativamente aos restantes partidos. É o PCP a tirar partido de legislação que não foi feita para que na casa da democracia (para o PCP uma instituição da burguesia) fossem albergados partidos cripto-marxistas (por enquanto nazi-socialistas).

Pois, pasme-se(!!!!), o PCP decidiu apoiar a moção de censura de "Os Verdes".

Astor Piazzolla - Invierno Porteño

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Da "primavera" do Brasil.

No Brasil, mais uma "primavera". Também lá há especialistas em determinar quando os outros podem trabalhar ou não.

"O balanço do dia de hoje é terrível para aqueles que são amantes da liberdade e da ordem. Rodovias interditadas, transportes coletivos paralisados,vias urbanas tomadas pelas multidões vociferantes. São tempos pré-revolucionários."

(http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/07/11/protestos-bloqueiam-rodovias-pelo-brasil.htm)



Cortes na despesa "do estado"? Onde?

Convém que se mantenha presente que em Portugal, até agora, não se fizeram propriamente cortes na despesa do estado. Fizeram-se alguns cortes no défice, mas ainda não propriamente na despesa do estado.

Para que haja cortes na despesa do estado deve estar a falar-se de cortes em despesa a que corresponda dinheiro do estado proveniente do contribuinte líquido.

Fizeram-se cortes não na despesa do estado mas no dispêndio de dinheiro alheio emprestado ao estado.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Da verdade para além da verdade

Para todos os que se recusavam a admitir a evidência da falsidade e facciosismo das notícias produzidas por estas agências, eis a prova do que venho repetindo desde há mais de dois anos. Os estragos, no entanto, já estão feitos: a opinião pública legitimou o apoio da maioria dos governos ocidentais a movimentos terroristas um pouco por todas as regiões afectadas pelo vírus da Primavera Árabe.

A verdade vai ainda para além deste artigo do Estado Sentido. A generalidade do ocidente, face à perca de influência da OPEP (há hidrocarbonetos por toda a parte e de tal forma que a OPEP representa uma pequena parcela), tem incentivado as guerras civis nas "pátrias muçulmanas".

Por politicamente incorrecto que seja, fazem o que devem fazer perante quem repetidamente anuncia que pela demografia da sua emigração tenciona assimilar as culturas ocidentais e submetê-las ao Islão. É o pôr em prática a estratégia de uma guerra combatida apenas em território inimigo e entre facções do inimigo.

John Stossel - IRS Selective Targeting




Brooke Rollins (Texas Public Policy Foundation) joins Stossel to discuss the latest round of IRS abuses. http://www.LibertyPen.com

sábado, 6 de julho de 2013

Tem pai que é cego!




A propósito deste certeiro textículo do Rio d'Oiro, vejamos o que corre hoje pela habitual informação:

- Paulo Portas manter-se-á no governo, como vice e coordenador das decisões económicas:
- Álvaro Santos Pereira sairá, sendo substituído pelo meio-amigo de Portas, Pires de Lima, que poderá dividir algumas dessas decisões com o ex-demissionário ministro dos Negócios Estrangeiros;
- Será criado o ministério do Ambiente;
- A Energia, actualmente do âmbito da Economia, virá provavelmente a ser integrada no novo ministério.

Recorde-se ainda que Seguro (naturalmente) e Portas (...) foram convidados da reunião que o grupo Bilderberg fez em Londres, no mês passado.

Divirtam-se.

"A manifesta parvoíce"





A propósito das centenas de pessoas que obedeceram, perdão!, responderam à convocatória da CGTP e se encontravam, há pouco, em frente ao Palácio de Belém, reproduzo aqui esta crónica de Alberto Gonçalves, publicada no DN do passado domingo:


No entendimento dos sindicatos, cada greve geral é sempre a maior de sempre, o que se por um lado significa que as anteriores eram comparativamente pelintras, por outro pretende significar que a capacidade de mobilização da CGTP nunca esteve tão viçosa. A greve de quinta-feira parece ter sido a excepção: já antes Arménio Carlos previa apenas "uma grande adesão"; depois, confessou que não passara de "uma grande greve", enquanto recusava mencionar números e implicitamente admitia o fracasso. Mesmo nas fantasias que os amigos do sr. Arménio costumam elaborar, é certo que esta não foi a maior greve de sempre. Em compensação, as manifestações com que se entretêm os grevistas foram sem dúvida das mais ridículas.

