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sábado, 27 de outubro de 2012

Corrupção

Um leitor interessado perguntou porque não abordamos aqui a problemática da corrupção.

Sem vasculhar a resposta exacta que lhe terei dado e falando por mim, diria que se fala de vez em quando do assunto, muito embora não necessariamente dos casos de corrupção que vêm aflorando cada vez mais insistentemente. Talvez no blog-primo, o Ab-Logando, se tenha falado mais na coisa mas, voltando à minha resposta e sem prejuízo de não ter, de facto, afinfado as marretadas que me apetecia nos referidos casos (a vida tem que continuar), interessa-me mais a corrupção como um todo, como oxidação da simples lógica das coisas necessária ao ataque que a moral e a ética têm inexoravelmente sofrido de há muitos anos a esta parte, não só na generalidade do mundo ocidental como em Portugal.

Não sei se conseguirei algum dia falar do assunto com alguma abrangência, não sei se terei mesmo pedalada para tal tarefa que exige um fôlego que nunca tentei. Uma coisa é certa, a corrupção mora em nós todos de tal forma que me parece por vezes que só corrompendo os seus próprios mecanismos, quando identificáveis, se poderá, provavelmente, atenuar em parte os seus efeitos. Teremos provavelmente que nos contentar com a grossa e óbvia, formal, material e pontual corrupção, porque a outra, mais geral e genética, não tem, provavelmente cura no horizonte de algumas gerações. Os desgovernos que resultam da primeira são de monta, mas a segunda assegura o retorno ao generalizado desgoverno, eufemismo para insipiência em auto-determinação pessoal que, extrapolado para o colectivo, redunda nem pantanal em que todos berram sabendo de quê mas não porquê.

Pelo-sim-pelo-não, em jeito de início de conversa, aqui vai alguma 'literatura', transmitido pela TV PUC-SP em 20 de setembro de 1998.



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