Bernardino Soares é um deputado da República de Portugal que, ao longo do tempo, tem manifestado dificuldade em perceber que a Coreia do Norte não é uma democracia.
Desta vez a dificuldade é outra. Bernardino Soares acha que o Governo está ao serviço da Assembleia da República. Para Bernardino Soares, luminária de destaque da numenklatura do PCP, a existência ou não de um povo de Portugal é irrelevante, é irrelevante que em resposta a necessidades prementes desse povo, o governo tenha que legislar durante as Agosto e que, consequentemente, o senhor deputado tenha que se deslocar ao parlamento para vergar a mola. O que interessa é que o Sr Deputado Bernardino Soares não está disposto a atender o telefone durante ... Agosto.
O povo? O povo é um inconveniente, essa coisa popular, populista e popularucha que pretende sair do buraco em que as frouxas medidas socialistas de Sócrates o deixaram ... quer dizer, com o verdadeiro socialismo do PCP, há muito que o bicho já não mexia. Mexeriam os vermes que o consumiriam nas valas comuns para onde mais um dos sabores de universal socialismo o teriam enviado em sossego ... para não importunar o veraneio da iluminada luminária ... fina flor, entre burgueses.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
2 comentários:
Colocar tudo no mesmo "saco" não será demais? Não será abusivo parafrasear Alberto João e afirmar paulatinamente, mais um dos sabores de universal liberalismo? Ou enfrentar a social democracia com frases e opiniões de Valentim Loureiro? Não acredito na generalização dos actos e na simplificação das palavras. Não branqueio porém que as opiniões do Bernardo Soares foram infelizes
"Colocar tudo no mesmo "saco" não será demais?"
Há um saco maior onde moram o PC os BEs (vários sabores) e o PS. Há depois umas quantas lagartas nos outros partidos.
Neste saco maior moram 3 saquinhos que defendem o mesmo mas pertencem a clubes diferentes e se odeiam mutuamente. Cada saquinho quer o monopólio para si e dizimar os moradores dos outros.
Enquanto os ventos sopram a favor do saco geral, o sossego mantém-se nos saquinhos porque todos ganham. Quando o vento sopra contra, todos lutam pelos despojos do que resta.
Todos querem o poder porque todos querem ser burgueses sem os inconvenientes do burguês clássico. Em boa verdade, são alter-burgueses em potencial.
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