Após o pífio ajuntamento promovido pela central sindical à porta da Assembleia da República, susceptível de envergonhar qualquer animador de massas grego ou brasileiro, duzentas e vinte e seis insatisfeitas alminhas, algumas menores de idade, decidiram apimentar o protesto. Vai daí, rumaram às Amoreiras e, em sinal de desafio aos senhores da troika, tentaram interromper o acesso à Ponte 25 de Abril. Dado ser altamente improvável que o sr. Selassie circulasse por Alcântara àquela hora, os prejudicados com a proeza resumiam-se aos desgraçados que, por falta de consciência de classe ou excesso de sensatez, ocuparam o dia a trabalhar e regressavam a casa à tardinha. Não constituiu, portanto, surpresa que a polícia recordasse aos intrépidos activistas o facto de ainda habitarmos um arremedo de Estado de direito e detivesse o bando para identificação. Naturalmente, a polícia errou.

Errou porque acreditou tratar-se de um conjunto de criminosos inflexíveis. No máximo, tratava-se do popular agrupamento Precários Inflexíveis. No mínimo, tratava-se de criminosos mariquinhas, que mal se viram rodeados pela autoridade desataram a pedir água e idas ao WC. Valeu a brevidade da detenção, ou os valentes acabariam a exigir limonada, bolachinhas e a visita dos papás.


Valha-me Deus: são estes os nossos indignados? Quem, em democracia, se dispõe prejudicar terceiros deve aceitar que os terceiros, ou os seus representantes, no caso a polícia, também os prejudique. Por outras palavras, quem se prepara para dar tem de estar preparado para levar. Com dignidade e sem lamúrias. Já é embaraçoso ver os insurgentes que, no Brasil, lançam cocktails Molotov num instante para no instante seguinte gritarem "Ai, meu Deus" sob o bastão das forças ao serviço da amável comunista Dilma Nãoseiquantos. Porém, roça o surrealismo que os insurgentes caseiros corram a queixar-se aos media da brutalidade policial quando a brutalidade em causa consistiu na falta de um serviço de catering e sanitários. Parecem, e se calhar eram, crianças, donde um conselho: cresçam e apareçam. Ou, de preferência, desapareçam.

A teoria crítica em educação vista por um marxista português

No ProfBlog, por Ramiro Marques:


O autor é um conhecido e prolixo professor de ciências da educação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto: José Alberto Correia. O título: "Para uma Teoria Crítica em Educação". A chancela é da Porto Editora. Leia-se: para um teoria marxista da educação. Os neomarxistas substituíram a palavra marxismo por teoria crítica. Na verdade, são uma e a mesma coisa. A mudança e atualização conceptual deu-se com a Escola de Frankfurt (Marcuse, Adorno e Habermas) e tomou fôlego com a reinvenção do marxismo feita por Antonio Gramsci.

A educação e as escolas tornaram-se o principal palco e instrumento, a par dos media, do processo de construção do socialismo; primeiro, criando as bases psicológicas e culturais para a rejeição do capitalismo; em segundo lugar, abrindo as consciências das novas gerações à utopia comunista. No primeiro caso, o controlo do currículo e dos programas de ensino pelos marxistas, agora travestidos de "nova esquerda", "críticos" e "intelectuais transformadores", assume primordial importância. Visa criar uma ruptura cognitiva com a tradição, reinventando a História, maldizendo o capitalismo, atribuindo-lhe todos os males, tendo em vista espalhar o vazio e do zero construir o novo mundo e o novo homem. Este esquema conceptual - ruptura cognitiva, rejeição da tradição, partir do zero e abertura das consciências à utopia comunista - conheceu o seu zénite e suprema desgraça com o genocídio perpetrado pelos Khmers Vermelhos no Cambodja e duas décadas antes na China com a célebre Revolução Cultural Proletária. Resultado: dezenas de milhões de mortos.

