Porquê?
1º Porque entre os defeitos dos portugueses está esta caraterística de lamber as botas a quem está na moda e junto ao poder. E alguém que tem uma coluna no NYT, ganhou um Nobel da economia e é socialista, está com certeza na moda e junto ao poder; claro que também está nos antípodas da razão, mas a razão não tem nada a ver com o caso;
2º Porque, segundo Krugman, as long as we can borrow, we’re not broke, que se pode traduzir por “a pelintrice não é um defeito, é uma virtude, e se você não tem dinheiro para pagar o que deve e quer continuar a gastar mais do que recebe, fale com o seu Banco e peça outro empréstimo”. Um país em que os indígenas têm maioritariamente mentalidade de pelintra (termo popular para “novo-rico”) teria, necessariamente, de reverenciar o nobelizado autor de tamanha patacoada;
3º Porque Krugman é o mais mediático e persistente dos economistas keynesianos dos nossos dias, e Portugal é o mais notável e persistente dos países keynesianos dos nossos e dias, e les beaux esprits se rencontrent.
O que não se disse:
1º Não se disse que Krugman nunca foi capaz de prever a crise do excesso de crédito de 2008 cujas causas continuam a ser basicamente as mesmas que afetam atualmente as economias dos países ocidentais;
2º Não se disse que, nos EUA, a receita keynesiana (mais crédito e mais dinheiro impresso para “salvar” a economia) que Krugman advoga, está em plena aplicação e continua a encravar aquela que, por enquanto, é a maior economia do mundo.
3º Não se disse que o principal motivo que conduziu a economia portuguesa ao poço em que se encontra foi precisamente esta política keynesiana defendida por Krugman – aumento da despesa do Estado e endividamento dos particulares e do Estado para “estimular” a economia;
4º Não se disse que Krugman só agora descobriu que a adesão ao euro de países como a Grécia ou Portugal foi um erro. Claro que foi, mas quem é verdadeiramente competente na sua profissão não constata erros: prevê-os:
5º Finalmente, nos espaços noticiosos das TVs omitiu-se de forma intencional e manipulativa que, na opinião de Krugman, e em última análise, Portugal ganharia competitividade de modo mais indolor e assertivo através da saída do euro em alternativa a uma dolorosa redução de salários.
Para finalizar, confira imagens da festa de recepção da comunidade universitária de Lisboa a Paul Krugman.
Para finalizar, confira imagens da festa de recepção da comunidade universitária de Lisboa a Paul Krugman.
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