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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Veneno rasca Expresso





Estive a ouver o jornalista de Economia da SIC José Gomes Ferreira fazer alguns comentários às medidas hoje anunciadas pelo ministro Vítor Gaspar, no telejornal das 20h daquela estação. Há minutos, ao abrir o portal SAPO, deparo-me com o destaque da responsabilidade do (por assim dizer) jornalExpresso, com chamada de atenção para um video no qual, em 30s, José Gomes Ferreira resumiria o que pensa sobre essas medidas.

Devo dizer que, em muitos anos de vida, raramente me deparei com uma manipulação tão grosseira e nojenta. Quem assistiu, como eu, ao telejornal dar-se-á conta de que o excerto seleccionado inverte por completo o sentido desses comentários.

Expresso continua a ser, desde há dezenas de anos, um local escuso e mal-frequentado, que nem à qualidade de pasquim chega. Um exemplo da social-comunicação em que o parolismo viperino ganha, pela condição cultural do país, foros de jornalismo de qualidade. A qualidade dos dirigentes e "pensadores" do Portugal contemporâneo que nos levaram a onde nos encontramos.

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