A este respeito, a leitura do capítulo 4 da parte III deste livro é elucidativa: formação e trabalho: da naturalização à historicidade; da descoincidência articulada à subordinação; da desarticulação à flexibilização; da flexibilização à interpelação. E também de toda a parte III: Para uma redefinição socioantropológica da cientificidade em educação; a periferialização dos centros e a centralidade da periferia.

Bom, seja lá o que isso for!

Um autêntico manual de escolástica marxista.

Do foco infeccioso

Se Paulo Portas continuar no governo, fica com que papel? Certificar que o foco infeccioso continua ao serviço das empresas-cronie e de regime para continuarem a sugar o contribuinte líquido por via fiscal e por via das rendas que mensalmente cobram nas contas que as pessoas pagam, como a da electricidade.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Olavo de Carvalho: O quê você está disposto a perder? Até onde você está disposto a ir?

[Não é recente]

O Discurso do filho-da-puta segundo o Correio da Manhã


(imagem obtida aqui)


Estendo a mão para o jornal acabado de chegar à mesa do café. Na página 2, na rubrica do sobe-e-desce, vejo a foto de Nuno Crato com setinha vermelha para baixo, ao lado. Aponta a setinha para o facto de uma avaria no sistema informático do Ministério da Educação ter deixado os registos clínicos de 271 professores ao léu por uns minutos. A setinha aponta isso ao ministro.

Lembro-me do Discurso do filho-da-puta, de Alberto Pimenta. Mas não, não é bem isso. Teria que ser Discurso filho-da-puta tosco do tosco pequeno filho-da-puta. Ou... Fecho cuidadosamente o jornal e ponho-o de novo a jeito de quem passe. Talvez alguém se lembre ainda de outros títulos mais... exactos.

Da presente crise a do tráfico em túneis de toupeira

A presente crise resulta da reacção dos 'cronys' nacionais face à resistência de Passos Coelho e, em especial, de Álvaro Santos Pereira, em continuarem a pactuar com empresas de regime.

Nesta perspectiva, esquerda e Portas (veremos se todo o CDS) estão no mesmo barco: continuar a sugar o contribuinte por interpostas empresas de regime e por "regulamentadores" de toda a estirpe.

No passado recente, até lobies do PSD se manifestaram por sentirem as suas "posições" postas em causa.

Nesta crise, o timming relativo a Gaspar é meramente instrumental. O que está em cima da mesa é uma ofensiva generalizada daqueles que de há muito vivem pendurados no contribuinte líquido.

Um dos lobies que mais assanhado se movimenta e por túneis de toupeira é o das "energias renováveis".

Não é de rejeitar a possibilidade de haver mesmo esquemas de chantagem directa. Alguns sinais têm aflorado.

O EGITO E O FRACASSO CIVILIZACIONAL DO ISLÃ


1.


O óbvio será dito e redito sobre o recente golpe militar no Egito: que um golpe é um golpe, e que todo golpe contra um governo democraticamente eleito é antidemocrático. É óbvio, mas não necessariamente verdadeiro.


Um governante não recebe um selo de qualidade democrática de validade automática e perene. Para ser democrático, um governo deve ser constituído de forma democrática e governar de forma democrática. Mas a segunda parte da equação é sempre convenientemente esquecida pelos defensores abstratos da democracia, ou pelos defensores da democracia abstrata, sem nexos com os fatos. É então enfadonho mas necessário relembrar que Hitler foi eleito.


Se a eleição não é suficiente para garantir o caráter democrático de um governo, chega-se à conclusão lógica, apesar de aparentemente paradoxal, de que nem todo golpe contra um governo democraticamente eleito é antidemocrático. Na Turquia, por exemplo, durante o século XX, o exército deu uma série de golpes visando proteger a república e a democracia de ameaças teocráticas. E aqui adentra um complicador a mais. Pois dependendo das circunstâncias ou dos fatos políticos, não só a democracia pode estar ameaçada, como também a república.


