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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fascismos Estritos e Latos

No artigo citado no post anterior, a dado passo o autor refere-se ao “fascismo” como mais um dos períodos históricos atravessados pelo neo-feudalismo em Portugal. O emprego do termo “fascismo” pode ser justificado por dois motivos: cedência ao politicamente correto, ou recurso a um termo forte para tornar mais abrangente a tese.

Sem qualquer cedência ao politicamente correto, como por aqui fazemos todos, a quasi-ditadura de brandos costumes católicos que caraterizou a II República não foi fascista no sentido estrito do termo. É certo que existiram laivos coreográficos de fascismo por alguns poucos anos, mas Salazar, percebendo que os fundamentos do regime estavam ameaçados pelos fascistas propriamente ditos, tratou de resolver o problema.

Fica a possibilidade do uso da palavra “fascismo” em sentido lato. Nesse caso, são fascistas todos os regimes em que as eleições são simulacros controlados pelo partido predominante, a comunicação social está submetida ao poder executivo, e em que a propriedade privada e a atividade económica são constrangidas e estão à mercê das estratégias e interesses da elite instalada. Portanto, e em sentido lato, Angola, Bielo-Rússia, Rússia, Venezuela e outros mais, são países fascistas.

5 comentários:

RioD'oiro disse...

Quando pensamos que já vimos tudo:

"Mário Soares, enquanto Presidente da República, condecorou-o a título póstumo, em 10 de Fevereiro de 1994, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo seu «entranhado amor pela liberdade»."

Streetwarrior disse...

Fazxavor de colocar Portugal na lista de paises não democraticos.

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...

@RD
Condecorou quem?


@SW
Vc eh pior que eu.
Fico mais descansado.

RioD'oiro disse...

PP:

"Condecorou quem?"

É o que aparece escrito no link.

E aqui também:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Rolão_Preto

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