A república é uma forma de organização do Estado, a democracia, um modo de instituir o governo representativo. As duas não são xifópagas: podem existir uma sem a outra. A Inglaterra é uma monarquia (portanto, não uma república) e uma democracia; a Espanha de Franco era uma república, mas não uma democracia. Mas estas são exceções. Na história moderna, a república como forma de organização do Estado e a democracia como modo de instituir o governo representativo andam juntas desde seus nascimentos, nas revoluções Americana (1776) e Francesa (1789). Faz sentido: pois na república, ao contrário da monarquia, o soberano é o próprio povo, que por isso mesmo exerce o poder através de seus representantes democraticamente eleitos.


A grande ameaça atual à república é a teocracia, em que o clero detém a soberania. E se o clero é o soberano, não o é o povo. Portanto, de modo claro e simples, não pode haver democracia numa teocracia. Daí a farsa e a falácia do caso iraniano.


Nos demais países muçulmanos, incluindo o Egito, trata-se, diferentemente, de tentar fazer conviver a república e, em tese, a democracia, com governos islâmicos eleitos. Teoricamente é possível: a soberania republicana não deve ser ameaçada por um governo democraticamente eleito. Mas apenas se se acreditar, ou se iludir, que modelos político-institucionais são universais ou universalizáveis, a despeito de histórias, culturas e sociedades específicas.


Um governo islâmico, não importa a forma como chegue ao poder, é um governo movido não por um programa, mas por uma ideologia. Neste sentido, é como um governo comunista ou fascista. Não se é fascista ou comunista para não se ser comunista ou fascista. Nem se é islâmico para não sê-lo. Ou seja, um governo islâmico existe, por definição, para impor leis islâmicas, não leis republicanas ou democráticas. Só não o faz completa ou radicalmente por falta de poder. Daí a falácia dos governos islâmicos “moderados”, cuja moderação não passa de fraqueza frente às instituições republicanas e democráticas, como na Turquia. Não por acaso, como na mesma Turquia, as necessárias tentativas do “moderado” Erdogan de testar os limites de sua “moderação” levaram à atual revolta popular contra sua busca de islamizar a política, a cultura e a sociedade turcas.


De forma mais aguda, foi exatamente o que aconteceu no Egito de Morsi e da Irmandade Muçulmana. Se a teocratização por um governo eleito leva, no limite, à teocracia, e se a teocracia é a morte da república, mesmo aceitando a abstração ideal de que todo golpe é antidemocrático, isso não impede que alguns sejam republicanos.


O golpe do exército argelino em 1995, por exemplo, contra o governo eleito da Frente Islâmica, que pretendia explicitamente impor a teocracia no país, foi antidemocrático para ser republicano. E ao ser republicano, e, portanto, defender a soberania popular, se não de forma imediata, de maneira mediata, é afinal um golpe democrático, ao abortar a teocracia. Pois a teocracia não é instituída por prazo determinado, mas ao contrário: por pretender-se de direito divino, concebe-se como instituição supra-histórica, e tão perene quanto a própria divindade que representa.
Em suma, nem todo governo democraticamente eleito é a priori democrático (isto depende do modo como age e do que almeja), portanto, nem todo golpe é necessariamente antidemocrático, por mais que isto seja de difícil compreensão para ocidentais incapazes de conceber o real significado de uma teocracia, e assim também sua antinomia com a república, em primeiro lugar, e com a democracia, em segundo. O mesmo vale para o fato de que governos islâmicos são governos islâmicos, pouco importando, a priori, se eleitos ou não (pois se sabe o que almejam).

 2.

Mas nada disso fala do título deste artigo. O que fala é esta imagem:



            

 
O fracasso civilizacional do islã foi exposto em carne viva, para quem quisesse ver, num fato ainda mais contraditório do que um golpe democrático. Trata-se de que, durante a “primavera egípcia”, ou seja, durante uma revolução popular contra uma ditadura (republicana), mulheres foram estupradas em massa. O absurdo cósmico contido neste fato corteja a incompreensibilidade: se a população está nas ruas enfrentando uma ditadura por sua liberdade, como pode, ao mesmo tempo, impor a mais brutal perda de liberdade e de dignidade a um indivíduo sem qualquer motivação/explicação política? Porém não se trata de um indivíduo: “Ao menos 91 mulheres foram estupradas nos últimos quatro dias em meios aos protestos na praça Tahrir, no Cairo, disse ontem em relatório a ONG Human Rights Watch” (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/07/1305808-praca-no-cairo-tem-ao-menos-91-casos-de-estupro-em-4-dias-diz-human-rights-watch.shtml). A notícia é de 03/07/2013, sobre os eventos que levaram à queda do governo islâmico eleito de Morsi, não sobre a queda da ditadura laica de Mubarak dois anos atrás. Portanto, não faz diferença. Mas como não faz? E por que não faz?

Porque o abuso de mulheres no Egito nada tem a ver com circunstâncias políticas, mas com instâncias culturais.

En los 18 días de manifestaciones que provocaron la caída de Hosni Mubarak, las mujeres que salieron a las calles no sólo luchaban contra un dictador, sino que se enfrentaban a los impulsos más bajos de su propia sociedad. En su lucha por la libertad, se mezclaron a una multitud en un país donde, en 2008, el 83% de las mujeres confesaba haber sufrido algún tipo de abuso sexual y el 62% de los hombres admitía haber cometido alguno, según los datos del
 Centro Egipcio para los Derechos de las Mujeres (ECWR). (Bárbara Ayuso, “El infierno de ser mujer en Egipto”, http://www.marthacolmenares.com/2013/05/07/el-infierno-de-ser-mujer-en-egipto).

O inferno de ser mulher no Egito é, portanto, claro e claramente quantificável: se 83% das mulheres sofrem algum tipo de abuso sexual, o abuso sexual é a norma, é normal. E uma sociedade em que o abuso sexual é normal não é e não pode ser considerada civilizada.


Nenhum argumento multiculturalista ou politicamente-correto é capaz de sequer ameaçar perfurar a dura espessura desse número: 83% das mulheres. 83% das mulheres. 83% das mulheres abusadas no país. Raríssimas epidemias chegam perto desse porcentual. Não é, de fato, uma epidemia, que tem, por definição, caráter episódico. E aqui se trata necessariamente da manifestação de um aspecto fundamental da cultura e da sociedade egípcias: o desrespeito completo pela condição feminina como fato conceitual, e pelas mulheres reais como fato empírico, sem o qual esse fenômeno não existiria nem poderia existir.
Quanto à origem do fenômeno, não é preciso ir longe na busca de hipóteses histórica ou sociologicamente sutis ou complexas, se não se quiser buscar hipóteses como forma de ocultar os fatos. Essa origen é o islã, e seu mais que notório e notoriamente profundo desrespeito teológico pelas mulheres. Não aceitar aqui a evidente relação de causa e efeito é um gesto de obscurantismo.

“Las mujeres que van a protestar en Tahrir son prostitutas que buscan ser violadas’, bramó el clérigo Abú Islam en la televisión.” (idem)

 “El Comité de Derechos Humanos del Consejo de la Shura mantiene que la responsabilidad por los abusos sexuales en las manifestaciones recae enteramente sobre las mujeres.” (idem)


A Shura acima referida é a máxima instancia religiosa oficial do Egito, espécie de assembleia de grandes mulás: “A responsabilidade pelos abusos sexuais nas manifestações recai inteiramente sobre as mulheres”. De fato. Porque, como dito aqui, não se trata de circunstâncias, mas de uma norma. Pois o mesmo vale, segundo a interpretação normal dos tribunais islâmicos, para todo caso de abuso. A culpa é da vítima, porque a vítima é uma mulher.


O islã não é apenas incompatível com o conceito ocidental moderno de democracia. Ele também é incompatível com o conceito de civilização, que apesar de plural, não é amorfo – e sempre antinômico à barbárie.